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Auxílio-acidente - Direito Previdenciário I

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AUXÍLIO - ACIDENTE 
 
 
800 MIL ACIDENTES – Em torno de um acidente por minuto 
 
1. DISPOSITIVOS LEGAIS: 
 
EC 103 
Art. 26. Até que lei discipline o cálculo dos benefícios do regime próprio de 
previdência social da União e do Regime Geral de Previdência Social, será 
utilizada a média aritmética simples dos salários de contribuição e das 
remunerações adotados como base para contribuições a regime próprio de 
previdência social e ao Regime Geral de Previdência Social, ou como base para 
contribuições decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 
da Constituição Federal, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% 
(cem por cento) do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou 
desde o início da contribuição, se posterior àquela competência. 
§ 2º O valor do benefício de aposentadoria corresponderá a 60% (sessenta por 
cento) da média aritmética definida na forma prevista no caput e no § 1º, com 
acréscimo de 2 (dois) pontos percentuais para cada ano de contribuição que 
exceder o tempo de 20 (vinte) anos de contribuição nos casos: 
I - do inciso II do § 6º do art. 4º, do § 4º do art. 15, do § 3º do art. 16 e do § 2º do 
art. 18; 
II - do § 4º do art. 10, ressalvado o disposto no inciso II do § 3º e no § 4º deste 
artigo; 
III - de aposentadoria por incapacidade permanente aos segurados do Regime 
Geral de Previdência Social, ressalvado o disposto no inciso II do § 3º deste artigo; 
e 
IV - do § 2º do art. 19 e do § 2º do art. 21, ressalvado o disposto no § 5º deste 
artigo. 
§ 3º O valor do benefício de aposentadoria corresponderá a 100% (cem por cento) 
da média aritmética definida na forma prevista no caput e no § 1º: 
I - no caso do inciso II do § 2º do art. 20; 
II - no caso de aposentadoria por incapacidade permanente, quando decorrer de 
acidente de trabalho, de doença profissional e de doença do trabalho. 
 
 
Lei 8213 - Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao 
segurado quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente, 
resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que 
habitualmente exercia, conforme situações discriminadas no regulamento. 
 
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as 
seguintes entidades mórbidas: 
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo 
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva 
relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; 
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função 
de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione 
diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. 
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho: 
a) a doença degenerativa; 
b) a inerente a grupo etário; 
c) a que não produza incapacidade laborativa; 
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se 
desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato 
direto determinado pela natureza do trabalho. 
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação 
prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o 
trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social 
deve considerá-la acidente do trabalho. 
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: 
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja 
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua 
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a 
sua recuperação; 
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em 
conseqüência de: 
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou 
companheiro de trabalho; 
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa 
relacionada ao trabalho; 
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de 
companheiro de trabalho; 
d) ato de pessoa privada do uso da razão; 
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de 
força maior; 
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício 
de sua atividade; 
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: 
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; 
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo 
ou proporcionar proveito; 
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por 
esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, 
independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de 
propriedade do segurado; 
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, 
qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do 
segurado. (Revogado pela Medida Provisória nº 905, de 2019) 
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação 
de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o 
empregado é considerado no exercício do trabalho. 
§ 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão 
que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às 
conseqüências do anterior. 
 
Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado 
quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente, resultarem 
sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que 
habitualmente exercia, conforme situações discriminadas no 
regulamento. (Redação dada pela Medida Provisória nº 905, de 2019) 
§ 1º O auxílio-acidente, mensal e vitalício, corresponderá, respectivamente às 
situações previstas nos incisos I, II e III deste artigo, a 30% (trinta por cento), 40% 
(quarenta por cento) ou 60% (sessenta por cento) do salário-de-contribuição do 
segurado vigente no dia do acidente, não podendo ser inferior a esse percentual 
do seu salário-de-benefício. 
 
§ 1º O auxílio-acidente mensal corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do 
benefício de aposentadoria por invalidez a que o segurado teria direito e será 
devido somente enquanto persistirem as condições de que trata 
o caput. (Redação dada pela Medida Provisória nº 905, de 2019) 
§ 1º-A. Na hipótese de manutenção das condições que ensejaram o 
reconhecimento do auxílio-acidente, o auxílio será devido até a véspera do início 
de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado. (Incluído pela 
Medida Provisória nº 905, de 2019) 
§ 2º O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do 
auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento 
auferido pelo acidentado. 
§ 2º O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do 
auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento 
auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer 
aposentadoria. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997) 
§ 3º O recebimento de salário ou concessão de outro benefício não prejudicará a 
continuidade do recebimento do auxílio-acidente. 
§ 3º O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de 
aposentadoria, observado o disposto no § 5º, não prejudicará a continuidade do 
recebimento do auxílio-acidente. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 
1997) 
§ 4º A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão 
do auxílio-acidente, quando, além do reconhecimento de causalidade entre o 
trabalho e a doença, resultar, comprovadamente, na redução ou perda da 
capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. (Restabelecido com 
nova redação pela Lei nº 9.528, de 1997) 
pela Lei nº 9.032, de 1995) 
§ 6º As sequelas a que se refere o caputserão especificadas em lista elaborada e 
atualizada a cada três anos pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do 
Ministério da Economia, de acordo com critérios técnicos e 
científicos. (Incluído pela Medida Provisória nº 905, de 2019) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.1 Cálculo – Emenda Constitucional de nº 103: 
Cálculo 
Antes de Emenda 13/12 
JAMARA TRABALHO 17 ANOS 
 
Antes de 13 de novembro A partir de 13 de novembro de 2019 
Média aritmética simples dos 80% maiores 
salários de contribuição e aplicação do fator 
previdenciário (nos benefícios aplicáveis) – 
desde julho de 1994. 
 
Imagine que a média fosse de R$4.400,00 então 
a pessoa receberia como auxilio-acidente 50% de 
tal média, o valor seria R$2200,00. 
Média aritmética simples dos 100% de todos 
salários de contribuição e aplicação do fator 
previdenciário (nos benefícios aplicáveis) – 
desde julho de 1994. 
 
Imagine que o Valor calculado fosse de 
R$2000,00 o calculo deveria ser 60% mais dois 
por cento por cada ano o que daria 64% de 
4000,00, ou seja R$2560,00. Só depois que o 
auxílio acidente será calculado que será metade 
desse valor, Jamara receberia então R$1280,00. 
2 . Conceito legal: 
“acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de 
empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos 
segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão 
corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, 
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”– art. 19 da Lei n. 
8.213/1991, com a redação conferida pela LC n. 150/2015. 
 
 “pelo segurado a serviço da empresa ou de empregador doméstico”, ou pelo 
segurado especial. Com a promulgação da EC n. 72, de 2013, impunha-se a 
alteração do conceito legal, para a inclusão dos domésticos. Sobreveio, então, 
a LC n. 150/2015, com vigência a partir de sua publicação – 1º de junho de 
2015. Surge, todavia, daí um debate importante – a partir de quando os 
domésticos têm proteção acidentária: se apenas a partir de 1.6.2015, ou se 
desde a promulgação da EC n. 72, ante a autoaplicabilidade da norma 
prevendo um direito fundamental. Entendemos que a demora na produção da 
lei não pode subtrair dos segurados a proteção – até porque os benefícios 
acidentários e toda a disciplina concernente a eles já existe em relação aos 
demais segurados, bastando que se fizesse a interpretação do texto do art. 19 
da Lei n. 8.213/1991 em conformidade com a nova ordem constitucional 
erigida pós EC n. 72, desconsiderando-se o discrímen antes existente – aliás, 
nada razoável, pois os empregados domésticos sempre foram vítimas de 
acidentes durante a atividade laborativa, sendo deveras injusta a ausência de 
proteção acidentária, especialmente, em termos práticos, pela ausência de 
concessão de auxílio-acidente a estes, quando vítimas de acidentes com 
sequelas. Os médicos-residentes, apesar de enquadrados como contribuintes 
individuais, tinham direito à proteção acidentária na forma da Lei n. 
8.138/1990, que conferiu nova redação ao art. 4º da Lei n. 6.932/1981. 
Todavia, a Medida Provisória n. 536/2011 (convertida na Lei n. 12.514/2011) 
alterou novamente o artigo em questão, suprimindo a previsão de proteção 
acidentária ao médico-residente. Assim, a concessão de benefícios 
acidentários a pessoas enquadradas nessa atividade se limita a 24.6.2011, data 
da publicação da referida MP. 
 
 
Acidente in itinere, ou de trajeto de deslocamento entre sua residência e o 
local de trabalho, e vice-versa. Conforme a melhor jurisprudência, não há que 
se exigir, para a caracterização do acidente de trajeto, ter o segurado 
percorrido o “caminho mais curto” entre a sua residência e o local de trabalho. 
Assim, “ligeiro desvio no percurso, quando o obreiro entra em um 
estabelecimento comercial para aquisição de um bem, não rompe o nexo entre 
o acidente e o retorno do trabalho para casa” (RT 619:139). Para 
descaracterizar o acidente de percurso, o desvio de rota deve ser relevante, 
como no caso em que o trabalhador “passou horas bebendo com amigos (RT 
588:149) ou quando foge do percurso usual (RT 589:168)”. 8 A MP n. 905, de 
11.11.2019, revoga a alínea “d” do inciso IV do caput do art. 21 da Lei n. 
8.213/91, que retira do acidente de trajeto o caráter de situação equiparada a 
acidente típico. Com isso, os acidentes in itinere sofridos desde 12.11.2019 
não vêm sendo reconhecidos pelo INSS como geradores de direito a 
benefícios acidentários, mas apenas ao auxílio-doença e à aposentadoria por 
invalidez previdenciários, com enorme retrocesso social, caso venha a ser 
transformada a MP em lei 
 
3 . Natureza: 
 
Benefício de caráter indenizatório 
 
Benefícios não programados - cobre eventos não planejados e os riscos sociais, que 
podem ser de causas diversas ou decorrentes de acidente do trabalho, tais como, o 
auxílio-doença, a aposentadoria por invalidez, o auxílio-acidente, a pensão por morte, 
o auxílio-reclusão e até o salário maternidade. 
 
4. Origem mudanças: 
Exceto o Cálculo do valor que está na EC 103 
Medida provisória – 905 que ainda não foi convertida em Lei 
 
5. Alterações: 
 Impacto maior ao cálculo; 
Categorização de sequelas aptas a ser consideradas aptas (artigo 86 e 6º da Lei 8213), 
rol taxativo. Crítica – contradiz artigo 86..... 
In itinere 
Possibilidade de cancelamento reversão 
 
 
6. Requisitos: 
 
Redução da capacidade parcial de forma permanente. 
Não tem grau mínimo: a sequela – basta a redução da capacidade laboral. 
Qualidade de segurado 
Acidente - Exige-se, para concessão do auxílio-acidente, a existência de lesão, 
decorrente de acidente do trabalho, que implique redução da capacidade para o labor 
habitualmente exercido. 
 
Nexo de Causalidade 
 
Nexo de Causalidade: 
 
Vínculo fático que liga o efeito (incapacidade para o trabalho ou morte) 
à causa (acidente de trabalho ou doença ocupacional). 
Necessária uma análise técnica de médico do INSS, que faz a 
investigação do nexo de causalidade entre a lesão, perturbação ou 
morte e o acidente ou doença. 
 
Machuca Joelho no futebol e descobre problema de coração? / 
 
 
CONCAUSA: quando a apesar de não ser a única fonte contribuiu, de 
forma direta, para redução ou perda de sua capacidade laborativa, vide 
o inciso I do art. 21 da Lei n. 8.213/1991. 
 
A causa propriamente dita, a causa originária, a causa traumática, como 
dizem os peritos, gera determinados efeitos, mas não são, por sua vez, 
resultantes da causa traumática. São concorrentes e, não, decorrentes. 
(Russomano) 
 
Ex: Imagine pessoa que tinha doença problema da perna. Ficou 
vinte anos trabalhando em pé, trocador. Agravamento na 
hipótese, é concausa. 
 
As concausas podem ser anteriores (doença anterior), simultâneas 
(infarto - assalto) ou posteriores ao acidente (infecção hospitalar) é 
irrelevante para reconhecer o acidente de trabalho o momento da 
 
7. Acúmulo: 
 
 Sim. 
 
 
8. Elemento Subjetivo (beneficiário): 
Trabalhadores urbanos, trabalhadores rurais, trabalhadores 
avulsos/Empregado Doméstico/Segurado Especial 
 Excluídos: contribuinte individual/segurado facultativo 
 
 
9. Elemento Objetivo: 
Ocorrência de lesão corporal ou perturbação funcional que a redução, 
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Lesão 
corporal:integridade física do indivíduo, causando um dano físico-anatômico, 
enquanto a perturbação funcional é a que, sem aparentar lesão física, 
apresenta dano fisiológico ou psíquico, relacionado com órgãos ou funções 
específicas do organismo humano. 
 
 
 
 
10. Requisitos: 
 
concausa. 
 
11. Análise de conduta do Empregado: 
 
Não há que se analisar a conduta do empregado (segurado) - teoria do risco social, 
segundo a qual a sociedade arca com o ônus do segurado incapacitado, 
independentemente de quem tenha causada a situação acidentária. 
 
Responsabilidade do empregador deve ser reduzida pela metade das despesas 
previdenciárias decorrentes do acidente de trabalho.“DIREITO ADMINISTRATIVO. AÇÃO REGRESSIVA DO INSS 
CONTRA O EMPREGADOR DO TRABALHADOR ACIDENTADO. LEI 
8.213/91, ART. 120. CULPA CONCORRENTE DA VÍTIMA. Configurada 
a culpa concorrente do trabalhador vítima do acidente do trabalho e da 
empresa empregadora, esta não responde integralmente pelos custos da 
cobertura acidentária assumida pelo INSS, mas apenas na medida de sua 
responsabilidade, devendo arcar com a metade das despesas, se inexistirem 
elementos nos autos que apontem para a necessidade de se estabelecer outra 
quantificação. Julgamento realizado pela Turma ampliada, conforme art. 942 
do CPC.” (TRF/4, AC 5050067-27.2013.4.04.7000/PR, 4ª Turma, Rel. p/ 
Acórdão Des. Fed. Cândido A. Silva Leal Júnior, julg. em 12.9.2017). 
 
12. Direito de Regresso: 
 
Previdência Social pode propor ação regressiva contra os responsáveis nos 
casos de negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene do 
trabalho indicadas para a proteção individual e coletiva (art. 120, I, da LBPS). 
 
STJ reconhece que o INSS poderá cobrar os valores do benefício de pensão 
por morte pagos aos dependentes da mulher assassinada (REsp 1.431.150/RS, 
2ª Turma, Rel. Min. Humberto Martins, julg. em 23.8.2016, DJe 2.2.2017). 
 
A Lei n. 13.846/2019, acabou incluída na LBPS (art. 120, II) a possibilidade 
de ação regressiva por violência doméstica e familiar contra a mulher, nos 
termos da Lei n. 11.340, de 7 de agosto de 2006. 
 
 
13. Trabalhador não registrado: 
 
Dano in re ipsa. Após o indeferimento do INSS: 
 
“Na hipótese em que o empregado, por culpa exclusiva de seu empregador, fica 
impossibilitado de receber o benefício previdenciário do auxílio-doença, por 
culpa exclusiva do empregador que cadastrou PIS diverso daquele da 
trabalhadora junto à Caixa Econômica Federal, o dano não precisa sequer ser 
provado, pois trata-se de dano in re ipsa, ou seja, é aquele que a presunção da 
sua ocorrência é bastante, em situação na qual há suficiente indício de que haja 
ocorrido, em razão de ser consequência necessária e inevitável da conduta 
praticada, bastando tão somente a comprovação do fato.” (TRT 1ª Região, RO 
000000680.2011.5.01.0062, Rel. Des. Evandro V. Lopes, 5ª Turma, publ. 
2.9.2014) 
 
 
14. Vantagens: 
 
 Benefício permanente 
 Soma com o salário de contribuição 
 
15 Contagem para efeito de tempo de contribuição: 
 
É computado para efeito de tempo de contribuição, mesmo quando não intercalado 
com períodos de atividade, conforme normatização contida no art. 60, IX, do Decreto 
n. 3.048/1999: 
 
Art. 60. Até que lei específica discipline a matéria, são contados como tempo 
de contribuição, entre outros: 
(...) IX – o período em que o segurado esteve recebendo benefício por 
incapacidade por acidente do trabalho, intercalado ou não. 
 
TNU: “O tempo de gozo de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez 
não decorrentes de acidente do trabalho deve ser computado para fins de 
tempo de contribuição e carência, quando intercalado com períodos de 
contribuição, independentemente do número de contribuições vertido e o 
título a que realizadas” (PUIL n. 0000805-67.2015.4.03.6317/SP, Sessão de 
25.4.2019). 
 
TNU – Súmula n. 73: “O tempo de gozo de auxílio-doença ou de 
aposentadoria por invalidez não decorrentes de acidente de trabalho só pode 
ser computado como tempo de contribuição ou para fins de carência quando 
intercalado entre períodos nos quais houve recolhimento de contribuições 
para a previdência social”. 
 
 
TRF/4ª Região – Súmula n. 102: “É possível o cômputo do interregno em que 
o segurado esteve usufruindo benefício por incapacidade (auxílio-doença ou 
aposentadoria por invalidez) para fins de carência, desde que intercalado com 
períodos contributivos ou de efetivo trabalho”. 
 
Agravo regimental no recurso extraordinário. Previdenciário. Aposentadoria 
por invalidez. Cômputo do tempo de gozo de auxílio-doença para fins de 
carência. Possibilidade. Precedentes. 1. O Supremo Tribunal Federal decidiu, 
nos autos do RE nº 583.834/PR-RG, com repercussão geral reconhecida, que 
devem ser computados, para fins de concessão de aposentadoria por invalidez, 
os períodos em que o segurado tenha usufruído do benefício de auxílio-doença, 
desde que intercalados com atividade laborativa. 2. A Suprema Corte vem se 
pronunciando no sentido de que o referido entendimento se aplica, inclusive, 
para fins de cômputo da carência, e não apenas para cálculo do tempo de 
contribuição. Precedentes: ARE 802.877/RS, Min. Teori Zavascki, DJe de 
1.4.14; ARE 771.133/RS, Min. Luiz Fux, DJe de 21.2.2014; ARE 824.328/SC, 
Min. Gilmar Mendes, DJe de 8.8.14; e ARE 822.483/RS, Min. Cármem Lúcia, 
DJe de 8.8.14. 3. Agravo regimental não provido. (STF – RE: 771577 SC, 
Relator: Min. Dias Tof oli, j. 19.8.2014, 1ª Turma, DJe 213 publ. 30.10.2014). 
 
 
16. Responsabilidade da Empresa na comunicação (CAT): 
 
Deve o empregador comunicar acidente do trabalho ou situação a ela equiparada, bem 
como doenças ocupacionais diagnosticadas ao INSS até o primeiro dia útil seguinte ao 
da ocorrência estará sujeita à multa. 
 
A CAT ao INSS é feita por formulário próprio, e constitui obrigação da 
empresa e do empregador doméstico, no prazo até o primeiro dia útil após a 
ocorrência, e, em caso de falecimento, de imediato, à autoridade policial 
competente, sob pena de multa variável entre os limites mínimo e máximo do 
salário de contribuição, a ser aplicada pela fiscalização do INSS – art. 22 da 
Lei n. 8.213/1991 e art. 286 do Decreto n. 3.048/1999. 
 
Ausência da CAT QUEM PODE FAZER A COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE: 
 
O segurado, seus dependentes, o sindicato da categoria, medico que cuidou, 
qualquer autoridade pública. Não há prazo. 
 
A falta de emissão da CAT não constitui óbice para o reconhecimento da 
natureza acidentária da incapacidade, vide por exemplo, (TST, RR - 80600-
85.2006.5.02.0464, 2ª Turma, Relatora Ministra Maria Helena Mallmann, 
DEJT 8.9.2017). 
 
 
Valor da multa: varia entre os limites mínimo e máximo do salário de contribuição, por 
acidente que tenha deixado de comunicar nesse prazo. A 
 
A multa acima terá elevado em duas vezes o seu valor a cada reincidência, e 
será aplicada, no seu grau mínimo, na ocorrência da primeira comunicação 
feita fora do prazo estabelecido no art. 22 da Lei n. 8.213/1991, ou não 
comunicada, atentando-se para as eventuais circunstâncias agravantes, ver 
artigos 283 a 290 do Decreto n. 3.048/1999 
 
Circuntâncias agravantes: Há uma gradação para a multa e são 
circunstâncias agravantes da infraçãor: tentativa suborno; atuação com dolo 
ou fraude ou má-fé; desacatado, no ato da ação fiscal, o agente da fiscalização; 
obstar a ação da fiscalização; incorrido em reincidência. 
 
Reincidência: é a prática de nova infração a dispositivo da legislação por uma 
mesma pessoa ou por seu sucessor, dentro de cinco anos da data em que se 
tornar irrecorrível administrativamente a decisão condenatória, da data do 
pagamento ou da data em que se configurou a revelia, referentes à autuação 
anterior 
 
17. Doenças Ocupacionais: 
 
Decorrem em razão da atividade laborativa desempenhada pelo segurado. 
Resultam de constante exposição a agentes físicos, químicos e biológicos, ou 
mesmo do uso inadequado dos novos recursos tecnológicos, como os da 
informática. 
 
Podem ser: 
 
Doença profissional aquela decorrente de situações comuns aos 
integrantes de determinada categoria de trabalhadores, relacionada 
como tal no Decreto n. 3.048/1999, Anexo II, ou, caso comprovado o 
nexo causal entre a doença e a lesão, aquela que seja reconhecida pela 
Previdência, independentemente de constar na relação. São também 
chamadas de idiopatias, tecnopatias ou ergopatias. São comuns aos 
profissionais de certa atividade, como, por exemplo, a pneumoconiose, 
entre os mineiros. 
 
Doença do trabalho aquela adquirida ou desencadeada em função de 
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se 
relacione diretamente, estando elencada no referido Anexo II do 
Decreto n.3.048/1999, ou reconhecida pela Previdência. É o caso, 
verbi gratia, de um empregado de casa noturna cujo “som ambiente” 
supere os limites de tolerância; a atividade profissional que 
desempenha não geraria nenhuma doença ou perturbação funcional 
auditiva, porém, pelas condições em que exerce o seu trabalho, está 
sujeito ao agente nocivo à sua saúde – ruído excessivo. Também é o 
exemplo dos “Distúrbios do Sistema Osteomuscular Relacionados ao 
Trabalho” – DORT, dos quais as lesões por esforços repetitivos são o 
principal evento; são casos em que as condições inadequadas, sob o 
prisma da ergonomia, desenvolvem os problemas típicos. A prevenção, 
no caso, deve ser baseada na limitação do tempo de exposição (duração 
da jornada e concessão de pausas regulares), na alteração do processo 
e organização do trabalho (evitando excessos de demanda) e na 
adequação de máquinas, mobília, equipamentos e ferramental do 
trabalho às características ergonômicas dos trabalhadores. São as 
chamadas mesopatias. 
 
 
In dubio pro misero - 
 
 
18. CESSAÇÃO: 
O auxílio-acidente deixou de ser vitalício. 
 
Recebe o auxílio-doença até a concessão de aposentadoria – § 1º do art. 
86 da Lei do RGPS. 
 
Obs: A MP n. 905/2019 alterou novamente a LBPS para estabelecer 
que, somente na hipótese de manutenção das condições que 
ensejaram o reconhecimento do auxílio-acidente, o auxílio será 
devido até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a 
data do óbito do segurado. 
 
Somente enquanto persistirem as sequelas – rever as condições. 
 
Não há cessação do auxílio-acidente em vritude do recebimento e nem 
mesmo pela condição de desemprego. 
 
No caso de novo auxílio-doença, ocasionado por outra enfermidade que 
não a causadora da sequela que deu origem ao auxílio-acidente, o 
segurado receberá os dois benefícios (auxílio-acidente e auxílio-doença) 
cumulativamente. 
 
Quando o segurado em gozo de auxílio-acidente fizer jus a um novo 
auxílioacidente, em decorrência de outro acidente ou de doença, serão 
comparadas as rendas mensais dos dois benefícios e mantido o 
benefício mais vantajoso. 
 
 
 
BENEFÍCIO AUXÍLIO ACIDENTE - 
Códigos da Espécie (INSS): B-36 
(previdenciário) ou B-94 (acidentário) 
EVENTO GERADOR Segurado que sofre acidente e fica com sequelas 
que reduzem sua capacidade de trabalho. 
REQUISITOS 1) qualidade de segurado; 
2) a superveniência de acidente de qualquer 
natureza; 
3) a redução parcial e definitiva da capacidade 
para o trabalho habitual (sequela); 
4) o nexo causal entre o acidente a redução da 
capacidade. 
BENEFICIÁRIOS Segurados empregados, inclusive o doméstico, 
trabalhadores avulsos e segurados especiais. 
CARÊNCIA NÃO há 
ACÚMULO Pode ser acumulado com outros benefícios pagos 
pela Previdência Social exceto aposentadoria. 
 
Súmula n. 507 do STJ: “A acumulação de 
auxílio-acidente com aposentadoria pressupõe 
que a lesão incapacitante e a aposentadoria 
sejam anteriores a 11/11/97, observado o 
critério do artigo 23 da Lei 8.213/91 para 
definição do momento da lesão nos casos de 
doença profissional ou do trabalho” 
INTERRUPÇÃO DO BENEFÍCIO O auxílio-acidente será suspenso quando da 
concessão ou da reabertura do auxílio-doença, em 
razão do mesmo acidente ou de doença que lhe 
tenha dado origem, sendo restabelecido quando 
da cessação do auxílio-doença. 
SALÁRIO-BENEFÍCIO Para os segurados inscritos na Previdência Social 
a partir de 29.11.1999 (Lei n. 9.876, de 1999), o 
salário de benefício consistia: na média aritmética 
simples dos maiores salários de contribuição 
correspondentes a 80% de todo o período 
contributivo, corrigidos mês a mês; 
 
Para o segurado filiado à Previdência Social até 
28.11.1999, o salário de benefício consistia: na 
média aritmética simples dos 80% maiores 
salários de contribuição, corrigidos mês a mês, de 
todo o período contributivo decorrido desde julho 
de 1994; 
 
Para os benefícios requeridos após a publicação 
da EC n. 103/2019: 100% do período contributivo 
desde a competência julho de 1994, ou desde o 
início da contribuição, se posterior àquela 
competência. 
RENDA MENSAL 50% do salário de benefício que deu origem ao 
auxíliodoença, corrigido até o mês anterior ao do 
início do auxílio-acidente, pelos índices de 
atualização dos benefícios do RGPS. 
 
A partir da MP n. 905/2019: 50% do benefício de 
aposentadoria por invalidez a que o segurado 
teria direito. 
PERIÓDO BASE DE CÁLCULO O Período Básico de Cálculo – PBC é fixado, 
conforme o caso, de acordo com a: 
I – Data do Afastamento da Atividade ou do 
Trabalho – DAT; 
II – Data de Entrada do Requerimento – DER 
INÍCIO DO BENEFÍCIO A partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-
doença, devendo ser verificado de ofício pela 
perícia do INSS. 
DURAÇÃO INDETERMINADA. Cessa com a aposentadoria 
ou com a morte do segurado, o que ocorrer 
primeiro 
 
A partir da MP n. 905/2019, será devido somente 
enquanto persistirem as sequelas ou até a véspera 
do início de qualquer aposentadoria

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