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TUTORIA P1 - MT1 - DROGAS ILICITAS

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1 – Definir o conceito de drogas e conceituar licitas e ilícitas.
Droga, segundo a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2006), é qualquer substância não produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas, produzindo alterações em seu funcionamento. Lícitas: são aquelas que têm a sua produção e seu uso permitido por lei e que são liberadas para comercialização. Ilícitas: são aquelas que têm a sua produção, comercialização e uso proibidos por lei. As drogas podem ser classificadas também pelas ações aparentes sobre o Sistema Nervoso Central (SNC). Depressoras (efeito euforizante inicial seguido de sonolência) ex: álcool, solvente, diazepam, morfina, heroína. Estimulantes (estado de alerta exagerado, insônia e aceleração dos processos psíquicos) ex: anfetamina, cocaína, crack. Perturbadoras da atividade mental (delírios e as alucinações) ex: lsd, esctasy
2 – Apontar os efeitos das diferentes drogas ilícitas.
Cocaína: estimulante. intranasal, injetável ou pulmonar. A via escolhida interfere na quantidade e na qualidade dos efeitos provocados pela substância. AVC, aneurisma, Vasoconstricção arterial pulmonar e brônquica, levando a hemorragia instersticial e alveolar, perfuração do septo nasal, embolia pulmonar. Os sinais e sintomas mais comuns de overdose são a agitação psicomotora, delirium, taquicardia, hipertensão, arritmia cardíaca. O tratamento começa por uma avaliação clinica completa, com monitoramento das funções vitais e rápida obtenção da glicemia. O paciente deve ser examinado, avaliado com eletrocardiograma e observado. As funções renal e hepática, um hemograma completo, eletrólitos e glicemia devem ser solicitados.
Maconha: THC. Oral. o consumo de maconha causa euforia, sensação de relaxamento, ansiedade, hipotensão, taquicardia, icoordenação motora, hiperemia conjuntival, boca seca e apetite exacerbado (larica), afrouxamento das associações, confusão, alterações na memória de fixação, prejuízos da atenção. Sintomas de pânico, medo intenso e disforia, além de reações depressivas e quadros psicóticos agudos, podem acompanhar o uso, bronquite.
LSD: via oral ou sublingual. O LSD é estruturalmente semelhante a serotonina. ampliação na capacidade de perceber cores e alterações na recepção de sons. Pode ocorrer, também, a chamada sinestesia, em que informações sensoriais misturam-se, sendo possível, por exemplo, ouvir uma cor. Além disso, a droga causa alterações na percepção de tempo e espaço. têm relação direta com as doses utilizadas e com o estado emocional do usuário. bad trips. Esse quadro provoca ansiedade, pânico e delírios. dilatação nas pupilas; aumento dos batimentos cardíacos, da pressão arterial e da temperatura do corpo; sudorese; boca seca; tremores; perda de apetite; e insônia. LSD já foi comercializado pela indústria farmacêutica como uma forma de ajudar no tratamento de ansiedade, alcoolismo e psicose.
MDMA (ecstasy): Os usuários dessa droga sentem aumento do estado de alerta, maior interesse sexual, sensação de bem-estar, grande capacidade física e mental, euforia e aumento da sociabilização e extroversão. Após o uso da droga ocorrem alguns efeitos indesejados, como aumento da tensão muscular e da atividade motora, aumento da temperatura corporal, enrijecimento e dores na musculatura dos membros inferiores e coluna lombar, dores de cabeça, náuseas, perda do apetite, visão borrada, boca seca, insônia, grande oscilação da pressão arterial, alucinações, agitação, ansiedade, crise de pânico e episódios breves de psicose. O aumento no estado de alerta pode levar à hiperatividade e à fuga de ideias. Nos dias seguintes ao uso da droga o usuário pode ficar deprimido, com dificuldade de concentração, ansioso e fatigado. O excesso de serotonina na fenda sináptica provocado pelo uso da droga causa lesões nas células nervosas irreversíveis. O uso do ecstasy pode causar lesão no fígado, que fica amolecido, além de aumentar de tamanho, com tendência a sangramentos. Dependendo do grau de toxicidade, o quadro evolui para hepatite fulminante, podendo causar a morte caso não haja um transplante de fígado.
Heroína: heroína é uma variação da morfina, que por sua vez é uma variação do ópio. Intravenosa ou inalada. as primeiras sensações são de euforia e conforto. Em seguida, o usuário entra em depressão profunda, o que o leva a buscar novas e maiores doses para conseguir repetir o efeito. Fisicamente, o usuário de heroína pode apresentar diversas complicações como surdez, cegueira, delírios, inflamação das válvulas cardíacas. pode causar necrose (morte dos tecidos) das veias. O corpo fica desregulado deixando de produzir algumas substâncias vitais como a endorfina ou passando a produzir outras substâncias em demasia, como a noradrenalina que, em excesso, acelera os batimentos cardíacos e a respiração. O corpo perde também a capacidade de controlar sua temperatura causando calafrios constantes. O estômago e o intestino ficam completamente descontrolados causando constantes vômitos, diarréias e fortes dores abdominais.
Crack: sensação de poder, excitação, hiperatividade, insônia, intensa euforia e prazer. A falta de apetite comum nos usuários de cocaína é intensificada nos usuários de crack. Um dependente de crack pode perder entre 8 e 10 kg em um único mês. Inalado. Problemas mentais sérios, problemas respiratórios, derrames e infartos são as consequências mais comuns do uso do crack.
Metanfetamina: Cristal – pode ser fumado (em cachimbos como o crack). Pílulas – ingeridas via oral. Pó – pode ser “cheirado” (como a cocaína), ou injetado (dissolvido em água ou mesmo em álcool). liberação de dopamina, noradrenalina e serotonina (neurotransmissores), sendo os efeitos mais comuns: euforia, diminuição do apetite, do sono e da fadiga, estado de alerta aumentado, alterações da libido e emoções intensificadas. O uso contínuo de metanfetamina leva o usuário a desenvolver distúrbios de humor, ansiedade, insônia e agressividade. Há a possibilidade de apresentar problemas de memória, sintomas de psicose e mudanças na função e estrutura cerebral (dano cerebral, caracterizado pela perda da matéria cinzenta e hipertrofia da matéria branca, entre outras). Outras consequências são: perda de peso e complicações odontológicas. Elevação da temperatura corporal, aumento da pressão sanguínea, dor torácica, arritmias cardíacas e convulsões podem ser sintomas de overdose pelo uso de metanfetamina, e podem levar o usuário a óbito.
3 – Entender o que é drogadição.
Com origem no latim (addictu), o termo drogadição foi criado para definir todo e qualquer vício bioquímico de seres humanos em relação à alguma droga. Além disso, o termo é utilizado para se referir às causas do vício químico no que se refere à inclusão e exclusão do indivíduo na sociedade, fatores econômicos, políticos, genéticos e biofarmacológicos . Além da drogadição física e psicológica, há a toxicomania, definida pela utilização em excesso e por repetidas vezes de certo tipo de droga (pode ser mais de uma) sem justificação terapêutica. De acordo com dados da (OMS), a toxicomania caracteriza-se pelos seguintes fatores: compulsão de consumir o produto, tendência de aumentar as doses, dependência psicológica e/ou física,  surgimento de consequências sobre aspectos emotivos, sociais, econômicos relacionados indivíduo.
4 – Identificar as vias de administração.
5 – Compreender as formas de tratamento e o funcionamento do CAPS-AD.
O CAPS ad – Centro de Atenção Psicossocial álcool e outras drogas é um dispositivo da saúde mental que acolhe e trata usuários do SUS e seus familiares com prejuízos decorrentes do uso abusivo e dependente de Substâncias Psicoativas. O CAPS AD possui uma equipe multiprofissional formada por dois psiquiatras, duas psicólogas, uma médica clínica geral, uma assistente social, uma terapeuta ocupacional, uma farmacêutica, um enfermeiro, dois técnicos de enfermagem, um professor de educação física, uma professora de artes, além da equipe administrativa. Serviços Residenciais Terapêuticos–SRT: São casas localizadas no espaço urbano. Programa de Volta para Casa– PVC: Tem por objetivo garantir a assistência, o acompanhamento e a integração social, fora da unidade hospitalar. Leitos de Atenção Integral em álcool e outras drogas: São leitos de retaguarda em hospital geral com metas de implantação por todo o Brasil. O objetivo dos CAPS é oferecer atendimento à população de sua área de abrangência, realizando o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. É um serviço de atendimento de saúde mental criado para ser substitutivo às internações em hospitais psiquiátricos. 
Fase Pré-contemplação: O paciente dependente não percebe os malefícios e prejuízos relacionados ao uso da droga.  Segue com seu uso e não planeja parar nos próximos seis meses. O que fazer: Convidar ao indivíduo à reflexão; evitar a confrontação, remover barreiras ao tratamento e propor medidas de controle do dano.
Contemplação: O indivíduo percebe os problemas e prejuízos relacionados ao uso da droga, mas não toma nenhuma ação para interromper o uso da droga. Pensa em parar de usar drogas nos próximos seis meses. O que fazer: Discutir prós e contras do uso das drogas; ajudar o paciente dependente a perceber a incompatibilidade do uso de drogas e seus objetivos de vida.
Preparação: O paciente dependente continua usando a droga, porém já fez ao menos uma tentativa de parar a droga, no último ano. Pensa em parar o uso da droga (abstinência) nos próximos 30 dias o que fazer: Remover barreira ao tratamento e ajudar o paciente ativamente a se tratar. Deve-se demonstrar interesse e apoio a atitude do paciente dependente de se tratar.
Ação: O paciente aceitou e conseguiu parar completamente o uso da droga durante ao menos seis meses. o que fazer: Implementar e ajustar o projeto terapêutico do paciente.
Manutenção: O paciente mantem-se sem usar a droga por ao menos seis meses. O que fazer: Colaborar na construção de um novo estilo de vida mais responsável e autônoma.
Recaída: O paciente dependente volta a consumir a droga. O que fazer: Reavaliar o estágio motivacional do paciente.
6 – Discutir os preconceitos sofridos pelos tóxicos dependentes.
Fazer a sociedade entender que a dependência química é uma enfermidade não é fácil devido à marginalização do doente. O preconceito existe até entre pacientes alcoolistas que se recusam a participar de atividades com dependentes químicos de drogas ilícitas, pois acreditam que a sua dependência é diferente, afinal eles não infringem nenhuma lei quando consomem bebidas alcoólicas. Esse preconceito em torno da dependência química tem origem nas próprias famílias que demoram muito tempo para identificar o problema de dependência dentro de casa. Isso acontece devido à vergonha e medo que familiares e amigos se afastem, perda de emprego e outros riscos sociais. No entanto, este bloqueio impede a busca por tratamento ainda nos primeiros sinais da doença, o que comprovadamente aumenta as chances de recuperação e até mesmo pode evitar uma internação do dependente químico.

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