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Vulvovaginites

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Vulvovaginite
Microbiota vaginal normal 
 Bactérias aeróbias e anaeróbias → há 
presença 10x maior de bactérias 
aeróbias 
Aeróbias: 
 Gram-positivos: Lactobacillus spp, 
Difteroides, Staphylococcus aureus, 
Enterococos faecalis, Estreptococos 
do grupo B 
 Gram-negativos: Escherichia Coli, 
Klebisiella spp, Proteus spp 
Anaeróbios: 
 Cocos Gram-positivos: 
peptoestreptococos spp, Clostridium 
spp 
 Bacilos Gram-Positivos: lactobacilos 
spp, eubacterium spp 
 Gram-negativos: bacteroides spp, 
bacteroides fragillis, fusobacterium spp 
Leveduras: cândida albicans 
Substâncias produzidas: 
 Ácido lático 
 Peróxido de hidrogênio 
 Bacteriocinas 
 Lactacina 
 Acidocina 
Nem todo fluxo vaginal é patológico, muitas 
vezes ele é fisiológico! 
pH vaginal: 
 Menacme: 4 a 4,5 
o Lactobacillus → glicogênio → 
ácido lático 
 Menopausada: 6 a 7,5 
Esse pH é sem a terapia de reposição hormonal, 
ocorrendo uma alcalinização do pH. 
 Fluxo vaginal patológico = corrimento. Vagina 
atrofiada, ressecada. 
Microbiota vaginal alterada 
Fatores que podem alterar a microbiota 
vaginal: 
 Pacientes jovens e menopausadas 
sem TH 
 Menstruação 
 Uso de antibióticos 
 histerectomia 
Muitas pacientes pré-menstruação, acabam 
tendo candidíase pela acidificação do pico 
de estrogênio. E algumas mulheres sentem um 
odor desagradável, após a menstruação, o 
que ocorre é uma vaginose pela 
alcalinização vaginal. 
OBS: O estrogênio estimula o depósito de 
glicogênio nas células, que então é 
degradado em glicose e ácido lático, por 
ação dos Lactobacillus ➔ resulta em pH igual 
ou menor a 4,5 
Corrimento vaginal 
 É uma anormalidade na quantidade 
e/ou no aspecto físico do conteúdo 
vaginal, que se exterioriza pelos órgãos 
genitais externos 
Causas frequentes: 
 Vaginose bacteriana 
 Candidíase vulvovaginal 
 Tricomaníase 
 Gonocócica 
 Infecção por Clamídia 
A produção de ácido lático, peróxido de 
hidrogênio, bacteriocinas e outras 
substâncias microbicidas pelos Lactobacillus 
sp. inibe o crescimento de patógenos e outros 
microrganismos oportunistas 
Vaginose bacteriana 
Vaginose bacteriana é o desequilíbrio da 
flora vaginal caracterizado pela substituição 
 
 
da flora microbiana saudável (dominada por 
Lactobacillus) por microbiota variável, 
composta por mistura de bactérias 
anaeróbias e facultativas. 
 Polimicrobiana: gardnerella vaginalis, 
mobiluncus, bacteroides 
 Decréscimo de lactobacilos também é 
uma causa 
 Mais frequente afecção do trato 
genital inferior feminino 
 Prevalência 3x maior em mulheres 
inférteis 
 Pode facilitar a transmissão/aquisição 
de outros agentes de transmissão 
sexual como C. trachomatis e N. 
gonorrhoeae 
 Fatores de risco: uso de duchas 
vaginais, tabagismo, menstruação, 
estresse crônico, elevado número de 
parceiros masculinos, sexo 
desprotegido 
Quadro clínico: 
 Corrimento abundante, homogêneo, 
branco-acinzentado de odor fétido e 
com pequenas bolhas 
 O odor piora após o coito ou durante 
a menstruação, quando o pH se eleva 
 Observa eventualmente disúria, 
dispareunia, prurido e colpite discreta 
 
Diagnóstico: 
Presença de 3 dos seguintes critérios: 
1. Características clínicas do corrimento 
2. pH vaginal maior que 4,5 
3. Teste das aminas positivo (Whiff test) 
4. Exame microscópico demonstrando as 
células-chave (Clue-cells) 
 
Medidas gerais: 
 Abstinência sexual 
 Acidificação do meio vaginal 
 Duchas vaginais com peróxido de 
hidrogênio a 1,5% 
Medidas medicamentosas: 
 Derivados Nitroimidazólicos: 
metronidazol, tinidazol, secnidazol, 
Clindamicina 
 Tratar o parceiro em casos de recidivas 
 Potencializa o efeito do álcool, 
anticonvulsivos e anticoagulantes 
varfarínicos 
Candidíase vulvovaginal 
 Corresponde de 20 a 25% dos casos de 
corrimento vaginal 
 A cândida albicans é o agente mais 
comum → seguido da C. glabrata, C. 
tropicalis 
Quadro clínico: 
 Corrimento branco em placas, 
aderente, com aspecto de leite 
talhado 
 Prurido intenso 
 Hiperemia 
 Escoriações na região vulvar 
 Disúria 
 Dispareunia 
 Piora no período pré-menstrual 
Fatores pré-disponentes: 
 Gravidez 
 Diabetes melito 
 Duchas vaginais higiênicas 
 
 
 Vestuário inadequado 
 Desodorante íntimos 
 Uso de anticoncepcionais hormonais 
 Imunodepressores 
 Antibióticos de largo espectro 
 Idas a praia ou piscina 
Classificação: 
 Não complicada: episódios isolados, 
quadros leves ou moderados 
 Complicadas: quadros de recidiva (4 
ou mais episódios ao ano) 
o Manifestações clínicas mais 
severas e outras espécies que 
não a C. albicans; 
o Associados a outros quadros 
como DM 
o Uso de imunossupressores e 
gravidez 
Diagnóstico: 
 Quadro clínico 
 pH ácido: 3,5 a 4,5 
 exame microscópico: pseudo-hifas, 
esporos 
 grande quantidade de leucócitos e 
lactobacilos 
PSEUDOHIFAS: 
 
Tratamento: 
 Medidas gerais: 
o Vestuário geral e íntimo 
adequados, evitando-se roupas 
justas ou sintéticas 
o Hábitos higiênicos corretos, 
evitando duchas vaginais ou 
desodorantes íntimos 
o Identificar ou corrigir fatores 
predisponentes 
o Alcalinização do meio vaginal 
(bicarbonato de sódio) 
o Embrocação vaginal com violeta 
de genciana a 1% 
 Tratamento específico: 
o Em caso de candidíase não 
complicada: 
o Flucanazol 150mg, VO, dose única 
o Itraconazol 200mg, VO, de 12/12h 
por 1 dia 
o Cetoconazol 400mg, VO ao dia por 
5 dias 
o Cremes vaginais: Nistatina, 
Tioconazol, Butoconazol 
Tratamento mais prolongado para pacientes 
que faz recidiva. 
Tricomaníase 
 Representa 10 a 15% dos corrimentos 
genitais infecciosos 
 Trichomonas vaginalis: protozoário 
ovalado, anaeróbio e flagelado 
 Transmissão por via sexual 
Quadro clínico: 
 Corrimento profuso, amarelado ou 
amarelo-esverdeado, bolhoso e 
fétido 
 Prurido 
 Disúria 
 Dispareunia 
 Colpite focal, aspecto tigroide ao 
teste de Schiller 
 
 
Colpite difusa (Tigroide) 
 
 
 
Diagnóstico: 
 Clínico 
 Microscópico→ exame a fresco com 
visualização do tricomonas 
 pH 5 a 7 
 numerosos polimorfonucleares e 
lactobacilos escassos 
 
 
 
 
 
 
Tratamento: 
 Nitroimidazólicos: secnidazol, 
metronidazol ou tinidazol 
 Tratar o parceiro 
Gonocócica 
 Patógeno: Neisseria gonorrhoeae 
(diplococo gram-negativo) 
 Transmissão sexual 
Quadro clínico: 
 Endocervicite com secreção espessa e 
purulenta 
 Pode acometer as glândulas peri-
uretrais, vestibulares e a uretra 
 Pode evoluir para pelviperitonite (DIP) 
e peri-hepatite 
Diagnóstico: 
 Cultura no meio de Thayer-Martin 
Tratamento: 
 Doxicilina, penicilina procaína 
(4.800.000), ampicilina (3,5g), 
tianfenicol (2,5g) ou ciprofloxacino 
Infecção por clamydia 
trachomatis 
 Gram-negativos intracelulares 
obrigatórios 
 Quadro clínico: assintomático em sua 
maioria 
o Endocervicite 
o DIP (dor pélvica crônica, 
gravidez ectópica, esterilidade) 
o Linfogranuloma venéreo 
 Diagnóstico: sorologia para Clamídia, 
hibridização molecular (PCR, CH) 
 Tratamento: doxiciclina, tetraciclina, 
azitromicina

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