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Aluna: Maria Dolores Lobato do Nascimento EQUILIBRIO E ELASTICIDADE • O QUE SÃO? • Equilíbrio Equilíbrio é o nome dado ao estado de um corpo qualquer em que a força resultante sobre ele é nula. A força resultante é o resultado da soma de todas as forças que atuam sobre um determinado corpo. Quando essa soma é igual a zero, dizemos que o corpo se encontra em estado de equilíbrio, que pode ser classificado em: • Equilíbrio estático: quando o corpo em equilíbrio está em repouso; • Equilíbrio dinâmico: quando o corpo está em movimento uniforme, ou seja, com velocidade constante. Condições de Equilíbrio Quando um corpo possui momento linear (P) e angular (L) constantes, então dizemos que tais objetos encontram-se em equilíbrio. Se essa constante for igual a zero, o equilíbrio é dito estático. Portanto, é válido se o corpo está em equilíbrio de translação que: 𝐹 ⃑⃑ ⃑res = 𝑑𝑃 𝑑𝑡 = 0 E analogamente, se ele está em equilíbrio de rotação, que �⃑� res= 𝑑𝐿 𝑑𝑡 = 0 Deste modo, existem duas exigências para que um corpo possa estar em equilíbrio: • A soma vetorial de todas as forças externas que atuam no sistema deve ser nula; • A soma vetorial de todos os torques externos, em relação a qualquer ponto possível, deve também ser nula. Como as equações acima são vetoriais podem ser reescritas como três equações lineares cada (para cada eixo cartesiano). Considerando apenas situações em que o movimento é bidimensional no plano xy, havendo torque apenas ao redor dos eixos paralelos ao eixo dos z , temos as seguintes relações (válidas para equilíbrios estáticos em sua maioria): • 𝐹 res, x = 0 (equilíbrio de forças); • 𝐹 res, y = 0 (equilíbrio de forças); • 𝐹 res, z = 0 (equilíbrio de torques); Centro de Gravidade A força gravitacional que age sobre um corpo atua efetivamente em um único ponto, denominado centro de gravidade (cg) do corpo. Na prática, o que ocorre é que a soma vetorial da força proveniente da atração gravitacional e que atua sobre as n partículas de massa m de um sistema seriam equivalentes à força gravitacional atuante em uma única partícula de massa n vezes m. Se a aceleração da gravidade é a mesma para todos os elementos do corpo, o centro de gravidade coincide com o centro de massa do mesmo. A posição do centro de massa é dada por: Em que r é o vetor de coordenadas (xcm, ycm, zcm). Estruturas Indeterminadas As ferramentas que possuímos nos permitem calcular problemas que possuam três incógnitas. Caso não seja suficiente utilizar-se de equações de equilíbrio para torque e força, situação em que possuímos uma estrutura indeterminada, devemos obter mais equações a partir das propriedades elásticas dos materiais que compõem o sistema. • Elasticidade Todos os corpos ditos rígidos são na verdade ligeiramente elásticos, ou seja, é possível deformá-los ao exercer alguma força sobre os mesmos para esticar, torcer, comprimir ou empurrar. Há essencialmente três possíveis formas pelas quais um sólido pode mudar sua forma. Nos três casos, há uma tensão (fora deformadora por unidade de área) que causa uma deformação no objeto. Nos três casos, as tensões e deformações assumem valores diferentes, mas para uma longa faixa são proporcionais, sendo a constante de proporcionalidade chamada de módulo de elasticidade. Com efeito temos que: Tensão = Módulo de Elasticidade x Deformação Para uma longa faixa de tensões, a deformação cresce linearmente. Se ultrapassar um valor máximo, dito limite elástico Sy, o objeto não possui mais a capacidade de voltar ao estado original. Se a tensão aumentar ainda mais após esse ponto, alguma hora o objeto irá se romper. Isso ocorre num valor externo dito limite de ruptura Su. • PARA QUE SERVE/APLICAÇÃO? O Equilíbrio serve para determinar a situação de repouso ou movimento uniforme e invariável de um corpo. A Elasticidade é utilizada em física para determinar o comportamento de corpos materiais ao sofrerem deformações resultantes da ação de forças externas (forças devidas ao contato com outros corpos, ação gravitacional agindo sobre sua massa, etc.) que retomam sua forma original quando a ação externa é removida. • COMO FUNCIONA? Para falarmos de elasticidade vale relembrar cálculo de força e torque. Revisão de Força e Torque Força: É uma grandeza vetorial definida matematicamente pelo produto entre massa de um corpo e aceleração, como enunciado na segunda Lei de Newton para Translações, ou seja, 𝐹 res = m.𝑎 . Em termos de momento linear, a força é sua derivada temporal de modo que: 𝐹 res = m. 𝑑�⃑� 𝑑𝑡 = 𝑑�⃑� 𝑑𝑡 , com �⃑� = m.𝑣 Rotação e Torque Temos que o torque é igual ao produto vetorial entre o vetor posição de uma partícula em relação ao eixo de rotação e a força aplicada na mesma, ou seja: �⃑� = 𝑟 . 𝐹 Decorre da definição de produto vetorial que �⃑� = ||𝑟 || . ||𝐹 || . sen θ, em que sen θ é o seno do ângulo formado entre os dois vetores. Se considerarmos ||𝑟 || = r e ||𝐹 || = F, podemos reescrever a equação para torque de duas formas: T = rp . F ou T = r. Fp Em que rp é o braço da alavanca de F (distância perpendicular do eixo de rotação até a linha de ação da força), sendo rp = r. sen θ, e Fp é a componente perpendicular (à 𝑟 ) da força, sendo Fp = F. sen θ. Também podemos expressar o torque pela Segunda Lei de Newton para Rotações. Equilíbrio Condições para o equilíbrio: Σ F⃑ = 0 Σ �⃑� = 0 https://pt.wikipedia.org/wiki/%CE%A3#:~:text=A%20letra%20%CE%A3%20%C3%A9%20usada,sigma%20%CF%83%20representa%20Desvio%20Padr%C3%A3o. https://pt.wikipedia.org/wiki/%CE%A3#:~:text=A%20letra%20%CE%A3%20%C3%A9%20usada,sigma%20%CF%83%20representa%20Desvio%20Padr%C3%A3o. I- L N1 1m N2 50kg 25kg Pb 25kg Σ �⃑⃑� = 0 : N1+N2 = �⃑� → 𝑁1⃑⃑⃑⃑ ⃑ = 𝑃 – P/2 = P/2 Σ �⃑� = 0 : 0.N1 – L/2 𝑃𝑏⃑⃑⃑⃑ ⃑ + �⃑� x N2 = 0 N2=Pb/2 II- 3/4L N1 N2 Pm Pb Σ �⃑⃑� = 0 : N1+N2 = �⃑� 𝑏 + = �⃑� 𝑚 Σ �⃑� = 0 : L.N2 = L/2 Pb + ¾ L Pm N1+N2 = �⃑� 𝑏 + = �⃑� 𝑚 N2 = Pb/2 + ¾ Pm N1 = Pb + Pm -Pb/2 – ¾ Pm N1 = Pb/2 + Pm/4 Exercícios do Halliday 9° edição L |L m Resolução: Σ �⃑⃑� = 0: î: 𝑁ℎ⃑⃑⃑⃑ ⃑ = Tx j: 𝑁𝑣 ⃑⃑ ⃑⃑ ⃑⃑ = PM + Pm + Ty Σ �⃑� = 0: - �⃑� PM - �⃑� Pm + �⃑� T = 0 L/2 . PM . sen 45° + L Pm . sen 45° = L.T sem 15° 450/2 . sen 45° +2250 sen 45° = T. 0,26 Elasticidade Tração/Compressão: Força aplicada na direção perpendicular sobre a área A. T = δ/ε F/A = δ . 𝛥𝐿 𝐿 δ é o estresse uniaxial, ou força uniaxial por superfície unitária ε é a deformação, ou deformação proporcional (mudança no comprimento dividido pelo comprimento original); é adimensional Cisalhamento: força de cisalhamento aplicada no plano de área. Tensão Hidrostática: Pressão exercida pelo fluído sobre o objeto Exercícios do Halliday: F/A = G 𝛥𝑋 𝓵0 P = F/𝛥 = B 𝛥𝑉 𝑉0 Resolução: a) Sejam FA e FB as forças exercidas pelos fios sobre o tronco e seja m a massa do tronco. Como o tronco está em equilíbrio FA+ FB – mg = 0. As informações a respeito do alongamento dos fios permitem determinar uma relação entre FA e FB. Se o fio A originalmente tinha um comprimento LA e sofreuum alongamento 𝛥LA, 𝛥LA = FALA/AE, em que A é a área da seção reta do fio e E é o módulo de Young do aço (200 x 109 N/m2). Analogamente, 𝛥LB = FBLB/AE. Se ℓ é a diferença entre inicial entre o comprimento do fio B e o comprimento do fio A, como os dois fios têm o mesmo comprimento depois que o tronco é pendurado 𝛥LA = 𝛥LB + ℓ. Isso significa que Substituindo FB por seu valor na equação FA+ FB – mg = 0, obtemos FA = mgLB + AE ℓ LA +LB A área da seção reta do fio é A = π r2 = π (1,20 x 10 -3 m) = 4,52 x 10-6 m2. Podemos tomar LA e LB, como aproximadamente iguais a 2,50 m o que nos dá FA = (103 kg) (9,8 m/s 2) (2,50 m) +(4,52 x 10-6 m2) (200 x 109 N/m2) (2,0 x 10-3 m) 2,50 m + 2,50 m = 866 N. b) Como FA+ FB – mg = 0, temos: FB = mg - FA = (103 kg) (9,8 m/s 2) – 866 N = 134 N. c) O torque também é nulo. Vamos calcular os torques em relação à superfície do tronco, em um ponto verticalmente acima do centro de massa, pois, nesse caso, o torque associado ao peso do tronco é nulo. Nesse caso, a equação dos torques se torna FAdA – FBdB = 0, o que nos dá dA = FB = 143N = 0,165. dB FA 866N • APLICAÇÃO NA ÁREA A elasticidade é muito estudada em química pois a mesma faz parte de uma das 8 propriedades gerais da matéria. Sendo a matéria o principal componente de estudo da química, a elasticidade serve para determinar o quão “maleável” é determinada substância, o que é de extrema importância quando vai se realizar estudos que levem em consideração estes aspectos. GRAVITAÇÃO • O QUE É? Gravidade é a força de atração que comanda a movimentação dos corpos. A gravidade da Terra é a força que faz com que os objetos sejam atraídos para o centro do planeta. De acordo com a Teoria da Relatividade de Einstein, esse fenômeno acontece em consequência da curvatura formada no espaço-tempo do objeto. • PRA QUE SERVE/APLICAÇÕES? Os conceitos de Gravidade e Gravitação Universal são fundamentais para astronomia. Por meio deles, é possível calcular massas de planetas e estrelas desconhecidas, saber como classificar corpos astronômicos através de sua massa e área aparentemente ocupada, como por exemplo, buracos-negros, estrelas-anãs, planetas, asteroides, etc. • COMO FUNCIONA? Força Gravitacional: Foi Isaac Newton quem mostrou os fundamentos de uma teoria da gravitação, que comprovava as predições de Kepler e as observações de Tycho Brahe. Mas ia ainda muito mais além ao analisar a interação entre duas massas quaisquer. Quando um corpo de massa m1 está a uma distância r de um outro corpo de massa m2 , a força de atração entre eles está dirigida ao longo da reta que une os corpos e tem a forma: F = G 𝑴𝟏𝑴𝟐 𝑹𝟐 Princípio da Superposição: Vamos supor que uma carga de prova positiva (qo) tenha sido colocada na presença de várias outras cargas. Qual será, então, a força eletrostática resultante sobre qo? Somos tentados a resolver este problema da mesma maneira como é feito com a força gravitacional na mecânica, isto é, adicionar vetorialmente as forças que atuam separadamente entre dois corpos, para obter a força resultante. Este método é conhecido como princípio da superposição. Na Fig.1, mostramos a representação esquemática das forças atuando em qo, devido a todas as outras forças. Embora este resultado possa parecer óbvio, ele não pode ser derivado de algo mais fundamental. A única forma de verificá-lo é testando-o experimentalmente. Fig. 1- Forças elétricas sobre uma carga de prova qo devido a uma distribuição de cargas infinitesimais (qi) No caso de N partículas carregadas, temos que a força resultante sobre qo será, então a soma vetorial de todas , como a seguir: onde ri é a distância entre a carga de prova qo e uma outra carga qi. Neste caso, dizemos que a força resultante sobre qo deve-se à uma distribuição de cargas discreta. Nas próximas seções discutiremos o princípio da superposição devido a diferentes distribuições de cargas contínuas. Gravitação na superfície da Terra: Existe devido a três condições, sendo elas, terra não ser plana, movimento de giro e formato oval da terra. F= 𝑮𝒎𝒕𝑴 𝑹𝟐 Logo: g= 𝑮𝒎𝒕 𝑹𝟐 - W2.R Gravitação no interior da Terra: Ri 𝑹𝒕⃑⃑ ⃑⃑ Ac= V2/R = W2.R Fgi = 𝑮 𝑴𝒊𝒏𝒕𝒆𝒓 𝒎 𝒓𝒊 𝟐 = 𝟒𝑮𝑷𝒙 𝝅𝒙 𝒎𝒙 𝒓𝒊𝟐 𝟑𝒓𝒊𝟐 Fg = 4/3 π P G m ri Exemplo do Halliday Capítulo 14 - Halliday, Resnick e Walker - 6a . edição 07 - A que distância da Terra, medida ao longo da linha que une os centros da Terra e do Sol, deve estar uma sonda espacial para que a atração gravitacional deste anule a da Terra? R = 1,5x1011m MS = 1,99x1030kg MT = 5,98x1024kg Vamos considerar m a massa da sonda. A uma certa altura h da Terra as duas forças sobre a sonda serão iguais. As forças que o Sol e a Terra exercem sobre a sonda têm a forma: Igualando as duas forças encontramos que: A física do problema está equacionada e resta agora resolver esta equação do segundo grau. Definindo Desse modo: h = 2,6 x 108m APLICAÇÃO NA ÁREA Os campos magnéticos que explicam a gravitação são utilizados em alguns estudos onde é aplicado em reator tubular com recirculação de biomassa para remoção biológica de cromo (VI).O Cromo é um mineral essencial ao homem, é considerado um elemento traço, mas, conforme sua oxidação, pode ser tóxico, a forma mais perigosa é o cromo VI, que é um carcinógeno. Portanto, este estudo é de extrema importância e muito inovador.
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