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Aplicações das leis de Newton APRESENTAÇÃO O conhecimento das Leis de Newton nos permite solucionar vários tipos de problemas envolvendo força, massa e aceleração. Por exemplo, com os conceitos de inércia, é possível demonstrar como os foguetes e as sondas espaciais se movimentam no espaço sem fazer uso de combustíveis. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar as aplicações das Leis de Newton. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar as três Leis de Newton.• Analisar as três Leis de Newton para a solução de problemas que envolvam força, massa e aceleração. • Construir desenhos e croquis que possibilitem a análise, o cálculo e a resolução de situações que envolvam as três Leis de Newton. • DESAFIO A máquina de Atwood é um sistema de duas massas conectadas por duas cordas e sujeitas à ação da força da gravidade. Esse sistema pode ser utilizado para retardar a queda de uma das massas, como sugere a figura a seguir. Você é engenheiro e quer saber se a corda representada na figura servirá para ser usada em determinada situação em que a tensão produzida será de 20N. Você sabe que essa corda já foi utilizada para sustentar duas massas m1 = 1,5m2 e m2 = 2kg e não rompeu. Determine se essa corda também poderá ser usada em outra situação com T = 20N. INFOGRÁFICO As Leis de Newton têm um amplo espectro de aplicação. Cada Lei nos diz um pouco a respeito do que ocorre no jogo de força e movimento do nosso cotidiano e nos processos da natureza. No Infográfico a seguir, você vai conferir como as três Leis de Newton estão presentes em uma montanha russa. CONTEÚDO DO LIVRO As Leis de Newton são princípios fundamentais utilizados na análise do movimento dos corpos e permitem solucionar vários tipos de problemas envolvendo força, massa e aceleração. Acompanhe o capítulo Aplicações das Leis de Newton, do livro Dinâmica, que servirá de base teórica para esta Unidade de Aprendizagem. Boa leitura. DINÂMICA Ivan Rodrigo Kaufman Revisão técnica: Eduardo Vinícius Galle Bacharel em Física Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin – CRB 10/2147 D583 Dinâmica / Ivan Rodrigo Kaufmann... [et al.] ; [revisão técnica: Eduardo Vinícius Galle]. – Porto Alegre : SAGAH, 2018. 348 p. : il. ; 22,5 cm ISBN 978-85-9502-365-9 1. Física. I. Kaufmann, Ivan Rodrigo. CDU 531.3 BOOK_Dinamica.indb 2 03/04/2018 17:22:15 Aplicações das leis de Newton Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar as três leis de Newton. Analisar as três leis de Newton para a solução de problemas que envolvam força, massa e aceleração. Construir desenhos e croquis que possibilitem a análise, o cálculo e a resolução de situações que envolvam as três leis de Newton. Introdução O conhecimento das leis de Newton nos permite solucionar vários ti- pos de problemas envolvendo força, massa e aceleração. Por exemplo, como é possível demonstrar nos foguetes e nas sondas espaciais, que se fundamentam na inércia — mesmo sem fazer uso de combustível, continuam se movimentando no espaço. Neste capítulo, estudaremos as aplicações das leis de Newton. As leis de Newton As três leis de Newton são ditas leis porque regem uma gama de aplicações que envolvem força e aceleração de objetos massivos. Se você parar para pensar, verá que as leis de Newton estão presentes em praticamente todas as situações físicas do seu dia a dia. A partir do entendimento dessas leis, foi possível construir um conhecimento muito maior acerca do que se conhece do universo. As leis de Newton puderam ser aplicadas e refinadas em vários dos equipamentos usados no nosso dia a dia, e muitas vezes acoplados a outros mecanismos, formando uma vasta aplicação nas mais diversas áreas. Vamos destacar cada uma das três leis de Newton separadamente. Ainda, veremos onde esse conhecimento se aplica nos mais diversos problemas e Cap_4_Dinamica.indd 1 23/02/2018 17:05:04 situações físicas, bem como de que forma acontece o movimento de objetos a partir de uma força resultante. Primeira lei de Newton “Todo objeto em repouso tende a permanecer em repouso e todo objeto em movimento tende a permanecer em movimento, a não ser que uma força externa resultante atue sobre o objeto.” Esse enunciado implica em algumas situações interessantes nas quais você pode pensar. Imagine que você acorde de um sono profundo dentro de um vagão de trem. As janelas e vidros desse trem estão escurecidos, de modo que você não consegue olhar para fora. O seu universo visível é composto somente do interior desse vagão. Digamos, ainda, que o trem, quando em movimento, não produza nenhum tipo de trepidação (lembre, estamos fazendo um exercício mental). Você consegue inferir se o trem está parado ou em movimento? A não ser que você tenha alguma dica externa, você não consegue inferir sobre o movimento ou não do trem. Se ele estiver parado ou em movimento e não existir a ação de uma força externa causando uma aceleração no trem, você não consegue inferir sobre a situação. Essa situação é análoga quando você viaja de carro. Quando o carro está com uma velocidade constante ou quando está em repouso, você não nota nenhuma força atuando sobre você. Agora, se o carro partir do repouso e for aumentando a velocidade com o tempo, você facilmente nota que o carro está acelerando. Nós, humanos, somos acelerômetros biológicos. Notamos facilmente a mudança induzida na velocidade por meio de uma força externa. Vamos ver mais um exemplo. Você deve estar sentado confortavelmente enquanto lê este material. Você está em movimento ou parado? Bom, a res- posta não é uma nem outra, pois ela depende de qual referencial estamos considerando. Para você, que está em repouso em relação à cadeira (ou sofá), à casa e ao planeta Terra, pensa que está parado. Já em relação a um referencial Aplicações das leis de Newton2 Cap_4_Dinamica.indd 2 23/02/2018 17:05:05 fora do nosso planeta, digamos para um astronauta em órbita na Lua, você estará se movimentando com velocidade constante em relação a ele. Nesse caso, o referencial adotado também importa. Você está em repouso ou em movimento em relação a quem? Essa pergunta é sempre importante de ser feita para análise de situações físicas. Por fim, imagine uma mosca que se encontra dentro do carro que está a 80 km/h e com os vidros fechados. Digamos que ela vá do banco traseiro ao banco dianteiro a uma velocidade de 5 km/h. Para você, que está dentro do carro, a velocidade de 5 km/h é a velocidade que você vê a mosca se movendo. Porém, para um observador externo ao carro, essa mosca está se movendo com uma velocidade incrível de 85 km/h. Como isso é possível? Uma mosca consegue realmente se mover com uma velocidade dessas? Claro que não! Porém, para a mosca dentro do carro que está a uma velocidade constante de 80 km/h, o universo dela consiste do interior do carro. O ar que está dentro do carro também se move a 80 km/h, juntamente com o carro. Logo, a velo- cidade de 5 km/h é relativa em relação ao carro, e não relativa em relação a um observador parado do lado da estrada. A situação muda se o carro estiver acelerado. A mosca, assim como o passageiro do carro, notará a mudança de velocidade que o carro é submetido, por meio da aceleração imposta sobre o veículo. E essa é a ideia por trás da segunda lei de Newton. Segunda lei de Newton “A força resultante em um corpo é igual à massa multiplicada pela aceleração.” Essa talvez seja a lei mais importante, pois é com base nela que toda mate- mática de problemas físicos é aplicada. Ela está vinculada à primeira lei, pois um corpo que sai do repouso e adquire uma velocidade teve a influência de uma força externa atuando sobre ele, de modo a adquirir uma aceleração não nula. Pense em uma mesa em repouso em relação a um chão liso. Quando você aplicar uma força sobre ela,sairá do repouso e adquirirá uma velocidade, que vai aumentando se a força aplicada permanecer a mesma durante o movimento. Vamos voltar ao exemplo fictício do trem. Se uma força externa atuar no trem, de modo a acelerá-lo para um dos lados, você vai notar essa aceleração, independentemente de se o trem estava em movimento retilíneo uniforme ou parado. Novamente, você nota perfeitamente esse conceito sendo aplicado quando está viajando de carro. Se a velocidade do carro mudar, você notará a aceleração imposta. A força responsável por esse efeito pode ser a força de 3Aplicações das leis de Newton Cap_4_Dinamica.indd 3 23/02/2018 17:05:05 torque nas rodas, de modo a acelerar o carro, ou ainda a força de fricção nos discos de freio do carro, de modo desacelerar o carro. Algebricamente, a segunda lei de Newton se traduz na seguinte equação: onde o somatório de todas as forças atuando sobre um objeto de massa m é igual à multiplicação da massa pela aceleração. O enunciado da segunda lei diz que teremos uma aceleração não nula de um objeto de massa m se o somatório das forças atuando sobre o objeto não for nula. Ou seja, poderemos ter um objeto sob influência de várias forças que simplesmente não se move. Nesse caso, o somatório de todas as forças atuando sobre o objeto é zero. De fato, é isso que acontece com todos os objetos presentes no planeta Terra e que estão em repouso em relação ao chão. Todos os objetos com massa estão sob efeito da atração gravitacional terrestre, que acelera os objetos na direção do centro da Terra com uma aceleração de 9,8 m/s2. Mas como os objetos, então, não estão todos sendo sugados para dentro da Terra? Para responder a essa pergunta, vamos à terceira lei de Newton. Terceira lei de Newton “Quando dois corpos interagem, as forças de interação em cada um dos corpos tem mesma magnitude de intensidade, porém em direções opostas.” Você pode resumir essa lei como “A toda ação corresponde uma reação de mesma intensidade, mas em sentido contrário”. Por que um livro sobre uma mesa, se está sob efeito da gravidade, não acelera em direção ao centro da Terra? Bom, o livro está sobre a mesa, exercendo uma força sobre a mesa, e a mesa corresponde com uma força contrária no livro, isto é, no sentido oposto, mas de igual intensidade, de modo que a força resultante sobre o livro seja nula. E assim salvamos o planeta! Os objetos não caem em direção ao planeta Terra com uma aceleração de 9,8 m/s2 porque existe uma força de contato que oferece uma força de mesma intensidade, mas no sentido contrário. Eventualmente, poderemos ter objetos que aceleram em direção ao chão, sendo que, assim, a força de contato entre o objeto e a superfície que o apoia tem uma força de intensidade menor do que a força gravitacional, acelerando o objeto na vertical. Um bloco sobre um plano inclinado acelera tanto horizontal quanto verticalmente. Aplicações das leis de Newton4 Cap_4_Dinamica.indd 4 23/02/2018 17:05:05 Até aqui, você teve uma rápida abordagem das três leis de Newton. Vamos, agora, aplicar esse conhecimento em problemas físicos, em que a discussão será mais aprofundada. Em cada um dos exemplos, vamos dar um enfoque especial na questão conceitual e no tratamento algébrico. Problemas físicos que envolvem forças, massa e aceleração Vamos analisar algumas situações físicas que envolvem os conceitos apre- sentados pelas leis de Newton, traduzindo-as em força, massa e aceleração. Começamos com um exemplo simples: o Papai Noel da Figura 1 está sentado sobre o seu trenó e é puxado pelas suas renas, que exercem uma força F sobre o sistema trenó + Papai Noel. Figura 1. Diagrama de corpo livre do sistema trenó + Papai Noel sendo puxado por uma rena, bem como o sistema de coordenadas adotado. Como o trenó está sobre uma superfície lisa formada por gelo, podemos assumir, em uma primeira abordagem, que o atrito do trenó com o gelo é desprezível. Assim, temos uma força atuando na horizontal, dada pelo vetor F. Porém, essa não é a única força presente. Uma outra força nesse sistema é a força peso P do sistema, que tem módulo: P = − mg onde m é a massa do sistema e g é a aceleração da gravidade. A direção da força peso é direcionada no sentido negativo do sistema de coordenadas adotado, como pode ser visto na figura, e por isso o sinal negativo na equação. O vetor da força peso pode ser representado com a sua origem no centro de massa do sistema. Como o trenó é puxado horizontalmente, deve existir mais uma força no sentido vertical de modo a contrabalancear a força peso. É aí que a 5Aplicações das leis de Newton Cap_4_Dinamica.indd 5 23/02/2018 17:05:06 força normal entra, oriunda da terceira lei de Newton. A toda ação corresponde uma reação. Nesse caso, como o trenó está se movendo na horizontal e a força peso é direcionada no sentido negativo de y, a força normal N contrabalança a força peso com mesma intensidade, porém com sentido contrário à força P. A força normal também pode ser representada no centro de massa do sistema do trenó. A magnitude da força normal nessa situação é: N = − P = mg Existem mais duas forças escondidas no sistema. Como o trenó é puxado pelas renas por uma corda, ainda teremos a força de tração na corda. Como estamos considerando uma força constante F sendo oferecida pelas renas, uma força de igual magnitude, porém com sentido contrário, aparece no ponto final da corda presa às renas. Chamamos essa força na corda de força de tensão, T1, com magnitude T1 = − F, pelo fato de estar na mesma direção de F, porém com sentido contrário. Nesse exemplo, desconsideramos a massa da corda. Como a toda ação corresponde uma reação em um objeto, no início da corda presa ao trenó aparecerá outra força de tração, T2, com mesma direção e magnitude de T1, porém com sentido contrário. Desse modo, T2 = − T1 = F. Assim como as forças P e N estão na mesma direção e possuem a mesma magnitude, porém sentido contrário, as forças T1 e T2 também estão na mesma situação, porém na horizontal. Nesse caso, ambos os conjuntos de forças se cancelam aos pares, e ao final temos uma força resultante igual a F, direcionada no sentido do movimento do trenó. Dessa forma, temos: Para facilitar o entendimento do que está acontecendo no problema físico em questão, é interessante um desenho simplificado do problema. Esse tipo de desenho simplificado também é chamado de croqui, em que uma representa- ção gráfica fácil e simples ignora detalhes que não são pertinentes na análise do problema, focando nos parâmetros importantes que devem ser levados em conta. Na física, esse tipo de desenho ajuda a representar as variáveis e parâmetros de interesse na resolução de problemas, de modo a elucidar melhor a situação física. Suponha que você queira desenhar a situação física que represente o lança- mento de um foguete para o espaço. Nesse caso, como se trata de um problema físico de dinâmica envolvendo também as três leis de Newton, você estará interessado em representar as forças atuando no foguete, bem como os vetores aceleração, velocidade e posição. Um desenho simples do foguete com estas Aplicações das leis de Newton6 Cap_4_Dinamica.indd 6 23/02/2018 17:05:06 representações é o suficiente para se ter as informações necessárias que gerem um melhor entendimento do que está acontecendo. Você pode ignorar outros detalhes, como a representação fidedigna do panorama como um todo. O céu azul ou com nuvens, árvores, pessoas ou até mesmo a estrutura suportando o foguete podem ser ignorados, pois são itens que não implicam uma mudança na questão física do problema em questão. Claro, dependendo do que está acon- tecendo, esses parâmetros poderiam entrar na análise e cálculos, e, portanto, deveriam também ser desenhados. Esse tipo de representação não único da física, estando presente em várias áreas do conhecimento com determinado enfoque em uma dada situação específica. No caso do exemplo anterior, queé um problema envolvendo a dinâmica de movimento de um trenó sendo puxado por uma rena, podemos fazer a representação gráfica por meio de um desenho chamado de diagrama de corpo livre, ilustrado na Figura 1. O diagrama de corpo livre é uma representação simplificada das forças atuando no sistema e ajuda a visualizar melhor o que está acontecendo, bem como facilita o entendimento do problema e do cálculo solicitado. No exemplo acima, consideramos um movimento acontecendo somente na horizontal. Agora, vamos considerar um movimento que acontece tanto na horizontal quanto na vertical, que é o caso de um bloco em um plano inclinado sem atrito, como ilustrado na Figura 2a. Figura 2. Diagrama de corpo livre de um bloco sobre um plano inclinado sem atrito. 7Aplicações das leis de Newton Cap_4_Dinamica.indd 7 23/02/2018 17:05:07 Nessa situação, consideramos um bloco de massa m descendo um plano inclinado com inclinação angular θ. Como não estamos tratando ainda de um movimento com atrito, as únicas forças presentes nessa situação são a força peso, P, e a força normal, N. A força normal é decorrente do contato do bloco com o plano inclinado, oriunda da terceira lei de Newton. Rigorosamente, essa força normal deveria estar ilustrada no ponto de contato entre o bloco e o plano, mas, como essa força é uma reação à força peso e está sendo aplicada ao bloco, podemos representá-la no centro de massa do bloco, como ilustrado na Figura 2. De fato, a força peso também está ilustrada no centro de massa do bloco, mas é o resultado do somatório da força peso de cada pedaço infinitesimal de massa do bloco. Dessa forma, cada pedaço infinitesimal de massa acaba tendo uma força peso infinitesimal que contribui para a força normal no bloco. Para estudar o movimento do bloco descendo o plano inclinado, precisa- mos, primeiramente, adotar um referencial adequado ao movimento. Como o movimento acontece na direção do plano inclinado, adotamos um sistema em que um dos eixos esteja nessa direção. No caso da figura, adotamos o eixo x na direção do movimento. A força normal acaba por estar sobre o eixo de movimento em y. Já a força peso está decomposta em torno dos dois eixos, uma vez que aponta na direção do centro de massa da Terra, representado pelo vetor P na vertical. Dessa forma, a força peso pode ser decomposta nas direções x e y, como ilustrado na Figura 2B. Agora podemos descobrir o valor das componentes da força peso em cada uma das direções. Devido à geometria do problema, o ângulo θ aparece entre os eixos vertical de P e Py, como ilustrado na Figura 2B e 2B. Sabemos que a soma dos vetores Px e Py nos dá o vetor P: Usando trigonometria, podemos obter os módulos de Px e Py: Como o movimento do bloco acontece na direção do eixo x do sistema de coordenadas adotado, o somatório de forças atuando em y é nulo, de modo que: Aplicações das leis de Newton8 Cap_4_Dinamica.indd 8 23/02/2018 17:05:07 Já o somatório das forças na direção y é igual à massa multiplicada pela aceleração do bloco: Como a única força atuando na direção x é a componente da força peso na direção x, Px, temos que: Assim obtemos o valor da aceleração do bloco: Note que a aceleração imposta ao bloco no plano inclinado é a componente da aceleração gravitacional direcionada no plano de movimento, ou seja, na direção positiva de x. A aceleração é independente da massa do bloco. Nos links abaixo, você encontrará mais situações físicas interessantes em que as leis de Newton são aplicadas. É fortemente aconselhável que você observe essas situações físicas simples, que estão presentes nos mais diversos mecanismos do nosso cotidiano e na área da engenharia. Isaac Newton e a Gravitação Universal: https://goo.gl/yg8gZz Força centrípeta: https://goo.gl/8hWims Força elástica de uma mola: https://goo.gl/PaJFHk Sistema de roldanas: https://goo.gl/KFSoFC https://goo.gl/ZlR2NP Sistemas de blocos: https://goo.gl/Nr55M0 9Aplicações das leis de Newton Cap_4_Dinamica.indd 9 23/02/2018 17:05:07 BEER, P. F. et al. Vector mechanics for engineers: statics and dynamics. 9. ed. New York: McGraw-Hill, 2010. HIBBELER, R. C. Statics and dynamics. 14. ed. New Jersey: Pearson, 2016. WALKER, J.; HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentals of physics. 10. Ed. New Jersey: John Wiley & Sons, 2014. Aplicações das leis de Newton10 Cap_4_Dinamica.indd 10 23/02/2018 17:05:09 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. DICA DO PROFESSOR Para a resolução de problemas que envolvem força, massa e aceleração, é importante analisar inicialmente alguns aspectos, tal como o sentido do movimento da partícula, e utilizar um sistema de coordenadas adequado. Confira, na Dica do Professor, uma breve revisão das Leis de Newton e os passos para a resolução de situações relacionadas à força, à massa e à aceleração. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) De acordo com a segunda Lei de Newton, todo corpo submetido à ação de uma força irá adquirir aceleração na mesma direção e no mesmo sentido da força resultante. Qual será a força necessária para dar uma aceleração de 3ft/s2 a um bloco de 5lb? A) 1,2lbf. B) 0,98lbf. C) 0,47lbf. D) 0,22lbf. E) 0lbf. 2) A força elástica é uma força restauradora que surge a partir da deformação de uma mola ou de algum corpo com propriedades elásticas. Imagine que um cacho de bananas de 4kg está suspenso, em repouso, em uma balança de mola cuja constante elástica é 300N/m. Em quanto a mola presente na balança está distendida? A) 10cm. B) 7cm. C) 15cm. D) 9cm. E) 13cm. 3) O trilho de ar é um dispositivo desenvolvido para estudar o movimento dos corpos na ausência de forças de atrito. O ar, ao sair pelos orifícios, cria uma espécie de "colchão de ar", entre o carrinho e o tubo, reduzindo muito o contato e, consequentemente, o atrito entre ambos. Suponha que uma mola de 400N/m de constante elástica está presa a um bloco de 3kg, que repousa sobre um trilho de ar horizontal. Qual é a distensão da mola necessária para dar ao bloco uma aceleração de 4m/s2 na largada? A) 3cm. B) 1,7cm. C) 2,0cm. D) 4cm. E) 2,5cm. A força gravitacional é uma força de atração que surge em todos os corpos que têm massa. Devido a essa força, os corpos celestes são capazes de atrair uns aos outros e, assim, manter-se em equilíbrio no universo. Considerando isso, o que aconteceria 4) com a Terra se o movimento de translação que o planeta faz ao redor do Sol parasse? A) A Terra se chocaria com Júpiter, já que a massa de Júpiter é muito maior que a da Terra e, consequentemente, provocaria a maior força gravitacional possível em volta da Terra. B) A Terra cairia no Sol, já que o Sol provoca o maior campo gravitacional em volta da Terra. C) A Terra sairia do sistema solar, pois não teria energia suficiente para se manter próxima ao Sol. D) A Terra ficaria parada onde ela está, sem se mover, já que, ao parar o movimento, sua velocidade seria nula. E) Nada iria acontecer, pois a massa da Terra é constante. 5) Devido à inércia, os foguetes podem desligar os seus motores assim que saem da órbita da Terra e, mesmo assim, permanecem com a velocidade constante. Suponha que uma nave espacial tem massa de 1,05 x 104kg. Viajando pelo espaço, ela sofre uma força de 100.000 Newtons na direção da Estrela Polar. A magnitude do vetor aceleração será: A) 7,34m/s2. B) 11,23m/s2. C) 16,45m/s2. D) 14,56m/s2. E) 9,52m/s2. NA PRÁTICA Acompanhe um exemplo prático sobre a força da inércia: Combustível infinito. Até nas Eras mais remotas, as fontes de energia fizeram parte da civilização humana. Galileu e Isaac Newton, sempre procuraram uma explicação do porquê das coisas se moverem e quais as causas destes movimentos. Em nossa experiência do dia a dia, os objetos se movem e param como consequência doatrito a exemplo de uma bola chutada em um campo de futebol ou a chuva que corre pelo chão. Um automóvel queima combustível para vencer o atrito do asfalto. O avião para vencer o atrito e a resistência causada pelo ar e o trem o atrito dos trilhos. Se pela inércia objetos que se movem, tendem a continuar a se mover, o atrito é um pequeno freio que dificulta ou paralisa o movimento. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Física I - Aula 15 - Exemplos simples Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Física I - Aula 14 – Terceira Lei de Newton e Diagrama do Corpo Livre Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Física I - Aula 13 – Dinâmica Newtoniana Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! As Leis de Newton, uma abordagem significativa. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Física para Universitários: Mecânica Saiba mais sobre as Leis de Newton nos capítulos 5 e 6 do livro
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