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Portal Secad- BIOMECÂNICA DO SALTO E LESÕES

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25/07/2019 Portal Secad
https://www.portalsecad.com.br/artigo/6136 1/20
BIOMECÂNICA DO SALTO E LESÕES
ASSOCIADAS
RODRIGO SCATTONE DA SILVA
■ INTRODUÇÃO
Durante a prática de inúmeros esportes, observa-se a realização de atividades de salto. Associadas a esse gesto esportivo, múltiplas lesões
musculoesqueléticas podem ocorrer, tanto por eventos traumáticos quanto por microtraumas de repetição (lesões por sobrecarga).
A aterrissagem de salto ideal permite que o atleta absorva o choque de forma eficiente e segura, utilizando o movimento de suas diferentes
articulações do membro inferior (quadris, joelhos e tornozelos), com o uso adequado de potentes músculos, como o glúteo máximo, o
quadríceps e o tríceps sural. Muitos autores têm associado uma aterrissagem de salto anormal com a ocorrência de lesões na articulação do
joelho, como as rupturas do ligamento cruzado anterior (LCA) e distúrbios por sobrecarga no mecanismo extensor, como a tendinopatia
patelar.
O objetivo principal deste artigo é apresentar ao leitor um melhor entendimento sobre a biomecânica da aterrissagem do salto e as
implicações de alterações biomecânicas da aterrissagem na ocorrência de lesões. Serão apresentadas, ainda, ferramentas clínicas de
avaliação da mecânica da aterrissagem e intervenções para mudança na aterrissagem de salto para reabilitação e prevenção de lesões no
joelho.
■ OBJETIVOS
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
 
identificar aspectos associados à biomecânica da aterrissagem do salto vertical e do salto horizontal;
compreender a diferença entre os sexos na mecânica da aterrissagem;
identificar as principais implicações de alterações biomecânicas do salto na ocorrência de lesão do LCA e na tendinopatia patelar;
reconhecer as atuais ferramentas clínicas de avaliação da mecânica da aterrissagem de salto;
propor intervenções para mudança na aterrissagem de salto para reabilitação e prevenção de lesões no joelho.
■ ESQUEMA CONCEITUAL
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(home)
Pesquisa Estendida
https://www.portalsecad.com.br/home
25/07/2019 Portal Secad
https://www.portalsecad.com.br/artigo/6136 2/20
■ BIOMECÂNICA DA ATERRISSAGEM DE SALTO
Durante a prática de inúmeros esportes, observa-se a realização de atividades de salto. Associadas a esse gesto esportivo, múltiplas lesões
musculoesqueléticas podem ocorrer, tanto por eventos traumáticos quanto por microtraumas de repetição (lesões por sobrecarga).
Atividades de salto são divididas em fase aérea (voo) e fase de aterrissagem. Dada a maior associação da fase de aterrissagem com
lesões musculoesqueléticas, a aterrissagem de saltos (vertical e horizontal) será enfatizada no presente artigo.
Saltar verticalmente com habilidade é um fator determinante em uma variedade de esportes como o basquetebol, o voleibol, a ginástica e até
mesmo a corrida, dentre outros. Observou-se recentemente que atletas de elite de voleibol realizam quase 700 saltos em uma semana de
treino, com média de 62,2 saltos por hora de treinamento.
Durante a aterrissagem, o corpo é submetido a forças e momentos aplicados externa e internamente. A alta frequência de realização das
atividades de salto e as altas forças que incidem no sistema em decorrência dessa atividade fazem com que esse gesto esportivo seja de
particular importância para o fisioterapeuta que atua no esporte.
O objetivo de uma aterrissagem bem-sucedida é resistir ao colapso do sistema com a aplicação apropriada de momentos extensores
nas articulações do membro inferior de forma a conter a velocidade do corpo, reduzindo-a a zero sem produzir lesões. Esses
momentos extensores atuam primariamente de forma excêntrica para absorver a energia cinética do sistema musculoesquelético e
ao mesmo tempo impedir que o indivíduo sofra uma queda.
A aterrissagem de salto ideal permite que o atleta absorva o choque de forma eficiente e segura utilizando o movimento de suas diferentes
articulações do membro inferior (quadris, joelhos e tornozelos), com a utilização adequada de potentes músculos, como o glúteo máximo, o
quadríceps e o tríceps sural. Também permite que o corpo seja posicionado de forma adequada a possibilitar rápidos e potentes saltos
subsequentes.
Em estudo epidemiológico com atletas de basquetebol do sexo feminino, foi reportado que 58% de todas as atletas que sofreram uma lesão
encontravam-se em aterrissagem de salto no momento do trauma, sendo o joelho a região mais frequentemente lesionada. Muitos autores
têm associado uma aterrissagem de salto anormal com a ocorrência de lesões na articulação do joelho, como as rupturas do LCA e os
distúrbios por sobrecarga no mecanismo extensor, como a tendinopatia patelar.
SALTO VERTICAL
O salto vertical é um gesto realizado com frequência em múltiplas atividades relacionadas a diferentes esportes. Na aterrissagem de um
salto, a energia total de um indivíduo se transforma de energia potencial para energia cinética. A aterrissagem que se segue envolve
movimentos designados a dissipar a energia cinética e será caracterizada por trabalho, realizado pelos músculos do membro inferior.
Momentos de força articular e potência muscular da extremidade inferior podem ser utilizados para descrever os mecanismos pelos
quais a energia cinética da aterrissagem é dissipada.
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A fase de impacto da aterrissagem de salto vertical, definida como a fase entre o contato inicial com o solo e o pico da força de reação do
solo, inicia-se por um simultâneo momento extensor do joelho e flexor do quadril, que atingem valores máximos de aproximadamente 15
milissegundos (ms) após o contato inicial e finalizam-se em torno de 25ms após o contato. O trabalho realizado pelos grupos musculares que
cruzam essas articulações atua reduzindo a velocidade do centro de massa na aterrissagem.
A aterrissagem de salto pode ser realizada utilizando-se uma variedade de diferentes contatos do pé com o solo. A técnica
específica adotada é tipicamente determinada pela natureza da atividade praticada e pelas estratégias individuais de desempenho.
Pesquisadores buscando quantificar as forças durante variadas atividades identificaram dois padrões primários de contato do pé com o solo,
sendo a primeira a mais comumente utilizada: técnicas antepé-retropé (ponta do pé-calcanhar) e pé chapado (flatfoot). Técnicas adicionais,
muito menos frequentemente observadas, incluem a técnica apenas antepé e a apenas retropé. 
Cada técnica diferente pode gerar padrões de força de reação do solo únicos.
Técnicas de “pé chapado”, “apenas retropé” e “apenas antepé” costumam produzir curvas de força de reação do solo unimodais, enquanto o
padrão mais comum de aterrissagem, a técnica “antepé-retropé”, exibe uma curva de força de reação do solo bimodal (com dois picos), de
forma que o primeiro pico da curva seria referente ao contato do antepé com o solo e o segundo referente ao contato do retropé com o solo.
Um estudo clássico mensurou a magnitude do pico de força de reação do solo em uma tarefa que simulava o rebote do basquete. Foi
observado que em aterrissagens com estratégia “antepé-retropé”, o padrão de forças de reação do solo foi bimodal com valores médios de
F1 e F2 de 1,3 e 4,1 vezes o peso corporal, respectivamente. Na mesma tarefa, os atletas que apresentaram padrão de aterrissagem de “pé
chapado” apresentaram um único pico de força de reação do solo de 6 vezes o peso corporal.
Biomecanicamente, no tornozelo, em aterrissagens sobre o antepé (padrão “antepé-retropé”), após o contato inicial com o solo, o vetor
resultante da força de reação do solo passa anteriormente ao eixo de rotação da articulação talocrural, resultando em um momento externo
dorsiflexor do tornozelo e no consequente movimento de dorsiflexão, que é controlado pela ação excêntrica dos músculos flexores plantares
do tornozelo, sobretudo o tríceps sural e o tibial posterior.
Na articulação do joelho, o vetor resultante da força de reação do solo passa posteriormente em relaçãoao eixo de rotação da articulação
tibiofemoral e gera um momento externo flexor do joelho, controlado pela ação excêntrica do principal músculo extensor do joelho, o
quadríceps femoral.
No quadril, o vetor resultante da força de reação do solo passa anteriormente ao eixo de rotação da articulação coxofemoral, resultando em
um momento externo flexor do quadril e no consequente movimento de flexão do quadril, que é controlado pela ação excêntrica dos
músculos extensores do quadril, principalmente o glúteo máximo e os isquiotibiais.
Com relação a diferentes estratégias de aterrissagem, nos estudos de DeVita e Skelly e de Zhang e colaboradores, observou-se que
aterrissagens rígidas, caracterizadas por menores ângulos das articulações do membro inferior no plano sagital (Figura 1A), envolvem maior
uso dos flexores plantares do tornozelo para a dissipação da energia da aterrissagem.
Em contrapartida, aterrissagens suaves, caracterizadas por maior quantidade de movimento das articulações do membro inferior no plano
sagital (Figura 1B), envolvem maior uso dos músculos extensores do quadril e do joelho para a dissipação da força de reação do solo.
Fi 1 A) P d ã d t i d lt í id â l d ti l õ d b i f i l
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Figura 1 — A) Padrão de aterrissagem de salto rígido, com menores ângulos das articulações do membro inferior no plano
sagital. B) Padrão de aterrissagem de salto suave, com maiores ângulos das articulações no plano sagital.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Especificamente, a quantidade de trabalho realizado pelos extensores do quadril e do joelho foi 54% e 46% maior, respectivamente, na
aterrissagem suave, indicando que os músculos que cruzam essas articulações absorveram mais energia nessa condição em comparação à
aterrissagem rígida. Por outro lado, o trabalho realizado pelo tornozelo foi 14% maior na aterrissagem rígida, o que indica que os flexores
plantares do tornozelo absorveram maior energia na aterrissagem rígida em relação à aterrissagem suave.
As aterrissagens rígidas não são realizadas simplesmente pelo aumento da tensão muscular em ambos os lados das articulações do
membro inferior, mas sim pela mudança na tensão relativa das articulações para produzir mudanças na rede de momentos articulares.
Os extensores do quadril precisam atuar para desacelerar o tronco que está se movendo anteriormente durante a aterrissagem. Essa
atuação envolve um trabalho significativo, já que tronco, cabeça e membros superiores representam 68% da massa corporal.
Em situações de grande demanda mecânica, a maioria da energia é absorvida pelos grandes músculos extensores do joelho e do quadril.
Portanto, força excêntrica e controle neuromuscular desses músculos são críticos para a integridade da extremidade inferior durante
aterrissagens.
Por fim, redução na capacidade de se realizar dorsiflexão pode limitar a contribuição do tornozelo para dissipação de forças durante a
aterrissagem. Em aterrissagens rígidas, a contração excêntrica dos músculos flexores plantares do tornozelo é responsável por 44% de toda
a energia cinética absorvida pelo sistema muscular.
Movimentos restritos de dorsiflexão podem limitar o engajamento dos músculos flexores plantares na realização de forças de desaceleração,
com o tornozelo potencialmente se tornando menos eficiente em dissipação de forças em amplitudes mais próximas do fim do arco. Isso
pode alterar a mecânica do membro inferior na aterrissagem (elevação precoce do calcâneo, estratégia rígida etc.) que pode levar a aumento
nas cargas no mecanismo extensor do joelho.
Uma recente revisão sistemática identificou evidências que apoiam essa hipótese. Dorsiflexão do tornozelo restrita foi associada a menores
excursões de flexão do quadril e do joelho e a maiores forças de reação do solo durante aterrissagens de salto, alterações que podem
aumentar o risco de lesões em atletas. O fisioterapeuta esportivo deve ter esses aspectos em mente ao lidar com atletas engajados em
esportes que envolvem saltos verticais frequentes.
SALTO HORIZONTAL
Pouco se tem na literatura sobre a biomecânica da aterrissagem de salto horizontal, embora este seja um salto frequentemente realizado em
diferentes atividades esportivas. O salto horizontal (stop-jump) envolve, em geral, movimento de aceleração horizontal em sentido anterior,
seguido de uma parada súbita em aterrissagem bipodal, imediatamente seguida de um salto vertical e uma segunda aterrissagem
bipodal.
A mecânica do salto horizontal apresenta características distintas das observadas nos saltos verticais no que se refere à cinemática
do membro inferior.
Em um estudo biomecânico, Edwards e colaboradores realizaram comparações entre a aterrissagem dos saltos vertical e horizontal em
atletas sadios de basquetebol, voleibol e futebol. Foi verificado que, na aterrissagem vertical, os atletas entraram em contato com o solo em
maior flexão plantar do que na aterrissagem horizontal. Logo após essa fase, na aterrissagem vertical, foram obtidos maiores valores de
dorsiflexão do tornozelo do que na aterrissagem horizontal.
Na aterrissagem horizontal, os atletas mantiveram uma posição relativamente inalterada de dorsiflexão, do contato inicial até o fim da
aterrissagem, o que gerou menor velocidade de dorsiflexão nessa aterrissagem em relação à aterrissagem vertical. Observou-se o
movimento de inversão do tornozelo durante ambas as aterrissagens, embora a inversão tenha sido significativamente maior na aterrissagem
vertical do que na aterrissagem horizontal.
Quanto à biomecânica do joelho, durante o contato inicial com o solo, a aterrissagem horizontal resultou em maior flexão do joelho do que
a aterrissagem vertical. Com relação aos movimentos no plano frontal, não houve diferença entre as aterrissagens, sendo observado apenas
que a aterrissagem horizontal resultou em maior velocidade de abdução do joelho em relação à aterrissagem vertical.
Com relação à cinemática do quadril, observou-se maior flexão do quadril na aterrissagem horizontal do que na aterrissagem vertical, tanto
no contato inicial com o solo quanto no final da aterrissagem. Apesar disso, a velocidade de flexão do quadril foi menor na aterrissagem
horizontal do que na aterrissagem vertical.
Quanto à biomecânica no plano frontal, na aterrissagem horizontal os atletas apresentaram menor abdução do quadril e menor velocidade
de abdução do quadril do que na aterrissagem vertical. Por fim, quanto ao plano transverso, observou-se maior ângulo e maior velocidade de
rotação interna do quadril ao final da aterrissagem horizontal em relação à aterrissagem vertical.
Quanto aos dados cinéticos e de força no tendão patelar, observou-se que a aterrissagem horizontal resultou em maior força no tendão
patelar, um menor tempo para atingir o pico de força no tendão patelar e um maior momento extensor do joelho do que a aterrissagem
vertical. Quanto às forças de reação do solo, observou-se menor pico de força vertical e maior pico de força posterior na aterrissagem
horizontal em relação à aterrissagem vertical.
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O salto horizontal apresenta maior potencial para produzir um maior pico de força no tendão patelar do que o salto vertical, e pode
apresentar maior potencial para sobrecarga nessa estrutura.
 
1. Sobre a biomecânica do salto e da aterrissagem, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) A maioria das lesões associadas ao salto ocorre na fase aérea (fase de voo), o que faz com que a biomecânica dessa fase seja
particularmente importante.
( ) O objetivo de uma aterrissagem bem-sucedida é resistir ao colapso do sistema com a aplicação apropriada de momentos
extensores nas articulações do membro inferior de forma a conter a velocidade do corpo, reduzindo-a a zero sem produzir lesões.
( ) A aterrissagem de salto ideal permiteque o atleta absorva o choque de forma eficiente e segura utilizando o movimento de suas
diferentes articulações do membro inferior (quadris, joelhos e tornozelos).
( ) Momentos extensores atuam de forma excêntrica para absorver a energia cinética do sistema musculoesquelético e ao mesmo
tempo impedir que o indivíduo sofra uma queda.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
 
A) F — V — V — V
B) V — V — F — V
C) F — V — V — F
D) F — F — V — V
Confira aqui a resposta
 
2. Analise as afirmativas sobre a biomecânica normal da aterrissagem do salto vertical.
I — Após o contato inicial com o solo, em aterrissagens com estratégia “antepé-retropé”, o vetor resultante da força de reação do solo
passa anteriormente ao eixo de rotação da articulação talocrural, resultando em um momento externo dorsiflexor do tornozelo.
II — Após o contato inicial com o solo, o vetor resultante da força de reação do solo passa anteriormente em relação ao eixo de
rotação da articulação tibiofemoral, gerando um momento externo extensor do joelho.
III — Após o contato inicial com o solo, o vetor resultante da força de reação do solo passa anteriormente ao eixo de rotação da
articulação coxofemoral, gerando um momento externo flexor do quadril.
IV — Em aterrissagens rígidas, a articulação do tornozelo atua mais para a dissipação da força de reação do solo. Em aterrissagens
suaves, as articulações do joelho e do quadril atuam mais para a dissipação dessa força.
Quais estão corretas?
 
A) Apenas a II e a III.
B) Apenas a I, a III e a IV.
C) Apenas a II, a III e a IV.
D) Apenas a I, a II e a IV.
Confira aqui a resposta
 
3. Sobre a aterrissagem de salto vertical, assinale a alternativa correta.
A) Técnicas de “pé chapado”, “apenas retropé” e “apenas antepé” costumam produzir curvas de força de reação do solo
bimodais.
B) A técnica “antepé-retropé”, exibe uma curva de força de reação do solo unimodal.
C) Força excêntrica e controle neuromuscular dos músculos extensores do joelho e quadril são fundamentais para a integridade
da extremidade inferior durante aterrissagens verticais.
D) Aterrissagens rígidas são realizadas principalmente pelo aumento da tensão muscular em ambos os lados das articulações do
membro inferior.
Confira aqui a resposta
 
4. Sobre a biomecânica do salto horizontal, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) O salto horizontal envolve um movimento de aceleração horizontal em sentido anterior, seguido de uma parada súbita em
aterrissagem bipodal, imediatamente seguida de um salto vertical e uma segunda aterrissagem bipodal.
( ) Na aterrissagem vertical do salto horizontal, atletas entram em contato com o solo em maior flexão plantar do que na aterrissagem
horizontal
LEMBRAR
ATIVIDADES
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https://www.portalsecad.com.br/artigo/6136 6/20
horizontal.
( ) A aterrissagem horizontal envolve menor flexão do joelho e menor velocidade de abdução do joelho em relação à aterrissagem
vertical.
( ) Observa-se um movimento de inversão do tornozelo durante ambas as aterrissagens de salto (horizontal e vertical), embora a
inversão seja maior na aterrissagem vertical do que na aterrissagem horizontal.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
 
A) F — V — V — F
B) V — F — V — V
C) V — V — F — V
D) V — V — F — F
Confira aqui a resposta
 
5. Sobre as principais diferenças e semelhanças entre os saltos vertical e horizontal, assinale a alternativa correta.
A) A velocidade de flexão do quadril é maior na aterrissagem horizontal do que na aterrissagem vertical.
B) No que se refere à cinemática do membro inferior, a mecânica do salto horizontal apresenta as mesmas características
observadas nos saltos verticais.
C) Com relação aos movimentos no plano frontal, há diferenças significativas entre as aterrissagens, sendo observado apenas
que a aterrissagem horizontal resultou em menor velocidade de abdução do joelho em relação à aterrissagem vertical.
D) No que se refere ao plano transverso, em relação à aterrissagem vertical, observou-se maior ângulo e maior velocidade de
rotação interna do quadril ao final da aterrissagem horizontal.
Confira aqui a resposta
 
■ DIFERENÇAS ENTRE SEXOS E LESÕES ASSOCIADAS À ATERRISSAGEM
Durante a prática de esportes que envolvem saltos, mulheres apresentam uma incidência de lesões do LCA 2 a 8 vezes maior do que
homens. Acredita-se que essas diferenças se devam a distinções estruturais, mecânicas, neuromusculares e hormonais entre os sexos.
Essas diferenças serão exploradas em detalhes posteriormente.
Por outro lado, homens apresentam uma prevalência maior de lesões por sobrecarga relacionadas à prática de salto, como tendinopatia
patelar. Especificamente, foi observado em estudos recentes que atletas do sexo masculino apresentam risco 3 a 4 vezes maior de
desenvolver tendinopatia patelar do que atletas do sexo feminino. Acredita-se que altas cargas aplicadas nas fibras do tendão patelar
durante saltos são um fator desencadeante para tendinopatia patelar.
Sabe-se que homens são capazes de atingir maiores alturas em saltos verticais em comparação a mulheres. Saltos verticais em maiores
alturas geram maiores forças no tendão patelar, e um melhor desempenho em saltos verticais foi recentemente estabelecido como fator de
risco para o desenvolvimento de tendinopatia patelar. Acredita-se que esses aspectos contribuam para a observada discrepância de
prevalência de tendinopatia patelar entre os sexos.
Para que se possa reabilitar adequadamente atletas com lesões associadas à prática de esportes que envolvem saltos, a compreensão
desses aspectos se torna fundamental. O conhecimento da biomecânica da aterrissagem de saltos também é fundamental para que
condutas de prevenção de lesão sejam implementadas de maneira efetiva e eficaz.
A ruptura do LCA é a lesão ligamentar mais comumente associada a aterrissagens de salto. A lesão do LCA é uma lesão ligamentar
severa, que resulta em instabilidade funcional em curto prazo e a distúrbios articulares degenerativos em longo prazo.
Em termos de lesões por sobrecarga, a tendinopatia patelar tem sido a lesão mais prevalente em atletas engajados em atividades que
envolvem saltos repetitivos, tanto que é conhecida popularmente como “joelho de saltador” (jumper’s knee). Dada a sua maior prevalência
em associação a esportes que envolvem saltos repetitivos, essas lesões serão mais enfatizadas no presente artigo.
LESÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR
Tem sido reportado que 80% das lesões do LCA ocorrem sem um trauma direto durante tarefas como mudanças de direção, desacelerações
e aterrissagens de saltos (lesões sem contato). Existe ainda controvérsia na literatura atual a respeito dos exatos mecanismos relacionados
às lesões sem contato do LCA.
Um importante mecanismo de lesão sem contato é o colapso em valgo do joelho, em situações de mudança de direção ou aterrissagem de
salto, quando o joelho encontra-se na condição denominada “posição sem retorno”, caracterizada por adução e rotação medial do fêmur
associadas à abdução e rotação lateral da tíbia, estando o pé fixo no solo em hiperpronação subtalar e o tronco inclinado em direção ao
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membro inferior de apoio.
Acredita-se que movimentos diminuídos no plano sagital durante a aterrissagem de salto (menor flexão do joelho, quadril e tronco)
favoreçam a ocorrência de rupturas do LCA. Análises de vídeo de atletas no momento da lesão do LCA indicam que estes tendem a
apresentar uma posição mais estendida do tronco no momento da ruptura. Aterrissagens com o tronco ereto têm sido associadas a
maiores forças de reação do solo, maiores momentos extensores do joelho e a menores momentos extensores do quadril.
Além disso, foi demonstrado que menor flexão do tronco durante a aterrissagem de salto produz maior abdução do joelho, o que é
relevante, já que a abdução do joelho aumentada já foi descritacomo fator de risco para a ruptura do LCA. Por fim, aterrissagens com
menor flexão do tronco produzem aumento da ativação muscular do quadríceps, o que resulta em maior força de cisalhamento anterior na
tíbia em relação ao fêmur, aumentando a tensão do LCA, predispondo-o à lesão.
A posição do tronco no plano sagital durante a aterrissagem de saltos não deve ser negligenciada como um potencial fator causador
para as lesões do LCA.
Acredita-se que fraqueza e/ou fadiga precoce da musculatura extensora do quadril estejam entre os principais fatores que levem à menor
flexão do tronco e do quadril durante a aterrissagem de salto. A fraqueza ou a ativação inapropriada da musculatura extensora do quadril
(principalmente do glúteo máximo) impossibilita o controle adequado da projeção anterior do centro de massa durante as aterrissagens
repetidas, de forma que o atleta permanece com o tronco ereto para não se desequilibrar anteriormente.
Fraqueza ou fadiga dos músculos abdutores do quadril (sobretudo o glúteo médio) também é relevante nesse contexto. Isso porque, em
situações de apoio unipodal, a fraqueza ou a fadiga dos músculos abdutores do quadril pode produzir queda pélvica contralateral ao membro
de apoio (sinal de Trendelenburg). Como estratégia compensatória, pode ocorrer inclinação ipsilateral do tronco durante a aterrissagem
(sinal de Trendelenburg compensado), de forma a aproximar o vetor resultante da força peso corporal do centro de rotação do quadril.
No entanto, a inclinação ipsilateral excessiva do tronco move o vetor da força de reação do solo lateralmente à articulação do joelho, criando
um momento externo abdutor nessa articulação. Esse momento externo abdutor no joelho é um fator de risco para lesões no joelho em
atletas.
Algumas pesquisas evidenciaram que indivíduos submetidos à reconstrução do LCA apresentam alterações de controle neuromuscular e/ou
de movimentos do membro inferior durante aterrissagem de saltos mesmo após meses de reabilitação e o retorno à atividade esportiva, o
que potencialmente predispõe os atletas a uma segunda lesão. Essas alterações parecem ser mais exacerbadas em mulheres,
especialmente após a puberdade.
Com a ocorrência da puberdade, indivíduos do sexo masculino tendem a apresentar uma série de adaptações fisiológicas em
termos de ganho de força, potência e coordenação muscular, com a ocorrência do chamado estirão neuromuscular. Em indivíduos do
sexo feminino esse estirão parece não ocorrer, de modo que as adolescentes tendem a apresentar adaptações neuromusculares
insuficientes para controlar o aumento em massa corporal que ocorre nesse período.
A literatura indica que atletas adolescentes do sexo feminino apresentam redução no pico de torque flexor do joelho e maior deslocamento
em abdução do joelho em aterrissagem de salto vertical em comparação a indivíduos do sexo masculino após a puberdade. Durante o salto
horizontal, um estudo observou que atletas de futebol do sexo feminino de 11 a 16 anos de idade apresentam menor flexão do quadril e do
joelho, tanto no contato inicial quanto na amplitude máxima, em comparação a atletas do sexo masculino da mesma idade.
Além disso, adolescentes do sexo feminino apresentam menor torque excêntrico do quadril nos três planos de movimento em comparação a
adolescentes do sexo masculino na fase final da puberdade. Essa diminuição da força excêntrica do quadril pode ser um dos fatores que
contribuem para a maior incidência de lesão no joelho em mulheres.
Outros estudos demonstraram diferenças na estratégia de aterrissagem entre os sexos em adultos, sendo observado que mulheres
apresentaram maiores ângulos de abdução do joelho quando comparadas aos homens. Isso é especialmente relevante pelo fato de que,
em estudo prospectivo, Hewett e colaboradores observaram que o ângulo de abdução do joelho e o momento externo abdutor do joelho são
fatores de risco para a lesão do LCA em atletas.
É importante ressaltar ainda que atletas do sexo feminino com reconstrução do LCA têm uma incidência de recidiva de lesão 16 vezes maior
do que atletas sadias e quatro vezes maior do que atletas do sexo masculino submetidos à reconstrução do LCA. Essa questão enfatiza a
necessidade de uma reabilitação abrangente, levando em consideração os fatores biomecânicos, como a força e a resistência muscular, o
controle neuromuscular e os padrões de movimento durante a aterrissagem de salto para que combinações lesivas de movimento não
ocorram após o retorno ao esporte.
A literatura indica que a mecânica da aterrissagem de salto, principalmente quanto aos planos frontal e sagital, é um fator
importante na ocorrência de lesões do LCA e deve ser considerada em reabilitação esportiva.
TENDINOPATIA PATELAR
Tendinopatia patelar é uma disfunção por sobrecarga comum em atletas que praticam esportes que envolvem saltos e aterrissagens
repetitivas. Significativa diminuição no desempenho esportivo ocorre nos atletas acometidos em decorrência dos sintomas graves de dor
t i j lh Já f i t d i d t 50% d tl t t di ti t l b d i ti
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anterior no joelho. Já foi reportado que aproximadamente 50% dos atletas com tendinopatia patelar abandonam a carreira esportiva em
decorrência dos sintomas no joelho.
Por haver uma associação clara entre tendinopatia patelar e a prática de esportes que envolvem saltos, é possível que a
ocorrência dessa disfunção tenha relação com uma mecânica anormal de aterrissagem de saltos.
Anormalidades ultrassonográficas no tendão patelar de atletas assintomáticos são fatores de risco para o desenvolvimento de
tendinopatia patelar. Edwards e cobalobradores e Mann e colaboradores observaram que atletas assintomáticos com anormalidades
ultrassonográficas no tendão patelar apresentam um padrão de movimento alterado na articulação do quadril durante a aterrissagem de um
salto horizontal anterior (stop jump) quando comparados a atletas sem anormalidades.
Foi observado que atletas com anormalidades ultrassonográficas no tendão patelar realizam extensão do quadril na aterrissagem, enquanto
atletas sem anormalidades realizam flexão do quadril. Esse padrão alterado na articulação do quadril provavelmente resulta em uma
estratégia de dissipação de força menos eficiente, o que pode atuar sobrecarregando o mecanismo extensor do joelho e levar a alterações
ultrassonográficas.
De fato, demonstrou-se que esse padrão de movimento alterado na articulação do quadril durante a aterrissagem foi um fator de risco capaz
de predizer tanto a presença quanto a gravidade de uma anormalidade no tendão patelar.
Recentemente, também foi demonstrado que atletas sintomáticos com tendinopatia patelar apresentam menor amplitude de flexão do quadril
em relação a atletas assintomáticos durante a aterrissagem de um salto vertical (drop vertical jump).
É fundamental avaliar os movimentos do quadril no plano sagital durante saltos em atletas, com o intuito de verificar a presença de
alterações que podem estar associadas à tendinopatia patelar.
É provável que, com o tempo, atletas com dor no joelho decorrente de tendinopatia patelar desenvolvam estratégias compensatórias
buscando evitar os arcos dolorosos de movimento e diminuir o estresse no tendão, o que pode explicar os menores movimentos observados
no estudo de Rosen e colaboradores. Por outro lado, aterrissagens envolvendo menores ângulos de flexão do quadril podem ser um
aspecto importante para o desenvolvimento de tendinopatias patelares.
Estudos prévios demonstraram que aterrissagens de salto com menores ângulos de flexão do quadril/tronco implicam maior ativação do
quadríceps, maior força de reação do solo, menor momento extensor do quadril e maior momento extensor do joelho em comparação
a aterrissagens com maior flexão do quadril. Todos esses componentes implicam maior sobrecarga sobre o mecanismo extensordo joelho e,
consequentemente, podem contribuir para a patomecânica das tendinopatias patelares.
Em uma revisão sistemática recente foi concluído que atletas com tendinopatia patelar apresentam padrão mais rígido de aterrissagem de
salto em comparação a controles assintomáticos. Uma aterrissagem mais rígida exige que a energia seja dissipada mais rapidamente, o que
leva a maiores forças de reação do solo e a cargas aumentadas na articulação do joelho. Dessa forma, uma aterrissagem anormal pode
contribuir para o desenvolvimento ou a perpetuação de tendinopatia patelar.
A estratégia de aterrissagem utilizada por atletas envolvidos em atividades de salto não deveria ser negligenciada como um potencial
fator causal para sobrecarga nos tendões. Intervenções visando modificar o padrão de aterrissagem, procurando aumentar os
ângulos de flexão do tronco e do quadril, podem ser relevantes para a reabilitação de atletas com tendinopatia patelar.
Também é importante mencionar que alguns estudos identificaram que atletas com tendinopatia patelar apresentam redução na amplitude de
movimento (ADM) de dorsiflexão do tornozelo em comparação a atletas assintomáticos. Além disso, um estudo prospectivo identificou que
amplitude restrita de dorsiflexão do tornozelo é um fator de risco para o desenvolvimento de tendinopatia patelar em atletas de
basquetebol.
Redução na capacidade de se realizar dorsiflexão pode limitar a contribuição do tornozelo para dissipação de forças durante a aterrissagem.
Movimentos restritos de dorsiflexão podem limitar o engajamento dos músculos flexores plantares na realização de forças de desaceleração,
com o tornozelo potencialmente se tornando menos eficiente em dissipação de forças em amplitudes mais próximas do fim do arco. Isso
pode provocar uma mecânica alterada do membro inferior na aterrissagem (elevação precoce do calcâneo, estratégia rígida etc.) que pode
levar a um aumento na carga no tendão patelar e no risco de lesão no tendão.
Aumentar a flexibilidade de dorsiflexão do tornozelo pode ser importante para aumentar a contribuição da articulação do tornozelo na
dissipação de forças durante aterrissagens, diminuindo-se a sobrecarga no mecanismo extensor do joelho.
O fisioterapeuta esportivo deve ter em mente que tendinopatia patelar é um distúrbio multifatorial. Uma variedade de fatores de risco
biomecânicos, tanto locais quanto distais à articulação do joelho, já foi associada ao seu desenvolvimento. Fatores locais incluem déficits
de flexibilidade do quadríceps e dos isquiotibiais e diminuição na força do quadríceps.
Além do já mencionado déficit de ADM de dorsiflexão do tornozelo com suporte do peso corporal, outro fator distal inclui excesso de
pronação da articulação subtalar. Esses fatores devem ser levados em consideração pelos terapeutas no momento de se traçar condutas
de intervenção individualizadas para a reabilitação abrangente de pacientes com tendinopatia patelar
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de intervenção individualizadas para a reabilitação abrangente de pacientes com tendinopatia patelar.
 
6. Dorsiflexão do tornozelo restrita pode alterar a mecânica do membro inferior durante aterrissagens e predispor atletas a lesões.
Sobre essa questão, analise as afirmativas que descrevem os efeitos da restrição de amplitude de dorsiflexão do tornozelo.
I — A dorsiflexão restrita na aterrissagem está associada a menores excursões de flexão do quadril e do joelho e a maiores forças de
reação do solo.
II — A dorsiflexão restrita limita o engajamento dos músculos flexores plantares na realização de forças de desaceleração, com o
tornozelo potencialmente se tornando menos eficiente em dissipação de forças em amplitudes mais próximas do fim do arco.
III — A dorsiflexão restrita provoca uma mecânica alterada do membro inferior na aterrissagem (elevação precoce do calcâneo,
estratégia rígida etc.)
IV — A dorsiflexão restrita diminui a carga no tendão patelar, porém aumenta a taxa de carga (peso corporal por segundo) pela
menor utilização do tornozelo na aterrissagem.
Quais estão corretas?
 
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a II e a IV.
C) Apenas a III e a IV.
D) Apenas a I, a II e a III.
Confira aqui a resposta
 
7. Mulheres apresentam uma maior incidência de lesões do LCA em relação a homens. Sobre os fatores que contribuem para essa
maior incidência em mulheres, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) Adolescentes do sexo feminino apresentam menor torque excêntrico do quadril nos três planos de movimento em comparação a
adolescentes do sexo masculino na fase final da puberdade.
( ) Durante o salto horizontal, atletas do sexo feminino apresentam menor flexão do quadril e do joelho, tanto no contato inicial quanto
na amplitude máxima, em comparação a atletas do sexo masculino.
( ) Atletas do sexo feminino apresentam menores ângulos de abdução do joelho em aterrissagens de salto quando comparadas a
atletas do sexo masculino.
( ) Adolescentes do sexo feminino apresentam redução no pico de torque flexor do joelho quando comparadas com indivíduos do
sexo masculino após a puberdade.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
 
A) V — F — V — F
B) V — F — F — V
C) V — V — F — V
D) F — V — V — F
Confira aqui a resposta
 
8. Observe as afirmativas sobre as tendinopatias patelares.
I — Aumentar a flexibilidade de dorsiflexão do tornozelo pode ser importante para aumentar a contribuição da articulação do
tornozelo para a dissipação de forças durante aterrissagens, diminuindo-se a sobrecarga no tendão patelar.
II — Déficits de flexibilidade no membro inferior não têm associação com tendinopatia patelar.
III — Atletas com tendinopatia patelar apresentam menor amplitude de flexão do quadril em relação a atletas assintomáticos durante
a aterrissagem de um salto vertical.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
 
A) Apenas a I.
B) Apenas a II.
C) Apenas a I e a III.
D) Apenas a II e a III.
Confira aqui a resposta
 
9. Sobre as lesões do LCA, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) Aproximadamente 80% das lesões do LCA ocorrem sem um trauma direto durante tarefas como mudanças de direção,
desacelerações e aterrissagens de saltos.
( ) A posição do tronco no plano sagital durante a aterrissagem de saltos não deve ser negligenciada como um potencial fator
ATIVIDADES
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( ) A posição do tronco no plano sagital durante a aterrissagem de saltos não deve ser negligenciada como um potencial fator
causador para as lesões do LCA.
( ) Movimentos diminuídos no plano sagital durante a aterrissagem de salto (menor flexão de joelho, quadril e tronco) favorecem a
ocorrência de rupturas do LCA.
( ) A fraqueza e/ou a fadiga precoce da musculatura flexora do quadril são dois dos principais fatores que levam à menor flexão do
tronco e do quadril durante a aterrissagem de salto.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
 
A) V — F — V — F
B) V — V — F — V
C) F — F — V — F
D) V — V — V — F
Confira aqui a resposta
 
■ FERRAMENTAS CLÍNICAS DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA
ATERRISSAGEM DE SALTO
A seguir, são apresentadas duas ferramentas clínicas de avaliação da mecânica da aterrissagem.
SISTEMA DE PONTUAÇÃO DE ERROS NA ATERRISSAGEM
Nem sempre equipamentos de alta tecnologia encontram-se disponíveis na clínica para permitir a realização de uma avaliação biomecânica
sofisticada. Assim, ferramentas clínicas de avaliação de padrões de movimento tipicamente realizados em atividades esportivas são
importantes para prevenção de lesões musculoesqueléticas. O sistema de pontuação de erros na aterrissagem (LESS, do inglês Landing
Error Scoring System) foi desenvolvido para servir a esse propósito.
Com o uso dessa ferramenta, avalia-se a qualidade dos movimentos do tronco e do membro inferior durante uma tarefa de salto horizontal
anteriorseguido de salto vertical máximo. O LESS tem recebido bastante atenção da comunidade científica nos últimos anos, principalmente
porque foi verificado que existe uma associação entre uma pontuação ruim nessa ferramenta e as lesões como fraturas por estresse no
membro inferior e as rupturas do LCA.
O LESS é uma ferramenta validada em comparação a um sistema de análise de movimento tridimensional (padrão-ouro) e que apresenta
boa confiabilidade intra e interexaminador.
Para a realização da qualidade da aterrissagem de salto com o LESS, o atleta é posicionado sobre uma caixa de 30cm de altura que
se encontre a uma distância de 50% da altura do atleta em relação à área de aterrissagem. Câmeras de filmagem simples em duas
dimensões são posicionadas a 3,50m de distância da área de aterrissagem e a 1,20m do solo, uma à frente do atleta e outra ao lado.
 
O atleta é orientado a saltar anteriormente, aterrissar com ambos os pés sobre a área de aterrissagem e realizar imediatamente um
salto vertical máximo (Figuras 2A–C). Nenhuma instrução verbal sobre a qualidade da aterrissagem é dada ao atleta, sendo
realizadas três repetições da tarefa. A aterrissagem do primeiro salto (salto anterior) é considerada na análise de dados.
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Figura 2 — Landing Error Scoring System (LESS). A) Início da tarefa de salto anterior. B)
Aterrissagem do salto anterior. C) Salto vertical máximo.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Após a filmagem da tarefa, as imagens são analisadas em câmera lenta, com a pontuação de 17 itens que avaliam a ocorrência de “erros” na
aterrissagem:
 
um primeiro conjunto de itens avalia a posição do tronco e do membro inferior no momento do contato dos pés com o solo (itens 1 a 6);
um segundo conjunto avalia erros no posicionamento dos pés na aterrissagem (itens 7 a 11);
um terceiro conjunto de itens avalia os movimentos do tronco e do membro inferior do contato inicial até o máximo ângulo de flexão do
joelho (itens 12 a 15);
dois itens globais analisam a percepção geral da qualidade da aterrissagem no plano sagital (itens 16 a 17).
Um examinador experiente leva de 3 a 4 minutos para pontuar as três repetições da tarefa de cada atleta. A pontuação final categoriza os
atletas como apresentando:
 
aterrissagem excelente (pontuação <4);
aterrissagem boa (pontuação > 4 e ≤ 5);
aterrissagem moderada (pontuação > 5 e ≤ 6);
aterrissagem ruim (pontuação > 6).
Um estudo prospectivo recente evidenciou que uma pontuação > 5 no LESS é um fator de risco para ruptura do LCA em atletas
jovens, com sensibilidade de 86% e especificidade de 64%.
Um dos aspectos pontuados no LESS é a posição dos pés em rotação medial ou lateral na aterrissagem. Recentemente, um estudo
evidenciou que aterrissagem de salto com os pés “voltados para dentro” (rotação medial da tíbia) parece ser, de fato, um fator relevante para
produzir uma maior susceptibilidade à lesão do LCA em indivíduos jovens.
Foi demonstrado que aterrissagens com os pés “voltados para dentro” resultam em maior adução do quadril, maior abdução e rotação medial
do joelho e menor flexão de joelho e quadril do que aterrissagens com os pés alinhados.
A aterrissagem com os pés “voltados para dentro” exacerba fatores de risco associados à lesão do LCA, sendo um fator relevante para
consideração no desenvolvimento de condutas de prevenção.
Recentemente, uma versão simplificada do LESS foi desenvolvida para possibilitar ao clínico a avaliação da qualidade da aterrissagem de
salto em tempo real de forma ainda mais simplificada, sem a utilização de câmeras de vídeo. Essa versão simplificada foi denominada
Landing Error Scoring System – Real Time (LESS-RT) e possui 10 itens para pontuação da qualidade do movimento de tronco e membro
inferior em quatro repetições da mesma tarefa do LESS, o salto anterior seguido por salto vertical.
Os itens pontuados no LESS-RT são a quantidade de flexão do tronco e de flexão do joelho, o contato inicial dos pés com o solo (antepé ou
retropé), a quantidade de inclinação do tronco, a simetria de contato inicial do pé, a máxima rotação dos pés, o máximo de valgo do joelho, a
largura da base de apoio, o deslocamento total das articulações no plano sagital e a impressão geral da aterrissagem (Figura 3).
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Figura 3 — Landing Error Scoring System – Real Time (LESS-RT).
Fonte: Adaptada de Pádua e colaboradores (2011).
Embora o LESS-RT tenha sido originalmente desenhado para ser uma ferramenta para identificação de atletas com maior risco de lesões do
LCA, esse sistema também pode ser importante para a identificação de atletas com maior risco de desenvolver lesões por sobrecarga, como
tendinopatias e fraturas por estresse.
As características avaliadas pelo LESS-RT são importantes para a identificação de sobrecarga excessiva na articulação do joelho.
Flexões do tronco e do quadril são importantes movimentos no plano sagital durante aterrissagens, uma vez que aterrissagens com
pequenas quantidades de flexão desses segmentos resultam em maior força de reação do solo, menor ângulo de flexão do joelho e maior
ativação muscular do quadríceps.
Um menor ângulo de flexão do joelho também apresenta relação com maior ativação muscular do quadríceps e menor ativação dos
isquiotibiais durante aterrissagens de salto, o que possivelmente resulta em maior carga no tendão patelar.
A posição do pé no contato inicial com o solo também é relevante nesse contexto, uma vez que aterrissagens com um padrão de
movimento retropé-antepé (aterrissagem sobre os calcâneos) resulta em maiores forças de reação do solo e maior ativação do quadríceps
do que uma aterrissagem no antepé. Contato assimétrico do pé com o solo durante a aterrissagem e a inclinação do tronco para um dos
lados também pode sobrecarregar um membro inferior em relação ao outro, possivelmente aumentando o risco de lesão.
Valgo excessivo do joelho e rotações interna ou externa da tíbia na aterrissagem podem produzir estresse adicional multiplanar no tendão
patelar. Por fim, uma mecânica de aterrissagem mais rígida já foi associada a uma maior força de reação do solo em comparação a uma
aterrissagem mais macia.
Acredita-se que padrões de aterrissagem de salto consistindo em menor movimento das articulações no plano sagital (menor flexão de
joelho, quadril e tronco) e uma estratégia de aterrissagem retropé-antepé sejam padrões de movimento de alto risco para lesões no joelho.
Nesse contexto, todas as características avaliadas pelo LESS-RT parecem relevantes para avaliar se um indivíduo apresenta maior risco de
desenvolver disfunções no mecanismo extensor do joelho.
SALTOS VERTICAIS REPETIDOS ELEVANDO OS JOELHOS
O teste de saltos verticais repetidos elevando os joelhos (tuck jumps) pode ser uma importante ferramenta clínica para a identificação de
“falhas técnicas” durante as aterrissagens de uma atividade de salto O teste dos tuck jumps requer um grande esforço por parte do atleta
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falhas técnicas durante as aterrissagens de uma atividade de salto. O teste dos tuck jumps requer um grande esforço por parte do atleta
que precisa despender esforço físico e cognitivo no desempenho dessa difícil tarefa. O avaliador prontamente consegue identificar
deficiências de desempenho já nas primeiras repetições.
O teste tuck jumps pode ser utilizado para avaliar a melhora na biomecânica do membro inferior durante saltos após um programa
específico de treinamento. Avaliações dos idealizadores do teste demonstraram que o mesmo apresenta alta confiabilidade
intraexaminador (R = 0,84).
Para o teste dos tuck jumps, o atleta realiza saltos verticais repetidos elevando os joelhos em direção ao tórax (Figuras 4A e B) por
10 segundos de forma ininterrupta, o mais rápido que puder, oque permite ao clínico pontuar visualmente os critérios da avaliação.
Para melhorar a acurácia da avaliação, filmagens simples em duas dimensões nos planos sagital e frontal podem ser realizadas.
Figura 4 — A e B) Saltos verticais repetidos elevando os joelhos (tuck jumps).
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
A técnica do atleta é avaliada visualmente de forma subjetiva como deficitária (caixa marcada na ficha de avaliação ou não). Os déficits são
então computados e a pontuação final é obtida. Os principais déficits/falhas devem ser anotados individualmente para cada atleta e devem
ser enfatizados em orientações verbais nas sessões posteriores de treinamento.
Pontuações da avaliação de base devem ser consideradas em comparações após intervenções de tratamento, para acompanhar o processo
de evolução da técnica de aterrissagem do atleta. Evidências empíricas e a experiência dos idealizadores do teste sugerem que atletas que
apresentam 6 ou mais técnicas falhas deveriam receber intervenções para treinamento da técnica de aterrissagem para prevenção de lesão
na articulação do joelho.
Seis erros comuns que o fisioterapeuta deve ter em mente no desempenho do teste dos saltos verticais repetidos elevando os joelhos (tuck
jumps) (Figura 5):
 
1. colapso medial do joelho;
2. não alcance da posição de coxas paralelas ao solo na fase aérea;
3. posição dessincronizada dos membros inferiores durante o voo;
4. base de apoio muito estreita;
5. posição desequilibrada com um pé à frente do outro;
6. contato dos pés no solo não simultâneo.
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Figura 5 — Avaliação dos saltos verticais repetidos elevando os joelhos (tuck jumps).
Fonte: Adaptada de Myer e colaboradores (2008).
 
10. Assinale a alternativa correta sobre o LESS.
A) Avalia a qualidade dos movimentos do tronco e do membro inferior durante uma tarefa de salto vertical máximo.
B) Existe uma associação entre uma pontuação ruim nessa ferramenta e tendinopatia patelar.
C) Durante a aplicação do teste, o atleta deve receber instrução verbal sobre a qualidade da aterrissagem.
D) A aterrissagem do primeiro salto (salto anterior) é considerada na análise de dados, sendo considerada moderada a
aterrissagem com pontuação > 5 e ≤ 6.
Confira aqui a resposta
 
11. Assinale a alternativa correta sobre o LESS-RT.
A) P i 10 it t ã d lid d d i t d t d b i f i t ti õ d
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A) Possui 10 itens para pontuação da qualidade do movimento do tronco e do membro inferior em quatro repetições da mesma
tarefa do LESS, o salto anterior seguido por salto vertical.
B) O primeiro conjunto de itens avalia os movimentos do tronco e do membro inferior do contato inicial até o máximo ângulo de
flexão do joelho.
C) As características avaliadas pelo LESS-RT são importantes para a identificação de sobrecarga excessiva na articulação do
quadril.
D) O LESS-RT foi originalmente criado para ser uma ferramenta para a identificação de atletas com maior risco de desenvolver
lesões por sobrecarga, como tendinopatias e fraturas por estresse.
Confira aqui a resposta
 
■ INTERVENÇÕES PARA MUDANÇA NA ATERRISSAGEM DE SALTO PARA
REABILITAÇÃO E PREVENÇÃO DE LESÕES NO JOELHO
Múltiplas intervenções já foram propostas com o objetivo de atuar sobre os fatores associados às lesões do LCA, de forma a prevenir a
ocorrência dessa lesão. Elas incluem, principalmente:
 
exercícios de fortalecimento da musculatura lombopélvica;
treinos pliométricos;
treinamentos neuromusculares;
instruções verbais para modificação da estratégia de aterrissagem de salto (enfatizadas neste tópico).
No estudo de Shimokochi e colaboradores, foi avaliado o efeito imediato de se alterar a posição do tronco no plano sagital (flexão e
extensão do tronco em comparação à posição autosselecionada) nos momentos articulares de quadril, joelho e tornozelo durante
aterrissagens de salto. Foi observado que a aterrissagem com maior flexão do tronco resultou em menor momento extensor do joelho em
comparação à aterrissagem com tronco em posição autosselecionada.
A aterrissagem com maior flexão do tronco também resultou em menor momento extensor do joelho e menor força de reação do solo em
comparação à aterrissagem com extensão do tronco. Aumentar a flexão do tronco durante aterrissagens de saltos verticais também resulta
em menor ativação eletromiográfica do quadríceps em comparação a aterrissagens em posição do tronco autosselecionada.
De forma coletiva, esses resultados indicam que aumentar a flexão do tronco em aterrissagens de salto diminui as demandas impostas
ao mecanismo extensor do joelho, potencialmente diminuindo também o estresse no LCA.
Algumas das instruções verbais para modificação da estratégia de aterrissagem de salto e prevenção de lesões como a ruptura do LCA
estão descritas no Quadro 1.
Quadro 1
INSTRUÇÕES VERBAIS PARA MODIFICAÇÃO DA ESTRATÉGIA DE ATERRISSAGEM DE SALTO E PREVENÇÃO DE
LESÕES COMO A RUPTURA DO LESÃO DO CRUZAMENTO ANTERIOR
Objetivo com a estratégia de aterrissagem Orientação verbal fornecida
Aterrissar com ambos os pés ao mesmo tempo — Não deixe um pé aterrissar antes do outro, certificando-se de
aterrissar de forma simétrica.
Aterrissar com posição neutra quanto ao varo/valgo — Não deixe os seus joelhos irem para dentro ou para fora quando
aterrissar. Deixe os joelhos diretamente sobre os seus pés.
Aterrissar com os pés na largura dos ombros — Seria incorreto aterrissar com a base larga demais ou estreita
demais. Mantenha os pés na largura dos ombros.
Aterrissar sobre a ponta dos pés, descendo o calcanhar lentamente — Seria incorreto aterrissar na ponta dos pés e cair para frente.
Aterrisse na ponta dos seus pés e desça o calcanhar ao solo
lentamente.
Aterrissar aumentando a flexão dos joelhos e quadris — Aterrisse dobrando os joelhos e os quadris.
Aterrissar suavemente — Use o som dos seus pés no chão como um indicativo do quão
dura está sendo a sua aterrissagem e tente deixá-la mais macia.
Fonte: Adaptado de Ericksen e colaboradores (2016).
Dada a associação de aterrissagens de salto rígidas com a ocorrência de disfunções no tendão patelar, estratégias de modificação da
aterrissagem de salto também foram recentemente propostas como um importante aspecto da reabilitação da tendinopatia patelar.
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aterrissagem de salto também foram recentemente propostas como um importante aspecto da reabilitação da tendinopatia patelar.
Um programa de reabilitação apresentou reduções substanciais e de longa duração na dor no joelho e na incapacidade em um atleta de
voleibol com tendinopatia patelar após uma intervenção de 8 semanas que envolveu exclusivamente modificações na estratégia de
aterrissagem de salto e exercícios de fortalecimento para os músculos extensores do quadril. A intervenção desse estudo prévio
envolveu basicamente aumento da flexão do tronco/quadril durante aterrissagens de salto.
Essa intervenção teve como objetivo diminuir a demanda sobre os extensores do joelho para dissipação da força de reação do solo, assim
diminuindo as forças no tendão patelar. Após a intervenção de 8 semanas, bem como 6 meses após a intervenção, o atleta desse relato de
caso apresentou-se completamente assintomático durante a prática esportiva. Além disso, uma diminuição de 26% no pico de força no
tendão patelar durante um salto vertical máximo foi observada após a intervenção.
Embora seja apenas um relato de caso, esse estudo prévio ressalta a importância de intervenções abordando a mecânica da aterrissagem
para se reduzir a sobrecarga nos tendões durante a reabilitação de tendinopatia patelar. É provável que tais intervenções sejam de especial
importância em casos de tendinopatia reativa, nos quais a disfunção no tendão ocorre devido a aumentos súbitos na carga, e estratégias
parase reduzir a sobrecarga são recomendadas.
As evidências indicam que modificações relativamente pequenas na estratégia de aterrissagem de salto podem apresentar um efeito
significativo em termos de diminuição da dor e melhora da função em atletas saltadores. Potencialmente, a modificação na
aterrissagem de salto pode atuar diminuindo fatores de risco para lesões e, por conseguinte, prevenindo essas lesões de forma
significativa.
 
12. Analise as afirmativas sobre as intervenções propostas com o objetivo de atuar sobre os fatores associados às lesões do LCA.
I — Intervenções abordando a dinâmica da aterrissagem para se reduzir a sobrecarga nos tendões são importantes durante a
reabilitação da tendinopatia patelar.
II — Aumentar a flexão do tronco em aterrissagens de salto diminui as demandas impostas ao mecanismo extensor do joelho,
potencialmente diminuindo também o estresse no LCA.
III — A modificação na aterrissagem de salto pode atuar diminuindo fatores de risco para lesões e, dessa forma, prevenir essas
lesões de forma significativa.
Quais estão corretas?
 
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a II e a III.
C) Apenas a I e a III.
D) A I, a II e a III.
Confira aqui a resposta
 
■ CASOS CLÍNICOS
A seguir, serão apresentados dois casos clínicos.
CASO CLÍNICO 1
Paciente de 21 anos de idade, sexo masculino, atleta profissional de futebol, sofreu lesão sem contato do LCA há 6 meses, nos
acréscimos do segundo tempo da partida, após ter jogado por 90 minutos.
Realizou todo o processo de reabilitação e, atualmente, apresenta-se com força muscular simétrica de quadríceps e musculatura
glútea. Foi realizado o teste de saltos verticais repetidos elevando os joelhos (tuck jumps), sendo observados seis erros (erros de
número 1, 4, 7, 8, 9 e 10).
Também foi realizado o teste com o sistema de pontuação de erros na aterrissagem em tempo real (LESS-RT), sendo obtida uma
pontuação de 7 (erros 1, 3, 4, 7, 8, 9, 10). A comissão técnica está pressionando o retorno do atleta ao esporte.
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ATIVIDADE
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13. Levante uma hipótese sobre um potencial fator associado à lesão, levando-se em consideração o instante em que a lesão
aconteceu e os erros 7 e 8 do teste de saltos verticais repetidos elevando os joelhos (tuck jumps). Qual conduta deveria ser
particularmente enfatizada antes do retorno desse atleta ao esporte?
Confira aqui a resposta
 
14. Dados os erros observados no teste com o LESS-RT, as condutas que devem ser enfatizadas na reabilitação são
A) palmilhas para correção da hiperpronação subtalar.
B) melhor alinhamento dos pés no plano transverso na aterrissagem.
C) maior flexão de tronco e joelho, simetria de contato dos pés e alinhamento do joelho.
D) menor flexão de tronco e joelho, simetria de contato dos pés e alinhamento do tronco.
Confira aqui a resposta
 
CASO CLÍNICO 2
Paciente atleta de voleibol de 18 anos, sexo masculino, apresenta-se com diagnóstico de tendinopatia patelar.
Apesar de apresentar encurtamento de quadríceps, isquiotibiais e sóleo e fraqueza no quadríceps e glúteo máximo, a principal
alteração biomecânica observada no paciente foi uma anormalidade importante na aterrissagem de salto horizontal.
A pontuação do paciente no teste com o sistema de pontuação de erros na aterrissagem em tempo real (LESS-RT) foi de 8 (erros 1,
3, 4, 5, 7, 8, 9, 10).
 
15. De que forma os erros observados no teste com o LESS-RT podem contribuir para a sobrecarga no tendão patelar desse
paciente?
Confira aqui a resposta
 
16. As condutas de tratamento indicadas para a reabilitação desse paciente seriam
A) fortalecimento para quadríceps e glúteo máximo, alongamento para a musculatura encurtada e mudança na aterrissagem de
salto para melhorar o alinhamento do membro inferior e aumentar a flexão de tronco e joelho.
B) exercício excêntrico para o quadríceps, laser de baixa intensidade e ultrassom contínuo, alongamento para sóleo e
manipulações articulares.
C) aumento da flexão do joelho na aterrissagem de salto, exercício excêntrico para o quadríceps e bandagens para controle de
mau alinhamento nos pés.
D) palmilhas para correção da hipersupinação subtalar, fortalecimento da cadeia posterior e mudança na aterrissagem de salto
para melhorar o alinhamento do membro inferior e aumentar a flexão de tronco e joelho.
Confira aqui a resposta
 
ATIVIDADES
ATIVIDADES
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■ CONCLUSÃO
A aterrissagem de saltos é um gesto frequentemente realizado em inúmeras atividades esportivas e pode ser um importante mecanismo
causal para lesões traumáticas e/ou por sobrecarga no membro inferior.
Lesões como ruptura do LCA e tendinopatia patelar apresentam aterrissagens anormais como um importante fator associado. Intervenções
incluindo modificação da estratégia de aterrissagem de salto podem ser relevantes para redução de sintomas, melhora na função e
prevenção de lesões em atletas.
■ RESPOSTAS ÀS ATIVIDADES E COMENTÁRIOS
Atividade 1
Resposta: A
Comentário: A maioria das lesões associadas ao salto ocorre na fase de aterrissagem, o que faz com que a biomecânica dessa fase seja
particularmente relevante em prevenção de lesão no esporte.
Atividade 2
Resposta: B
Comentário: Após o contato inicial com o solo, o vetor resultante da força de reação do solo passa posteriormente em relação ao eixo de
rotação da articulação tibiofemoral, gerando um momento externo flexor do joelho, que é controlado pela ação excêntrica do quadríceps
femoral.
Atividade 3
Resposta: C
Comentário: Em situações de grande demanda mecânica, a maioria da energia é absorvida pelos grandes músculos extensores de joelho e
quadril. Força excêntrica e controle neuromuscular desses músculos são críticos para a integridade da extremidade inferior durante
aterrissagens.
Atividade 4
Resposta: C
Comentário: Segundo o estudo biomecânico de Edwards e colaboradores, a aterrissagem horizontal envolve maior flexão do joelho e maior
velocidade de abdução do joelho em relação à aterrissagem vertical.
Atividade 5
Resposta: D
Comentário: A velocidade de flexão do quadril é menor na aterrissagem horizontal do que na aterrissagem vertical. No que se refere à
cinemática do membro inferior, a mecânica do salto horizontal apresenta características diferentes das observadas nos saltos verticais. Com
relação aos movimentos no plano frontal, a aterrissagem horizontal resultou em menor velocidade de abdução do quadril em relação à
aterrissagem vertical.
Atividade 6
Resposta: D
Comentário: A dorsiflexão restrita aumenta a carga no tendão patelar. Movimentos restritos de dorsiflexão limitam o engajamento dos
músculos flexores plantares na realização de forças de desaceleração, com o tornozelo se tornando menos eficiente em dissipação de forças
em amplitudes mais próximas do fim do arco. Isso pode provocar uma mecânica alterada do membro inferior na aterrissagem (elevação
precoce do calcâneo, estratégia rígida etc.) que pode levar a aumento na carga no tendão patelar e no risco de lesão no tendão.
Atividade 7
Resposta: C
Comentário: Atletas do sexo feminino apresentam maiores ângulos de abdução do joelho em aterrissagens de salto quando comparadas a
atletas do sexo masculino. Isso é especialmente relevante pelo fato de que, em um estudo prospectivo, observou-se que o ângulo de
abdução do joelho e o momento externo abdutor do joelho são fatores de risco para a lesão do LCA em atletas.
Atividade 8
Resposta: C
Comentário: Existe evidência de que déficits de flexibilidade no quadríceps e nos isquiotibiais, além de diminuição na flexibilidade do
tornozelo, têm associação com a tendinopatia patelar, conforme van der Worp e colaboradores, em 2011, e Silva e colaboradores, em 2016.
Atividade 9
Resposta: D
Comentário: Acredita-se que a fraqueza e/ou a fadiga precoce da musculatura extensora do quadril estejam entre os principais fatores que
levam à menor flexão de tronco e quadril durante a aterrissagem de salto.Atividade 10
Resposta: D
Comentário: O LESS é uma ferramenta com a qual é possível avaliar a qualidade dos movimentos do tronco e do membro inferior durante
uma tarefa de salto horizontal anterior seguido de salto vertical máximo. Tem recebido bastante atenção da comunidade científica nos últimos
anos, principalmente porque foi verificado que existe uma associação entre uma pontuação ruim nessa ferramenta e as lesões como fraturas
por estresse no membro inferior e rupturas do LCA. Durante a aplicação do teste, nenhuma instrução verbal sobre a qualidade da
aterrissagem é dada ao atleta. Um examinador experiente leva de 3 a 4 minutos para pontuar as três repetições da tarefa de cada atleta. A
pontuação final categoriza os atletas da seguinte forma: aterrissagem excelente (pontuação < 4); aterrissagem boa (pontuação > 4 e ≤ 5);
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pontuação final categoriza os atletas da seguinte forma: aterrissagem excelente (pontuação < 4); aterrissagem boa (pontuação > 4 e ≤ 5);
aterrissagem moderada (pontuação > 5 e ≤ 6); aterrissagem ruim (pontuação > 6).
Atividade 11
Resposta: A
Comentário: O LESS-RT possui 10 itens para pontuação da qualidade do movimento do tronco e do membro inferior em quatro repetições
da mesma tarefa do LESS, o salto anterior seguido por salto vertical. O primeiro conjunto de itens avalia a posição do tronco e do membro
inferior no momento do contato dos pés com o solo. As características avaliadas pelo LESS-RT são importantes para a identificação de
sobrecarga excessiva na articulação do joelho. Originalmente, o LESS-RT foi desenhado para ser uma ferramenta para identificação de
atletas com maior risco de lesões do LCA.
Atividade 12
Resposta: D
Comentário: Todas as alternativas estão corretas.
Atividade 13
Resposta: Considerando-se que a lesão ocorreu sem contato e ao final do jogo e considerando-se os erros 8 e 9 no teste dos tuck jumps, um
importante fator associado à lesão nesse caso é a fadiga muscular. O fortalecimento da musculatura com ênfase em resistência muscular
(endurance) deve ser enfatizado antes do retorno ao esporte.
Atividade 14
Resposta: C
Comentário: Deve-se enfatizar a correção dos erros obtidos no LESS-RT.Tendo em vista que os erros foram 1, 3, 4, 7, 8, 9, 10, deve-se
enfatizar principalmente o aumento na flexão de tronco e joelho, melhora na simetria de contato dos pés e diminuição no valgo do joelho.
Atividade 15
Resposta: Os erros 1, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10 no LESS-RT indicam largura da base anormal, contato assimétrico do pé no solo, valgo no joelho,
excesso de inclinação do tronco e pequena flexão de tronco e joelho na aterrissagem do salto. Menor flexão do tronco na aterrissagem pode
causar maior força de reação do solo, menor ângulo de flexão do joelho e maior ativação muscular do quadríceps na aterrissagem. Menor
ângulo de flexão do joelho também apresenta relação com maior ativação muscular do quadríceps e menor ativação dos isquiotibiais durante
aterrissagens de salto, o que possivelmente resulta em maior carga no tendão patelar. Contato assimétrico do pé com o solo durante a
aterrissagem e inclinação do tronco para um dos lados também pode sobrecarregar um membro inferior em relação ao outro, possivelmente
aumentando o risco de lesão. Valgo excessivo do joelho na aterrissagem pode produzir estresse adicional multiplanar no tendão patelar. Por
fim, uma mecânica de aterrissagem mais rígida já foi associada a uma maior força de reação do solo em comparação a uma aterrissagem
mais macia.
Atividade 16
Resposta: A
Comentário: Além do fortalecimento da musculatura fraca e do alongamento da musculatura encurtada, a mudança na aterrissagem de salto
para melhorar o alinhamento do membro inferior e aumentar a flexão de tronco e joelho seria fundamental para diminuição da sobrecarga no
mecanismo extensor do joelho durante o gesto esportivo e para melhores resultados em longo prazo.
■ REFERÊNCIAS
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