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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 41 yy zz Fig. I.18 - Diferentes versões da dinâmica de um corpo situado à superfície da Terra: a partir de um referencial considerado inercial (esquerda) e do referencial local (direita). Note-se que X, Y, Z definem o referencial geocêntrico. 10.1.2 - Usando o referencial local, considerado inercial. A dinâmica do corpo teria uma versão inteiramente diferente neste caso (Fig. I.18), já que, estando em repouso em relação a esse referencial, a resultante das forças que agem so- bre ele deveria ser nula. No entanto, verifica-se que o módulo da atração gravitacional (| rG |) não é igual ao da reação da balança (| rFL|) e... não existem outras forças além dessas! A se- gunda Lei de Newton parece violada... Tal versão somente pode ser descrita de maneira coe- rente quando se aceita que r FL representa a reação que equilibra a resultante de todas as for- ças intervenientes. Isso requer, necessariamente, a presença de uma força (fictícia) centrífuga, ou seja: r FCF = m Ω 2 r r I r = – m rΩ ^ ( rΩ ^ rr ). No caso do equador, r FCF age radialmente, neutralizando parte da atração gravítica ( r G ). Essa força centrífuga surge exclusivamente por causa do movimento de rotação da Terra, para que seja possível equilibrar o sistema. De fato, fazendo – r FL = r G + m Ω 2 r rI r de tal modo que r FL = r G + r FCF = 0, pode-se continuar usando a mecânica newtoniana ! Outra abordagem consistiria em dizer que as forças G r e r FL têm uma resultante centrípeta ( r FCP), inteiramente neutralizada pela força centrífuga ( r FCF). Deve-se notar que a força centrífuga está dirigida ao longo do raio do paralelo. Assim, sua direção só coincide com a do raio da Terra (definida por r I r) no caso particular do equador. Em qualquer outro paralelo as direções de r FL, r FCF e G r não são coincidentes.
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