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Tendências pedagógicas brasileiras

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Tendências Pedagógicas Brasileiras conforme Saviani e Libâneo 
 
 
Liberais: manifestação própria da sociedade capitalista. Que embora 
difunda a ideia de igualdade de oportunidades, não leva em conta a 
desigualdade de condições. 
 
 
Progressistas: tendências que, partem de uma análise crítica das 
realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades sociopolíticas 
da educação. 
- Tradicional (até 1932): centrada no professor; vigiar os alunos; exposição 
de conteúdo; memorização; caráter autoritário; conteúdos enciclopédicos e 
desatualizados; ensino é transmissão de conhecimento. 
 
- Renovada progressivista ou progressiva (escolanovista; Escola Ativa; 
Jhon Dewey; Anísio Teixeira, 1932 até a década de 1960): adequação das 
necessidades individuais ao meio social; a aquisição do saber é mais 
importante do que o próprio saber; aprender é uma atividade de descoberta; 
professor como facilitador (influência piagetiana e montessouriana); 
aprender fazendo; aluno é o centro do processo; autoaprendizagem. 
 
-Renovada não-diretiva (Rousseau e Carl Rogers, escolanovista): mais 
preocupada com questões psicológicas do que com sociais; não tem como 
foco transmissão de conteúdos; educação centrada no aluno visando formar 
sua personalidade; o professor é especialista em relações humanas; os 
conteúdos são escolhidos conforme interesses dos alunos; amadurecimento 
emocional. 
 
- Tecnicista (décadas de 1950 e 1960 até 1978): de influência behaviorista; 
atividades mecanizadas e rígidas; supervalorização da tecnologia; aprender 
não é natural, mas depende de técnicas; o professor é mero especialista e a 
função do aluno é reagir a estímulos; ensino é condicionamento; modela 
comportamento humano. 
 
- Libertadora (Paulo Freire, década de 1960 em diante): temas 
geradores; problematização da prática de vida dos educandos; recusa de 
conteúdos tradicionais; caráter político; relações horizontais entre 
educador e educandos; dialógica; educação popular. 
 
- Libertária (maior concentração entre 1920 e 1930): A escola deve 
exercer uma transformação na personalidade dos alunos; modelo de 
autogestão, anarquista; antiautoritária; o professor é um orientador e um 
catalisador, ele se mistura ao grupo para uma reflexão em comum; o saber 
sistematizado só terá relevância se for possível seu uso prático; enfoca a 
livre expressão, o contexto cultural, a educação estética; 
 
 - Crítico-Social dos conteúdos ou Histórico-crítica (Libâneo e 
Saviani, final da década de 1970 em diante): A difusão de conteúdos 
científicos e culturais é a tarefa primordial; a escola é parte integrante do 
todo social, agir dentro dela é agir no rumo da transformação da 
sociedade; consiste na preparação do aluno para o mundo adulto e suas 
contradições, para uma participação organizada e ativa na democratização 
da sociedade; não há contradição entre cultura erudita e cultura popular; 
educação vinculada à realidade econômica e sociocultural do educando; 
professor tem autoridade, mas é ativo assim como o aluno; relação 
dialética; influência vygotskyana. 
Dermeval Saviani José Carlos Libâneo 
 
Pedagogia Histórico-Crítica (PHC): defende a escola como espaço da educação formal, que é a prática do 
ensino dos produtos do saber científico em suas formas mais desenvolvidas, dos conhecimentos historicamente 
sistematizados por meio dos quais ocorrerá a humanização dos indivíduos com o desenvolvimento de suas 
funções psicológicas superiores. 
- Critica as teorias crítico-reprodutivistas; articula um tipo de orientação pedagógica que seja crítica sem ser 
reprodutivista; 
- Busca compreender a educação no seu desenvolvimento histórico e a possibilidade de articular uma proposta 
pedagógica que busque a transformação da sociedade e não sua manutenção, em direção a uma sociedade 
socialista. 
- A PHC busca a intervenção prática além da crítica. 
 
Papel da escola: A escola é uma instituição cujo papel consiste na socialização do saber sistematizado. A escola 
existe para propiciar a aquisição dos instrumentos que possibilitam o acesso ao saber elaborado (ciência), bem 
como o próprio acesso aos rudimentos desse saber. As atividades da escola básica devem organizar-se a partir 
dessa questão. Pela mediação da escola, acontece a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da 
cultura popular à cultura erudita. É um espaço de luta da classe trabalhadora. 
 
Currículo: Currículo é o conjunto das atividades nucleares desenvolvidas pela escola. Se chamarmos isso de 
currículo, poderemos então afirmar que é a partir do saber sistematizado que se estrutura o currículo da escola 
elementar. Diferença entre atividades curriculares e extracurriculares. 
 
Professor e aluno: não haverá centralidade no professor, como na Pedagogia tradicional, ou no aluno, como nos 
métodos novos, mas sim, no conhecimento, que será eixo da prática que tem professores e alunos como agentes. 
 
Visão crítico-reprodutivista: crítica ao regime autoritário e à pedagogia autoritária desse regime, a pedagogia 
tecnicista. O próprio reprodutivismo era entendido como de inspiração marxista, de caráter dialético, e esses 
enfoques ficavam mais ou menos misturados. Ela revela-se capaz de fazer a crítica do existente, de explicitar os 
mecanismos do existente, mas não tem proposta de intervenção prática. Limita-se a constatar. Dessa forma, é 
impossível que o professor desenvolva uma prática crítica. A prática pedagógica situa-se sempre no âmbito 
da violência simbólica, da inculcação ideológica, da reprodução das relações de produção. Para cumprir 
essa função, é necessário que os educadores desconheçam seu papel; quanto mais eles ignoram que estão 
reproduzindo, tanto mais eficazmente eles reproduzem. 
 
 
Pedagogia critico-social dos conteúdos: entende que 
“conteúdo” são os conhecimentos produzidos 
historicamente. A difusão de conteúdos é a tarefa 
primordial. Não conteúdos abstratos, mas vivos, 
concretos e, portanto, indissociáveis das realidades 
sociais. 
 
- A condição para que a escola sirva aos interesses 
populares é garantir a todos um bom ensino, isto é, a 
apropriação dos conteúdos escolares básicos, que 
tenham ressonância na vida dos alunos. 
 
- A atuação da escola consiste na preparação do aluno 
para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo-
lhe um instrumental, por meio da aquisição de 
conteúdos e da socialização, para uma participação 
organizada e ativa na democratização da sociedade. 
 
 - Essa tendência propõe uma educação vinculada à 
realidade econômica e sociocultural do educando, e 
defende o papel da escola como sendo de formação 
cultural, de difusão do conhecimento científico. 
 
- O conhecimento comprometido com a liberdade 
intelectual e política das pessoas, e o ensino associado 
a uma análise crítica sócio-histórico-cultural do 
contexto em que as pessoas vivem. A crítica diz 
respeito a tratar os conteúdos com foco nas relações 
econômicas, sociais e culturais que envolvem a prática 
escolar. A tendência crítico-social dos conteúdos 
assume hoje a visão histórico-cultural, na tradição da 
Escola de Vygotsky.

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