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A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA APRENDIZAGEM

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A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA APRENDIZAGEM
Ao avaliar os aspectos essenciais do ato de aprender e refletindo sobre a relação que existe entre afetividade e aprendizagem, descobrimos que o afeto é visto aqui como um comprometimento pessoal do educador e também profissional, muito além da amizade e do carinho.
O educador deve prezar pelo seu fazer pedagógico, realizando-o de forma eficaz, e sempre demonstrando respeito pelo educando o reconhecendo como um ser de infinita capacidade. O professor deve se apresentar como um mediador que procura em seus trabalhos empregar toda a afetividade que o moveu a exercer sua profissão como função social, optar por buscar e criar meios para que não fique nenhum de seus alunos sem esse essencial cuidado que levará ao desenvolvimento das suas várias aptidões.
O papel que o professor ocupa no processo ensino-aprendizagem é muito importante e, portanto, a qualidade das relações e a mediação são fundamentais nesse processo. Nesse sentido Tassoni (2000, p.3) afirma que: 
Na verdade, são as experiências vivenciadas com outras pessoas que irão marcar e conferir aos objetos um sentido afetivo, determinando, dessa forma, a qualidade do objeto internalizado. Nesse sentido, pode-se supor que, no processo de internalização, estão envolvidos não só os aspectos cognitivos, mas também os afetivos.
Desta forma, concordando com a autora, contribuímos que a possibilidade de aprendizado diante do sentimento que o aluno exibe, da atitude, comportamento com o professor e na escola, de seus colegas, do contexto que estiver inserido. Na vida afetiva os conhecimentos se constroem a partir das relações que as pessoas estabelecem e essas relações dão a noção para o sujeito de quem ele é.
A aprendizagem é o processo através do qual a criança se apropria ativamente do conteúdo da experiência humana, daquilo que o seu grupo social conhece, e para que o sujeito o aprenda necessitará interagir com outros seres humanos, especialmente com os adultos, e com outras crianças. Em geral a criança fornece ajuda direta à criança, orientando-a e mostrando-lhe como proceder através de gestos e instruções verbais em situações interativas, são atitudes provindas do educador.
Neste sentido Wallon discorre que:
O eu e o outro constituem-se, então, simultaneamente, a partir, de um processo gradual de diferenciação, oposição e complementaridade recíproca. Compreendidos como um par antagônico, complementam-se pela a própria oposição. De fato, o Outro faz-se atribuir tanta realidade íntima pela consciência como o Eu, e o Eu não parece comportar menos aparências externas que o Outro (WALLON, 1975, p.159)
Compreende-se que o grande valor do contato social na aquisição de conhecimento. O ambiente emocional, a forma que ele vai se direcionar em variadas atividades é determinada pela relação e o envolvimento que ele estabelece e, a partir daí constrói o seu campo afetivo. Desta forma, então ele apresentará receio, se empenhará mais ou menos, será mais ou menos impulsivo, a partir desse campo afetivo que ele desenvolve em seu contexto pessoal e desta forma se compõe a inteligência da pessoa a forma que ela vai abordar o mundo e se relacionar.
As mediações realizadas pelo professor, no desenvolvimento das atividades escolares, devem conter sentimentos de simpatia, valorização do outro, acolhimento, aceitação, apreciação e respeito, desse modo, estes sentimentos influenciam a relação da criança com o objeto de conhecimento e reflete na no momento que favorece a autonomia e enriquece a confiança e sua capacidade de decisão (LEITE; TASSONI, 2002).
A importância da relação entre professor e aluno deve ser entendida como um ponto eficaz para o desenvolvimento do aluno. A mesma não pode ser vista como uma simples transmissão de conhecimento, onde o professor ensina e o aluno aprende, mas sim como uma troca de conhecimentos, onde o professor se destaca no papel do mediador. Mesmo reconhecendo a importância dos fatores emocionais e afetivos na aprendizagem, o objetivo da ação escolar não é resolver dificuldades nesta área e sim, propiciar a aquisição e reformulação dos conhecimentos elaborados por uma dada sociedade.
Assim é possível constatar que a presença efetiva da afetividade na sala de aula resulta em aspectos positivos na relação aluno-objeto de conhecimento: [...] Na verdade, o desenvolvimento afetivo e cognitivo são indissociáveis e constituem uma única realidade –o desenvolvimento do indivíduo. Ambas as dimensões influenciam-se contínua e mutuamente" (TASSONI, 2000b, p. 150).
Portanto, convém ressaltar que a afetividade e a inteligência se estruturam nas ações dos indivíduos. O afeto pode, assim, ser entendido como energia necessária para que a estrutura cognitiva possa operar. Tanto a inteligência como a afetividade são mecanismos de adaptação permitindo ao indivíduo construir noções sobre os objetos, as pessoas e situações diversas, conferindo-lhes atributos, qualidades e valores. Assim, contribuem para a construção do próprio sujeito, sua identidade e sua visão de mundo.
REFERENCIAS
TASSONI, E. C. M. Afetividade e aprendizagem: a relação professor-aluno. In: REUNIÃO ANUAL DA ANP Ed, 23., 2000, Caxambu. Anais... Caxambu: ANP Ed, 2000a. Disponível em: < http://www .cursosavante.com.br/cursos/curso40/conteudo8232.PDF> Acesso em: 10 set. 2019.
WALLON, Henri. Psicologia e Educação da Infância. Lisboa, Editorial Estampa, 1975.
WALLON, Henri. A evolução psicológica da criança. Lisboa: Edições 70, 1999.

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