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- -1 PROJETO INTEGRADOR: EDUCAÇÃO E SOCIEDADE CAPÍTULO 2 - EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO Ana Celeste da Cruz David - -2 Introdução Iniciamos este capítulo apresentando a compreensão das conexões entre as perspectivas educacionais e os modos de produção da vida social e material na sociedade do conhecimento, também reconhecida como Era da Informação. Para tanto, precisamos antes fazer os seguintes questionamentos: vivemos na sociedade do conhecimento ou na sociedade da informação? Quais paradigmas apoiam a era informacional? Aspectos comunicacionais e educacionais se entrelaçam entre educação e sociedade do conhecimento. Desse modo, conceber a linguagem como artefato principal da comunicação humana e os sentidos do “letramento” e “letramento digital” confere elementos para pensar práticas sociais e educativas contextualizadas e conectadas? Discutir sobre as inovações tecnológicas em andamento e como o acesso a elas afeta a sociedade e, de outro lado, como a falta de acesso a essas inovações altera o curso da sociedade se torna emergente, principalmente se essa discussão se articula aos modos de viver dos sujeitos nas instâncias da família, da escola e do trabalho. Tendo como referências os questionamentos que acabamos de ler, veremos na sequência do material uma perspectiva dos conceitos de informação, conhecimento, aprendizagem e linguagem. Nossos estudos serão guiados pela abordagem sócio-histórica na perspectiva crítica e reflexiva dos fatos e fenômenos abordados. A contextualização das práticas sociais e políticas envolvidas na elaboração desse campo serviram de fundamentação e compreensão dos temas estudados, conferindo a eles a historicidade e a práxis necessária ao entendimento profundo das questões levantadas, ainda que o conhecimento produzido seja provisório e incerto como a modernidade. Vamos começar? Acompanhe! 2.1 Perspectivas atuais na educação Desde a popularização do acesso à internet e o uso do celular e seus aplicativos móveis, as relações sociais, culturais, econômicas, de trabalho e educação sofreram algum tipo de interferência. Por exemplo, você já ouviu a expressão “letramento digital”? Sabe o que ela significa? Assim como essa, outras expressões passaram a fazer parte do repertório do campo de educação com o objetivo de se estabelecer um parâmetro de análise e compreensão das atuais perspectivas e tendências educacionais. Do mesmo modo, vamos lidar com termos como “tecnologias digitais” e “ciberespaço”. Falando nisso, você reconhece a aplicação desses termos em educação? Com esse cenário, instala-se uma nova relação entre os campos de saber da educação, da comunicação e das tecnologias. Podemos dizer que com a popularização da internet e o desenvolvimento das mídias digitais, novas formas de comunicação e educação criaram um rumo inovador. Assim, ao estudar os conteúdos a seguir, vamos refletir, levantar novas questões e responder a perguntas sobre as perspectivas atuais na educação. Continue a leitura! 2.1.1 Educação, comunicação e tecnologia Comunicar é uma ação típica da natureza humana devido à capacidade de o ser humano criar códigos e símbolos complexos, linguagem ou linguagens. Como campo de saber, tem sido objeto de estudo e pesquisa de áreas como a Linguística, a Semiótica, a Sociolinguística, a Psicolinguística ou disciplinas entendidas como o “[…] conjunto de práticas intelectuais distintas [...] possuidoras de suas próprias tradições e territórios, seus campos e fronteiras” (BURKE, 2016, p. 45). O campo da comunicação esteve e está potencialmente ligado ao desenvolvimento da indústria, como explicam Mill e Magalhães (2013, p. 324) ao mencionarem que, Com a abertura de estradas, vieram os mensageiros; com a navegação, os mapas; com os templos, as - -3 Com a abertura de estradas, vieram os mensageiros; com a navegação, os mapas; com os templos, as esculturas, a arte representativa, os vitrais; com a necessidade de aprimoramento da elite e da mão de obra, a imprensa; com as estradas de ferro, o telégrafo; com a conquista do espaço, os satélites. É um constante e progressivo não cessar de implicações e aperfeiçoamentos tecnológicos, sempre a partir do contexto sócio-histórico e as necessidades de progresso do homem. Assim, o campo da comunicação se mantém ligado ao campo da educação na medida em que se configura no espaço privilegiado de transmissão do conhecimento socialmente produzido. Sendo a escola, também em sua estrutura formal, uma produção da Revolução Industrial. Há, entre os estudiosos, uma tendência daqueles que preferem o uso do termo “conhecimento” e aqueles que preferem “informação”. Ao utilizar a metáfora de Lévi-Strauss, que é a de pensar a informação como algo cru e no conhecimento como algo cozido, Burke (2013, p. 19), em sua história do conhecimento, esclarece que dados, informações e conhecimentos “[…] não são fornecidos objetivamente, e sim processados por mente humana”. Com isso, podemos pensar que na educação e comunicação lidamos com informações e conhecimentos que são produzidos, armazenados, classificados e distribuídos pela mente humana. As teorias da comunicação e as formas de comunicar se modificaram ao longo do tempo. Para pensar a partir do contexto da Revolução Industrial, três grandes marcos podem servir de referência sobre as formas de comunicar. Vejam quais são na figura a seguir. Figura 1 - Os meios de comunicação de massa se transformam com a internet Fonte: Elaborada pela autora, 2020. Burke (2016, p. 101) ainda cita que “A era da imprensa foi um marco histórico na produção e circulação do conhecimento, e talvez também, na ocultação deste, porém, é bom lembrar que “demorou um bom tempo para que as pessoas aprendessem a confiar na escrita”. A expansão e ampliação da comunicação por meio do rádio e da televisão, da linguagem audiovisual, promoveram estudos da recepção e audiência e da comunicação de massa. Tendências de abordagens, desde o pragmatismo americano e da crítica europeia da escola canadense da Marshall McLuhan, autor da expressão - -4 pragmatismo americano e da crítica europeia da escola canadense da Marshall McLuhan, autor da expressão “aldeia global”, aprofundam a ideia de que “[…] o processo de mudança na comunicação estava implícito nas formas da tecnologia dos meios de comunicação” (MILL; MAGALHÃES, 2013, p. 330). A corrente dos estudos culturais, ao abordar o processo social em suas práticas culturais e sociais, contribui na reflexão sobre o papel dos meios de comunicação de massa na constituição de identidades flexíveis, móveis e fragmentadas em suas diferentes dimensões de gênero, etnia, classe, geração e cultura. A era dos computadores com suas Tecnologias da Informação e Comunicação representam outra vertente da análise da relação comunicacional. 2.1.2 Educação e linguagem No campo da educação, os estudos relacionados ao pensamento e à linguagem, especialmente as pesquisas de Piaget e Vygotsky, contribuíram na compreensão dos aspectos do desenvolvimento cognitivo da comunicação e nas formulações no campo do ensino e aprendizagem. Os estudos de Piaget, que tiveram grande repercussão no campo educacional, foram as investigações sobre conhecimento e desenvolvimento das estruturas do pensamento construídas pelo sujeito epistêmico ou sujeito do conhecimento em interação com o objeto conceitual. Piaget desenvolveu a Epistemologia Genética por meio do método da entrevista clínica, a partir da apresentação de situações-problemas formuladas às crianças, reconhecidas como “provas piagetianas” (VYGOTSKY, 2015a). Piaget também atribuiu à linguagem um papel relevante no desenvolvimento das estruturas do pensamento, sendo a aquisição da linguagem pela criança um marco definidor no seu desenvolvimento (VYGOTSKY, 2015a). O interacionismo sócio-histórico de Vygotsky, também denominado como histórico-cultural e sócio- interacionismo ou sociocultural, enfatiza o papel da linguagem e da aprendizagem no desenvolvimento do indivíduo. Segundo Vygotsky (2015a, p. 17), a “[…] função primordialda fala, tanto nas crianças quanto nos adultos, é a comunicação, o contato social”. Nessa corrente teórica, as interações entre indivíduo e contextos histórico, social e cultural criam as condições para o desenvolvimento das funções mentais superiores: atenção deliberada, memória lógica, abstração, capacidade para comparar e diferenciar, análise e síntese. O desenvolvimento dos conceitos ou significados das palavras e da comunicação pressupõe o desenvolvimento das funções mentais superiores. Conceitos são, no interacionismo, instrumentos do pensamento. Podem ser espontâneos, cotidianos, formados na experiência prática ou científicos, que são aqueles aprendidos no contexto escolar ou em experiências formais de aprendizado intencional. De acordo com Vygotsky (2015a, p. 46), “[…] um conceito não é uma formação isolada, fossilizada, imutável, mas uma parte viva do processo intelectual, constantemente a serviço da comunicação, do entendimento e da solução de problemas”. Além disso, ainda no interacionismo, a função social da escola é de grande relevância para o aprendizado e conhecimento, pois são diferentes os caminhos entre a aquisição de conceitos por meio da experiência pessoal, quando a criança realiza sozinha essa construção; e quando se defronta com as situações colocadas no processo formal de ensino na escola. Para exemplificar essa diferença, Vygotsky estabelece uma comparação entre a aprendizagem do conceito de “irmão”, um conceito espontâneo “impregnado de experiência”; e o conceito VOCÊ QUER LER? O texto “Cibercultura e mobilidade: a era da conexão”, de André Lemos, analisa os fenômenos sociais do uso do celular e das práticas de conexão à internet sem fio (Wi-Fi) no contexto da cibercultura. Para ler o material completo, é só clicar no link: http://www.intercom.org.br ./papers/nacionais/2005/resumos/r1465-1.pdf http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2005/resumos/r1465-1.pdf http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2005/resumos/r1465-1.pdf - -5 aprendizagem do conceito de “irmão”, um conceito espontâneo “impregnado de experiência”; e o conceito científico de “exploração”, que “[…] carece de conteúdo proveniente da experiência pessoal” e requer desde o início “[…] uma atitude mediada em relação ao seu objeto” (VYGOTSKY, 2015a, p. 93). A respeito da mediação, o interacionismo de Vygotsky oferece à educação um importante dispositivo teórico para compreender a dinâmica do desenvolvimento cognitivo infantil: a zona de desenvolvimento proximal. Ela é definida como […] a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes. (VYGOTSKY, 2015b, p. 112) Por meio da linguagem, o ser humano se comunica, acessa informação, expressa diferentes pontos de vista, argumenta em favor de suas ideias, contesta sobre opiniões e constrói visões de mundo, sendo que tudo isso está intimamente relacionado à sua experiência de ser/estar no mundo. Um projeto de educação comprometido com os princípios democráticos da vida cidadã contemporâneos atribui à escola a função social de garantir a todos o acesso aos saberes da língua e a se comunicar de forma livre, autônoma e solidária. 2.1.3 Letramento digital As pesquisas sobre letramento, principalmente entre os anos finais do século XX e início do século XXI, trouxeram respostas às questões presentes nesse intermédio e possibilitaram vislumbrar novas e inquietantes indagações. Problemas cruciais relativos à universalização da educação básica inicial e à alfabetização de crianças, jovens e adultos foram, ainda que parcialmente, superados em razão da implementação de políticas públicas, programas e planos específicos ao longo de algumas décadas (SOARES, 2002). Superadas essas questões, um novo desafio se impõe, pois, a sociedade, centrada na leitura e escrita, exige do alfabetizado domínio e usos sociais cada vez mais complexos, além de requerer, para além da condição de alfabetizado, a condição de sujeito letrado. O termo “letramento” chega ao Brasil por meio dos estudos e das pesquisas de Mary Kato, Ângela Kleiman e Magda Soares, na década de 1980. Sobre ele, versam diferentes tendências, sendo difícil formular uma única definição (SOARES, 2002). Para Soares (2012), alfabetização e letramento são dois processos distintos, de natureza essencialmente diferente, mas possuem elementos processuais indissociáveis. De acordo com o autor, “[…] letramento é, pois, o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever: o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita” (SOARES, 2012, p. 18). Essa concepção aponta para consequências individuais ou coletivas em aspectos de naturezas social, cultural, cognitiva, política e econômica. Em suas pesquisas, Kleiman (2008) demonstra a existência de letramento em grupos de analfabetos. Também é razoável ver crianças em contato com práticas de letramento antes de frequentarem a escola ou estarem alfabetizadas. Nesse sentido, Soares (2012) argumenta sobre o ideal de alfabetizar letrando, de ensinar a ler e a escrever mediante práticas sociais de leitura e escrita contextualizadas. Em contextos de avançado desenvolvimento tecnológico e globalização, os termos “multiletramentos” e “letramento digital” sugerem formas de compreender as relações entre educação, linguagem e comunicação, bem como contemplar a crescente complexidade do mundo contemporâneo. VOCÊ QUER VER? Para saber mais sobre as tecnologias digitais, como a infraestrutura do ciberespaço e as - -6 O conceito de globalização é polissêmico e polêmico. Sabe o que isso quer dizer? A face da dimensão econômica da globalização pode ser descrita a partir das oscilações e incertezas das reestruturações econômica, social e política do final do século XX e o surgimento de setores de trabalho e produção, padrões de consumo, novos mercados, e-commerce e inovações comercial, tecnológica e organizacional (HARVEY, 2011). Envolve um novo movimento denominado por Harvey (2011, p. 140) de “[…] compressão do espaço-tempo — no mundo capitalista”, potencializado pela comunicação via satélite e pela queda no custo do transporte. O espaço encolhe e se torna uma “aldeia global”, enquanto o tempo presente é tudo o que resta. As faces social e cultural da globalização implicam, segundo Hall (2015, p. 39), em “[…] um movimento de distanciamento da ideia sociológica clássica da sociedade como um sistema bem delimitado e sua substituição por uma perspectiva que se concentra na forma como a vida social está ordenada ao longo do tempo e do espaço”. Ainda de acordo com o autor, a compressão espaço-temporal se torna o aspecto mais importante da globalização a produzir efeitos sobre as identidades culturais nacionais. Ao refletir a respeito dos efeitos da globalização sobre as identidades culturais nacionais, Hall (2015) considera improvável que elas sejam destruídas pela globalização e sugere como provável que novas identificações globais e novas identificações locais surjam, pois, os efeitos não são lineares: a distribuição da globalização no mundo é desigual entre as regiões e dentro delas. Além disso, é válido pensar em um novo arranjo entre o global e o local. Essas ideias alteram substancialmente as práticas educativas e comunicacionais, atraindo e incorporando novas práticas e estratégias. Você já ouviu falar em “multiletramento” e “letramento digital”? As práticas de “multiletramento” surgem como resposta à demanda da sociedade grafocêntrica e tecnológica por ler, ouvir, falar e escrever textos orais e escritos que se utilizam de meios visuais, sonoros e imagéticos, reconhecendo a diversidade étnica, linguística, identitária e cultural em múltiplas formas e meios de comunicação (COSCARELLI, 2009). O letramento digital, segundo Coscarelli (2009, p. 554), “[…] envolve as habilidadesdo sujeito de lidar com textos digitais que normalmente fazem parte de uma rede hipertextual e exploram diversas linguagens, ou seja, são multimodais”. A leitura de textos digitais não segue uma ordem linear, fixa e determinada pelo autor, mas cabe ao leitor decidir seu itinerário de acordo com seus objetivos e suas intenções. Desenvolver o letramento digital requer não apenas acesso aos dispositivos informacionais, mas, principalmente, aprimorar habilidades de leitura e escrita com autonomia para atuar em práticas sociais em que são esperados domínio e habilidades das múltiplas linguagens do ciberespaço. Para saber mais sobre as tecnologias digitais, como a infraestrutura do ciberespaço e as sociabilidades produzidas pela cibercultura, sugerimos que você veja o vídeo “Cibercultura - Pierre Lévy”. Ele foi criado com base nos estudos conduzidos por Pierre Lévy, pesquisador da inteligência coletiva e do uso das tecnologias para a democratização do conhecimento humano. VOCÊ SABIA? O código semiótico abrange a linguagem verbal e não verbal. Os textos multimodais utilizam mais de um código semiótico, que pode ser visual e verbal. O leitor decide seu próprio caminho de leitura e seus múltiplos elementos são fundamentais na construção de sentido do texto. - -7 2.2 Sociedade da informação, do conhecimento e da aprendizagem No campo das Ciências Sociais, muito se tem investigado sobre informação, conhecimento e aprendizagem, desde o surgimento e da popularização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Esse é um campo atravessado por múltiplas inovações tecnológicas, processuais e organizacionais, em que cabem questionamentos de diferentes ordens. Desse modo, como as inovações tecnológicas afetam a capacidade de transformação da sociedade? À informação e ao conhecimento são atribuídos significados comuns? Qual perspectiva de aprendizagem é coerente com a difusão das inovações tecnológicas na era informacional? Qual é a função da escola? Qual é o papel do professor? Em que diferem as Tecnologias da Informação e Comunicação das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC)? Ao estudarmos os conteúdos a seguir, encontraremos as respostas dessas e outras questões sobre as relações entre sociedade da informação, do conhecimento e da aprendizagem. Acompanhe! 2.2.1 Sociedade e tecnologias Como afirma Castells (2006), a sociedade não é determinada pela tecnologia, mas a incorpora. Ela não escreve o curso da transformação tecnológica fora de um complexo padrão interativo, porém, utiliza a inovação tecnológica. As diferentes formas de utilização da tecnologia ou a falta dela altera a capacidade de transformação da sociedade. Castells (2006, p. 50) também identifica a nova sociedade emergente das transformações concentradas nas Tecnologias da Informação e Comunicação como “[…] capitalista e informacional, embora apresente variação histórica considerável nos diferentes países, conforme sua história, cultura, instituições e relação específica com o capitalismo global e a tecnologia informacional”. Na sociedade atual, a informação se constitui uma das principais características do paradigma informacional, junto com a rede de computadores, o ciberespaço, a flexibilização de processos e organizações, a descompressão espaço-temporal e a comunicação heterárquica. A informação, então, pode ser compreendida do mesmo modo que na metáfora de Lévi-Strauss: como algo cru, enquanto o conhecimento é algo cozido (BURKE, 2013). - -8 Figura 2 - O espaço virtual e a comunicação “todos-todos” provocam mudanças na sociedade Fonte: Rawpixel.com, Shutterstock, 2020. As Tecnologias da Informação e Comunicação e as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação formam um conjunto de dispositivos que possibilitam a produção, a circulação e o armazenamento de informação de maneira analógica ou digital por meio de rádio, televisão, telefone, tablet, computadores e smartphones, os quais integram o ciberespaço; bem como seus dispositivos de mensagens de voz, correio, SMS, web conferência, áudio e vídeo, hipertexto e hipermídia (LEMOS, 2019). Figura 3 - As TIC e TDIC possibilitam a integração das telecomunicações com as mídias Fonte: Elaborada pela autora, 2020. Conectado ao conjunto de dispositivos que compõem o ciberespaço, Lévy (2010) identifica três princípios orientadores desse novo espaço: a interconexão, a criação de comunidades virtuais e a inteligência coletiva. Esses princípios orientam “[…] práticas, atitudes, modos de pensamento e valores que se desenvolvem - -9 Esses princípios orientam “[…] práticas, atitudes, modos de pensamento e valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço” (LÉVY, 2010, p. 17). A esse novo modo de ser e estar no mundo, Lévy (2010) chama de cibercultura. Ao refletir sobre a aquisição e o uso das informações disponibilizadas no ciberespaço por meio dessas tecnologias na sociedade, cabe perguntar: quando essas informações ou quanto delas se tornam conhecimento? Vamos entender melhor sobre isso com o item a seguir. 2.2.2 Sociedade, conhecimento e aprendizagem Para Burke (2013), sobre o conhecimento, é correto falar no plural, em conhecimentos, pois existem diferentes tipos: tácito, explícito, abstrato, concreto, teológico, místico, científico, ancestral, popular, erudito, masculino, feminino, local, universal, dominante e subjugado. O conhecimento é histórico e social, sendo que o que vale como tal varia conforme lugar, época e grupo social. Essa diversidade se multiplica e se potencializa com o surgimento e a popularização das TIC e TDIC. Portanto, sendo tão diversos os conhecimentos e acessíveis as informações, como selecioná-los e utilizá-los? Como a educação pode se beneficiar deles para promover aprendizagens significativas? De acordo com a reflexão de Coutinho e Lisbôa (2011, p. 10),“[…] a finalidade dos sistemas educacionais em pleno século XXI será, pois, tentar garantir a primazia da construção do conhecimento, numa sociedade onde o fluxo de informação é vasto e abundante [...]”. Dessa forma, qual é o papel reservado ao professor? O professor, nesse cenário, ocupa o lugar da mediação da aprendizagem entre o aluno e o objeto de conhecimento. Ele também é um sujeito que constrói seus conhecimentos didático e pedagógico, crítico e autônomo, mediados por tecnologias digitais. A condição para transformar o conteúdo informacional disponível e acessível em conhecimento é “[…] transcender do pensamento elementar e alcançar o pensamento crítico” (COUTINHO; LISBÔA, 2011, p. 10), de maneira que o conhecimento seja significativo, tenha conexão com conhecimentos prévios, seja interiorizado e VOCÊ SABIA? O conhecimento tanto pode ser obtido quanto perdido. Na história da humanidade, há exemplos clássicos de perda de conhecimento, como o incêndio da biblioteca de Alexandria, a maior da Antiguidade Clássica; ou a destruição das estátuas gigantes de Buda, erguidas a mais de 1.500 anos no Afeganistão, em 2001. VOCÊ O CONHECE? Alan Turing é o cientista criador e formalizador do conceito de algoritmo e computação. Ele é, também, o idealizador da máquina de Turing, a precursora dos computadores. Trata-se de um matemático e cientista da computação britânico. Vale a pena você pesquisar mais sobre ele para se aprofundar sobre o tema que estamos estudando! - -10 maneira que o conhecimento seja significativo, tenha conexão com conhecimentos prévios, seja interiorizado e incorporado pelo sujeito. Além disso, sua aplicação deve ser realizada em diferentes contextos. 2.3 Família, escola e mídias Como as instâncias socializadoras clássicas, família e escola se relacionam na produção da matriz cultural de produção das identidades culturais dos indivíduos e grupos sociais? A resposta pode ter múltiplos caminhos e, por certo, não esgota a reflexão, principalmente se confrontada ao dinamismo do mundo contemporâneo, atravessado pelas experiências do ciberespaço e da cibercultura. Ademais, na atualidade, as Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicaçãotambém podem se configurar como instâncias socializadoras? Como as mídias apresentam o mundo aos indivíduos? É possível uma abordagem que englobe as dimensões família, escola e mídias? Vamos compreender sobre esses e outros pontos a seguir. Vejamos! 2.3.1 Formação humana e socialização O desafio proposto é compreender a existência de relações de interdependência entre as instâncias socializadoras. Família e escola atuam como poder simbólico na formação das identidades, enquanto as mídias digitais propõem novas formas de relacionamento Figura 4 - Nova forma de relacionamento inclui as mídias Fonte: Elaborada pela autora, 2020. No campo educacional, podemos observar a relevância do debate estabelecido entre as relações de interdependência e força entre família e escola como discurso presente e atual nas diferentes esferas da questão. A nova ordem social da era informacional, amplificada com o acesso cada vez mais acelerado e diversificado às Tecnologias da Informação e Comunicação e Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação, incorpora a esse debate a mídia como instância socializadora. As instâncias socializadoras “família-escola-mídias” se configuram de forma heterogênea, quer na sua natureza, - -11 As instâncias socializadoras “família-escola-mídias” se configuram de forma heterogênea, quer na sua natureza, em seus princípios, em seu objetivo, na sua estrutura e na linguagem. Tais instâncias formadoras e construtoras de identidades se inserem como espaço simbólico. De acordo com Bourdieu (1997, p. 57), um espaço social estruturado, um campo de forças, no qual há dominantes e dominados, relações constantes e permanentes, de desigualdade que se exerce no interior desse espaço - que é também um campo de lutas para transformar ou conservar esse campo de forças. A construção das identidades culturais do sujeito ou dos grupos sociais se realiza por meio dos vínculos que se estabelece com vivências, experiências, lugares, eventos históricos ou populares e símbolos (HALL, 2015). Por meio das relações familiares, em seus diversos arranjos, é que se “[…] toma contato com as primeiras formas simbólicas de integração social [...] inicialmente tomados como absolutos, os valores familiares são os mais permanentes em todo processo de socialização” (SETTON, 2012, p. 111). Os arranjos familiares são agentes sociais ativos que evoluem e se adaptam às conjunturas socioculturais, vivem um processo de transformação e adaptação em termos de modelos de convivência, distribuição e organização de papeis, com redefinição das posições de autoridade e vínculos entre seus membros. Em razão da importância atribuída à família na determinação dos destinos pessoais, profissionais, sociais e educacionais dos sujeitos, é válido reconhecer a relação que essa instância socializadora pode estabelecer com outras instâncias. 2.3.2 Escola e mídias O papel da escola como instância socializadora é reconhecido e consolidado desde a Revolução Industrial, posto que sua formação seja originada nos pressupostos desse período histórico. Alterações e mudanças parciais em seus modos de funcionamento e estrutura acompanham as mudanças socioculturais ao longo do tempo, buscando ajustes e adaptações. No contexto da era informacional, ainda que a escola conserve suas funções de educar (transmitir valores), selecionar (qualificando distintamente o público) e socializar (adaptá-los a uma realidade social), ela “[…] perde seu papel organizador, pois não detém mais o monopólio das referências identitárias” (SETTON, 2012, p. 112). Desde que os aparatos tecnológicos de comunicação de massa passaram a dividir com a escola o espaço de instância socializadora, são postas em discussão as possíveis conexões entre essas instâncias. Dessa maneira, perguntamos: o que são as denominadas mídias? Mídias são suportes para conteúdos audiovisuais e mensagens do tipo livro impresso, rádio, cinema, televisão, telefone e computadores. Essas mídias podem se apresentar em formato analógico ou digital. O ciberespaço é um novo “[…] espaço de comunicação, de sociabilidade, de organização e de transação, mas também um novo mercado da informação e do conhecimento” (LÉVY, 2010, p. 32). No ciberespaço se conectam diversas mídias digitais, ampliando e modificando funções cognitivas, como memória, raciocínio, atenção e imaginação. CASO Em uma escola de Ensino Fundamental dos anos finais, localizada na zona urbana de uma cidade no interior paulista, os professores estão planejando trabalhar com pedagogia de projetos. A intenção é fazer um projeto interdisciplinar e contextualizado com a realidade local. Um grupo de professores quer estratégias que utilizem o celular para organização dos grupos de alunos, pesquisa, mobilização e divulgação das atividades. No entanto, outro grupo de professores argumenta que a utilização do celular vai dispersar a atenção dos estudantes e vai - -12 Lévy (2010, p. 63) destaca que “[…] são os novos dispositivos informacionais (mundos virtuais, informação em fluxo) e comunicacionais (comunicação todos-todos) que são os maiores portadores de mutações culturais, e não o fato de que se misture o texto, a imagem e o som”. A experiência da comunicação virtual, a comunicação heterárquica do tipo “todos-todos”, a possibilidade de trocas, compras, movimentações comerciais, financeiras e outras, bem como os dispositivos operadores na construção das identidades culturais atravessando instâncias clássicas de socialização, como a família e a escola, e fazendo emergir novas instâncias de socialização, atuam modificando novas formas de pensar e agir. Assim, a escola como instância socializadora atualiza sua estrutura e funcionamento, visando se conectar no ciberespaço. 2.4 Educação e trabalho Educação e trabalho são atividades tipicamente exercidas pelos seres humanos na produção de suas vidas material e existencial. Logo, como se relacionam essas atividades? Em quais contextos sociais e históricos elas se conectam ou se separam? Há consequências na forma de organização do trabalho no campo da educação? Quais são as possíveis consequências? Nem sempre é possível responder a todas as questões no curso da própria alteração dos acontecimentos, nem mesmo é possível introduzir todas as questões pertinentes a esses percursos. Contudo, a identificação de tendências aponta correntes referenciais. Iremos nos aprofundar sobre esse assunto neste último tópico. Acompanhe! 2.4.1 Contexto, conexões e rupturas A concepção de uma educação moderna formal, universal, pública, gratuita e laica tem suas origens no contexto de demandas econômicas, políticas e sociais que emergem de acontecimentos como a Reforma Protestante, a Revolução Francesa e a Revolução Industrial, que impulsionam o crescimento das cidades e da vida urbana, assim como a formação da classe operária, que reivindica participação social e direitos. Tais reivindicações, posteriormente, contribuíram para uma nova perspectiva sobre a infância e adolescência, destinando esse público à escola e o afastando do trabalho (SAVIANI, 2007). A respeito da relação entre ser humano e trabalho, Saviani (2007, p. 154), retomando os primórdios da história, diz que “[…] os homens aprendiam a produzir sua existência no próprio ato de produzi-la. Eles aprendiam a trabalhar trabalhando. Lidando com a natureza, relacionando-se uns com os outros, os homens educavam-se e educavam as novas gerações”. Havia, portanto, uma conexão de continuidade entre educação e trabalho. Os acontecimentos históricos que deram origem ao modo de produção capitalista ao constituir a economia de mercado e a formação de classe social de proprietários e operários, promoveu significativa ruptura entre educação e trabalho. Essa ruptura pode ser observada na organização curricular, que separa a formação para os trabalhos material, prático e instrutivo das classes populares e a formação para os trabalhos intelectual, teórico e acadêmico para as classes de comando. Conforme Saviani (2007, p. 159), “[…] a proposta dualista de escolas professoresargumenta que a utilização do celular vai dispersar a atenção dos estudantes e vai tirar o foco do projeto. Os professores, então, consultaram a equipe gestora para saber a opinião dela sobre o tema. A equipe gestora resolveu debater o assunto na reunião de pais e mestres, convidando para mediar o debate uma professora especialista em tecnologias em sala de aula. Após o debate e a exposição das opiniões de pais, professores e especialistas, ficou combinado de levar o assunto para discutir com os estudantes. Os alunos ficaram motivados para usar o celular durante o projeto de trabalho e ofereceram sugestões de atividades, jogos e aplicativos para enriquecer a proposta. - -13 trabalhos material, prático e instrutivo das classes populares e a formação para os trabalhos intelectual, teórico e acadêmico para as classes de comando. Conforme Saviani (2007, p. 159), “[…] a proposta dualista de escolas profissionais para os trabalhadores e escola de ciências e humanidades para os futuros dirigentes”. O nível de desenvolvimento e sofisticação na sociedade contemporânea impõe aos cidadãos uma presença efetiva na vida social, o domínio de conhecimentos básicos da leitura, escrita e matemática. Visto dessa forma, alerta Saviani (2007, p. 160) que “[…] o princípio educativo é imanente à escola elementar, isso significa que no ensino fundamental a relação entre trabalho e educação é implícita e indireta”. Por vias implícitas e indiretas, os condicionantes econômicos e sociais vão orientando os pressupostos da escola na tendência dualista entre trabalho material e trabalho intelectual. 2.4.2 Mundo do trabalho: formação e qualificação Na atualidade, a racionalidade técnica dos princípios tayloristas de organização do trabalho experimenta o confronto com a racionalidade da Era da Informação, baseada em novas formas de organização do trabalho, mediante compressão do espaço-tempo, possibilidade de maior controle e circulação intensa e eficaz de informação, microeletrônica, flexibilidade dos processos de trabalho, novos mercados, inovação comercial, tecnológica e organizacional (HARVEY, 2011). Com o cenário da racionalidade da Era da Informação, passou-se a requerer do trabalhador saberes, capacidades e atitudes mais elaboradas em termos de tratamento e criação de informações, trabalho em equipe, autonomia, flexibilidade, iniciativa e contínuo aperfeiçoamento, que são competências que o mercado reconhece como produtivas. Nesse sentido, Frigotto (2009, p. 75) nos assegura que “[…] o capital não só se interessa pela força física, mas também pelas qualidades intelectuais, emocionais e afetivas”. No campo da educação, desenvolve-se a pedagogia da competência e da qualificação como resposta individual para assegurar o emprego ou subemprego, mas essa tendência pode encobrir relações de poder e classe na produção da desigualdade social na medida em que “[…] pobres e desempregados ou subempregados têm pouca e precária escolaridade por sua condição de classe explorada” (FRIGOTTO, 2009, p. 75). Segundo Machado (2007, p. 281), a noção de competências pode apresentar lógicas distintas e até contrárias, pois pode funcionar a serviço da “[…] hegemonia de valores individualistas e aos interesses da competição insana do mercado [...] ou funcionar a favor da emancipação e da autonomia quando oferecidos aos indivíduos “acesso a recursos cognitivos, relacionais e instrumentais”. As relações entre trabalho e educação se submetem a contextos sociais, econômicos e políticos, bem como seguem tendências em diferentes campos de lutas e interesses. Uma educação emancipadora reclama uma consistente reflexão sobre “[…] o mundo do trabalho, da cultura desse trabalho, das correlações de forças existentes, dos saberes construídos a partir do trabalho e das relações sociais que se estabelecem na produção” (MOURA, 2007, p. 22), de forma que se articulem as dimensões de trabalho, cultura, ciência e tecnologia entre o ideal, o real e o possível. Conclusão Chegamos ao fim de mais um capítulo. A partir de agora, você já tem elementos para compreender a articulação entre os conceitos de educação, trabalho, sociedade do conhecimento, informação, globalização e mídias digitais como construções sociais em permanente fluxo e atualização. Neste capítulo, você teve a oportunidade de: Nesta unidade, você teve a oportunidade de: • refletir sobre sociedade na Era da Informação; • analisar as transformações motivadas pelas Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação; • compreender a noção de instâncias socializadoras; • levantar questões sobre os desafios e as perspectivas atuais na educação; • analisar aspectos da linguagem e do letramento digital na era informacional. • • • • • - -14 • levantar questões sobre os desafios e as perspectivas atuais na educação; • analisar aspectos da linguagem e do letramento digital na era informacional. Bibliografia BOURDIEU, P. : as desigualdades frente à escola e à cultura. Petrópolis: Vozes, 1997.A escola conservadora BURKE, P. São Paulo: UNESP, 2016.O que é história do conhecimento? CASTELLS, M. . São Paulo: Paz e Terra, 2006.A sociedade em rede CIBERCULTURA - PIERRE LÉVY. Projeto - Tecnologia em comunicação. Professor João Flávio. Disponível em: . Acesso em: 30 dez. 2019.https://www.youtube.com/watch?v=J3Uuq8QPNmk COSCARELLI, C. V. Textos e hipertextos: procurando o equilíbrio. , [ ]. Palhoça, v. 9,Linguagem em (Dis)curso s. l. n. 3, set/dez 2009. COUTINHO, C.; LISBÔA, C. Sociedade da informação, do conhecimento e da aprendizagem: desafios para a educação no século XXI. , [ ], v. XVIII, n. 1, p. 5-22, 2018. Disponível em: Revista da Educação s. l. http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/14854/1/Revista_Educa%c3%a7%c3%a3o% . Acesso em: 8 jan. 2020.2cVolXVIII%2cn%c2%ba1_5-22.pdf FRIGOTTO, G. Teoria e práxis e o antagonismo entre formação politécnica e as relações sociais capitalistas. , Rio de Janeiro, v. 7, p. 67-82, 2009. Disponível em: Trabalho, Educação e Saúde http://www.scielo.br/pdf/tes . 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