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FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE Tania Mara Fantinato FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE Fundação Biblioteca Nacional ISBN 978-85-387-4259-3 FO RM AÇ ÃO D OC EN TE PA RA A D IV ER SI DA DE Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE Tania Mara Fantinato IESDE BRASIL S/A Curitiba 2014Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br © 2014 – IESDE BRASIL S/A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. Todos os direitos reservados. IESDE BRASIL S/A. Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. CEP: 80730-200 Batel – Curitiba – PR 0800 708 88 88 – www.iesde.com.br Produção CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ __________________________________________________________________________________ F219f Fantinato, Tania Mara Formação docente para a diversidade / Tania Mara Fantinato. - 1. ed. - Curitiba, PR : IESDE BRASIL S/A, 2014. 132 p. il. ; 21 cm. ISBN 978-85-387-4259-3 1. Professores - Formação. 2. Prática de ensino. I. Título. 14-15618 CDD: 370.71 CDU: 37.02 __________________________________________________________________________________ 03/09/2014 09/09/2014 Capa: IESDE BRASIL S/A. Imagem da capa: Shutterstock Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Apresentação O Guia de Estudo da disciplina de Formação Docente para a Diversidade tem como objetivo auxiliar o professor na sua práxis pedagógica disponibilizando infor- mações sobre a diversidade presente nos diferentes níveis e modalidades de ensino da educação brasileira. Valorizar a formação e a função do docente no contexto escolar é essencial, por isso este Guia de Estudo tem por objetivo colaborar com os profissionais da Educação dando subsídios teóricos para a reflexão de uma prática inovadora e signi- ficativa, contribuindo com a construção de uma escola de qualidade. A consciência política dos educadores deve convergir para o trabalho que se faz dentro da escola, no coletivo, intencional e transformador da realidade. É na prática da reflexão que a escola de qualidade constrói/reconstrói/socializa com competên- cia e cumpre sua função social. Os docentes são profissionais da Educação essenciais para os processos de mu- dança da sociedade, pois contribuem com seus saberes, seus valores e suas experi- ências para melhorar a qualidade da Educação. Esperamos que o material suscite reflexões, auxiliando os docentes a criarem novas práticas modernas e contextualizadas para essa escola de qualidade, que abri- ga a diversidade de forma democrática e garante a todos o acesso e a permanência nela. Bons estudos! Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Sobre a autora Tania Mara Fantinato Pedagoga com habilitação em Administração e Supervisão Escolar, Especialista em Gestão Educacional e Mestre em Engenharia de Produção com ênfase em Mídia e Conhecimento. Autora de materiais didáticos para Educação Infantil e capacitação de professo- res. Atua como professora de cursos de graduação, orientadora de monografias, e também como coordenadora de cursos de Pedagogia em diferentes instituições de Ensino Superior. Responsável pela consultoria pedagógica na área de Informática Educativa no projeto Digitando o Futuro das escolas municipais. Experiência de 12 anos como diretora de escola municipal, desenvolvendo um trabalho de Gestão de Qualidade Total, integrado à comunidade escolar, sendo premiada pela Câmara de Vereadores de Curitiba. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Sumário Aula 01 A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE 9 PARTE 01 | POR QUE PENSAR A DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO? 11 PARTE 02 | FORMAÇÃO DOCENTE E ÁREAS DE ATUAÇÃO 14 PARTE 03 | DIVERSIDADE CURRICULAR: UM DESAFIO 17 Aula 02 NÍVEIS DE ENSINO 21 PARTE 01 | EDUCAÇÃO BÁSICA 23 PARTE 02 | EDUCAÇÃO SUPERIOR 26 PARTE 03 | POLÍTICAS PÚBLICAS NA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 29 Aula 03 MODALIDADES DE ENSINO 33 PARTE 01 | DEFINIÇÃO DE MODALIDADES DE ENSINO 35 PARTE 02 | FINALIDADES E OBJETIVOS 38 PARTE 03 | CARACTERÍSTICAS CURRICULARES E DIRETRIZES 42 Aula 04 EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE 45 PARTE 01 | A EDUCAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO 47 PARTE 02 | EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA 51 PARTE 03 | ABRANGÊNCIA DE CURSOS X MERCADO DE TRABALHO 54 Aula 05 EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL 59 PARTE 01 | O QUE É A EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL 61 PARTE 02 | O QUE PRETENDE A EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL 64 PARTE 03 | LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA E A LDB 67 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Sumário Aula 06 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 71 PARTE 01 | O OBJETIVO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 73 PARTE 02 | DIREITO DE ACESSO E GRATUIDADE 77 PARTE 03 | AÇÕES E PROGRAMAS DE INCENTIVO E CERTIFICAÇÃO CONFORME A LEI 80 Aula 07 EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO 83 PARTE 01 | DEFINIÇÕES DA LEI PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL 85 PARTE 02 | ADAPTAÇÕES PARA O ATENDIMENTO A ALUNOS ESPECIAIS 89 PARTE 03 | DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL SER INCLUSIVA 92 Aula 08 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 95 PARTE 01 | O QUE É A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 97 PARTE 02 | LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 100 PARTE 03 | REGULAMENTAÇÃO E CERTIFICAÇÃO 104 Aula 09 EDUCAÇÃO NO CAMPO E EDUCAÇÃO INDÍGENA 107 PARTE 01 | EDUCAÇÃO NO CAMPO 109 PARTE 02 | EDUCAÇÃO INDÍGENA 111 PARTE 03 | O QUE DIZ A LEI SOBRE A EDUCAÇÃO INDÍGENA? 114 Aula 10 PANORAMA DA DIVERSIDADE DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 119 PARTE 01 | AÇÕES E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A UNIVERSALIZAÇÃO DE ACESSO À EDUCAÇÃO 121 PARTE 02 | A CONTRIBUIÇÃO DAS AÇÕES DE INCENTIVO À EDUCAÇÃO 124 PARTE 03 | O PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO COMO AGENTE DE MUDANÇAS 129 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Analisar os princípios da política educacional, respeitando a diversidade e eliminando as discriminações no contexto escolar para o pleno desenvolvimento da cidadania. Uma ação pedagógica comprometida com o processo ensino- -aprendizagem. A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE Aula 01 Objetivo: M on ke y Bu si ne ss Im ag es Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 11 A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE Pa r t e 01 POR QUE PENSAR A DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO? Educação, direito de todos e dever da família e do Estado, é a base para a construção e o desenvolvimento de uma socie- dade mais justa, solidária e livre, e contribui tanto para o pro- cesso de desenvolvimento individual quanto para o desenvolvi- mento social. No Brasil são marcantes as diferenças regionais e sociais, portanto, na escola convivem pessoas das mais diversas origens, raças, credos, gênero e condições sociais; isto é, nela encontramoso retrato dessa mistura que traduz a diversidade do povo brasileiro, e para a qual os educadores precisam se preparar e desenvolver ações que cumpram o preceito consti- tucional de que “todos são iguais perante a lei” (CF, Art. 5.º). Precisamos ter uma escola flexível, que valorize as diferen- ças. Isso significa adotar uma nova forma de pensar a educação: saber que toda aprendizagem se dá por meio de interações, es- timular a cooperação e, dessa forma, construir novas formas de aprendizagem. Uma escola de qualidade é aquela onde crianças, jovens e adultos conseguem desenvolver competências necessá- rias ao exercício de sua humanidade e de sua cidadania plena. No início do século XXI, o perfil das escolas tradicionais já não serve mais, pois a escola não detém mais o monopólio de informações, uma vez que as tecnologias disponibilizam tudo isso de forma agradável e lúdica. A lógica hoje é de uma escola flexível, que valorize e desenvolva as diferenças e comparti- lhe o desafio de aprender o que fazer e quais práticas adotar, atendendo às exigências atuais, adaptando-se aos alunos e não o inverso. Os professores devem basear o seu fazer pedagógico Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 12 A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE Pa r t e 01 reconhecendo e desenvolvendo as diferentes inteligências dos alunos, valorizando os estilos de aprendizagem, complemen- tando e estimulando aprendizagens diferentes. Valorizar a diversidade de culturas, as várias formas de ver o mundo, de se expressar e de se relacionar com a comuni- dade escolar são mudanças necessárias para que a escola de- senvolva a aprendizagem da convivência, do respeito e da to- lerância, cumprindo assim com o que prevê a Lei de Diretrizes e Bases – LDB 9.394/96 em seu artigo 1.º. Extra Indicamos a leitura do livro Educação como Prática da Diferença, de Anete Abramowicz, Lucia Maria de Assunção Barbosa e Valter Roberto Silvério. Do Armazém do Ipê (Editores Associados), Campinas/SP: 2006. Disponível em: <http://books.google.com. pe/books?id=sRUOlZKSNFQC&printsec=frontcover&dq=Educa%C3 %A7%C3%A3o+como+pr%C3%A1tica+da+diferen%C3%A7a&hl=pt-BR &sa=X&ei=6wPgU7jAKpPMsQSO3oLgCg&ved=0CCQQ6AEwAA#v=o nepage&q=Educa%C3%A7%C3%A3o%20como%20pr%C3%A1tica%20 da%20diferen%C3%A7a&f=false>. Acesso em: 20 ago. 2014. Atividade Tendo como referência o Projeto Pedagógico de sua escola e seus planejamentos de aula, observe como a escola valoriza em seus programas e atividades a diversidade cultural. Elabore um registro com comentários relacionados ao tema trabalhado. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 13 A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE Pa r t e 01 Referências BRASIL. Constituição (1988). Constituição: República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988. ______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p. 27833-27841. ______. Ministério da Educação; Conselho Nacional da Educação. Parecer CNE/ CP n. 5, de 13 de dezembro de 2005 que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia. Disponível em: <http://portal.mec. gov.br/cne/arquivos/pdf/pcp05_05.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2014. ______. Ministério da Educação; Conselho Nacional da Educação. Parecer CNE/CP n. 3, de 21 de fevereiro de 2006. Re-exame do Parecer CNE/CP n. 5/2005, que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/ pcp03_06.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2014. ______. Ministério da Educação; Conselho Nacional da Educação. Parecer CNE/ CP n. 1, de 15 de maio de 2006. Institui Diretrizes Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia. Licenciatura. Disponível em: <http:// portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pcp01_06.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2014. MELLO, Guiomar Namo de. Educação Escolar Brasileira: o que trouxemos do século XX? Porto Alegre: Artmed, 2003. Resolução da atividade Resposta livre. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 14 A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE Pa r t e 02 FORMAÇÃO DOCENTE E ÁREAS DE ATUAÇÃO Para que se efetivem as intenções de conviver respeitando a diversidade, torna-se necessária a preparação dos professores para efetivação dos avanços no processo de aprendizagem. De nada adianta a opção filosófica que a escola adotar nem políti- cas educacionais se o profissional não tiver formação adequada que possibilite mudanças significativas na qualidade da educação oferecida aos brasileiros. Os cursos que formam docentes devem preparar esses futuros profissionais para que valorizem a riqueza multicultural da população brasileira e respeitem tanto as dife- renças individuais dos alunos como a diversidade regional. Além da competência técnica promovida pelo conhecimen- to científico, ferramenta essencial para o bom desempenho profissional, é necessário que o professor incorpore a convicção da importância da aprendizagem para que se efetivem as mu- danças na realidade em que atua. É importante que os educadores participem da elabora- ção de propostas pedagógicas para que as intenções educati- vas nelas expressas sejam concretizadas por meio de atividades contextualizadas e diversificadas que encantem os alunos e os incentivem ao esforço de aprender, convivendo de forma har- mônica e respeitosa para com todas as formas de diferenças sejam elas culturais, étnicas ou sociais. Além da atuação no espaço escolar, a formação do pro- fissional da Educação deve garantir também uma sustentação teórica para a intervenção junto a ONG’s, hospitais, empresas, editoras, na área de recursos humanos, projetos e campanhas socioeducativas, entre outras. A licenciatura em Pedagogia, Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 15 A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE Pa r t e 02 nos termos das Diretrizes Curriculares Nacionais, assegura a formação de profissionais da Educação prevista no artigo 64 da Lei 9.394/96, que diz: Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, su- pervisão e orientação educacional para a educa- ção básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a crité- rio da instituição de ensino, garantida, nesta for- mação, a base comum nacional. Ao mesmo tempo em que forma professores, a Pedagogia prepara pessoas capazes de compreender e colaborar para a me- lhoria da qualidade em que se desenvolve a educação na realida- de brasileira, envolvidas e compromissadas com uma formação da ideia de transformação social. A intervenção do profissional da Educação, como sujeito de mudanças na realidade em que atua, deve ser marcada por uma multiplicidade de olhares, na contri- buição da transformação do mundo e humanização de todos. Extra Dica de filme: O milagre de Anne Sullivan. Direção: Arthur Penn. EUA. Disponível em: <www.youtube.com/ watch?v=lSIOTvH9qb8>. Acesso em: 20 ago. 2014. Atividade Assinale V para verdadeiro e F para falso nas frases a seguir. �( )� Cada cultura deve ser compreendida em seu contexto e, por isso, a escola deve comprometer-se para traba- lhar de formas variadas, interagindo com o contexto e com a pluralidade cultural. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 16 A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE Pa rt e 02 �( )� A escola não pode se envolver com questões políticas, cumprindo apenas com o seu compromisso de ensinar os conteúdos previstos nos currículos escolares, sendo imparcial. �( )� Na sociedade atual, a educação cumpre plenamente com seu dever de satisfazer as necessidades dos alu- nos no seu cotidiano, possibilitando a incorporação de valores morais e éticos e de regras de convivência. �( )� Toda criança traz consigo experiências acumuladas ao longo de sua vida com relação a atitudes, hábitos e valores que refletem a sua cultura e a do grupo em que está inserida. Essa aprendizagem ocorre por meio da socialização. �( )� A escola tem como função social garantir o acesso ao conjunto de conhecimentos, bem como proporcionar estratégias de ensino para o pleno desenvolvimento de seus alunos. Referências BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p. 27833-27841. SENGE, Peter M. Escolas que aprendem: um guia da quinta disciplina para professores, alunos, pais e todos que se interessam pela educação. Porto Alegre: Artmed, 2004. Resolução da atividade Gabarito: V, F, F, V, V. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 17 A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE Pa r t e 03 DIVERSIDADE CURRICULAR: UM DESAFIO As questões relacionadas ao currículo preenchem hoje as discussões de professores, pais, educadores, estudantes, pes- quisadores e governantes, pois onde a diversidade se expande e os problemas sociais se fazem muito fortes, é de fundamental importância que a escola defina aquilo que é imprescindível discutir com o futuro cidadão. Cabe aí uma reflexão não só a respeito da seleção de conteúdos, estratégias e metodologias, mas também responder a algumas questões fundamentais: O que é currículo? Para que serve o currículo? A quem serve o currículo? Parte-se do princípio de que currículo é construção, pos- sui um sentido político e social, portanto, só terá sentido se for construído quando se pensa conjuntamente currículo e so- ciedade, a partir de discussões interdisciplinares, em que se leva em conta a realidade na qual a escola está inserida, não deixando de lado a diversidade cultural que constitui o coti- diano de todos os envolvidos no processo de construção desse currículo. Esse processo de construção exige o envolvimento e a participação de todos os profissionais do universo escolar em torno de um mesmo objetivo, que é garantir a democratização da escola mediante ações que privilegiem o trabalho coletivo, a participação e a prática interdisciplinar, respeitando as especi- ficidades de cada área do conhecimento, bem como a formação de um indivíduo pronto para responder e enfrentar os desafios desse novo século. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE18 A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE Pa r t e 03 É necessário e urgente pensar na formação desse profis- sional da Educação, onde se está colocando essa responsabili- dade. Se por um lado a docência é tomada como base comum, Libâneo e Pimenta (1999) se referem ao pedagogo stricto sensu como aquele profissional cujas atribuições extrapolam a sala de aula e abrangem atividades como: pesquisa e planejamento, supervisão escolar, orientação educacional, gestão de sistemas escolares, coordenação pedagógica, formação continuada em escolas e outras instituições, participação em movimentos so- ciais, em programas de educação de adultos e nas várias mo- dalidades de ensino, seja ele formal, não formal ou informal. A educação se faz em toda a sociedade, em diferentes meios e espaços sociais, portanto, é preciso expandir a intencionalida- de educativa, abrangendo diferentes tipos de formação, neces- sárias ao exercício pleno da cidadania, referendando o papel do pedagogo como agente social transformador. Extras Dicas de leitura: • Artigo: Formação de profissionais da educação – visão crí- tica e perspectiva de mudança, dos autores José Carlos Libâneo e Selma Garrido Pimenta. Disponível em: <www. scielo.br/pdf/es/v20n68/a13v2068.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2014. • Livro de Pedro Vasco Moreto: Construtivismo – a produ- ção do conhecimento em aula, da editora DP&A, Rio de Janeiro: 2000. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 19 A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE Pa r t e 03 Atividade Faça uma análise do currículo de sua escola, reflita sobre suas considerações com um colega de trabalho e elabore um texto até 10 linhas sobre as seguintes questões: o que temos elaborado em nosso currículo? O que gostaríamos de ter? Quais mudanças são necessárias? Referências LIBÂNEO, José Carlos; PIMENTA, Selma Garrido. Formação de profissionais da educação: visão crítica e perspectiva de mudança. Publicado em Educação & Sociedade, ano XX, nº 68, Dezembro/99. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/ es/v20n68/a13v2068.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2014. ROSA, Dalva E. Gonçalves; SOUZA, Vanilton Camilo (Org.) Políticas organizativas e curriculares, educação inclusiva e formação de professores. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. SACRISTÁN, José Gimeno. O currículo: uma reflexão sobre a prática tradicional. 3. ed., Porto Alegre: Artmed, 2000. Resolução da atividade Resposta livre. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE20 A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE Pa r t e 03 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Refletir sobre a legislação educacional e as políticas públicas, sua aplicação no cotidiano escolar, e os fundamentos da avaliação na prática educacional. NÍVEIS DE ENSINO Aula 02 Objetivo: D av id K os ch ec k Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE NÍVEIS DE ENSINO Pa r t e 01 23 EDUCAÇÃO BÁSICA Nesta aula, abordaremos a organização do sistema educa- cional brasileiro de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96. É consenso entre os profissionais da Educação que, da forma como se apresentam os níveis e modalidades de ensino, a educação escolar ainda deixa a dese- jar quanto ao atendimento das necessidades de uma socieda- de informatizada e do conhecimento. O conhecimento na visão atual resulta da interação entre o indivíduo, a informação e o significado que este lhe atribui. Para que a escola atenda a essas necessidades, é imprescindível uma proposta educativa consistente, que dê significado à prática pedagógica do profes- sor. Precisamos de profissionais que saibam trabalhar os conhe- cimentos de forma interdisciplinar, superando a fragmentação, conforme artigo 13 da LDB 9.394/96. Segundo o relatório da UNESCO sobre a educação para o século XXI, os quatro pilares da educação estão relacionados ao atendimento às exigências da nova ordem social e econômica, no qual os sistemas de ensino deverão dar condições de estrutu- ra e funcionamento do sistema educacional, promovendo uma educação de qualidade para o pleno desenvolvimento do edu- cando, principalmente no âmbito da Educação Básica. A Educação Básica tem por finalidade desenvolver o edu- cando para o pleno exercício da cidadania, fornecendo-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.Essa é a única etapa que, segundo a lei, é obrigatória e gratuita. Compõe-se a Educação Básica, segundo o artigo 21 da Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE24 NÍVEIS DE ENSINO Pa r t e 01 LDB 9.394/96, das seguintes etapas: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. As finalidades da Educação Básica, de acordo com o artigo 22 da mesma Lei, são o desenvolvimento do educando, a forma- ção comum indispensável para o exercício da cidadania e o for- necimento de meios para o progresso no trabalho e em estudos posteriores. Para atingir esses fins, no artigo 23 da mesma Lei, estão previstos diferentes modos de organização, sempre tendo como prioridade o processo de ensino-aprendizagem, como: sé- ries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudo e grupos não seriados com base na idade, competência ou outros critérios. Ainda em seu artigo 24, a LDB 9.394/96 se refere ao funcionamento dos Ensinos Fundamental e Médio, estabelecendo regras comuns que devem ser cumpri- das legalmente. Extra Recomendamos a leitura do documento da UNESCO: Os 4 Pilares da Educação. Disponível em: <http://unesdoc.unesco. org/images/0010/001095/109590por.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2014. Atividade Segundo a LDB 9.394/96 qual nível de ensino é obrigatório e gratuito? �( )� Apenas Educação Infantil. �( )� Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. �( )� Toda a Educação Básica. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE NÍVEIS DE ENSINO Pa r t e 01 25 �( )� Somente o Ensino Fundamental. �( )� Ensino Fundamental e Médio. Referências BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p. 27833-27841. DELORS, Jaques �(org. ). Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. São Paulo: Cortez, 1998. Resolução da atividade Alternativa correta: B Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE26 NÍVEIS DE ENSINO Pa r t e 02 EDUCAÇÃO SUPERIOR A diversidade do corpo discente no Ensino Superior na atu- alidade vem requerendo mudanças nas atitudes dos professores universitários. É crescente o número de estudantes em cursos universitários oriundos de diferentes etnias, de classes sociais mais baixas ou portadores de deficiências. O importante para todos esses estudantes é que se sintam incluídos pelo sistema, sem sofrer qualquer tipo de discriminação. Por isso, a valoriza- ção das pessoas que pensam ou agem de acordo com as normas condizentes com a cultura vigente da instituição pode causar a exclusão dos que pensam e agem diferente dela. É necessário, portanto, nos diferentes modos de ensinar, levar em consideração a existência de grupos identificados como subculturas. Assim se requer do professor uma linguagem mais adequada, para que os estudantes sintam-se valorizados. Mas esse processo não se dá apenas mediante o uso da lingua- gem adequada, mas que os conteúdos das disciplinas ministra- das não favoreçam a exclusão, daí a necessidade de se desen- volver um currículo adequado, inclusivo, de modo que favoreça a inclusão no processo de ensino-aprendizagem. É importante que os professores considerem algumas ques- tões como: conteúdo da disciplina que contemple a diversidade; estratégias de ensino que favoreçam a participação; reconhe- cimento da diversidade como recurso educacional e avaliação que leve em conta a diversidade de valores e experiências. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 27 NÍVEIS DE ENSINO Pa r t e 02 Cabe, portanto, ao professor universitário, adotar uma pedagogia culturalmente receptiva, para um ensino eficaz. A Educação Superior está expressa nos artigos 43 a 57 da LDB 9.394/96. Tem por finalidade formar profissionais nas diferen- tes áreas do saber, promovendo a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos através do ensino. A Educação Superior, de acordo com o artigo 45 da referida Lei, pode ser ministrada em estabelecimentos públicos ou particulares, e sua abrangência está especificada no artigo 44 da mesma Lei, como: • cursos sequenciais por campo de saber, de diferentes níveis de abrangência, abertos a candidatos que atendem aos re- quisitos estabelecidos pelas instituições de ensino; • cursos de graduação abertos a candidatos que tenham con- cluído o Ensino Médio ou equivalente e tenham sido classi- ficados em processo seletivo; • cursos de pós-graduação, compreendendo programas de mestrado e doutorado, cursos de especialização, aperfei- çoamento e outros, abertos a candidatos diplomados em cursos de graduação e que atendam às exigências das ins- tituições de ensino; • cursos de extensão, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições de ensino. Extra Recomendamos a leitura dos artigos 43 a 57 da LDB 9.394/96. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/ l9394.htm>. Acesso em: 20 ago. 2014. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE28 NÍVEIS DE ENSINO Pa r t e 02 Atividade Faça uma reflexão sobre o Ensino Superior no Brasi. Escreva um texto de uma lauda explorando os pontos fortes e pontos fracos identificados. Referências BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p. 27833-27841. GIL, Antonio Carlos. Didática do Ensino Superior. São Paulo: Atlas, 2009. LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2009. Resolução da atividade Resposta livre. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 29 NÍVEIS DE ENSINO Pa r t e 03 POLÍTICAS PÚBLICAS NA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM Sabe-se que uma escola de qualidade transforma-se quan- do todos os saberes se põem a serviço do aluno, cumprindo assim sua função social e política. Avaliar é uma atividade comum no nosso dia a dia. A escola pública deve ser democrática, garantindo a todos o acesso e permanência, proporcionando um ensino de qualidade que leve em conta as características específicas dos alunos. Muitos edu- cadores visualizam a avaliação como uma senhora autoritária e não como uma amiga fiel e conselheira. Nesse contexto, a aprendizagem ainda é concebida como memorização ou domí- nio de conteúdos do currículo apresentados de forma fragmen- tada e sem significado. O ato de avaliar pode ser definido como o de atribuir valor a algo. À medida que os professores começam a mudar o pro- cesso de ensino-aprendizagem, num sistema mais flexível, mu- dam também sua forma de pensar a avaliação e esta passa a ter uma função formativa, como um indicador para reorientação da prática pedagógica. Em uma escola onde os professores propõem estratégias de ensino diferenciadas para garantir que os alunos dominem habilidades e competências, a avaliação não tem o aspecto de classificação ou julgamento, mas sim a função de apoiar a apren- dizagem, visando a melhorias nos resultados dos alunos. Se en- sinar bem é lidar coma diversidade, avaliar bem é ser capaz de colocar a avaliação a serviço de uma pedagogia diferenciada. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE30 NÍVEIS DE ENSINO Pa r t e 03 A avaliação deve ser um instrumento que permita aos pro- fessores, alunos, pais e escola tomarem consciência de suas possibilidades, avanços e dificuldades, para tomada de deci- sões, correções e rumos que deverão ser seguidos. No contex- to das políticas públicas em prol da universalização do ensi- no, o governo implantou algumas intervenções de natureza avaliativa, como: Censo Escola; Avaliação da Educação Básica (SAEB); Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM); Avaliação das Instituições de Educação Superior (AVALIES); Avaliação dos cursos de Graduação (ACG) e Exame Nacional de Avaliação do Desempenho do Estudante (ENADE). Extras Assista ao vídeo sobre avaliação, disponível em: <www. youtube.com/watch?v=f5ox HVJuM5I>. Dica de leitura: A avaliação – da excelência à regulação das aprendizagens, do autor Philippe Perrenoud. Editora Artmed, Porto Alegre: 1999. Atividade Faça uma análise do sistema de avaliação de sua escola e reflita sobre as possíveis adaptações que seriam interessantes de serem feitas, para que a avaliação contribuísse de forma significativa no processo de ensino-aprendizagem. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 31 NÍVEIS DE ENSINO Pa r t e 03 Referência PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens. Porto Alegre: Artmed, 1999. Resolução da atividade Resposta livre. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE32 NÍVEIS DE ENSINO Pa r t e 03 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Expor os diferentes níveis e modalidades de ensino, observando o caráter flexível da legislação educacional vigente, levando-se em conta a autonomia conferida aos sistemas de ensino e às suas respectivas redes. MODALIDADES DE ENSINO Aula 03 Objetivo: Ig or Z h. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 35 MODALIDADES DE ENSINO Pa r t e 01 DEFINIÇÃO DE MODALIDADES DE ENSINO A LDB 9.394/96 estabelece a finalidade da educação, sua organização, administração, níveis e modalidades, assim estabelecidos: Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio) e Educação Superior. Com relação às modalidades de ensino, apresenta a seguinte organização: • Educação Especial – oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessi- dades especiais. • Educação de Jovens e Adultos – destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e Ensino Médio na idade própria. • Educação Profissional – integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. É destinada ao aluno matriculado ou egresso do Ensino Fundamental, Médio ou Superior, bem como ao tra- balhador em geral, jovem ou adulto (LDB, Art. 39). • Educação a Distância – pretende expandir oportunidades de estudo, em locais onde os recursos são escassos e, ain- da, familiarizar o cidadão com a tecnologia, oferecendo meios de atualização e capacitação profissional contínua. A legislação abrange, ainda, as modalidades da Educação Indígena e Educação no Campo. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE36 MODALIDADES DE ENSINO Pa r t e 01 Devemos, portanto, oportunizar a educação para todos, seja na Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio ou Ensino Superior. Percebe-se que para aqueles alunos que tive- ram acesso garantido, mas muitas vezes não conseguiram efe- tivar a sua permanência devido a vários fatores, como: sociais, pessoais, culturais, dentre outros. Para esses casos, a legislação oferece a oportunidade para que o aluno consiga concluir seus estudos. Buscou-se um nivelamento por meio do qual foram criadas as modalidades de ensino, sendo que, por meio destas, alunos que não tiveram oportunidade de estudos no tempo de- vido, agora têm acesso pela Educação de Jovens e Adultos (EJA) e na Educação Profissional, e na inclusão de pessoas portadoras de necessidades na modalidade de Educação Especial. Entendendo que a escola não pode obrigar alunos a se- rem iguais, cabe à mesma trabalhar com a diversidade de for- ma flexível e autônoma, garantindo aos estudantes direitos de cidadão. Extra Leia mais em A organização e a estrutura dos sistemas de ensino no Brasil, texto escrito por Jennifer Fogaça. Disponível em: <http://educador.brasilescola.com/gestao-educacional/a- -organizacao-estrutura-dos-sistemas-ensino-no-brasil.htm>. Acesso em: 20 ago. 2014. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 37 MODALIDADES DE ENSINO Pa r t e 01 Atividade Entre as várias modalidades e níveis de ensino apresenta- das, pesquise quais delas o município onde você mora vem ofer- tando, e em que condições está ocorrendo essa oferta. Faça uma análise sobre essa questão. Referência BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p. 27833-27841. Resolução da atividade Resposta livre. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE38 MODALIDADES DE ENSINO Pa r t e 02 FINALIDADES E OBJETIVOS A organização do sistema de ensino deve levar em conside- ração três grandes aspectos fundamentais: o sistema de ensino como tal, as escolas e as salas de aula. A escola é o espaço em que se realiza tanto os objetivos do sistema de ensino como os objetivos de aprendizagem. O sistema de organização e de ges- tão da escola é o conjunto de ações, meios, recursos e meto- dologias que propiciem as condições para que a escola alcance esses objetivos. A Educação Básica tem por finalidade desenvolver o educando, asse- gurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores” (LDB 9.394/96, Art. 22). Ela pode ser oferecida no ensino regular e nas modalidades de Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial e Educação Profissional, sendo que esta última pode ser também uma mo- dalidade da Educação Superior. Também é objetivo da Educação Básica fornecer os meios para que os estudantes progridam em estudos posteriores, sejam eles no Ensino Superior ou em outras modalidades educativas. Para que essa finalidade se concretize, foram definidas al- gumas ações, como: • referenciais curriculares nacionais para a Educação Infantil; Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 39 MODALIDADES DE ENSINO Pa r t e 02 • referenciais curriculares para a Educação Indígena; • proposta curricular para a Educação de Jovens e Adultos; • parâmetros nacionais curriculares para o EnsinoFundamental; • adaptações curriculares para a educação de alunos com necessidades educacionais especiais; • parâmetros curriculares para o Ensino Médio; • diretrizes curriculares para todos os níveis e modali- dades de ensino. Apesar da correlação existente entre a idade dos alunos, o nível e as modalidades de ensino, a legislação garante o direito de todo cidadão frequentar a escola regular em qualquer ida- de. No entanto, também é uma obrigação do Estado garantir os meios para que os jovens e adultos que não tenham frequenta- do a escola na idade adequada possam acelerar seus estudos e alcançar formação equivalente à Educação Básica. Cada uma das etapas da Educação Básica possui objetivos próprios e formas de organização diversas. A Educação Infantil tem como foco o desenvolvimento físico, psicológico, intelec- tual e social da criança. Também é dever do Estado oferecer o Ensino Fundamental de forma gratuita e universal. A obrigato- riedade do Ensino Fundamental implica reconhecê-lo como a formação mínima que deve ser garantida a todos os brasileiros, de qualquer idade. Outro objetivo dessa etapa é desenvolver a capacidade de compreender o ambiente natural e social, o sistema político, a tecnologia, as artes e os valores básicos da sociedade e da família. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE40 MODALIDADES DE ENSINO Pa r t e 02 Em 2006, a duração do Ensino Fundamental passou de oito para nove anos. Essa medida busca aumentar o tempo de perma- nência das crianças na escola e melhorar a qualidade da forma- ção inicial, especialmente no que diz respeito à alfabetização. O Ensino Médio, com duração de três anos, é de responsa- bilidade dos estados. Nesse período, são aprofundados os co- nhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, buscando arti- cular o conteúdo com a preparação básica para o trabalho e a cidadania. Outra função do Ensino Médio é propiciar a formação ética, o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pen- samento crítico e a compreensão dos fundamentos científico- -tecnológicos dos processos produtivos. Tudo isso permite ao estudante concluir a Educação Básica dominando conhecimentos e habilidades que o possibilitem es- colher rumos na vida adulta. Para isso, segundo Libâneo (2009), é preciso que o professor conheça bem a estrutura e a organi- zação do ensino, as políticas educacionais e as normas legais, bem como desenvolver habilidades de trabalho em equipe e colaboração, condições indispensáveis para o desenvolvimento de seu trabalho com eficiência e qualidade. Extra Recomendamos a leitura do texto Estrutura geral do sis- tema educacional, disponível em: <www.oei.es/quipu/brasil/ estructura.pdf>. Acesso em: 21 ago. 2014. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 41 MODALIDADES DE ENSINO Pa r t e 02 Atividade Como é desenvolvido o trabalho em sua escola no que diz respeito à gestão participativa para elaboração do Projeto Político Pedagógico? De que forma você colabora para a elabo- ração do mesmo? Referência LIBÂNEO, José Carlos, OLIVEIRA, João Ferreira, TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2009. Resolução da atividade Resposta livre. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE42 MODALIDADES DE ENSINO Pa r t e 03 CARACTERÍSTICAS CURRICULARES E DIRETRIZES Sabe-se que uma escola de qualidade transforma-se quan- do todos os saberes se põem a serviço do aluno, assim ela cum- pre com sua função social e política. A escola de qualidade pro- picia um espaço para o diálogo, interação, trocas, construindo/ reconstruindo/socializando, a fim de estimular no professor a reflexão-ação-reflexão em seu trabalho, contribuindo para a efetivação de uma consciência crítica, livre de preconceitos, sendo um mediador desse processo, ajudando os alunos a de- senvolverem a competência do pensar. Não queremos nossos alunos saindo de uma escola com um conhecimento uniforme, mas sim deixando a escola para serem independentes, criativos, flexíveis, cidadãos com consciência plena de seu papel. O sucesso desse trabalho, para assegurar o processo de ensino-aprendizagem, depende da articulação e integração de todos os envolvidos e de uma prática de gestão participativa na elaboração do projeto pedagógico que concre- tiza-se, por sua vez, no currículo e nas metodologias adotadas no âmbito da escola. Entende-se por currículo o conjunto de todas as experiên- cias, vivências e atividades de aprendizagem, incluindo-se as disciplinas ofertadas pela escola, as quais se realizadas ade- quadamente por alunos e professores, são capazes de propiciar Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 43 MODALIDADES DE ENSINO Pa r t e 03 o desenvolvimento do aluno que se espera ter. Na organização curricular deve estar bem clara a filosofia da escola, que cida- dão se pretende formar, com vistas a que objetivo ela se pro- pôs. Assim, todo currículo tem um caráter ideológico, definido em seu projeto pedagógico. Torna-se assim inevitável na sociedade atual, que se diz ser da aprendizagem, uma concepção e prática de um currículo grade, fragmentado. A teoria curricular pode ser analisada sob dois prismas principais: as concepções tradicionais ou conservadoras e a concepção crí- tica para se repensar o currículo e a sua expressividade em uma sociedade das aprendizagens significas, acima de tudo, repensar alguns pressupostos que norteiam a sociedade da informação, do conhecimento e das aprendizagens. Nesse contexto, impõe-se romper com a concepção do currículo isolado, descontextualiza- do, fragmentado que não propicia a construção e a compressão de nexos que permitam a sua estruturação com base na realidade (SANTOMÉ, 1998). E, ainda segundo Santomé (1998, p.187), a utilidade social do currículo está em permitir aos alunos e alu- nas compreender a sociedade em que vivem, favorecendo, para tal, o desenvolvimento de aptidões, tanto técnicas como sociais, que os ajudem em sua localização na comunidade de forma au- tônoma, crítica e solidária. Extra Leia o texto Currículo integrado, de Maria Cristina Davini. Disponível em: <http://pessoal.utfpr.edu.br/sant/arquivos/ curriculo_davini.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2014. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE44 MODALIDADES DE ENSINO Pa r t e 03 Atividade Como colocar a prática reflexiva no encaminhamento me- todológico do currículo integrado? Referência SANTOMÉ, Jurjo Torres. As origens da modalidade de currículo integrado. In:______. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998, p.9-23. Disponível em: <www.pead.faced.ufrgs. br/sites/publico/eixo7/didatica/unidade2/curriculo_integrado/origens_ curriculo_integrado.pdf>. Acesso em: 20 ago 2014. Resolução da atividade Resposta livre. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Refletir sobre os limites e possibilidades da política de educação profissional, especificamente a direcionada à Educação Profissional de Nível Médio, e sua articulação com o mercado de trabalho. EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE Aula 04 Objetivo: Za do ro zh ny i V ik to r Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrantedo acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 47 EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE Pa r t e 01 A EDUCAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO Diante dos grandes desafios e intensas mudanças do mun- do globalizado, a Educação Profissional deve estar integrada às diferentes formas de educação, à ciência, ao trabalho, à tec- nologia que visa ao desenvolvimento do cidadão e suas aptidões para a vida profissional. Essa modalidade de ensino deve estar articulada com o ensino regular e ser ofertada como prevê o artigo 39 da LDB 9.394/96: destina-se ao aluno matriculado no ensino funda- mental, médio ou superior ou egresso dele, bem como ao trabalhador em geral, jovem ou adulto para facilitar o acesso ao mercado de trabalho”. A Educação Profissional atua também como reinserção do trabalhador no mercado, tendo como objetivo principal o per- manente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. O artigo 41 da LDB 9.394/96 determina que o conhecimento adquirido na Educação Profissional, inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avalia- ção, reconhecimento e certificação para prossegui- mento ou conclusão de estudos. O Decreto Federal 5.154/2004 mantém as ofertas dos cursos técnicos concomitantes e subsequentes, trazidas pelo Decreto 2.208/97, além disso, tem o grande mérito de revogá- -lo e de trazer de volta a possibilidade de se integrar o Ensino Médio à Educação Profissional Técnica de Nível Médio, numa perspectiva que não se confunde com a educação tecnológica ou politécnica, mas que aponta em sua direção. Nesse processo Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE48 EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE Pa r t e 01 educativo de caráter crítico-reflexivo, o professor deve as- sumir uma atitude orientada para a responsabilidade social. Nessa perspectiva, o docente deixa de ser um transmissor de conteúdos para assumir uma atitude de mediador no proces- so de ensino-aprendizagem sem, no entanto, perder a respon- sabilidade com a competência técnica dentro de sua área do conhecimento. A premissa que orienta o projeto do Ensino Médio integra- do à Educação Profissional é a de centralizar e aprofundar o caráter humanista do ato de educar. A reformulação e da elabo- ração de políticas públicas no âmbito do trabalho (qualificação profissional, aprendizagem, certificação profissional, formação para a economia solidária), da juventude (construção da polí- tica nacional da juventude com ações que envolvem trabalho e educação) e de educação no campo se desenvolvem com mui- tos esforços. Busca-se a viabilização de projetos adequados à diversidade da educação e dos sujeitos, com respeito à suas culturas, seu modo de vida e suas especificidades em termos de aprendizagem – com base nas concepções de Educação Inclusiva e equidade. Extra Recomendamos a leitura do texto Educação Profissional Técnica de Nível Médio Integrada ao Ensino Médio: Documento Base. Brasília, dezembro de 2007. Disponível em: <http://por- tal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/documento_base.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2014. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 49 EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE Pa r t e 01 Atividade Assinale V para verdadeiro e F para falso. ( )� De acordo com o artigo 39 da LDB 9.394/96, a Educação Profissional, integrada às diferentes formas de educa- ção, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. ( )� O artigo 41 da LDB 9.394/96 determina que “o conhe- cimento adquirido na Educação Profissional, inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhe- cimento e certificação para prosseguimento ou con- clusão de estudos”. ( )� O Decreto Federal 5.154/2004 revogou o Decreto 2.208/97. ( )� O Decreto Federal 5.154/2004, além de manter as ofer- tas dos cursos técnicos concomitantes e subsequentes, trouxe de volta a possibilidade de integrar o Ensino Médio à Educação Profissional Técnica de Nível Médio. ( )� Num processo educativo de caráter crítico-reflexivo, o professor não deve assumir uma atitude orientada para a responsabilidade social. Referências BRASIL. Decreto n. 5.154, de 23 de julho de 2004. Regulamenta o artigo §2.° do artigo 36 e os artigos 39 a 41 da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e dá outras providências. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 jul. 2004. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/ decreto/d5154.htm>. Acesso em: 23 set. 2014. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE50 EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE Pa r t e 01 ______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p. 27833-27841. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394. htm>. Acesso em: 23 set. 2014. ______. Ministério da Educação. Programa de Integração da Educação Profissional Técnica de Nível Médio Integrada ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA. Documento Base. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/acs_docbaseproeja. pdf>. Acesso em: 20 ago. 2014. Resolução da atividade Gabarito: V, V, V, V, F. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 51 EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE Pa r t e 02 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA A oferta de Educação Profissional Tecnológica conduz à di- plomação de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, que regulamentam seus objetivos e permitem o Ensino Profissional complementar ao Ensino Médio, paralelamente ou posteriormente. A proposta atual da Educação Profissional é de dar chance aos alunos de saírem dessa fase de estudo com qualificação su- ficiente para ingressarem no mercado de trabalho. A nova exigência de profissionalização dos trabalhadores brasileiros segue na direção do compromisso com o desenvolvi- mento de competências ou saberes que permitam ao cidadão- -trabalhador enfrentar e responder aos desafios com criativida- de, autonomia, ética, responsabilidade social e ambiental. Esse desenvolvimento pode e deve ser considerado como a matriz geradora dos novos programas de Educação Profissional e Tecnológica. Espera-se que estas instituições educacionais preparem profissionais que tenham aprendido a aprender e a gerar autonomamente um conhecimento atualizado, inovador, criativo e operativo, e que incorporem as mais recentes contri- buições científicas e tecnológicas das diferentes áreas do saber, desenvolvendo suas competências. A Educação Profissional está centrada, portanto, num con- ceito de competências, e será exigido do profissional tanto uma escolaridade básica sólida quanto uma formação mais ampla e polivalente. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE52 EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE Pa r t e 02 Segundo o documento do MEC, Educação Profissional – Legislação Básica, 2001: A revolução tecnológica e o processo de reorga- nização do trabalho demandam uma completa revisão dos currículos, tanto da Educação Básica, quanto da Educação Profissional, uma vez que é exigido dos trabalhadores, em doses crescentes, maior capacidade de raciocínio, autonomia inte- lectual, pensamento crítico, iniciativa própria e espírito empreendedor, bem como acapacidade de visualização e resolução de problemas. (Educação Profissional – Legislação Básica – MEC 2001). Dessa forma, a Educação Profissional não é meramente ensi- nar a fazer e preparar para o mercado de trabalho. Ela também proporciona, com suas conquistas, a compreensão das dinâmicas socioprodutivas modernas e habilita as pessoas para o exercício autônomo e crítico de profissões, sem nunca se limitar a elas. Extra Para saber mais, procure ler o texto Educação Profisional Técnica de Nível Médio Integrada ao Ensino Médio, documen- to base da Secretaria de Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Publicado em Brasília, dezembro de 2007. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/ documento_base.pdf>. Acesso em: 21 ago. 2014. Atividade Faça uma pesquisa em uma escola que oferece a educa- ção Profissionalizante verificando se os índices de matrícula e Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 53 EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE Pa r t e 02 permanência aumentaram ou diminuíram nos três últimos anos. Faça uma reflexão sobre os dados coletados. Referências BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de educação média e tecnológica. Educação profissional legislação básica. Brasília, DF. 2001. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/LegisBasica.pdf>. Acesso em: 24 set. 2014. PACHECO, Eliezer. Perspectivas da educação profissional técnica de nível médio. São Paulo: Moderna, 2012. Resolução da atividade Resposta livre. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE54 EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE Pa r t e 03 ABRANGÊNCIA DE CURSOS X MERCADO DE TRABALHO A Educação Profissional não foi prioridade na história da educação brasileira muito tempo, mas agora, frente às neces- sidades, isso está mudando. A preparação básica para o traba- lho, no Ensino Médio, deve incluir as competências que darão suporte para a Educação Profissional específica. Essa é uma das fortes razões pelas quais as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (Parecer CNE/CEB 15/98) insistem na fle- xibilidade curricular e na contextualização dos conteúdos das áreas e disciplinas. O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem e de competências para a cidadania e para o trabalho são os com- promissos centrais de qualquer escola. De modo especial, é o compromisso central de uma escola técnica que tem por obriga- ção ser o centro de referência tecnológica na área profissional em que atua e na região onde se situa, para trabalhadores, empregadores e estudiosos. O compromisso da Educação Profissional é, essencialmen- te, com o desenvolvimento de competências profissionais, com crescente grau de autonomia intelectual, em condições de dar respostas adequadas aos novos desafios da vida profissional. Chegar ao fim dos estudos para se posicionar bem no mercado de trabalho é um sonho de boa parte dos brasileiros e, na maio- ria das vezes, a formação almejada é a graduação em um curso regular, de Ensino Superior. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 55 EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE Pa r t e 03 FASDFSDFA Quem procura uma escola técnica procura conhecimentos, habilidades, valores que conduzam a um exercício profissional competente e forneçam condições de conseguir um emprego novo ou de melhorar seu desempenho profissional no emprego atual, desenvolvendo suas atividades profissionais com eficácia e competência. O real compromisso da escola é com o desen- volvimento crescente da autonomia intelectual do aluno, de modo que ele continue aprendendo e articulando as várias di- mensões de educação, trabalho, ciência e tecnologia. O Ensino Profissional tem crescido com o passar dos anos e ganha cada vez mais destaque nas vagas oferecidas, espe- cialmente em países com perfil de desenvolvimento como o Brasil. Segundo afirma Aléssio Trindade (apud SANTANA, 2014), secretário da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação (MEC). Para Aléssio, a for- mação técnica pode ser compreendida como parte fundamen- tal para o mercado de trabalho. É uma questão essencial que está na base de qualquer setor produtivo, inclusive no setor de serviços. Pesquisas indicam que nos próximos dois anos só a indústria irá precisar de 7,2 milhões de trabalhadores de nível técnico. A afirmação vem do Mapa do Trabalho Industrial 2012, elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Já o estudo “Educação Profissional e Você no Mercado de Trabalho”, realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que avaliou dados de 2002 a 2010, diz que um trabalhador com formação técnica tem 38% mais chances de conseguir um emprego com carteira assinada do que um formado no Ensino Médio regular. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE56 EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE Pa r t e 03 Os bons resultados também refletem no bolso. A mesma pesquisa da FGV aponta que um técnico ganha 13% a mais do que um profissional que possui apenas o Ensino Médio. Um estu- do publicado pelo Senai este ano vai mais longe: demonstra que depois de apenas um ano de formado o salário de um técnico aumenta 24%. Essa valorização comprova a importância que o mercado está dando aos profissionais com esse tipo de formação, afinal, depois do chamado “apagão de mão de obra qualificada”, eles são mais necessários do que nunca, característica de economias em crescimento. Os cursos profissionalizantes de nível médio, também co- nhecidos como cursos técnicos, são rápidos – com três anos de duração quando integrados ao Ensino Médio, para jovens egres- sos do Ensino Fundamental, ou com cerca de um ano e meio na forma modular –. Para o público adulto, contam com uma grade curricular totalmente focada na prática e são bem mais baratos, além dos inúmeros institutos públicos que oferecem formação gratuitamente. Para cumprir o objetivo da escola téc- nica é necessário que se faça um plano de curso que possibilite múltiplas entradas e saídas, para a qualificação, a habilitação e a especialização profissional. Extra Recomendamos a leitura da Revista Brasileira da Educação Profissional e Tecnológica, disponível em: <http://portal.mec. gov.br/setec/arquivos/pdf3/rev_brasileira.pdf>. Acesso em: 21 ago. 2014. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 57 EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE Pa r t e 03 FASDFSDFA Atividade De que modo você percebe que a Educação Profissional real- mente pode contribuir com o desenvolvimento do nosso País? Quais seriam, ainda, as melhorias que as escolas que ofertam essa modalidade de ensino poderiam implementar objetivando um processo ensino-aprendizagem com mais qualidade? Referências CORDÃO, Francisco Aparecido. A LDB e a Nova Educação Profissional. Disponível em: <www.senac.br/BTS/281/boltec280b.htm>. Acesso em: 21 ago. 2014. PORTAL BRASIL. Brasileiros Apostam na Educação Profissional para Abrir Portas ao Mundo do Trabalho. Publicado em 25 fev. 2014. Disponível em: <www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2014/02/brasileiros-apostam-na- educacao-profissional-para-abrir-portas-ao-mundo-do-trabalho>. Acesso em: 21 ago. 2014. SANTANA, Ana Elisa. Saiba como a Educação Profissional É uma Oportunidade para Entrar no Mercado de Trabalho. Publicado em 01 de maio 201. Disponível em: <www.ebc.com.br/educacao-profissional-e-oportunidade-de-entrada- no-mercado-de-trabalho>. Acesso em: 21 ago. 2014. SENAI – Serviço Nacionalde Aprendizagem Industrial. Senai Divulga Mapa do Trabalho Industrial. Disponível em: <www.senaipa.org.br/noticias/ultimas- noticias/256-senai-divulga-mapa-do-trabalho-industrial.html>. Acesso em: 09 out. 2014. Resolução da atividade Resposta livre. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE58 EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE Pa r t e 03 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Refletir sobre o direito a uma educação de qualidade, peça-chave para a ampliação e a garantia dos demais direitos humanos e sociais, tendo a Educação Integral como organização para a promoção do desenvolvimento dos alunos em sua totalidade. EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL Aula 05 Objetivo: G la ds ki kh T at ia na Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 61 EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL Pa r t e 01 FASDFSDFA O QUE É A EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL Temos que pensar numa escola de qualidade e que respeite a diversidade. Portanto, uma educação integral e de qualidade é aquela que está preocupada com o desenvolvimento do cida- dão na sua integralidade – o que vai além de se trabalhar ape- nas com os aspectos da cognição, mas que se preocupa e dá im- portância ao desenvolvimento do cidadão em várias dimensões como: artísticas, afetivas, espirituais, cognitivas, corporais. Já a escola de tempo integral está preocupada apenas com a ampliação do tempo desse aluno na escola e acaba por man- ter a mesma organização de forma fragmentada do processo de ensino-aprendizagem. Eis a grande diferença da Educação Integral para uma escola de tempo integral. Para que a escola integral cumpra com sua função, é pre- ciso que ela se preocupe com alguns aspectos fundamentais como: uma gestão democrática e participativa com todos os su- jeitos envolvidos no processo educativo; um currículo adequa- do que valorize a realidade em que a escola está inserida; um projeto político pedagógico visando a garantir a relação escola- -comunidade de forma integrada e cumprindo com seu papel social para o desenvolvimento pleno da cidadania de seus alu- nos. Papel esse que deverá estar bem claro na filosofia adotada pela escola em seu projeto pedagógico, construído de forma participativa por todos os elementos da escola. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE62 EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL Pa r t e 01 Nesse sentido, as políticas educacionais para uma Educação Integral devem ultrapassar a questão da simples ampliação do tempo escolar e devem buscar construir uma escola de quali- dade em que o fator principal é a participação, favorecendo um processo de ensino-aprendizagem que visa a diversidade e o respeito aos direitos humanos na perspectiva do desenvol- vimento pleno da cidadania de seus alunos. De acordo com o artigo 34 da LDB 9.394/96, só faz sentido a ampliação do tempo na escola se ele for reorganizado em função de um currículo adequado com a realidade em que a escola está inserida, numa perspectiva de um processo de ensino-aprendizagem multidi- mensional deste aluno, futuro cidadão, respeitando seus direi- tos e sua diversidade. O Brasil tem muito a aprender com os países que hoje são mo- delo em educação. Na Finlândia, Coreia do Sul, Irlanda e Chile, os estudantes passam o dia todo na escola – em média, nove horas – enquanto por aqui, a maioria dos alunos não fica mais de cinco horas por dia em aula. E isso, claro, interfere não só na quali- dade da educação, como também no desenvolvimento do país. A Educação Integral pretende desenvolver os alunos em sua tota- lidade. Muito mais do que o tempo em sala de aula, a Educação Integral reorganiza espaços e conteúdos, de modo que a tarefa de educar seja dividida com os pais e com a comunidade. Extra Indicamos a leitura complementar do texto O que é educa- ção em tempo integral, que pode ser encontrado no link: <edu- carparacrescer.abril.com.br/política-publica/educacao-inte- gral-624287.shtml>. Acesso em: 05 set. 2014. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 63 EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL Pa r t e 01 FASDFSDFA Atividade Como você organizaria uma escola de educação em tempo integral? Cite três elementos básicos que fariam parte dessa organização da escola. Referências BLOG. Porvir. A educação integral deixa a escola mais humana. Disponível em: <http://porvir.org/porpensar/a-educacao-integral-deixa-escola-mais- humana/20130821>. Acesso em: 05 set. 2014. FERNANDES, Fernanda Oliveira; FERREIRA, José Heleno. Educação em tempo integral: novos desafios para a educação no Brasil. Disponível em: <www. funedi.edu.br/revista/files/numero3/n3%201semestre/7educacaoemtempoi ntegral.pdf>. Acesso em: 05 set. 2014. Resolução da atividade Resposta livre. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE64 EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL Pa r t e 02 O QUE PRETENDE A EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL Desde o início do século XX, a educação no contexto brasi- leiro tem desenvolvido concepções e práticas sobre a Educação Integral, alicerçadas na ampliação da jornada escolar, visando à necessidade de reestruturar a escola para responder aos de- safios dos tempos atuais. O grande desafio da Educação Integral é a elaboração de um projeto pedagógico consistente, comprometido e, princi- palmente, construído de forma participativa, de acordo com a realidade e com a escola que pretende ter, não esquecendo o seu principal objetivo: que aluno se deseja formar. Nessa perspectiva, deve preocupar-se não somente com o acesso à educação pública, mas com a permanência desse ci- dadão na escola pública de qualidade e, principalmente, com o seu ensino e aprendizagem. A Educação Integral não pode preocupar-se apenas com a ampliação do tempo escolar e com a reorganização do espaço, mas também, e principalmente, com a concepção de educação adotada. Esta deve estar clara em seu projeto pedagógico da escola, tendo em vista os diversos agentes sociais que podem interagir neste processo. Portanto, falar sobre Educação Integral implica considerar a questão de algumas variáveis importantes como tempo (com Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 65 EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL Pa r t e 02 FASDFSDFA referência à ampliação da jornada escolar) e espaço (com re- ferência aos territórios em que cada escola está situada) – va- riáveis essas que darão novas oportunidades de aprendizagem para a reapropriação pedagógica de espaços de sociabilidade e de diálogo com a comunidade local, regional e global. Essa relação educador-educando, aberta ao relacionamento sociofa- miliar e comunitário, deve ser democrática, pois envolve todos os segmentos da comunidade escolar na busca do bem comum, que é o pleno desenvolvimento do cidadão. Cabe, ainda, dizer que o processo de ensino-aprendizagem só terá efeito significativo com a participação de todos os en- volvidos. Pode-se dizer que pais e escola formam uma bela parceria. É o que afirma Augusto Cury (2003): “Se a parceria entre a família e escola for formada desde os primeiros passos da criança, todos terão muito a lucrar”. A criança que estiver bem vai melhorar, e aquela que tiver problemas receberáaju- da, tanto da escola quanto dos pais, para superá-los. Para se construir uma educação integral e ética, cumpre-nos repensar as prioridades, rever as políticas educacionais, propostas e pro- jetos curriculares. Extra CURY, Augusto. Pais Brilhantes e Professores Fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE66 EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL Pa r t e 02 Atividade Que tipo de homem desejamos construir a partir da Educação Integral? Referência BRASIL. Ministério da Educação. Série mais Educação. Educação Integral. Brasília, 2009. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/ cadfinal_educ_integral.pdf>. Acesso em: 05 set. 2014. CURY, Augusto. Pais Brilhantes e Professores Fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. Resolução da atividade Resposta livre. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 67 EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL Pa r t e 03 FASDFSDFA LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA E A LDB A gestão democrática e participativa é um fator indispensá- vel e de maior valia para contemplar a Educação Integral. Assim, o Ministério da Educação, por meio das Secretarias de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) e de Educação Básica (SEB), em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), retomou esse ideal para que isso realmente aconteça em nossas escolas, transformando a realidade em que está inserida. Esse é um grande desafio para a educação, pois demanda um compromisso ético. A gestão de- mocrática e participativa deve estar contemplada nas políticas educacionais, atendendo aos dispositivos legais. Partindo das questões legais que envolvem a Educação Integral, de acordo com a Constituição Federal de 1988, seu artigo 6.º nos fala de um direito essencial: São direitos sociais a educação, a saúde, a alimen- tação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na for- ma desta Constituição. (CF, 1988, Art. 6.º) Direito esse, capaz de conduzir ao pleno desenvolvimento da cidadania, além de possibilitar a preparação para o mundo do trabalho, conforme o artigo 205 da Constituição Federal: A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE68 EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL Pa r t e 03 exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (CF, 1988, Art. 205) Já a nossa LDB 9.394/96 reitera os princípios constitucio- nais e ainda prevê, em seu artigo 2.º, a ampliação progressiva da jornada escolar do Ensino Fundamental para o regime de tempo integral (Arts. 34 e 87), a critério dos estabelecimentos de ensino. Além disso, ampliando os espaços e práticas educa- tivas vigentes, a Lei prevê que: [...] a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convi- vência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e or- ganizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. (LDB 9.394/96, Art. 1.°) Mas é importante ressaltar que, quando a LDB 9.394/96 aborda a questão do tempo integral, ela o faz no artigo 34, que trata da jornada escolar, considerada como o período em que a criança e o adolescente estão sob a responsabilidade da escola. Além de prever a ampliação do Ensino Fundamental para tempo integral, a LDB 9.394/96 admite e valoriza as experi- ências extraescolares (Art. 3.º, inciso X), as quais podem ser desenvolvidas com instituições parceiras da escola. De acordo com Guará (2006), essas indicações legais correspondem tanto às expectativas de ampliação do tempo de estudo ou da jor- nada escolar, dentro do Sistema Público de Ensino, quanto ao crescente movimento de participação de outras organizações, nascidas, em geral, por iniciativa da própria comunidade e que trabalham na interface educação-proteção social. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 69 EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL Pa r t e 03 FASDFSDFA Ainda, de acordo com a Constituição Federal de 1988 e a LDB 9.394/96, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seu capítulo V, artigo 53, complementa a proposição de obriga- toriedade do acesso e da permanência na escola, reconhecendo que o desenvolvimento integral da criança e do adolescente re- quer uma forma específica de proteção. De acordo com a Lei 10.172, de 9 de janeiro de 2001, que instituiu o Plano Nacional de Educação (PNE), valorizar-se a Educação Integral como possibilidade de formação da pessoa em sua totalidade. Ressalte-se que o PNE avança para além do texto da LDB 9.394/96 ao apresentar a educação em tempo integral como objetivo do Ensino Fundamental e, também, da Educação Infantil. Além disso, o PNE apresenta, como meta, a ampliação progressiva da jornada escolar para um período de, pelo me- nos, sete horas diárias, além de promover a participação das co- munidades na gestão das escolas, incentivando a instituição de Conselhos Escolares. Extra Indicamos a leitura complementar do texto Escola em tem- po integral melhora o desempenho dos alunos. Disponível em: <http://ocponline.com.br/noticias/escola-em-tempo-integral- -melhora-o-desempenho-dos-alunos>. Acesso em: 05 set. 2014. Atividade Você acha que toda a legislação vigente abrange a efeti- vação da proposta de educação integral? O que está faltando? Justifique. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE70 EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL Pa r t e 03 Referências BRASIL. Constituição (1988). Constituição: República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988. ______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p. 27833-27841. Ministério da Educação. Série mais Educação – Educação Integral. Brasília, 2009. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments.cadfinal_ educ_integral.pdf>. Acesso em: 05 set. 2014. ______. Plano Nacional da Educação. Lei n. 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 jan. 2001. Seção 1. p. 1. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm>. Acesso em: 09 set. 2014. CURY, Augusto. Pais Brilhantes e Professores Fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. GUARÁ, Isa Maria F. Rosa. É Imprescindível Educar Integralmente. In: Caderno CENPEC: educação, cultura e ação comunitária, n. 2, p. 15-24, 2006. Disponível em: <www.cenpec.org.br/biblioteca/educção/producoes-cenpec/ cadernos-cenpecn-n-2-educação-integral>. Acesso em: 05 set. 2014. Resolução da atividade Resposta livre. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Conhecer e analisar essa modalidade de ensino da Educação Básica, refletindo sobre a importância da mesma para o desenvolvimento e transformação da sociedade. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Aula 06 Objetivos: Ko ns ta nt in C ha gi n Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A.,
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