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URGENCIA PSIQUIATRA TRANSTORNO DE ANSIEDADE 2

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COLÉGIO TABLEAU/CENTRO EDUCACIONAL ETIP
Técnico de Enfermagem
Turma N Modulo II
Carlos H, Stella, Raquel, Priscila, Fernanda, Erica, Cristiane, Kassiany, Henrique
DEPENDÊNCIA DE SUBSTANCIAS
Caraguatatuba - SP
2021
Professora: Jacqueline Ferreira
ANFETAMINAS: As anfetaminas são substâncias sintéticas que estimulam o sistema nervoso, causando uma sensação de bem estar e disposição, que podem ser indicadas pelo médico para o tratamento de doenças, como transtorno do déficit de atenção, que pode afetar crianças e adultos, ou para a narcolepsia, que é um distúrbio cujo principal sintoma é a sonolência excessiva. No entanto, devido ao seu efeito estimulante, muitas vezes as anfetaminas são usadas de forma ilegal como drogas de abuso, sem finalidade médica, que geralmente são usadas para aumentar a libido, o estado de vigília, a socialização ou causar euforia, como é o caso da metanfetamina (speed), MDMA e o ecstasy.
As anfetaminas devem sempre ser usadas com indicação médica para tratar problemas de saúde, pois quando usadas fora do contexto médico, em doses excessivas ou usadas constantemente, esses estimulantes podem causar sérios efeitos colaterais como psicose, paranóia ou problemas cardiovasculares como infarto, por exemplo.
PARA QUE SERVEM: As anfetaminas, como dextroanfetamina e anfetamina (Adderall) ou lisdexanfetamina (Venvanse), por exemplo, podem ser indicadas pelo médico para o tratamento do transtorno do déficit de atenção, narcolepsia e em alguns casos de transtorno de compulsão alimentar.
Esses remédios contendo anfetaminas podem ajudar a controlar os sintomas dessas doenças, melhorar o estado de alerta e concentração, ou reduzir o apetite, e geralmente, são utilizadas por curto período de tempo, pois podem causar dependência ou efeitos colaterais graves, devendo sempre ter acompanhamento médico.
RISCO DO USO DE ANFETAMINAS: As anfetaminas podem causar sérios riscos à saúde quando são usadas sem orientação médica, em excesso, ou usadas regularmente ou como drogas de abuso, podendo levar ao surgimento de efeitos colaterais graves como:
	Infarto;
	AVC;
	Palpitação cardíaca ou dor no peito;
	Dificuldade para respirar;
	Convulsões;
	Dor ou sensação de queimação ao urinar;
	Agitação;
	Alucinações auditivas e visuais;
	Agressividade;
	Psicose ou delírio;
	Sentimento de paranóia ou distorção da percepção da realidade;
	Ansiedade intensa ou irritabilidade;
	Comportamentos obsessivos.
Além disso, nos casos de overdose, as anfetaminas podem causar pânico, dor ou fraqueza muscular, cólicas no estômago, vômitos ou diarreia, e necessitam de atendimento médico urgente, pois podem levar a pessoa ao coma e colocar a vida em risco.
TRATAMENTO NO ABUSO DE ANFETAMINAS: Normalmente, para pessoas que usam as anfetaminas indevidamente como droga de abuso, o tratamento deve ser com desintoxicação, orientado pelo médico, geralmente feito em clínicas especializadas em reabilitação.
Para a recuperação de pessoas usuárias destas drogas, é importante promover a tranquilização da pessoa em um ambiente calmo e não ameaçador, pois quando o consumo de anfetamina é bruscamente interrompido, ocorrem sintomas opostos aos efeitos da droga e, por essa razão, os usuários crônicos podem necessitar de hospitalização para tratamento da síndrome de abstinência.
Os indivíduos que apresentam delírios e alucinações podem tomar um medicamento antipsicótico como a clorpromazina, por exemplo, que tem um efeito calmante e reduz a angústia, devendo ser utilizado conforme a recomendação médica. 
Além disso, o médico pode indicar o tratamento psicológico, como a terapia cognitiva comportamental, para ajudar a pessoa a se livrar do abuso das anfetaminas e evitar recaídas.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM: Esclarecer para o paciente o motivo de sua internação, as regras da instituição e o que se espera dele, Estar preparado para momentos de irritabilidade e agressividade por parte da pessoa em abstinência, Fazer controle dos visitantes, a fim de evitar que tragam drogas ou outras substâncias, Impedir que os pacientes tenham acesso à sala de medicação, Sempre ter atenção a aspectos de higiene e alimentação. Aconselhamento para a pessoa: a equipe ajuda o paciente a refletir sobre o tratamento, lidar com a abstinência, tomar responsabilidades, encontrar soluções, Motivações: é papel da equipe também achar uma maneira de motivar a pessoa no seu autocuidado, minimizando barreiras e facilitando o acesso ao tratamento, Integração do cuidado com outros profissionais de saúde (psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais).
BIBLIOGRAFIA: https://www.ceen.com.br/qual-o-papel-da-enfermagem-no-tratamento-da-dependencia-quimica/
https://www.tuasaude.com/anfetaminas/
CARLOS HENRIQUE
ALUCINOGENOS: Conjunto de substancias naturais ou sinteticas capazer de atuar sobre o sistema nervoso de uma forma ainda não muito bem conhecida. A utilizacao dessas drogas com fins recreativos oferecem serios riscos distorcem os sentidos e confundem o cerebro e aferam a concentracao os pensamentos e a comunicacao. As drogas sinteticas a exemplo do LSD, Anticolinergicos e ectasy metileno dioximetanfetamina com um grau de pureza maior, podem causa a confusao da nocao do tempo e de espaço e de causar um efeito similiar ao sonho e as psicoses.
CAUSA DO ABUSO DE SUBSTANCIAS: O uso de drogas alucinogenos esta envolvido com diferentes fatores, sejam eles externos, internos que tem a ver com a própria pessoa ou uma simples curiosidade pode fazer uma pessoa usar. Ou até mesmo a busca por sensação de prazer e felicidade, fuga de sofrimento emocional e influencia de amigos, alivio para a dor.
SINAIS E SINTOMAS: Os alucinogenos causam sintomas e as vezes de longo prazo. Os efeitos fisicos do uso de alucinogenos costuman incluir: nausea e vomitos, dilatacao das pupilas, visao borrada, sudorese, palpitacoes e coordenacao prejudicada.auterações auditivas e visuais, por exemplo, a pessoa pode sentir como se estivesse vendo sons e ouvindo (quadro clinico denominado sinesteria)
INTOXICAÇÃO: A intoxicação resulta em alterações que tambem poderão estar presentes: choque, hiperventilação. Inconciencia, convulsoes, choque anafilatico e reacoes alergicas.
ABSTINÊNCIA: Algumas pessoas, sobretudo as que fazem uso prolongado ou usuarios repetitivos de alucionogenos, particularmente de LSD podem experimentar um retrospecto (flashhack) estepois de terem parado com as drogas. Os retrospectos são semelhantes, mas menos intensos que a experiencia original. Normalmente os (res) retrospectos desaparecem depois de seis a doze meses, maspodem recolher durante anos depois do ultimo uso do LSD, principalmente em pessoas que sofrem com o transtorno de ansiedade.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM: Por fim alguns cuidados importantes para a equipe de enfermagem durante o cuidado de pessoas com dependencia quimica, principalmente no inicio do tratamento: esclarecer para o paciente o motivo de sua internação, as regras da instituicao e o que se espera dele, estar preparado para momentos de irritabilidade e de agressividade por parte da pessoa em abstinencia, fazer controle da svisitias a fim de evitar que tragam drogas e outras substancias, impedir que os paciente tenha acesso a sala de medicacao, sempre ter atnecao a aspectos e higiene e alimentação. O sucesso do tratamento da dependencia quimica depende da atuacao de uma equipe de enfermagem.
STELLA BEZERRA
Cafeína: O que é
A cafeína é uma substância química de característica oleosa, que pertence ao grupo das xantinas, ela esta naturalmente presente no café e em alguns outos alimentos.
Cafeína: O que leva o uso da substãncia
A cafeína é usada principalmente por atletas, também é consumida por estudantes, médicos e equipe de enfermagem, pois ajuda no foco no raciocinio e no desempenho esportivo.
Cafeína: Qual o efeito no organismo
no organismo a cafeína age na queima de gordura e faz com que essa gordura se transforme em energia, poupando a glicose reserva. No SNC ela age nas funções cognitivas, trazendo umasensação de de agilidade e atenção e diminuindo o cansaço. A cafeína libera neutrotransmissores como a serotonina e a acetilcolina.
Cafeína: Sinais e Sintomas
	Dor de Cabeça(Cefaleia)
	Insônia;
	Nervosismo;
	Agitação;
	Irritabilidade;
	Dor no estômago;
	Aumento do suco gástrico;
	Taquicardia;
	Tremores musculares.
Cafeína: Cuidados de Enfermagem
	Esclarecer para o paciente o motivo da sua internação;
	Estar preparado para momentos de irritabilidade;
	Fazer controle dos visitantes;
	Impedir que os pacientes tenham acesso a sala de medicação;
	Sempre ter atenção a aspectos de higiene e limpeza;
	Controlar sinais vitais.
Cafeína: Intoxicação
Segundo o FDA(Food and Drugs Associotion) uma dose de 1 a 2 gramas da substância ja pode causar uma intoxicação grave, gerando efeitos como: Taquicardia, desorientação, alucinações e quebra do tecido muscular. Já a quantidade próxima a 5 gramas podem levar a morte.
Cafeína: Abstinência
De acordo com a medcaspe, os sintomas de abstinência geralmente começam de 12 a 24 horas após a súbita interrupção do consumo da cafeína, e atigem um pico após 20 a 48 horas, em alguns casos estes sintomas podem aparecer em apenas 3 a 6 horas podem durar cerca de uma semana.
Sinais e Sintomas da Abstinência
	Fadiga acentuada;
	sonolência;
	Ansiedade ou Depressão acentuada;
	Náuseas;
	Vômitos.
Priscila Bueno
O QUE SÃO SEDATIVOS E HIPNÓTICOS E PARA QUE SÃO INDICADOS. 
Segundo definição da secretaria de saúde de Santa Catarina, são chamados de sedativos os fármacos capazes de deprimir a atividade do sistema nervoso central, como os ataráxicos (tranquilizantes menores) e outros. São chamados de hipnóticos os sedativos que produzem sonolência e facilitam iniciar o sono.
Os benzodiazepínicos são os fármacos ansiolíticos mais amplamente empregados, tendo substituído os barbitúricos e o meprobamato para o tratamento da ansiedade, pois são mais eficazes e mais seguros. Os benzodiazepínicos são comumente utilizados para o tratamento em curto prazo de ansiedade, insônia, convulsões e abstinência alcoólica e sedativo-hipnótica. 
CAUSA PROVOCADA PELO USO DOS SEDATIVOS E HIPNÓTICOS.
 
A prescrição de benzodiazepínicos e dos compostos Z por prazos longos causa inúmeros eventos adversos, como quedas e fraturas, acidentes domésticos e de trânsito, confusão mental transitória, comprometimento cognitivo. Há hipóteses de que possa ser um dos fatores importantes em distúrbios da memória e no desencadeamento da doença de Alzheimer (GGE, MORIDE, 2014). 
 Segundo, Kripke (2012), ainda sem comprovação clara, por haver grande número de confundidores estatísticos, o abuso de benzodiazepínicos tem sido hipotizado como fator relacionado ao câncer. 
Pacientes que tomam doses altas de sedativos costumam ter dificuldade em raciocinar, falar e compreensão lenta (com alguma disartria), memória ruim, julgamento errôneo, tempo de atenção restrito e labilidade emocional. Em pacientes suscetíveis, a dependência psicológica da droga pode se desenvolver rapidamente. A extensão da dependência física se relaciona à dose e à duração do uso.
O fato é que o uso destas drogas se tornou um problema de saúde pública e vem levando várias nações a realizarem campanhas de redução da prescrição de benzodiazepínicos e drogas assemelhadas, assim como campanhas visando abolir o uso por longos prazos, algumas das quais ainda no campo experimental. As mulheres são particularmente vulneráveis à dependência de benzodiazepínicos, buscando a droga nas unidades de atenção primária. Mais usados Alprazolam; Diazepam; Bromazepam.; Clonazepam; Lorazepam; .Midazolam e Nitrazepam.
INTOXICAÇÃO
A intoxicação por benzodiazepínicos pode causar reações paradoxais, incluindo excitação, ansiedade, agressividade e delírio, embora sejam incomuns. As reações paradoxais podem ocorrer mais em crianças hiperativas e em pacientes psiquiátricos. Os benzodiazepínicos podem ter um efeito que, na presença de vários fatores extrínsecos, pode levar a ações como comportamentos agressivos ou hostis (BRANDÂO, 2018).
ABSTINÊNCIA
Quando a ingestão de doses terapêuticas de ansiolíticos e sedativos é interrompida ou reduzida abaixo de um nível crítico, uma síndrome de abstinência leve e autolimitada podem ocorrer. Apenas após algumas semanas de uso, tentativas de parar o uso da droga podem exacerbar insônia e resultar em inquietação, sonhos perturbadores, despertares frequente e sensação de tensão no início da manhã.
A abstinência de benzodiazepínicos raramente ameaça a vida. Os sintomas podem incluir taquipnéia, taquicardia, tremores, hiper-reflexia, confusão e convulsões. O início pode ser lento, pois as drogas permanecem no corpo por longo período. 
A abstinência pode ser mais grave em pessoas que utilizaram drogas com absorção rápida e diminuição também rápida nos níveis séricos (p. ex., Alprazolam, Lorazepam, Triazolam). Muitas pessoas que utilizam erroneamente benzodiazepínicos foram ou são usuários pesados de álcool e uma síndrome de abstinência de benzodiazepínicos tardia pode complicar a abstinência de álcool.
A abstinência de barbitúricos tomados em doses grandes produz síndrome de abstinência abrupta, assustadora e potencialmente fatal, semelhante ao delirium tremens  Às vezes, mesmo depois de abstinência tratada apropriadamente por uma a 2 semanas, há crise convulsiva. Sem tratamento, a abstinência de um barbitúrico de curta ação provoca o seguinte:
	Dentro das primeiras 12 a 20 h: inquietação, tremores e fraqueza crescentes; 
	No 2º dia: tremor mais proeminente, algumas vezes, reflexos tendíneos profundos aumentados e fraqueza mais intensa; 
	Durante o 2º e o 3º dias: convulsões (em 75% dos pacientes que estavam tomando ≥ 800 mg/dia), algumas vezes progredindo para estado epiléptico e morte
	Do 2º ao 5º dia: delirium, insônia, confusão e alucinações visuais e auditivas assustadoras e frequentemente hiperpirexia e desidratação. 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
O enfermeiro desempenha em seu trabalho várias funções, sendo uma das mais tradicionais a função técnica. Ocupa com destaque, dentro dessa função técnica, a responsabilidade pela administração da medicação. Essa responsabilidade inclui: conhecimentos farmacológicos sobre as drogas; planejamento de estoque e armazenamento; orientação de funcionários, pacientes e familiares; avaliação do paciente antes e após ser medicado; cuidados com o preparo e ministração do fármaco.
Essa tarefa toma grande parte do tempo da Enfermagem e não difere, de forma geral, de uma unidade para outra podendo em algumas instituições parte das etapas não serem realizadas. No entanto, a administração de medicamentos a doentes mentais pode requerer "cuidados" especiais. Alguns problemas são muito comuns em unidades psiquiátricas, como por exemplo: pacientes que com frequência recusam a medicação, outros que fingem aceitar e depois jogam fora, os que acumulam comprimidos para tomarem de uma só vez, os que solicitam e insistem por doses mais altas etc. Quanto á equipe de Enfermagem observamos a ocorrência de erros como: via de administração e forma de administrar inadequada, interações medicamentosas incorretas, desconhecimento sobre determinados medicamentos etc. Na prática, observamos que a soma desses problemas atinge de forma prejudicial a integridade do paciente, atuando de forma não terapêutica e iatrogênica.
Procuramos nesse trabalho, oferecer observações e orientações a respeito de psicofármacos, que devem ser consideradas para garantir melhor aproveitamento da medicação e para serem usadas no planejamento da assistência de Enfermagem. 
Cabe lembrar que alguns cuidados são válidos para todos os medicamentos:
• Verificar se o local de armazenamento é apropriado (luz, temperatura, calor).
• Verificar prazo de validade.
• Verificar a identificação correta do frasco (rótulo com nome e dosagem do fármaco).
• Certificar-se da regra dos cinco certos: medicamento certo, via certa, dose certa, hora certa e paciente certo.
• Verificar sinais vitais antes e após ministrar os fármacos considerando o períodode absorção de cada um.
• Não ignorar queixas dos pacientes referentes aos efeitos colaterais dos fármacos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
	https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/7439/intoxicacao_por_benzodiazepinicos.htm
	https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/t%C3%B3picos-especiais/drogas-il%C3%ADcitas-e-intoxicantes/ansiol%C3%ADticos-e-sedativos
	https://www.saude.sc.gov.br/index.php/documentos/atencao-basica/saude-mental/protocolos-da-raps/9212-dependencia-de-sedativos-e-hipnoticos/file
	
Cristiane D´avilla
OPIÓIDES Os opioides são substâncias originárias do ópio, extraídas de uma planta chamada papoula. Ela pode ser considerada uma droga de procedência natural, quando não sofre nenhum tipo de modificação. A papoula é uma planta asiática com seu uso datado desde a antiguidade. Em outros casos, pode ser classificada como semissintética, quando foram feitas modificações adicionando alguma substância, como é o caso da heroína. Essa droga também pode ser produzida em laboratório, podendo ser fabricada de modo sintético. Os opióides são tipos de drogas que agem no sistema nervoso central aliviando a dor, podendo ser consumido por via oral em forma de comprimidos ou cápsulas, injetada, aspirada, fumada ou ainda na forma líquida. O seu uso contínuo pode gerar tolerância e proporcionar uma necessidade cada vez maior de ser consumida e, como consequência, levar à dependência. Além dos opioides mais conhecidos como o próprio o ópio, a morfina e a heroína, também temos outros bastante utilizados, seja no meio médico ou de forma ilegal. Veja quais são: • Codeína • Tramadol, • Oxicodona • Hidrocodona • Metadona • Fentanil • Tapentadol • Loperamida O primeiro opioide a ser isolado e sintetizado em laboratório foi a morfina, um alcalóide que foi isolado por Friedrich Serturner que o nomeou assim por conta de seu efeito analgésico e calmante. Essa substância permite que pacientes com dores crônicas se acalmem e durmam. Assim, em homenagem a divindade Morfeu, deus do sono na mitologia grega, a substância foi nomeada morfina. Desde então, durante os mais de 200 anos da descoberta da morfina, outros opioides foram isolados com o avanço tecnológico. Conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2021 se 4 a cada 10 brasileiros possuem dor crônica, são 85,2 milhões de pessoas que já fazem ou podem vir a fazer uso de medicamentos à base de opioides. Efeitos colaterais dos opioides? Os efeitos do ópio costumam aparecer entre 15 minutos e 1 hora depois de seu consumo, durando cerca de 3 a 4 horas, dependendo da quantidade utilizada. Para se ter resultados satisfatórios, são necessárias doses cada vez maiores, que geram a dependência química. Entre os principais efeitos estão: a ação analgésica, ou seja, combate a dores intensas, sensação de felicidade e euforia, induz o sono, combate a tosse, sendo muitas vezes utilizados em remédios e xaropes, afeta a consciência e a visão sobre a realidade, diminui o sistema imunológico do corpo, náusea ou vômito, entre outros efeitos. Um problema extremamente comum em quem é tratado com opioides é a constipação, que é conhecida popularmente como prisão de ventre. Cerca de 40% a 90% possuem essa ocorrência após doses de opioides. Apesar de não parecer um problema sério, se persistir pode trazer diversas outras complicações, como a ruptura intestinal e o aumento da chance de mortalidade. Como uma pessoa se torna dependente do uso de opioides? O uso de opioides é mais comum do que você pensa. Como vimos anteriormente, muitas pessoas sofrem com dores crônicas que, na maioria das vezes, só são aliviadas com remédios à base de opioides. Dores oncológicas, por exemplo, necessitam desses medicamentos para que o paciente possa se tratar e viver uma vida minimamente normal. Muitos se tornam dependentes, pois recebem o medicamento via receita médica, mas com o uso, a tolerância do corpo ao medicamento aumenta. Em alguns casos, os pacientes conseguem mais doses por via ilegal, pois muitas vezes a dor é tão intensa e de maneira continua, que precisa de uma dosagem mais alta e constante. Com o acompanhamento médico isso é muito difícil de acontecer, mas o brasileiro acaba por procurar meios ilegais para amenizar sua dor, pois a quantidade e a dosagem dos medicamentos são restritas e controladas. Há ainda aqueles que buscam os opioides não para o alívio de dores, mas para fazerem uso recreativo das substâncias. Essa procura pode se dar por indicação de amigos, migração para uma droga mais forte ou a busca pelo prazer e efeito estimulante que a maioria dessas drogas. Essas substâncias são extremamente viciantes, seja por conta de tratamento, abuso de remédios ou uso recreativo, uma vez que a pessoa entra em contato, dificilmente escapará sozinho. 
SINTOMAS DE ABSTINÊNCIA Por conta da grave dependência que o ópio gera, o usuário pode acabar vindo a óbito por causa da síndrome de abstinência. Ao passar cerca de 12 horas a 10 dias sem o seu consumo, o corpo começa a apresentar um processo de abstinência que pode acontecer de variadas formas. O indivíduo pode ter sintomas como diarreias, falta de apetite, arrepios, insônia, cólicas estomacais, hipertensão, tremores, aumento da pressão, inquietações e vômitos. Durante o processo de abstinência, é normal que a pessoa esteja ansiosa aguardando o momento em que não precisará ficar sem o consumo da substância. Aliado a isso, há também a sensação de fissura que se caracteriza por uma grande vontade frequentemente incontrolável de usar a substância. Mesmo após o fim da síndrome da abstinência, é possível que alguns sintomas permaneçam como: mal-estar, alterações de ciclo de sono e apetite. Além disso, a sensação de fissura ainda pode persistir. Nunca se sabe quando uma pessoa irá se tornar dependente da droga. Por conta disso, esses sintomas podem acabar aparecendo até mesmo depois de pouco tempo de uso. Eles podem variar de leves a graves, a depender do tipo de consumo da droga, da quantidade e da frequência.
 SINTOMAS DE UMA OVERDOSE Uma overdose pode ser fatal e requer cuidados de emergência imediatos. Pessoas que ingerem altas doses de analgésicos opioides, são de meia-idade, têm um histórico de abuso de substâncias ou estão tomando outros sedativos correm maior risco. Os tratamentos incluem o uso de medicamentos como naloxona, que revertem os efeitos dos opioides. Uma máquina de respiração pode ajudar caso a respiração esteja prejudicada. 
CAUSAS DO ABUSO • Idade jovem • Dor crônica pós-trauma • Múltiplas regiões dolorosas • Dose alta de Opioide • Antecedente de uso de substâncias ilícitas • Depressão, ansiedade ou doença psiquiátrica • História de abuso sexual • Uso de medicamento psicotrópico • Dependência de tabaco • História familiar de vício 
SINAIS E SINTOMAS DA INTOXICAÇÃO AGUDA E CRÔNICA Os efeitos agudos da intoxicação são euforia, sonolência, retenção urinária, náuseas, êmese, constipação intestinal, hipotensão, broncoconstrição, bradicardia, rebaixamento de consciência e miose. Pode haver prolongamento de intervalo QT em eletrocardiograma. Em caso de intoxicação por morfina, pode-se observar também rubor e prurido. O efeito tóxico de maior relevância é a redução da frequência respiratória, que costuma progredir para depressão respiratória grave/apneia, podendo resultar em morte por hipóxia. Já os efeitos a longo prazo são mínimos, mas alguns pacientes podem apresentar constipação intestinal crônica, sudorese excessiva, edemas, sonolência e redução da libido (é importante, em caso de drogas injetáveis ilícitas, atentar-se para infecções relacionadas ao uso inadequado e/ou compartilhado de agulhas). 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM • Atentar para a forma de apresentação, a dosagem e a via de administração prescritas pelo médico. • Diluir a morfina, nos casos de infusão endovenosa, que deverá ser lenta, com controle rigoroso de gotejamento. • Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais. • Orientar o paciente sobre os riscos de dirigir e operar máquinas, devido à sonolência provocadapelo medicamento. 
Referências: https://www.gruporecanto.com.br/blog/o-falso-alivio-dos-opioides https://www.souenfermagem.com.br/fundamentos/administracao-demedicamentos/medicamentos-analgesicos-potentes/ https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/t%C3%B3picos-especiais/drogasil%C3%ADcitas-e-intoxicantes/abstin%C3%AAncia-e-intoxica%C3%A7%C3%A3o-por-opioides 
Fernanda Maria
Inalantes
“Inalantes são quaisquer substâncias gasosas, líquidas e até sólidas que, em temperatura ambiente ou sob aquecimento brando, são facilmente volatilizadas, sendo utilizadas nessa forma com propósito recreativo. [...] Seus gases e vapores adentram o organismo por meio da via inalatória, e podem ser extremamente prejudiciais ao organismo, visto que agem sobre diversos órgãos e tecidos, promovendo toxicidade aguda que, em casos extremos, pode acarretar em morte do usuário.” (SOUZA e PANIZZA, 2017)
“O nome característico da droga é determinado pelo armazenado da mistura em um frasco pressurizado, que ao ser acionado libera um vapor fresco e perfumado.” (ZUMIANI, DOS SANTOS E PEREIRA, 2019)
Causas da dependência
“Por muitos anos, o “lança-perfume” foi importado de outros países e consumido legalmente no Brasil como uma diversão aparentemente inofensiva que servia para atrair pessoas na folia de carnaval. [...] Poucos anos depois, o uso como droga de abuso inalante alavancou, e inúmeras mortes por intoxicação tornaram-se notícia na época.” (ZUMIANI, DOS SANTOS E PEREIRA, 2019)
Segundo Sousa e Panizza, atualmente, mesmo com as políticas nacionais de prevenção e combate ao uso de drogas ilícitas e entorpecentes, o abuso de inalantes “segue sendo um problema frequente na infância e adolescência, pois estes são encontrados em produtos do dia-a-dia, como cola, solventes, propelentes e estão amplamente disponíveis (em casa, na escola, na faculdade, em lojas).” Sendo que seu risco associado ao uso de inalantes “é falsamente percebido como baixo, de tal modo que eles são uma das primeiras drogas de abuso usadas e podem gerar consequências desastrosas como a morte.” (SOUZA e PANIZZA, 2017)
Segunda estudos de Souza e Panizza (2017), e Neto e Santos (2015), nos Estados de São Paulo e Pernambuco, respectivamente, o perfil dos usuários em geral apresentam características semelhantes, normalmente de idade entre 13 e 15 anos, que por influencia de familiares ou amigos passam a utilizar os inalantes. Outras razões envolvem o “alivio para o tédio, pressão dos companheiros, curiosidade, necessidade de atenção e aceitação.” (NETO e SANTOS, 2015). Além disso, Sousa e Panizza evidenciam associações com “o nível de escolaridade dos pais, vulnerabilidade da área residencial e uso de outras substancias como álcool e maconha.” [...] além disso, “ansiedade e outros transtornos psiquiátricos já foram correlacionados com uso de inalantes, sendo mais frequentes em usuários dessa droga do que em viciados em crack.” (SOUZA e PANIZZA, 2017). Em alguns casos, segundo Neto e Santos (2015), “crianças que vivem nas ruas, além da falta de apoio emocional e financeiro, relatam o uso por diminuir a fome.”
Sinais e sintomas do uso de inalantes
Os inalantes agem como “depressores do SNC de forma semelhante ao álcool, aos medicamentos benzodiazepínicos e aos barbitúricos, [...] atuando em diferentes tipos de receptores de membrana e, consequentemente, promovendo alterações na excitabilidade neuronal. [...], e seu efeito inicia-se poucos segundos após a inalação, com duração entre 15 a 45 minutos.” (SOUZA e PANIZZA, 2017).
De acordo com Zumiani, Santos e Pereira, em geral, os efeitos apresentados pelo uso de inaláveis pode ser dividido em estágios, sendo:
	Primeira fase: euforia, excitação, alucinações “heroicas”, perturbações auditivas e visuais, e por vezes tontura, náuseas, salivação e faces avermelhadas. Por serem os efeitos mais desejados, os usuários costumam fazer inalações repetidas para que essas sensações se prolonguem por mais tempo. 
	Segunda fase: início da depressão do SNC, associada a confusão mental, perda do autocontrole, embaçamento da visão, cefaleia e palidez.
	Terceira fase: depressão dos reflexos, falha na coordenação motora e ocular, redução do estado de alerta, fala enrolada, dificuldade de andar corretamente.
	Quarta fase: inconsciência, sonhos estranhos, queda da pressão arterial e, em casos graves, ataques convulsivos.
Intoxicação e abstinência
Altas concentrações de uma ou mais substancias presentes nos inalantes levam ao comprometimento das funções psicomotoras e, segundo Sousa e Panizza (2017),
“podem proporcionar sintomas como diplopia, ataxia, desorientação, alucinações, anestesia, coma e, em casos extremos, morte por depressão respiratória. Além disso, a respiração dos mesmos gases repetidamente (gases “ensacados”), como ocorre em “bagging”, pode acarretar em hipóxia e hipercapnia, fatores que exacerbam os efeitos tóxicos dos solventes. (SOUSA e PANIZZA, 2017)
Já com relação ao uso prolongado, ou seja, crônico de inalantes, Sousa e Panizza referem que “já foi correlacionado com o desenvolvimento de distúrbios em diversos órgão tais como coração, pulmão, rins, fígado, medula óssea e cérebro. O exemplo mais recorrente é a encefalopatia tóxica, onde há “um conjunto de disfunções cerebrais decorrentes da toxicidade causada pela ação cumulativa dos solventes sobre os neurônios.” (SOUSA e PANIZZA, 2017)
Segundo Jaber (2021), [...] “O consumo de inalantes/solventes podem causar dependência física e psicológica.” Os usuários, [...] “Ao tentarem deixar de usar a substância sofrem de síndrome de abstinência, que incluem sintomas como: náuseas, suor excessivo, cãibras musculares, dores de cabeça, calafrios, agitação psicomotora, alucinações e até convulsões. (JABER, 2021)
Intervenção da enfermagem
“O manejo da intoxicação aguda por inalantes dependerá da sintomatologia, mas geralmente não é grave. Em casos de intoxicações graves que produzem emergências médicas como depressão respiratória, arritmias cardíacas, convulsões e coma devem receber atendimento imediato e em local apropriado segundo procedimentos de rotina de manejo destas situações clínicas agudas.” (DIEHL et al, 2012)
De acordo com diversas literaturas, assim como Diehl (2012) e Jaber (2021), o tratamento farmacológico também varia de acordo com a sintomatologia, porém, existem alguns fármacos de utilização recomendada, tanto para auxiliar na fase de abstinência, quanto para tratar os efeitos toxicológicos da presença dos solventes inaláveis no organismo, sendo eles, os antipsicóticos atípicos, como clozapina, olanzapina, risperidona e quetiapina, que bloqueiam os receptores dopaminérgicos mesocorticais, resposaveis pela sensação de prazer pós uso de inalantes; os anticonvulsivantes, como valproato, topiramato, gabapentina, vigabatrina e tiagabina, que inibem a liberação de dopamina e mesocorticolimbica, auxiliando no tratamento da abstinência; o acamprosato, que previne a toxicidade relacionada ao uso da droga; e o Antagonista 5-HT3, ondansetrona e mirtrazapina, que inibe a potencialização do efeito do inalante pelo receptor 5-HT3.
Após tratado os sintomas, “os profissionais de prontos-socorros devem, antes da alta, motivar e encaminhar o paciente para o tratamento ambulatorial com equipe de saúde mental especializada.” (JABER, 2021)
A equipe multidisciplinar envolvida nesse tratamento é composta por psiquiatra, médico, enfermagem, nutricionista, psicólogo, educador físico, terapeuta de família, conselheiros e monitores.
bibliografia
	ANTONIO GOMES DE CASTRO NETO; BEATE SAEGESSER SANTOS. Perfil químico dos inalantes apreendidos no estado de Pernambuco. Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics, [S. l.], v. 4, n. 2, p. 184–198, 2015. DOI: 10.17063/bjfs4(2)y2015184. Disponível em: https://www.ipebj.com.br/bjfs/index.php/bjfs/article/view/573. Acesso em: 18 oct. 2021.
	DIEHL, A et al. Abuso e dependência de Inalantes. Projeto Diretrizes: Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. 10 de outubro de 2012. Disponível em:http://projetodiretrizes.org.br/diretrizes12/abuso_e_dependencia_de_inalantes.pdf. Acesso em: 18 oct. 2021.
	JABER, Jorge. Solventes e Inalantes. Centro de estudos Clinica Dr. Jorge Jaber. Disponível em: https://clinicajorgejaber.com.br/novo/wp-content/uploads/2021/07/17jul21.pdf. Acesso em: 18 out. 2021.
	SOUZA, A. R. de; PANIZZA, H.; MAGALHÃES, J. G. Uso abusivo de inalantes. Saúde Ética & Justiça , [S. l.], v. 21, n. 1, p. 3-11, 2017. DOI: 10.11606/issn.2317-2770.v21i1p3-11. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/sej/article/view/126515. Acesso em: 18 out. 2021.
	ZUMIANI, G. L.; DOS SANTOS, J. M.; PEREIRA, M. de M. “Lança perfume”: O uso de solventes e drogas inalantes como substâncias de abuso no Brasil. Saúde Ética & Justiça , [S. l.], v. 24, n. 1, p. 3-9, 2019. DOI: 10.11606/issn.2317-2770.v24i1p3-9. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/sej/article/view/162242. Acesso em: 18 out. 2021.
Henrique de Jesus
Por que usam a cocaína. Diferentes pessoas usam diferentes drogas por diferentes razões. Pode experimentar drogas por curiosidade, porque os seus amigos também o fazem ou para fugir ao tédio ou a preocupações. Pode tomar certas drogas para alterar o seu estado de espírito. Pode julgar ser divertido ou é algo que está na moda. Por vezes o uso de drogas pode tornar-se uma importante parte da sua vida. Isso pode ser por problemas de ordem emocional, psicológica ou social que estiver a passar. A cocaína é usada por seus efeitos prazerosos. Ela provoca grande euforia e um prazer de difícil descrição. Além disso, seu uso é atrativo visto levar as pessoas a "perderem" medos e proporcionar sensações de poder. Por isso, a pessoa que se permite utilizar esta substância tende a querer usá-la novamente, e mais uma vez, e assim sucessivamente. Em razão disso, está associada a um potencial considerável de dependência e abuso. 
Principais Efeitos, sinais e sintomas do abuso da cocaína. Incluem perda de contato com a realidade, um intenso sentimento de felicidade, aumento da agitação, entusiasmo efusivo, desinibição, hiperatividade, agressividade, falta de apetite, aumento dos sintomas comuns do resfriado e/ou hemorragias nasais, tiques musculares (movimentos musculares involuntários), perturbações da concentração, aceleração do ritmo cardíaco, transpiração, dilatação das pupilas, hipertensão arterial e hipertermia. Um dos efeitos mais graves do abuso de cocaína é que ela pode causar cardiomiopatia (morte celular dos músculos do coração). O uso por via intravenosa pode levar à endocardite (inflamação dos tecidos internos do órgão). Quando esses sintomas aumentam em razão da superdosagem de cocaína, quase sempre podem levar à morte. 
Intoxicação A intoxicação por cocaína geralmente deve ser suspeitada com base nos sintomas e nos sinais de síndrome simpaticomimética com sinais de agitação, midríase, diaforese, taquicardia, taquipneia, hipertensão e, possivelmente, hipertermia. O estado mental pode variar de normal à agitação significativa com comportamento paranoide. 
Abstinência Os sintomas característicos da abstinência de cocaína incluem anedonia (perda da capacidade de sentir prazer), depressão e ideação suicida, que podem persistir por seis meses. 
Cuidados de Enfermagem Atuar com a dependência química requer do enfermeiro alguns pontos importantes, que vão além dos conhecimentos teóricos adquiridos durante os estudos. A primeira questão diz respeito ao preconceito relacionado ao uso de drogas e a seus usuários. O enfermeiro que lida com dependentes precisa deixar o preconceito de lado, tratando o paciente com respeito e dignidade. Os profissionais devem mostrar atitudes de empatia; sensibilidade; aceitação e preocupação com a integridade da pessoa. Nesse processo, é muito importante que o enfermeiro escute o paciente, suas necessidades, seus medos e as motivações para o tratamento. Alguns pontos importantes da conduta são: -
Aconselhamento para a pessoa: a equipe ajuda o paciente a refletir sobre o tratamento, lidar com a abstinência, tomar responsabilidades, encontrar soluções; -motivações: é papel da equipe também achar uma maneira de motivar a pessoa no seu autocuidado, minimizando barreiras e facilitando o acesso ao tratamento; -integração do cuidado com outros profissionais de saúde (psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais). Por fim, durante o cuidado de pessoas com dependência química, principalmente no início do tratamento é: -esclarecer para o paciente o motivo de sua internação, as regras da instituição e o que se espera dele; -estar preparado para momentos de irritabilidade e agressividade por parte da pessoa em abstinência; -fazer controle dos visitantes, a fim de evitar que tragam drogas ou outras substâncias; -impedir que os pacientes tenham acesso à sala de medicação; -sempre ter atenção a aspectos de higiene e alimentação. 
Raquel Lourenco
O que é Cannabis?
Cannabis é um gênero de plantas originárias da Ásia e que, tem em sua família plantas como a maconha e o cânhamo. 
A maconha (Cannabis sativa subespécie sativa) é considerada no Brasil, e em vários outros países, uma droga ilícita, devido ao alto teor de THC, que é o principal elemento tóxico e psicoativo da planta. O THC é responsável por deixar a pessoa com uma “brisa”.
Por outro lado, o cânhamo (Cannabis sativa subespécie ruderalis), que tem várias propriedades iguais da maconha, tem baixos níveis de Tetrahidrocanabinol (THC<1%), e isso faz com que seja muito visada para fins terapêuticos. No cânhamo há a presença do Canabidiol (CDB), principal componente extraído para fins terapêuticos.
Outro fato interessante é que são plantas dióicas, ou seja, possuem exemplares masculinos e femininos, e a quantidade de canabinóides varia, sendo que a planta fêmea possui maior quantidade.
Malefícios da cannabis:Vários estudos demonstram que usuários crônicos de maconha sofrem de síndrome de dependência quando param de fumar a substância. Os comportamentos agressivos é a sintomatologia mais comum, também caracterizado por insônia, agitação, perda de apetite e irritabilidade. 
Durante o uso prolongado da planta, de maneira recreativa (fumo), algumas funções cognitivas mais afetadas são: a fluência ao falar, a atenção, a memória de curto prazo e déficit de aprendizagem.
Esses efeitos podem desencadear e/ou potencializar quadros de esquizofrenia em indivíduos psicopatológicos, ou seja, que tenham tendência a algum problema mental. Além dessas funções, alguns estudos mostram a diminuição de espermatozóides e perda de libido em dependentes do sexo masculino, nas mulheres houve indicíos de alteração do ciclo 
Oque leva o uso do cannabis?
O uso de qualquer Substância psicoativa pode estar relacionada a inúmeros fatores, sendo eles subjetivos, como por exemplo: Dificuldade de enfrentamento de situações adversas, necessidade de pertencimento a um grupo, busca de satisfação de vida que não encontra devido a poucos recursos internos, até mesmo para redução de ansiedade. Vale lembrar que algumas psicopatologias desencadeiam comportamentos disfuncionais e consecutivamente ao uso de substâncias, portanto é importante sempre ao detectar um familiar ou alguém com um vinculo próximo, sugerir ir a um profissional especializado que poderá auxiliar de maneira eficaz(DANILO .L 2021).
Intoxicação
A intoxicação e a abstinência de maconha não são potencialmente fatais, porém a mesma possui lá seus efeitos :
Efeitos agudos
Em alguns minutos, a maconha fumada produz estado de consciência onírico, no qual as ideias parecem desconectadas, imprevistas e livremente fluentes. Percepções de tempo, cores e espaciais podem ficar alteradas. Em geral, a intoxicação consiste em sensação de bem-estar e relaxamento (um “barato”). Esses efeitos duram 4 a 6 h após a inalação.
Muitos dos efeitos psicológicos relatados parecem estar relacionados à situação em que a droga é consumida. Ocorrem reações de pânico e paranoia, particularmente em usuários iniciais. Os sintomas psicóticos podem ser exacerbados ou até precipitadospela maconha em esquizofrênicos, mesmo naqueles que são tratados com antipsicóticos.
Os efeitos físicos são leves na maioria dos pacientes. Ocorrem regularmente taquicardia, congestão conjuntival e boca seca. Concentração, percepção do tempo, coordenação fina, percepção de profundidade, comportamento de seguir trilhas e tempo de reação podem estar comprometidos por até 24 h — tudo isso é perigoso em determinadas situações (p. ex., direção de veículos, operação de equipamentos pesados). O apetite costuma aumentar.
Efeitos crônicos
A síndrome de hiperemese canabinoide é uma síndrome recém-descrita de episódios cíclicos de náuseas e vômitos em usuários frequentes de cannabis; os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente em 48 h. Tomar banho quente melhora esses sintomas, sendo um indício clínico para este diagnóstico.
Vários estudos descreveram uma possível ligação entre o uso crônico e intenso de maconha e o aumento do risco de transtornos psiquiátricos, incluindo esquizofrenia, depressão, ansiedade e uso abusivo de outras substâncias, embora a relação de causa e efeito permaneça incerta.
Abstinência
A interrupção após uso intenso e frequente de maconha pode causar uma síndrome de abstinência leve; o momento do início dos sintomas de abstinência é variável, mas costuma começar 12 horas após o último uso. Os sintomas consistem em insônia, irritabilidade, depressão, náuseas e anorexia; os sintomas têm pico em 2 a 3 dias e duram até 7 dias.
Cuidados de enfermagem
Deve-se destacar que não existe apenas um modelo a seguir para o planejamento de cuidados da enfermagem na área da dependência química, de forma que o cuidado de enfermagem direcionado ao paciente com dependência química, deve ser estruturado de acordo com as necessidades de repostas aos problemas de saúde que o mesmo está enfrentando.No exercício de suas funções, o profissional de enfermagem pode incentivar e apoiar o dependente químico a assumir a responsabilidade pela melhora na qualidade de sua vida em todos os níveis. Ele deve ainda saber identificar os problemas associados ao uso das substâncias, ouvir as queixas do paciente, perceber os mecanismos de defesa envolvidos (negação, por exemplo), identificar o padrão de consumo da substância no dia, no mês e ao longo da história do paciente, na busca da caracterização do uso nocivo ou dependência. Por fim, listamos alguns cuidados importantes para a equipe de enfermagem durante o cuidado de pessoas com dependência química, principalmente no início do tratamento:
	-esclarecer para o paciente o motivo de sua internação, as regras da instituição e o que se espera dele;
	-estar preparado para momentos de irritabilidade e agressividade por parte da pessoa em abstinência;
	-fazer controle dos visitantes, a fim de evitar que tragam drogas ou outras substâncias;
	-impedir que os pacientes tenham acesso à sala de medicação;
	-sempre ter atenção a aspectos de higiene e alimentação.
Os enfermeiros e técnicos atuam no manejo das crises psíquicas e nas crises de abstinência, avaliando o estado mental dos pacientes e a administração de medicamentos. Além disso, são responsáveis pelo planejamento e pelo estabelecimento das ações de cuidado. 
Referências bibliográficas
	hospitalsantamonica.com.br/semana-da-enfermagem-o-papel-dos-enfermeiros-no-tratamento-de-saude-mental-e-dependencia-quimica/%3famp
	https://blog.drcannabis.com.br/o-que-e-cannabis-saiba-agora-e-comece-sua-terapia-canabica/
	https://www.scielo.br/j/reben/a/MGhGKzqjFtWpdcw4chNk8KC/?lang=pt
	https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.campinas.sp.gov.br/governo/assistencia-social-seguranca-alimentar/prevencao-as-drogas/glossario.pdf&ved=2ahUKEwib8-6G4dTzAhV3qZUCHeJmCZIQFnoECDoQAQ&usg=AOvVaw3giC5vsH6PPxgURsE1dx8X
	https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/t%C3%B3picos-especiais/drogas-il%C3%ADcitas-e-intoxicantes/maconha-cannabis
	https://www.doctoralia.com.br/danilo-leao/psicologo/sao-jose-do-rio-preto
Kassiany Samira
 NICOTINA
O que causa a dependência do abuso 
A nicotina, que é encontrada em todos os derivados do tabaco (cigarro, charuto, cachimbo, cigarro de palha, narguilé, entre outros) é a droga que causa dependência. Essa substância é psicoativa, isto é, produz a sensação de prazer, o que pode induzir ao abuso e à dependência. A dependência à nicotina é incluída na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde - (CID).
Ao ser inalada produz alterações no Sistema Nervoso Central, modificando assim o estado emocional e comportamental dos indivíduos, da mesma forma como ocorre com a cocaína, heroína e álcool. Depois que a nicotina atinge o cérebro, libera várias substâncias (neurotransmissores) que são responsáveis por estimular a sensação de prazer explicando-se assim as boas sensações que o fumante tem ao fumar.
Com a inalação contínua da nicotina, o cérebro se adapta e passa a precisar de doses cada vez maiores para manter o mesmo nível de satisfação que tinha no início. Esse efeito é chamado de tolerância à droga. Com o passar do tempo, o fumante passa a ter necessidade de consumir cada vez mais cigarros. Com a dependência, cresce também o risco de se contrair doenças crônicas não transmissíveis, que podem levar à invalidez e à morte.
Sinais e sintomas da abstinência da nicotina 
Considerada uma droga bastante danosa, a nicotina atua no sistema nervoso central como a cocaína, heroína, álcool, com uma diferença: leva entre 7 a 19 segundos para chegar ao cérebro. É normal, portanto, que, ao parar de fumar, os primeiros dias sem cigarros sejam os mais difíceis, porém as dificuldades tendem a ser menores com o tempo.
Quando o fumante para de fumar, pode apresentar alguns sintomas desagradáveis, tais como: dor de cabeça, tonteira, irritabilidade, agressividade, alteração do sono, dificuldade de concentração, tosse, indisposição gástrica e outros. Esses sintomas caracterizam a síndrome de abstinência da nicotina, porém, não acontecem com todos os fumantes que param de fumar. Quando acontecem, tendem a desaparecer em uma a duas semanas (alguns casos podem chegar a 4 semanas).
Alguns dos sintomas, como dor de cabeça, tonteira e tosse são sinais do restabelecimento do organismo. O sintoma mais intenso, e mais difícil de se lidar, é a chamada “fissura" (grande vontade em fumar). É importante saber que a “fissura" geralmente não dura mais que 5 minutos, e tende a ficar mais tempo que os outros sintomas. Porém, ela vai reduzindo gradativamente a sua intensidade e aumentando o intervalo entre um episódio e outro.
 
Sintomas da Substancia da Nicotina no Organismo 
Além do estímulo à produção de dopamina, a nicotina também provoca vasoconstrição (os vasos sanguíneos "apertam-se" diminuindo seu diâmetro) e aumento da pressão arterial. Ela faz mais ainda: causa mutações no DNA das células, que passam a se reproduzir de forma deficiente - isso constitui precisamente o câncer.
Desse modo, enquanto a nicotina dá uma falsa sensação de bem-estar, mascarados por ela milhares de ingredientes venenosos entram no organismo de quem fuma, como bandidos.
Substâncias nocivas
Dentro do cigarro, há uma miscelânea de substâncias nocivas. O alcatrão é um resíduo altamente tóxico, cancerígeno e de cor negra (por isso, o pulmão de quem fuma fica escuro).
Ao queimar, o cigarro também libera monóxido de carbono que diminui a concentração de oxigênio no sangue - esse gás se junta com a hemoglobina e impede que ela faça seu trabalho de levar o oxigênio para todo o corpo, e isso pode causar a morte por asfixia ("falta de ar").
O acetato de chumbo é tóxico e tem efeito cumulativo no organismo, pois o chumbo jamais é eliminado. Após anos de consumo, pode provocar danos ao cérebro e também contribui para o desenvolvimento do câncer.
A amônia, quando inalada, tem efeito corrosivo nas mucosas. A naftalina, utilizada para matar baratas, também se encontra dentro do cigarro. Essas são apenas algumas das substâncias tóxicas que podem ser mencionadas. Pode-se dizer, portanto, que o "enroladinhode fumo" é um coquetel de venenos.
Intervenção de Enfermagem 
Perguntar/ Avaliar, Aconselhar, Preparar e Acompanhar (PAAPA).
Passo 1: Pergunte
Passo 2: Pergunte e avalie Objetivos das perguntas:
Passo 3: Aconselhe De acordo com o estágio de motivação 
Passo 4: Prepare De acordo com estágio de mudança de comportamento
Passo 5: Ação O método de parada poderá ser de forma Abrupta ou Gradual. A forma de parada gradual poderá ser por adiamento do primeiro cigarro da manhã ou por parada gradual. tabagismo: prevenção, abordagem e tratamento 
 Adiamento
 1º dia Primeiro cigarro às 9 h
 2º dia Primeiro cigarro às 11 h 
3º dia Primeiro cigarro às 13 h 
4º dia Primeiro cigarro às 15 h 
5º dia Primeiro cigarro às 17 h
 6º dia Primeiro cigarro às 19 h 
7º dia Nenhum cigarro 
Parada Gradual 
1º dia 25 cigarros 
2º dia 20 cigarros 
3º dia 15 cigarros 
4º dia 10 cigarros 
5º dia 5 cigarros
 6º dia 0
Passo 6: Acompanhe 
Passo 7: Medida de apoio para evitar a recaída aconselhando o ex- fumante
Passo 8: Recaída 
Medicações 
1. Adesivo de nicotina 21 mg, 14 mg e 7 mg.
 2. Goma de mascar de nicotina 2 mg 
3. Goma de mascar de 4 mg * 
4. Inalador de nicotina 4 mg * 
5. Spray nasal de nicotina 1 mg * 
6. Bupropiona comprimidos de 150 mg
https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/o-que-causa-dependencia-cigarro
https://www.inca.gov.br/programa-nacional-de-controle-do-tabagismo/tratamento
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/ciencias/tabagismo-conheca-os-efeitos-da-nicotina-no-cerebro-humano.htm
Erica A. E. de Paulo

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