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Teoria das Quatro Causas de Aristóteles [Explicação Completa]

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20/07/2021 Teoria das Quatro Causas de Aristóteles [Explicação Completa]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/filosofia/teoria-das-quatro-causas/ 1/11

JA N E I RO 1 5 , 2 0 2 1
Teoria das quatro causas segundo Aristóteles – Como
entender a existência?
por Redação Brasil Paralelo
A compreensão da teoria das quatro causas aristotélicas é necessária para o estudo da Filoso�a Ocidental.
Estes conceitos são indispensáveis para aprender a metafísica e a própria realidade.
Como Aristóteles teve seus tratados comentados por �lósofos medievais, grandes nomes como Santo Alberto
Magno e São Tomás de Aquino, e também no Renascimento e na modernidade, seus conceitos são
fundamentais.
Uma das principais partes é a distinção entre as quatro causas. 
Além deste artigo, leia os outros conteúdos de �loso�a que já foram escritos.
O que você vai aprender neste artigo?
1. Introdução à teoria das quatro causas de Aristóteles;
2. Causa formal;
3. Causa material;
4. Causa e�ciente;
5. Causa �nal;
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/
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20/07/2021 Teoria das Quatro Causas de Aristóteles [Explicação Completa]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/filosofia/teoria-das-quatro-causas/ 2/11
6. Como entender a sorte e o acaso?
A Brasil Paralelo possui a missão de resgatar os bons valores, ideias e sentimentos no coração de todos os
brasileiros. Os principais conteúdos envolvem história, �loso�a e política.
Introdução à teoria das quatro causas de Aristóteles
Comumente, o que se costuma pensar quando se diz “causa”? Nos noticiários ouvimos dizer que a causa de
um acidente foi a imprudência do motorista. Muitos �lhos ouvem suas mães dizerem que se feriram porque
correram, sendo a queda a causa da ferida.
Se alguém se molhou, a causa foi a água. Se se queimou, a causa foi o fogo. Em geral, pensa-se em causa e
consequência de forma binária, pensando-se em uma consequência de�nida para uma causa especí�ca.
Aristóteles observou este assunto de forma mais ampla em seus escritos em que pensa a �loso�a natural.
O que é metafísica?
Para responder a esta pergunta, de fato, são necessários livros e mais livros. O que está condensado aqui é
apenas um resumo orientador. Basicamente, a metafísica de Aristóteles está além da física, no sentido de que
precede a física e a explica.
Aristóteles teve uma série de tratados organizados após sua morte. Seu aluno, Andrônico Rodes, organizou 14
de seus livros e atribuiu este nome, a�nal, Aristóteles mesmo nunca chegou a usar usou o termo “metafísica”.
Leia a biogra�a de Aristóteles e suas principais ideias. 
Ele, por sua vez, escreveu sobre a �loso�a primeira, sobre o ser em si. O objeto de estudo da metafísica não é
um ser qualquer, mas o ser enquanto ser. Procura-se saber o que pode ser a�rmado de qualquer coisa,
independentemente do atributo que tenha, apenas por existir, ter ser, ser. 
O ser é aquilo que é (existe), opondo-se ao que não tem ser, aquilo que não é (não existe).
Neste conjunto de tratados metafísicos, Aristóteles fala sobre as quatro causas.
O que é a teoria das quatro causas de Aristóteles?
Aristóteles pensou quatro tipos de causas para as coisas. São elas:
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https://conteudo.brasilparalelo.com.br/filosofia/quem-foi-aristoteles/
20/07/2021 Teoria das Quatro Causas de Aristóteles [Explicação Completa]
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Causa formal: o que dá forma ao objeto?
Causa material: de que o objeto é feito?
Causa e�ciente: o que fez o objeto?
Causa �nal: para que serve o objeto?
As duas primeiras, causa material e causa formal, concentram-se em explicar a constituição dos seres. As
duas últimas, causas e�ciente e causa �nal, concentram-se em explicar o movimento, a mudança.
Cada uma delas será detalhada na sequência. A compreensão destes conceitos é uma necessidade para quem
deseja aprender mais sobre quem foi Aristóteles e sobre a �loso�a de São Tomás de Aquino, que resgatou
grande parte do conteúdo aristotélico.
Causa formal
A causa formal é a responsável pela coisa ser o que é. Uma cadeira é reconhecida como cadeira por causa da
forma de cadeira. Uma mesa é reconhecida como tal por causa de sua forma e assim com todas as coisas.
Algo é o que é por causa de sua forma e isto é o oposto da matéria.
Uma estátua é o exemplo tradicional para que isto seja bem compreendido. Grandes artistas olharam para
blocos de mármore e viram, dentro do bloco, a forma que queriam esculpir. 
Assim, com o cinzel e o martelo, eles tiraram os excessos do bloco, de modo que restasse em seu interior
somente a forma que tinham visto. 
As disposições que um escultor introduz no mármore são a causa da estátua, segundo a forma. Esta escultura
se torna uma obra de arte e não um simples bloco por causa da forma pensada pelo artista. O mármore, por
sua vez, é a causa material.
O exemplo explica bem, mas é apenas uma analogia. Para re�etir de forma mais profunda, antes que a estátua
existisse, o mármore já existia, reconhecido como tal. Ora, o mármore também possui sua forma; portanto, é
mármore e não granito. 
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20/07/2021 Teoria das Quatro Causas de Aristóteles [Explicação Completa]
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O escultor que usa a pedra para criar algo, na verdade, introduziu uma forma acidental à forma que já existia,
dita substancial. 
Forma substancial e forma acidental
Como visto acima, a forma acidental é aquela que é acrescentada a um sujeito já existente. A forma
substancial, por sua vez, é aquela que já existe, sendo a primeira a se unir à matéria. Neste caso, não é uma
forma que é acrescentada a um sujeito, mas a forma do próprio sujeito.
Na doutrina das quatro causas aristotélicas, todos os seres corpóreos da natureza (todos os objetos, todas as
coisas, todos os entes, todos os seres vivos ou inanimados) são compostos de matéria e forma. Isto é chamado
hilemor�smo. 
Quando percebemos que os seres mudam, estamos vendo uma transformação. A matéria primeira é privada
de sua forma substancial para outra e vice-versa. Um sujeito pode passar pela privação de uma forma
acidental para outra e vice-versa.
Pode parecer confuso, mas são as formas que a “matéria-prima” vai ganhando. Um tronco pode se tornar uma
cadeira, a cadeira um banco, o banco um artefato de decoração.
Causa material
Ao contrário da forma, a causa material é a própria matéria que constitui todos os seres corpóreos, todos os
objetos, todas as coisas na natureza. 
No exemplo da estátua, o mármore é a causa material de sua existência. 
Como esta é apenas uma analogia, a continuação da re�exão exige um pouco mais: o próprio mármore é um
sujeito que possui sua própria matéria. 
O mármore, como qualquer pedra da qual se queira esculpir uma estátua, é uma composição de uma matéria
primeira com uma forma substancial. Em seguida, recebe formas acidentais.
20/07/2021 Teoria das Quatro Causas de Aristóteles [Explicação Completa]
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O que é a matéria primeira?A matéria primeira é o que constitui todos os corpos e não possui qualquer forma. Portanto, é chamada de
pura indeterminação, pois a forma não a determina.
A matéria pura, sem forma, ainda não é algo. Não é sujeito, nem objeto, nem coisa, nem ser, em suma, não é.
É apenas é alguma coisa potencialmente, porque quando receber a forma será algo e, portanto, será
identi�cada. A forma substancial será aquilo que a determinará.
Tal matéria não existe na natureza, pois tudo o que identi�camos já possui forma, ou não identi�caríamos.
Para existir, é necessário que a matéria receba uma forma. Quando isto acontece, podemos conhecê-la pelos
sentidos. 
Qual é o papel dos 5 sentidos?
Com nossos cinco sentidos, aprendemos apenas as formas acidentais. Portanto, a visão, a audição, o olfato, o
tato e o paladar não são capazes de perceber a matéria primeira dos corpos existentes.
A utilização de instrumentos de laboratório também não resolve, pois eles apenas ampli�cam os sentidos,
conduzindo à percepção de novas formas acidentais.
A forma substancial dos corpos também não é aprendida pelos cinco sentidos ou pelos instrumentos.
No caso do mármore, a forma substancial é a que o trouxe ao ser, à existência. Percebemos apenas as formas
acidentais que o fazem ter extensão, cor, temperatura e a�ns. 
Se você estiver interessado em �loso�a, não deixe de conhecer o Núcleo de Formação, uma plataforma
com dezenas de cursos sobre temas como este e outros envolvendo história, arte, economia e educação. 
A inteligência pode aprender a forma substancial e a matéria primeira?
Seguindo o raciocínio da teoria das quatro causas aristotélicas, a resposta é não.
Em tese, a inteligência poderia, se fosse dirigida diretamente a seres existentes fora do homem. Mas, como
ela está unida a um corpo e depende dos sentidos, só trabalha com as formas acidentais.
A inteligência humana opera a partir da imaginação, com o conteúdo que foi fornecido pelos sentidos. A
partir das formas acidentais, a inteligência pode deduzir indiretamente a existência da forma substancial e a
matéria primeira.
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20/07/2021 Teoria das Quatro Causas de Aristóteles [Explicação Completa]
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A causa e�ciente é o princípio do movimento e do repouso dos seres.
Qualquer mudança, alteração, é considerada movimento de acordo com a de�nição acima. Diz-se que há
movimento sempre que a forma muda, adquirindo ou perdendo qualidades.
Isto ocorre de forma substancial para substancial e de forma acidental para acidental.
Um carro que se desloca movimentou-se porque deslocou-se de um lugar para outro. Uma pessoa que
envelhece movimentou-se, neste sentido, porque perdeu certas formas e recebeu outras.
Para entender isto da melhor forma, é preciso acrescentar à explicação da teoria das quatro causas de
Aristóteles a noção de ato e potência.
O que é ato e potência?
Estar em potência: aquilo que pode ser algo, mas que ainda não é;
Estar em ato: aquilo que de fato já é.
Um exemplo simples é o de uma semente. É de fato uma semente, mas potencialmente é uma árvore, porque
pode sê-la.
A matéria, ou um sujeito privado de uma forma acidental qualquer, é potencialmente outra coisa. O bloco de
mármore já é um bloco de mármore; uma pedra, é assim em ato. No entanto, pode ser uma estátua de
mármore, embora ainda não a seja. 
Neste caso, a pedra está em potência em relação à escultura. Quando for uma escultura de fato, pode-se
dizer que ela mudou ou se moveu.
Todo movimento envolve passar algo em potência para algo em ato, isto é, mudança. 
A matéria primeira, como é indeterminada e ainda pode receber uma forma, é pura potência. Ainda não é
nada em ato, mas pode vir a ser. Já a forma, princípio que determina a matéria, também pode ser dita ato.
20/07/2021 Teoria das Quatro Causas de Aristóteles [Explicação Completa]
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Todas as formas possuem operações próprias, por exemplo:
O fogo aquece;
O peso cai;
A inteligência aprende;
A luz ilumina.
A matéria pura ainda não possui operações próprias. Se tivesse, estaria determinada por uma forma e não
seria mais pura. Compete à forma de�nir as operações próprias dos seres.
Este é o entendimento básico de ato e potência, mas por que é necessário para entender a causa e�ciente
como Aristóteles a concebe? 
A insu�ciência da causa material e formal
O movimento, ou mudança, não pode ser explicado apenas através da forma e da matéria. Somente estas
duas causas não explicam as transformações que acontecem o tempo todo em nós e no mundo ao nosso
redor. 
O movimento não pode ser compreendido sem a causa e�ciente.
Em todo movimento, algo passou de potência para ato. A potência da semente para ser árvore foi atualizada
e, algum tempo depois, ela se tornou, de fato, árvore. A potência da madeira para ser cadeira foi atualizada e
ela passou a ser, de fato, árvore.
A potência do mármore para ser estátua foi atualizada e ele realmente se tornou a estátua que antes não era.
O que fez com que a potência se tornasse ato? A causa e�ciente. É uma causa transformadora.
A matéria é potência pura, por isso não se determina, pois se o �zesse teria alguma determinação e não seria
matéria pura.
A determinação própria da forma é o que leva uma matéria a sair da potência e passar ao ato. Esta
determinação deve ser externa à matéria que receberá a forma.
Para o movimento, uma forma externa àquilo que será movimentado precisa agir. Algo externo, que já existe,
que já tem forma, que já apresenta uma operação, leva uma matéria indeterminada a ter uma forma, passando
a ser algo em ato.
A pedra por si só não se torna uma estátua; precisa do artesão, símbolo análogo à causa e�ciente. A semente
por si só não se torna árvore sem a água e a terra em ato, para atualizar sua potência.
Portanto, segundo Aristóteles, a causa e�ciente é responsável pelo movimento, por fazer algo passar da
potência ao ato.
As séries da Brasil Paralelo abordam grande parte da Filoso�a Grega e conta com entrevistas com vários
professores que são especialistas no assunto. 
Causa �nal
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20/07/2021 Teoria das Quatro Causas de Aristóteles [Explicação Completa]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/filosofia/teoria-das-quatro-causas/ 8/11
Fazendo par com a causa e�ciente, a causa �nal é o princípio do movimento e do repouso em vista da
�nalidade.
São Tomás, que comentou a obra de Aristóteles e a resgatou em sua teologia, explica a causa �nal:
“Ao perguntarmos por que alguém caminha, respondemos convenientemente ao dizer: para que
ganhe saúde. E, assim respondendo, opinamos ter colocado a causa. De onde que é patente que
o �m é causa”.
A existência da causa e�ciente também exige a existência da causa �nal. Pensando em exemplos de causas
e�cientes inteligentes, a causa �nal é óbvia. Ora, todo agente inteligente age movido por uma vontade, que
tende, por natureza, a um �m.
O escultor da estátua em mármore esculpe com uma �nalidade em mente, para produzir uma estátua e
agradar, pela beleza, a quem a ver. Neste sentido, a causa da estátua foi a vontade do escultor e sua vontade é
a �nalidade, o motivo da estátua, sua razão de ser.
Mesmo quando não há um agente inteligente, a causa �nal está lá. Por exemplo, quando uma �echa é
arremessada contra um alvo, qual é sua causa �nal? O alvo. Embora ela não pense, um agente inteligente
disparou-a com essa intenção. 
Para São Tomás e Aristóteles, todos os agentes na natureza estão se movendo em direção a algum�m,
mesmo que não o saibam. 
Isto é evidente, porque, como já foi explicado, um agente externo é a causa e�ciente da passagem da
potência ao ato. Os agentes que fazem isso, operam de acordo com sua forma, que é sua operação própria.
A direção que as coisas tomam é a causa �nal. Vê-se isto na natureza. Todos os movimentos acontecem
sempre, ou na maioria das vezes, do mesmo modo. 
O fogo sempre aquece. Sua causa �nal é aquecer, é o que lhe é próprio;
A pedra sempre cai;
20/07/2021 Teoria das Quatro Causas de Aristóteles [Explicação Completa]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/filosofia/teoria-das-quatro-causas/ 9/11
O botão da rosa sempre desabrocha;
O sol sempre ilumina.
São Tomás de Aquino comentando a física, diz o seguinte:
“Que sempre todo agente age em vista de um �m, aja ele pela natureza ou pelo intelecto”.
“As coisas que acontecem sempre ou frequentemente o são pela natureza ou pelo que é
proposto pelo intelecto. Portanto, nas coisas que acontecem sempre ou frequentemente, estas
coisas acontecem tendo em vista um �m”.
Mas por que alguns seres conhecem o �m enquanto outros não?
“É preciso que conheçam o �m aqueles agentes cujas ações não estão determinadas, mas que
podem, ao contrário, dirigir-se a extremos opostos, como ocorre nos agentes voluntários;
portanto, é necessário para estes que conheçam o �m, pelo qual determinam suas ações. Por
outro lado, entre os agentes naturais, as ações já estão determinadas: não tem, portanto,
necessidade de escolher entre as coisas que são meios de alcançar o �m.
Por esta razão, é possível que o agente natural tenda sem deliberação a um �m, caso em que
tender a um �m não signi�ca senão que ele tem inclinação natural a algo”.
Para Aristóteles, estas razões justi�cam a teoria das quatro causas, e não podem excluir nenhuma das que
foram explicadas. 
Resta apenas enquadrar nesta explicação os acontecimentos fortuitos.
Como entender a sorte e o acaso?
Tendo sido explicadas as quatro causas aristotélicas, ainda é preciso abordar algumas possibilidades.
É possível que um agente cause, acidentalmente, uma transformação para a qual ele não era movido de
acordo com a causa �nal. Diz-se que o efeito gerado foi um acaso. Sendo um agente inteligente, pode-se
dizer que o efeito foi sorte, caso tenha sido bené�co. 
O acaso ou a sorte são causas acidentais. Seus efeitos possuem causa e�ciente, gerando efeitos não previstos
ou não queridos primariamente.
Um efeito chamado per se é o resultado da exigência de uma forma ou a intenção de um agente inteligente.
Um construtor pode ser a causa de uma guerra quando esta é consequência da construção de sua residência
em um território disputado ou inimigo. Quer seja efeito esperado ou não, toda a linha de causalidade também
lhe está atrelada.
Não há puro acaso. Para ser entendido como acaso, o efeito é referenciado à �nalidade primária.
Considerado isoladamente, terá suas quatro causas, se considerado paralelamente.
20/07/2021 Teoria das Quatro Causas de Aristóteles [Explicação Completa]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/filosofia/teoria-das-quatro-causas/ 10/11
Quem foi Aristóteles? Este homem aprendeu com
Platão, ensinou Alexandre O Grande e mudou a
�loso�a ocidental
Diferença salarial entre homens e mulheres – O que é
verdade e o que é mentira?
Leia também sobre Sócrates, Platão e a Mitologia Grega. E se você gostou deste artigo sobre a teoria das
quatro causas aristotélicas, comente e compartilhe.
Tagged Aristóteles, Filoso�a
1 comentário
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JANEIRO 19, 2021 AT 6:45 PM
Luís Eduardo
Muito bom!
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https://conteudo.brasilparalelo.com.br/filosofia/quem-foi-aristoteles/
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/politica/diferenca-salarial-entre-homens-e-mulheres/
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/filosofia/quem-foi-socrates/
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/filosofia/quem-foi-platao/
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/filosofia/qual-a-importancia-da-mitologia-grega/
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/tag/aristoteles/
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