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BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS 1) José trabalhava como empregado vendedor de um supermercado, atividade que não era considerada insalubre, lá trabalhou por 6 (seis) anos e, em momento posterior, passou trabalhar como açougueiro no próprio supermercado quando passou a exercer uma atividade especial de risco leve, pois teve contato com agentes prejudiciais à sua saúde e à sua integridade física. Trabalhou por 5 (cinco) anos nestas condições, após este período ele retornou às atividades anteriores de atendimento ao público e deixou de trabalhar sujeito a riscos pelos 23 (vinte e três) anos seguintes. Nesta situação hipotética, responda com os fundamentos da legislação, se José terá direito à aposentadoria (0,75)? Qual a espécie de aposentadoria (0,75)? R: José terá direito à aposentadoria por tempo de contribuição. Isso se dá em virtude de que esse trabalhou durante 5 anos como açougueiro, onde exercia uma atividade especial de risco leve, pois teve contato com agentes prejudiciais à saúde e integridade física. Desse modo, poderá converter o tempo especial de 5 anos em tempo comum (5x1,40), que acarretará em 7 anos de contribuição como açougueiro (por se tratar de risco leve, multiplica-se por 1,4). Desse modo, José terá 36 anos de tempo de contribuição (6+7+23), tendo, portanto, direito à aposentadoria por tempo de contribuição, haja vista que esta exige um mínimo de 35 anos para homens. 2) Considerando o seguinte caso hipotético: Luiz, trabalhava na construção civil, era operador de guindaste e, em determinada ocasião por um lapso acabou soltando uma viga em um local equivocado, vindo a esmagar ambas as pernas de seu colega Antonio, servente de pedreiro. Após este fato, Antonio foi levado por seus colegas até o hospital mais próximo, onde pela agilidade do seu atendimento acabou sobrevivendo. A empresa de construção civil para evitar uma eventual estabilidade não comunicou o referido acidente, apenas orientou o funcionário a requerer o benefício previdenciário pertinente, pela sua condição de saúde. Na perícia inicial, o perito do INSS atestou que Antonio ficaria incapacitado para a sua atividade habitual pelo período de 80 (oitenta) dias, após este período ele deveria retornar para uma nova perícia, e neste período deveria ser submetido a um processo de Reabilitação Profissional. Passado este período, identificou-se que ele restou incapacitado para qualquer atividade que lhe garanta o sustento. Responda os seguintes questionamentos: a) A situação que ocorreu com Antonio pode ser caracterizada como um acidente do trabalho? Fundamente sua resposta com base na legislação. R: Sim, uma vez que conforme o artigo 19 da Lei 8.213/91, acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício dos segurados referidos no inciso VII do artigo 11 dessa Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade de trabalho. Assim, no caso em tela, houve acidente de trabalho pelo exercício do trabalho a serviço da empresa de construção civil, o que levou Antonio a ficar incapacitado para qualquer atividade que lhe garanta o sustento. b) Na forma da legislação previdenciária, foi correta a atuação da empresa? Caso negativa a resposta, quais as consequências jurídicas ela poderia estar sujeita? Fundamente sua resposta com base na legislação R: A empresa não agiu corretamente, uma vez que não comunicou o acidente de trabalho, infringindo, desse modo, o artigo 22 da Lei 8.2313/91, que prevê que “a empresa ou empregador doméstico deverão comunicar o acidente de trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente [...]”. Portanto, tendo em vista que não houve a comunicação da empresa, esta, como consequência jurídica, sofrerá pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, a qual será aplicada e cobrada pela Previdência Social c) Qual benefício previdenciário foi concedido inicialmente a Antonio? Quais requisitos são essenciais para a concessão deste benefício nesta situação concreta? Fundamente sua resposta com base na legislação. R: Inicialmente, foi concedido o auxílio-doença, na modalidade acidentário, que tem como requisito, na situação concreta, a incapacidade para atividade econômica habitual (no caso em tela, Antonio ficou incapacitado pelo período de 80 dias, ficando temporariamente incapaz de trabalhar). Ademais, ressalta-se que, por se tratar de acidente de qualquer natureza, a carência é dispensada. Tal benefício previdenciário está previsto nos artigos 59 a 63 da Lei 8.213/91, bem como nos artigos 61 a 80 do Decreto 3.048/99 d) Após o processo de reabilitação e a segunda perícia, qual benefício previdenciário Antonio tem direito? Quais requisitos são essenciais para a concessão deste benefício nesta situação concreta? Fundamente sua resposta com base na legislação. R: Antonio terá direito à aposentadoria por invalidez, haja vista que ficou incapacitado para qualquer atividade econômica que lhe garanta o próprio sustento e também ficou impossibilitado de reabilitação. Como requisito para a concessão da referida aposentadoria, tem-se justamente a incapacidade para qualquer atividade que garanta o sustento do segurado mais a impossibilidade de reabilitação. Ademais, ressalta-se que, por se tratar de acidente de qualquer natureza, a carência é dispensada. Tal benefício previdenciário está previsto nos artigos 42 a 47 da Lei 8.213/91, bem como nos artigos 43 a 50 do Decreto 3.048/99
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