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TRANSTORNOS ANSIOSOS CONCEITO DE ANSIEDADE: emoção ou percepção de medo, preocupação que tem uma função adaptativa → Tem uma função fisiológica de proteção nos indivíduos, até certo ponto é benéfica, mas em excesso torna-se patológica e causa prejuízo ● A adaptação consiste em funcionalidade em frente à preocupação/ansiedade → Ansiedade patológica: a partir do momento em que a ansiedade é tamanha que prejudique o funcionamento/rendimento do paciente → tem prejuízo na vida, no dia a dia da pessoa Sintomas: “tudo que é autonômico” → sensação de falta de ar, aumenta frequência cardíaca, parestesia ou prurido, diarréia, visão borrada, tontura, zumbido, sensação de morte iminente. ANSIEDADE GENERALIZADA E PÂNICO A linha do meio é a ansiedade basal normal. → Generalizada: o padrão basal é aumentado (mais preocupado, mais estressado e sensível ao estresse diário) → Transtorno do pânico: a marca é um pico muito alto de angústia/ansiedade, estando na normalidade fora do pico TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA Ansiedade excessiva e de difícil controle, principalmente para atividades do dia-a-dia Sintomas → Citados pelos pacientes: tenso, no limite, preocupado, agitado. → Preocupação múltipla com coisas simples do cotidiano. Pequenas coisas do cotidiano, como pagar uma conta no banco, já é algo muito exacerbado ● Irritabilidade: tensão muscular, dores, cefaleias tensionais ● Insônia: inicial – ao deitar, fica pensando e divagando.. sono pouco reparador → A insônia e irritabilidade tem que se fazer DD com TAB. No TAG, a pessoa está sempre no limite da tensão, já no TAB, o paciente não se refere exatamente assim ● Cansaço excessivo ● Problemas de memória e concentração Curso da Doença No início a doença segue um padrão constante (semanas/meses de ansiedade acima da basal), mas com o decorrer do tempo pode ocorrer agudização (situações de pequena melhora – grande piora), com presença de sintomas autonômicos (mais fracos e constantes – durante o dia todo - que no pânico) → Sintomas autonômicos: palpitações, tremores, sudoreses, dispneia, palidez FOBIA SOCIAL: sensação ruim quando expostas a avaliação de terceiros TRANSTORNO DE PÂNICO ● 3,5% de prevalência ao longo da vida CONCEITO: crises (+ de 1) de pânico inesperadas, sem gatilho ou lugar, que acontecem repetidas vezes e que causam um certo medo de ter uma próxima crise → A crise: do início ao pico, ocorre em 10 minutos, com percepção de medo intenso de morrer, sensação de enlouquecer ou de ter um infarto. Desrealização ou despersonalização: fora de si, saindo do corpo, sensação de perder o controle ou enlouquecer completamente → A pessoa tem medo constante de ter uma nova crise → Desregulações de ações que o corpo faz inconscientemente (sintomas autonômicos): palpitações, tremores, sudorese, dispneia (sensação de falta de ar), palidez, sensação de peso no peito, tontura, dor de barriga., arrepio, abafamento/calor, formigamento, desregulação de temperatura.. A maioria deles cursa com sensação de morte, desconforto no peito e falta de ar ● Muito comuns repetidas passagens pelo OS ● Encaminhados pelo cardiologista → Pode criar um quadro de agorafobia: medo extremo de ter uma crise, evitar ir aos lugares (pelo medo de não ser socorrida/conseguir sair dali) – tem um livro muito bom sobre isso chamado a mulher na janela – recomendo → Amígdala: isso vem dela, que é a estrutura que interpreta os medos. De alguma forma, nesse transtorno, a amígdala está mal calibrada. Começa a dar sinais ou hipervalorizar outros – crises de pânico CALIBRANDO A AMÍGDALA Como recalibrar a amíhdala? Através da modulação da serotonina (antidepressivos serotoninérgicos PRIMEIRA ESCOLHA: ISRS – fluoxetina, sertralina, paroxetina ● São primeira linha não por serem mais efetivos, mas por derem mais seguros ● Tolerabilidade dos ISRS também é melhor quando comparada aos tricíclicos → Resposta Clínica: ocorre em 2-3 semanas. Existe uma piora inicial. Mesmo iniciando com doses baixas, podem ocorrer pioras nos quadros ● Avisar o paciente ● Pode-se associar com benzodiazepínico para diminuir essa piora Sintomas Residuais PÂNICO: trata-se até a pessoa não ter mais crise. Idealmente elimina-se as crises e ansiedade intercrises ● Igual a depressão, com 12 meses de remissão, retira-se o medicamento ● Descontinuação: no pânico, ao longo de 4 anos, 80% permanece bem com a medicação. Já com a descontinuação, em apenas 1 ano, já há a queda de 50%→ alta chance de recaída TAG: com o passar dos anos, a taxa de remissão de pessoas parcialmente tratadas e completamente tratadas aumenta, em potencial no primeiro grupo. ● Descontinuação: após 26 semanas, quando se retira a medicação, a pessoa retorna a ter os sintomas
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