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Resumo - Anato Clínica Acesso Venoso Central

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Mariane de Oliveira Diogo Scussel – Turma L 
 
ACESSO VENOSO CENTRAL 
 Mariane de O. D. Scussel - 3º ANO – TURMA L 
Revisão Anatomia do Pescoço 
 O pescoço é a área de transição entre a base do crânio superiormente e as clavículas inferiormente. Une a 
cabeça ao tronco e aos membros, atuando como importante conduto entre eles, por onde passam diversas 
estruturas como músculos, glândulas, artérias, veias, nervos, vasos linfáticos, traqueia, esôfago e vértebras. 
O pescoço é, portanto, uma região bem conhecida de vulnerabilidade. 
O principal fluxo sanguíneo arterial par a cabeça e pescoço (as artérias carótidas) e a principal drenagem 
venosa (as veias jugulares) ocupam posição anterolateral no pescoço. Os vasos sanguíneos 
carotídeos/jugulares são as principais estruturas lesadas em feridas do pescoço por instrumentos 
penetrantes. Os plexos braquiais de nervos originam-se no pescoço, seguem em sentido inferolateral, entram 
nas axilas e continuam até os membros superiores, os quais suprem. 
Além disso, o pescoço é 
dividido em trígonos 
responsáveis por facilitar a 
localização exata de estruturas 
importantes, lesões ou 
afecções. 
 
 
 
ou trígono omoclavicular 
parte preso na porção esternal 
parte preso na porção clavicular 
Mariane de Oliveira Diogo Scussel – Turma L 
 
O pescoço é inspecionado à procura de massas, 
cicatrizes, alterações cutâneas, simetria ou 
assimetria, nódulos... É importante também 
inspecionar a veia jugular externa (verificar se 
existe uma massa pulsátil originada das aa. 
carótida e subclávia). 
 
Irrigação Cervical 
Palpação da a. carótida é realizada no trígono 
carotídeo (em um indivíduo desacordado é 
importante palparmos o pulso carotídeo e verificar 
a respiração do paciente). 
No trígono carotídeo é comum os aneurismas de 
carótida ou placas de ateromas em alguns 
pacientes. Por isso, é importante realizarmos a 
palpação do pulso carotídeo em ambos os lados do 
pescoço, pois quando a carótida possui algumas 
destas patologias, a sua pulsação fica quase 
imperceptível à palpação. 
▪ Glomo carotídeo (oxigênio | N. Glossofaríngeo 
e N. Vago) 
▪ Seio Carotídeo (pressão | N. Glossofaríngeo e 
N. Vago) 
 
 
 
 
 
Em casos de aneurisma ou hemorragia na a. ou v. 
subclávia, o atendimento nesse caso, deve ser 
realizado imediamente, pois a a. subclávia 
encontra-se “atrás” da clavícula, ou seja, o acesso à 
essa artéria fica dificultado por causa da sua 
localização. Portanto, pacientes com hemorragia 
da a. subclávia “chocam” em poucos minutos e, na 
maioria da vezes, chegam à óbito. 
Já um aneurisma ou hemoragia na a. carótida, o 
paciente na maioria das vezes consegue 
sobreviver, pois é de fácil acesso e, nesse caso, 
conseguimos comprimir a a. carótida, evitando 
assim, uma maior perda sanguínea. Uma 
observação importante é, que mesma a. carótida 
sendo comprometida, o paciente ainda recebe 
volume sanguíneo pela a. vertebral esquerda e 
direita, sendo assim, o encéfalo ainda recebe 
circulação sanguínea através dessas artérias. 
 
Drenagem Cervical 
▪ Sistema Superficial 
▪ V. retromandibular (região posterior) + 
v. auricular posterior → v. jugular 
externa (Obs! V. jugular anterior 
também faz parte do sistema 
superficial) 
(Obs! A Rosângela disse na aula que a 
v. retromandibular se junta com a v. 
occipital para formar a jugular 
externa) 
▪ Sistema Profundo 
▪ V. retromandibular (região anterior) + 
v. facial = v. facial comum → v. jugular 
interna 
Obs! A carótida 
comum é medial 
e a veia jugular é 
lateral! 
Mariane de Oliveira Diogo Scussel – Turma L 
 
Obs! As veias não possuem válvulas, portanto o 
fluxo pode ser “de dentro para fora ou de fora para 
dentro” dependendo da PIC ou da Pressão Facial. 
V. jugular externa direita + V. jugular interna 
direita + V. Subclávia direita = V. braquiocefálica 
direita 
 
V. jugular externa esquerda + V. jugular interna 
esquerda = V. braquiocefálica esquerda 
 
O comprimento da veia braquiocefálica esquerda 
é maior que o dobro do comprimento da veia 
braquiocefálica direita, porque passa do lado 
esquerdo para o lado direito, anteriormente às 
raízes dos três principais ramos do arco da aorta. 
E a angulação da veia braquiocefálica direita é 
menor. Por isso, quando houver necessidade de 
ser realizado um Acesso Venoso Central, o mais 
indicado é introduzir um cateter através da veia 
braquiocefálica direita até a veia cava superior 
(VCS) e depois até o lado direito do coração. 
 
Turgência Jugular 
A Veia Jugular Externa (VJE) pode servir como 
“barômetro interno”. Quando a pressão venosa 
está na faixa normal, geralmente apenas um 
pequeno segmento da VJE é visível acima da 
clavícula. Entretanto, quando a pressão venosa 
aumenta (p. Ex, como na insuficiência cardíaca), a 
veia é proeminente em todo o trajeto ao longo da 
face lateral do pescoço. Logo, a observação 
rotineira das VJE durante o exame físico oferece 
sinais diagnósticos de insuficiência cardíaca, 
obstrução da VCS, linfadenopatia supraclavicular 
ou aumento da pressão intratorácica. 
➔ Exemplo de sala de aula: 
Paciente foi à óbito por conta de um 
soterramento. Qual foi a causa do óbito? 
▪ O soterramento causa uma compressão 
da caixa torácica; 
▪ A compressão da caixa torácica 
aumenta a pressão intratorácica e 
também causa uma compressão 
constante do coração; 
▪ O esterno está comprimindo o 
ventrículo esquerdo simulando uma 
sístole; 
▪ Como a compressão é constante, o 
coração não consegue realizar a 
diástole, e, consequentemente, o 
sangue fica armazenado na circulação 
sistêmica (pois o sangue não consegue 
retornar ao coração) 
▪ Consequências? Acúmulo de sangue 
no pescoço (turgência jugular) e na face 
(pletora facial – edema bipalpebral, 
edema facial com coloração 
avermelhada, devido à estase 
sanguínea e hemorragia conjuntival) 
➢ Jugular interna: por não possuir 
válvulas o sangue começa a 
acumular nos seios da face, o 
que leva ao aumento da PIC, 
consequentemente ocorre a 
diminuição do FSC → Perda da 
consciência → Síncope → Se 
não for revertido → Morte 
▪ Causas da Morte? 
1) Encefalopatia Isquêmica 
2) Síncope 
3) Morte Encefálica 
4) Isquemia Generalizada 
 
Obs! Qualquer esforço que aumente a pressão 
venosa central pode levar à uma turgência jugular 
fisiológica, como: 
▪ Tossir/Espirrar 
▪ Defecar 
▪ Parto 
▪ Cantar 
▪ Dentre outros... 
 
Mariane de Oliveira Diogo Scussel – Turma L 
 
Acesso Venoso Central 
 
Baseado na Anatomia, o Acesso Venoso Central foi 
criado, principalmente nos casos de punção das 
veias jugular interna e subclávia, embora pode ser 
necessário puncionar a VJE em alguns pacientes. 
Porém, esta veia não é ideal para cateterização 
porque seu ângulo de junção com a veia subclávia 
dificulta a passagem do catéter (Obs! A veia 
femoral também pode ser utilizada em um acesso 
venoso central). 
Dá-se preferência para puncionar o lado direito, já 
que a cúpula pleural é mais baixa (menor risco de 
pneumotórax), o trajeto até o átrio direito é mais 
retilíneo (menor possibilidade de mau 
posicionamento do cateter, especialmente pela 
Veia jugular interna) e o ducto torácico desemboca 
na veia subclávia à esquerda (menor risco de 
quilotórax). 
A punção venosa percutânea constitui uma prática 
importante nos pacientes traumatizados, em 
emergências cirúrgicas e doentes críticos que 
necessitam cuidados intensivos de ressuscitação. 
A cateterização intravascular é indicada com 
finalidades: 
▪ Monitorização hemodinâmica (principalmente 
no período peri-operatório) 
▪ Pacientes Instáveis 
➢ quickSOFA ou qSOFA: Avalia 3 
critérios para identificar pacientes 
graves com suspeita de sepse em 
ambientes de emergência, ou à beira do 
leito. Considera-se como alterado 
qSOFA >= 2 
o FR >= 22ipm|PAS <=100mmHg 
o Glasgow < 14 
➢ qSOFA para pacientes hígidos → 2 
critérios alterados➢ qSOFA para pacientes com alguma 
comorbidade ou pacientes acima de 70 
anos de idade → 1 critério alterado 
▪ Controle hidroeletrolítico; 
▪ Administração de drogas vasoativas; 
▪ Terapêutica substitutiva renal de urgência 
(hemofiltação, hemodiálise em pacientes sem 
fístulas); 
▪ Necessidade de mediar a PVC 
▪ Acesso vascular de longo prazo para nutrição 
parenteral prolongada ou quimioterapia; 
▪ Estimulação cardíaca artificial temporária 
(implante de marcapasso transverso); 
▪ Realização de cateterismo cardíaco e 
monitorização cardíaca 
▪ Reposição rápida de fluidos de sangue durante 
trauma ou cirurgia; 
▪ Coleta de amostras sanguíneas para análises 
laboratoriais; 
▪ Dificuldade de acesso venoso periférico; 
▪ Acesso vascular para a infusão de soluções 
cáusticas, irritantes ou hiperosmóticas; 
Contra Indicações 
▪ Distúrbios da Hemostasia 
▪ INR > 1,5 | TAP < 50% (Distúrbios de 
coagulação) 
▪ Plaquetas < 50.000/mm3 
▪ Queimaduras infecções local 
▪ Trauma local com distúrbio da anatomia (o 
acesso venoso central preferencialmente é 
realizado à direita, mas em alguns casos, o 
acesso à esquerda ou via femoral é necessário) 
▪ Trombose prévia local 
Exemplo de Cateter 
 
 
 
 
Mariane de Oliveira Diogo Scussel – Turma L 
 
Complicações 
▪ Punção arterial 
▪ Hematoma (Maior Risco → Subclávia) 
▪ Hemotórax 
▪ Pneumotórax 
▪ Infecção (Maior Risco → Femoral) 
➢ Devido à proximidade com a região 
inguinal, genital, anal 
▪ Menor risco de Trombose → Subclávia 
Acesso Venoso Central Dicas 
▪ Pacientes com pneumopatia grave melhor 
jugular pelo menor risco de pneumotórax 
▪ Obesos: jugular mais difícil 
▪ Discrasia sanguínea cuidados com subclávia 
que não é compressível na punção arterial 
(preferência jugular) 
▪ Guiada por doppler → Escolha a Jugular 
▪ Preferência pessoal (experiência) 
▪ Punções à direita (cúpula e ducto torácico, 
trajeto retilíneo) 
▪ Se tiver pulmão comprometido, puncione 
deste lado, pois se tiver alguma complicação, 
pelo menos o paciente ainda possui um 
pulmão em bom estado 
Acesso Venoso Central Material 
▪ Capote, luvas e 
campo estéril, 
EPI 
▪ Degermação + 
anestesia local 
▪ Material de 
sutura e fio para 
fixação 
▪ Bisturi 
▪ Dilatador 
▪ Seringa 10mL 
▪ Agulha para anestesia e 18G 
▪ Cateter central com guia 
▪ Pode ser mono, duplo ou triplo lúmen 
Acesso Venoso Central Anatomia e Procedimento 
▪ Veia jugular interna 
lateral à carótida comum 
▪ Trígono do m. 
esternocleidomastóideo 
 
 
 
▪ Preparação: 
➢ Explicar o procedimento para o 
paciente, se ele for responsivo 
➢ Se não for responsivo → solicitar 
autorização da família 
➢ Alergia? 
➢ Se não houver contraindicação 
o Tredelemburg a 15 graus 
o Pescoço em hiperextensão 
o Rotação da cabeça contrário ao 
procedimento a 45 graus 
o Posicionar-se atrás do paciente 
o Monitor o paciente 
o Paramentação 
o Assepsia(medidas)|antissepsia 
o Uso de substâncias 
degermantes 
▪ Técnica: 
➢ Palpe a artéria carótida comum e 
desloque-a (com a mão não dominante) 
➢ Anestesie o sítio de punção com 
lidocaína a 2% sem vasoconstritor (se 
for punção da VJI → botão anestésico 
no trígono esternocleidomastóideo; se 
for punção na subclávia → periósteo da 
clavícula) 
➢ Introduza a agulha acoplada na seringa 
aspirando 
➢ Ângulo de 30 graus 
➢ Bisel para cima e aponte para o mamilo 
do mesmo lado 
➢ Geralmente estará a 1,3 cm da pele e 
aspire suavemente 
➢ Mantenha a mão não dominante sobre 
a a. carótrida comum 
➢ Se ocorrer a punção arterial ao invés da 
venosa, recue e comprima (exceto 
subclávia pois a clavícula que passa por 
cima impede a compressão) 
➢ Na veia o sangue preenche a seringa 
➢ Mantenha a agulha no local e retire a 
seringa com cuidado 
➢ Introduza o guia 
➢ Retire a agulha e introduza o dilatador 
➢ Retira o dilatador e introduza o cateter 
central e tire o fio guia (intercalando) 
➢ Conecte o soro e fixe as borboletas 
➢ Limpe e faça curativo transparente 
➢ Avalie possível pneumotóra 
Mariane de Oliveira Diogo Scussel – Turma L 
 
Acesso Venoso Central Técnica de Seldinger 
▪ Como introduzir o cateter? 
▪ Inserir cerca de 3cm inferior à fúrcula 
▪ Inserir 16 a 20 cm 
▪ Fórmula jugular interna direita 
➢ Altura do paciente em cm/10 
▪ Fórmula jugular interna esquerda 
➢ (Altura do paciente em cm/10) + 4 
Acesso Venoso Central Técnica Subclávia 
▪ Localize o ponto médio da clavícula e insira a 
agulha 18G com seringa a 2-3 cm abaixo 
apontando em direção à fúrcula esternal 
▪ Bisel virado caudal 
▪ Jução terço médio com distal 
▪ Introduzir 14 a 18 cm 
▪ Fórmula subclávia direita 
➢ (Altura do paciente em cm/10) – 2 
▪ Fórmula subclávia esquerda 
➢ (Altura do paciente em cm/10) + 2

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