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Marketing e Comércio Eletrônico Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Me. Carlos Eduardo Corrêa de Lima Revisão Textual: Prof. Me. Luciano Vieira Francisco Mobile Commerce • Convergência Digital; • Mobiles como Meios de Divulgação e Vendas de Produtos e Serviços; • Mecanismos de Monitoramento e Medição de Marketing Digital. • Estudar o mobile marketing; • Entender os aplicativos como ferramentas de relacionamento; • Compreender os mecanismos de monitoramento e medição de marketing digital. OBJETIVOS DE APRENDIZADO Mobile Commerce Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Mobile Commerce Convergência Digital Um primeiro ponto a considerar é a convergência digital que, de acordo com Kotler e Keller (2013), é a capacidade de ver o mesmo conteúdo multimídia a partir de diferentes dispositivos e estabelecer comunicação entre os quais. A publicitária e consultora Martha Gabriel (2010) comenta que uma das caracte- rísticas dos dispositivos móveis é que, diferentemente dos cinco primeiros canais de mídia de massa – imprensa, gravadores, cinema, rádio e televisão –, são ferramen- tas de comunicação pessoal e de processamento, tal como a internet – sexto canal. Para essa autora, no entanto, a plataforma móvel se entrelaça com a internet e todas as demais formas anteriores de mídia de massa, de modo que os dispositivos móveis são pontos de convergência dessas mídias. Para Gabriel (2010), trata-se de uma combinação de ferramentas de comunicação mais processamento e canal de mídias de massa. As oportunidades decorrentes da convergência digital são as seguintes: • Novas formas de entregar conteúdo, inédita gama de dispositivos; • Novos tipos de conteúdo; • Consolidações corporativas; • Empresas de mídia tradicional buscando novos modelos; • Alguns modelos de negócios tornaram-se atores globais. E seguem alguns exemplos de convergência digital: A fusão entre operadoras de rede móvel e fixa. A Time Warner, uma editora e apresentadora televisiva, comprou outros provedores de conteúdo – HBO e CNN. A varejista on-line Amazon investe na criação de conteúdo, serviços em nuvem e no licenciamento de conteúdo. A Netflix, originalmente uma locadora de filmes, agora com 75 milhões de assinantes em 190 países, tornou-se o principal canal global de distribuição de vídeo e televisão baseado em banda larga, em concorrên- cia com Amazon e Disney. Provedores de conteúdo impresso passaram a operar em dispositivos móveis. O Facebook comprou o WhatsApp e Instagram. Mídia social, blogs e jogos tomam mais tempo antes ocupado por televisão e rádio. Maior impulso de compra para os anunciantes e oportunidades de marketing. Por sua vez, enquanto ameaças e desafios decorrentes da convergência digital temos a desigualdade na prestação de serviços; a política e o ambiente não con- seguem acompanhar as mudanças rápidas que a tecnologia oferece, o que inclui regulações dos modelos de negócios; além da gestão de conteúdo. 8 9 Mobiles como Meios de Divulgação e Vendas de Produtos e Serviços A consultora Sandra R. Turchi (2018, p. 66) afirma que: “[...] o mobile commerce, ou m-commerce, é a utilização de dispositivos móveis como meio de comercializa- ção de produtos e serviços, ou seja, é comércio eletrônico mais próximo ainda das pessoas”. Afirma ainda que: A grande base de usuários, aliada à praticidade do celular, abre grandes perspectivas para o mobile commerce (m-commerce) e para o mobile marketing, ou seja, a utilização desse canal para ações comerciais e veicu- lação de campanha publicitária, respectivamente. (TU RCHI, 2018, p. 67) Comenta que: “Segundo a Ebit, o m-commerce representou em 2016 cerca de 21,5% do total do varejo on-line do País, contra 12% do ano anterior; e no primeiro semestre de 2017 já saltou para 31%, indicando um caminho sem volta” (TURCHI, 2018, p. 67). A agência We Are Social apresenta os seguintes números sobre os usuários de aparelhos móveis: 5.135 bilhões da população são usuários de aparelhos móveis – telefone celular, smartphone, tablet etc. – e 2.958 bilhões utilizam mídia social por meio de aparelhos móveis. No Brasil são 143 milhões, 68% da população são usuários de aparelhos móveis e 120 milhões, 57% utilizam mídia social através desses recursos. GLOBAL DIGITAL REPORT 2018: http://bit.ly/2IlygSA. Ex pl or A evolução ocorre muito rápido e com o surgimento da terceira geração de padrões e tecnologias de telefonia móvel (3G) os smartphones se tornaram lar- gamente populares e, consequentemente, a prática de compras por meio desses dispositivos aumentou significativamente. “Nesse sentido, o celular é um dos primeiros dispositivos a integrar a internet das coisas, participando dos mais diversos tipos de conexões entre aparelhos, aparelhos de internet, internet e aparelhos, e assim por diante” (GABRIEL, 2010, p. 277). Compra-se de tudo através do mobile commerce, bens tangíveis e intangíveis. Usa-se o mobile para transações bancárias e compra de conteúdos tais como fil- mes, músicas, livros etc. Uma característica do mobile commerce que o marketing deve levar em consideração é o fato de que as chances de as pessoas comprarem são maiores que em outros canais, ou seja, amplia-se a compra por impulso. O formato do site para o mobile também é importante, pois é diferente do pra- ticado no e-commerce, ou seja, o site original necessita ser acomodado a uma tela menor. A forma de pagamento requer um processo mais rápido e eficiente. 9 UNIDADE Mobile Commerce Importante! Mobile commerce é um conceito novo e assim o comércio via telefones celulares ganhou força com os aplicativos desenvolvidos aos smartphones. “Além disso, o avanço tecnoló- gico contínuo nos dispositivos móveis oferecendo cada vez mais funcionalidades, somado ao crescimento da banda larga móvel ubíqua, tende a alavancar o consumo de conteúdos móveis de game, música e vídeo” (GABRIEL, 2010, p. 277). Ganharam destaque toques musicais, aplicativos (apps), jogos e serviços por assinatura, atualmente representando um mercado gigantesco. Importante! As principais lojas e o setor financeiro criaram aplicativos a fim de atender à demanda que cresce exponencialmente. De acordocom a plataforma de análise e gestão de vendas Real Trends, as vendas via dispositivos mobiles representavam 10% do volume on-line em 2013, enquanto que em 2018 já superavam 60% – e com tendência de aumentar ainda mais. Real Trends: http://bit.ly/2Ig41MZ. Ex pl or Dos 143 milhões de usuários de mobile apresentados pela Digital Report, mais de um terço realizam pesquisa através do smartphone antes de comprar; mais de dois terços identificam um negócio realizando buscas por meio do dispositivo móvel e mais da metade usam os seus smartphones dentro da loja, realizando compara- ções e buscando outras informações. Mas como estruturar e organizar um planejamento estratégico para o mobile commerce? Como pensar novos produtos, marcas, geração de leads e desenvolvi- mento de relacionamento com os consumidores por meio desse canal? Entre as diversas estratégias, o profissional de marketing deverá considerar os games, aplicativos, a mídia social, os vídeos, a busca móvel, os conteúdos de loca- lização, entre outros recursos. Acerca do comportamento do consumidor mobile, de acordo com Gabriel (2010), os tipos de informação que as pessoas procuram quando em mobilidade são os seguintes: • Localizar lojas e horários de funcionamento; • Preços e detalhes sobre produtos; • Promoções; • Informações de contato; • Áreas comumente acessadas no site da empresa. Gabriel (2010, p. 280) comenta que “[...] um novo paradigma se delineia, tanto no que se refere ao comportamento dos consumidores como quanto às possibilidades 10 11 e às necessidades de mudanças nas estratégias de marketing para lidar com essas transformações sociotecnológicas”. Acerca das estratégias de marketing que podem ser utilizadas: “Apesar de exis- tirem várias definições para mobile marketing, nenhuma delas é totalmente aceita” (GABRIEL, 2010, p. 280). Importante! De forma mais ampla, o termo é utilizado para definir ações de marketing realizadas por meio de dispositivos móveis. Nesse sentido, qualquer ação de marketing – produto, preço, praça e promoção – que utilize plataformas e tecnologias móveis seria uma ação de mobile marketing (GABRIEL, 2010, p. 280). Importante! Mobile Sites Uma das estratégias é o desenvolvimento de um site móvel de bom nível, com interação e utilidades. Site: é o meio pelo qual uma pessoa interage e controla um dispositivo, software ou aplica- tivo. Esse controle pode ser realizado por meio de botões, menus e qualquer elemento que forneça uma interação entre o dispositivo e usuário. De acordo com a página Significados, Website é uma palavra que resulta da justaposição das palavras inglesas web (rede) e site (sítio, lugar). No contexto das comunicações eletrônicas, website e site possuem o mesmo significado e são utilizados para fazer referência a uma página ou a um agrupamento de páginas relacionadas entre si, acessíveis na internet através de um determinado endereço. Segundo a pesquisa Consumidor Móvel MMA realizada pela Mobile Marketing Association (MMA) e em julho de 2010 com o público adulto nos Estados Unidos, 25% dos entrevistados planejam acessar a internet por meio de seus aparelhos móveis diariamente no próximo ano (GABRIEL, 2010, p. 286). Ex pl or Gabriel (2010, p. 286) afirma também que: “No entanto, para que o usuário tenha uma ex- periência interessante em um website, esse site deve estar otimizado para ser acessado pela pla- taforma móvel”. Ademais, o modo de programar um site con- templa: • Programador: desenvolvimento em uma varie- dade de linguagens ajustadas ao que se deseja; geralmente tem suporte do provedor; Figura 1 – Mobile site Fonte: Getty Images 11 UNIDADE Mobile Commerce • CMS: desenvolvido em uma linguagem de código aberto – na maioria dos casos –, autoinstalável, com suporte da comunidade; • Page builder / site builder: permite criar páginas individuais e depois conec- tá-las a links; não há suporte limitado ao fornecido pela plataforma. Gabriel (2010) aponta algumas recomendações para otimizar um site móvel: • Público-alvo, objetivos e plataforma móvel: elementos como navegação, layouts de páginas, tamanhos de botões, gerenciamento de imagens, fluxos de check- -out, em que todos operem de forma diferente em um aparelho móvel, devendo ser considerados de forma específica; • Características específicas de um navegador móvel: os dispositivos móveis possuem características únicas que podem criar experiências mais ricas aos usuários móveis, tais como a realidade aumentada e as possibilidades de geo- -location; • Informações de contato: enfatizar tais acessos como, por exemplo, entrar em contato via telefone ou redes sociais; • Otimização para a busca: otimizar um site para busca móvel é uma demanda separada da otimização de procura em um site na web tradicional; • e-commerce: integralmente pensado para sites transacionais, aceitando dife- rentes meios de pagamento e visando à robustez e segurança. Cada site deve ter um endereço web correspondente para telefones celulares. O site móvel deve ser bem desenhado e oferecer alto nível de interação e utilidades. O site m-commerce é uma excelente base para a realização de vendas e transações. App Móveis / App de Marca De acordo com a Business of apps, já são mais de 2,2 milhões de aplicativos disponíveis na Apple App Store e mais de 3 milhões na Google Play Store. Assim, o desafio atual para as empresas é destacar e despertar interesse pelo seu aplicativo. Business of apps: http://bit.ly/2IlSdZL. Ex pl or Gabriel (2010, p. 287) comenta que: “Os aplicativos móveis permitem uma gama de experiências exclusivas e inovadoras na plataforma móvel, aproveitando as ca- racterísticas específicas dos dispositivos”. Os aplicativos móveis se tornaram os veículos globais mais utilizados pelo marketing móvel, afinal, são ótimos auxiliares de vendas do produto, promovendo a marca. Algumas das possibilidades apresentadas por Gabriel (2010) são as seguintes: • Câmera: permite desenvolver aplicativos que transformam o dispositivo móvel em um scanner para diversos tipos de usos, seja para ler códigos de barra – 12 13 StickBits –, bidimensionais – QR codes e mobile tags –, ou ainda no reconhe- cimento de imagens, faces e cores – realidade aumentada; • Acelerômetro: é um instrumento capaz de medir a aceleração sobre objetos, de modo que cada vez mais os dispositivos móveis vêm habilitados com ace- lerômetros. Esse recurso permite desenvolver jogos e aplicativos nos quais os objetos se movem na tela sem a necessidade de cliques ou toques. Permitem também o efeito shake – chacoalhar – nos dispositivos, possibilitando desen- volver recursos de embaralhar músicas em aplicativos; ou, em games, atirar por meio da movimentação do aparelho; • Global Positioning System (GPS): com esse sistema embutido, os dispositi- vos móveis ganham inúmeras funcionalidades de localização em tempo real, oferecendo diversas possibilidades combinadas com outras tecnologias móveis, tal como a realidade aumentada, por exemplo, baseando-se em localização – casos de aplicativos que indicam a estação de metrô ou o caixa eletrônico de banco mais próximo. Figura 2 – Aplicativo móvel Fonte: Getty Images Os aplicativos atuais servem para várias finalidades e atendem inúmeros setores da economia como, por exemplo, o financeiro, varejo, assim como hospitais, ter- ceiro setor, escolas, indústrias, cidades, turismo, transporte etc. Além disso, ao marketing alguns pontos necessitam ser observados para uma boa estratégia com o uso dos aplicativos, a saber: • Garantir que o aplicativo terá as funções que as pessoas amam – ou seja, dis- ponibilizar um app que realmente tenha diferencial; • Conquistar presença on-line e educar o consumidor sobre o uso do aplicativo; • O usuário é o mais importante, tornando-se essencial criar um app que seja simples e fácil de utilizar. 13 UNIDADE Mobile Commerce Mobile Commerce Importante! Mencionando o Wikipédia, Gabriel (2010, p. 289) define mobile commercecomo [...] o nome que se dá a qualquer transação envolvendo a trans- ferência de propriedade ou direitos de uso de bens e serviços, que é iniciada e/ou completada por meio de acesso móvel a redes de computadores, por meio de um dispositivo eletrônico. Importante! O desenvolvimento de um layout específico para smartphones e tablets con- tribuirá para uma experiência do consumidor na facilidade da navegação, fazendo com que encontre o que precisa facilmente, auxiliando nas vendas. Figura 3 – Mobile commerce Fonte: Adaptado de Getty Images Outro ponto importante que Gabriel (2010, p. 289) destaca são os micropaga- mentos: “Uma das modalidades mais interessantes de e-commerce na plataforma de serviço móvel é o serviço de micropagamento, que consiste em processos de pagamento de pequenos valores que viabilizam microtransações”. Destaca ainda que essa modalidade tem grande potencial de expansão e alavancaria uma gama enorme de produtos, elencando algumas formas de pagamento, a saber: • Pagamento via Short Message Service (SMS); • Cobrança na conta do telefone celular; 14 15 • Pagamento via site móvel, que pode utilizar débito via companhia operadora de telecomunicações, cartão de crédito e carteiras on-line – tal como PayPal, por exemplo; • Contacltless NFC – Near Field Communication: o aparelho móvel vem ha- bilitado com um smartcard (RFID) que se comunica com vending machines e equipamentos físicos de venda, de forma que o pagamento é feito diretamente via RFID. Isso é particularmente útil para o pagamento de tarifas de transpor- te, compra de tickets etc. Entre as tendências para o mercado mobile, além dos smartphones há impacto no modo como as pessoas consomem conteúdo de televisão com as smart TV. Smart TV “Relativamente recentes no mercado, as smart TV trouxeram o conceito de co- nectividade, compartilhamento e interatividade, características já assimiladas pelos consumidores nos celulares e tablets” (TURCHI, 2018, p. 121). Assim como nos telefones celulares e tablets, as televisões possuem lojas de aplicativos, permitindo que marcas e produtos possam interagir com os consumi- dores. De acordo com Turchi (2018, p. 121): “Assim, a TV deixou de ser apenas um aparelho emissor para se tornar um dispositivo de entretenimento com games, interação social e reprodução de conteúdo interativo em alta definição, e que ainda possibilita a venda de produtos e serviços”. Figura 4 – Smart TV Fonte: Getty Images Conforme Turchi (2018), assim como o mobile está a todo vapor, a televisão começa a aparecer neste horizonte, tornando-se indispensável e cada vez mais próxima do consumidor. 15 UNIDADE Mobile Commerce Com a melhora da velocidade de calibre das aplicações da internet, o negócio orientado ao mercado mobile tem apresentado iniciativas como as de mobile first, mobile site, mobile friendly, mobile app, mobile marketing e sites responsivos. Desenvolva anúncios direcionados para smartphones! Gabriel (2010, p. 289) comenta que: “Todo aparelho celular é um instrumento mobile commerce que amplia as possibilidades de pagamento e de alcance do e-commerce”. No caso dos telefones celulares destacam-se três pontos para os anúncios: • Definir o público e quando se comunicar com o qual: neste caso, utilizar-se das técnicas de definição de público-alvo e gerar a campanha. De acordo com Kotler e Kartajaya (2017, p. 155): “Depois de delimitar o público, os profis- sionais de marketing precisam traçar os perfis desse público e descrever suas personas, o que ajudará a imaginar como são na vida real”; • Gerar engajamento: as campanhas de publicidade e propaganda bem-suce- didas geraram engajamento. Os consumidores precisam sair do interesse à apologia da marca, ao produto/serviço; • Gerenciar as campanhas: avaliar constantemente os indicadores, tais como taxa de cliques, quem viu, clicou, taxa de visualização etc. Deve-se descobrir o que o público quer, o que incomoda e adequar a campanha à necessidade dos consumidores. No caso dos smartphones, os QR codes ajudam a abrir o aplicativo e escanear o código. Por isso, o conteúdo que você direciona deve ser atrativo e com ampla relevância, para não o frustrar e gerar uma imagem negativa. O mobile commerce é um cenário relativamente novo, mas que, assim como cada e-commerce convencional, vem crescendo rapidamente. Por isso você não pode perder tempo. Comece a usufruir deste novo padrão e coloque em prática as dicas desta Unidade. Mecanismos de Monitoramento e Medição de Marketing Digital Mensuração Por que mensurar? De acordo com Turchi (2018, p. 130): “A mensuração de resultados é outro ponto que faz parte do planejamento, pois, como se sabe, só podemos melhorar 16 17 aquilo que conseguimos medir”. Comenta ainda que “[...] as mídias digitais oferecem uma grande vantagem, pois se pode mensurar e acompanhar praticamente tudo” (TURCHI, 2018, p. 131). Figura 5 – Mecanismos de monitoramento Fon te: Getty Images A mensuração é importante para: • Tomada de decisão; • Comprovação de resultados; • Defesa para outras ações; • Inteligência competitiva; • Otimização de resultados. Turchi (2018, p. 131) comenta que: “É necessário realizar um acompanhamento constante para avaliar se os investimentos realizados estão sendo alocados na me- lhor estratégia e nos melhores canais, sejam eles portais, links patrocinados etc.” Essa autora destaca se tratar de uma das grandes vantagens da web, pois tudo é possível de ser realizado em tempo real. Quando Mensurar? Antes: • Para planejar; • Levantar informações prévias; • Analisar mercado; • Cenário; • Concorrência; 17 UNIDADE Mobile Commerce • Boas práticas; • Definir metas de trabalho; • Projeções. Durante: • Acompanhar o desempenho; • Tomada de decisões e correções rápidas; • Definir a frequência e acompanhar a evolução de Key Performance Indicator (KPI). Depois: • Concluir resultados do projeto, campanha; • Levantar aprendizados para as próximas ações; • Defender as próximas ações e projetos. Métricas Métricas são um conjunto de regras e critérios definidos para a medição de ações, eventos, resultados, taxas e evolução. Como planejar as suas métricas? De acordo com Turchi (2018, p. 131): “Na prática, o caminho mais indicado a ser percorrido é definir inicialmente quais os ob- jetivos que se desejam atingir com a realização de determinada campanha ou ação, pois, embora pareça óbvio, nem sempre é o que ocorre”. No caso do planejamento de métricas é necessário responder a algumas perguntas: • O que você fará? – Por exemplo, lançar um projeto, melhorar o desempenho de um site, lançar uma campanha ou um aplicativo; • Quais ações serão executadas? – Por exemplo, mídia em portais, Search Engine Optimization (SEO), e-mail marketing, mudança de páginas, templates, layouts de site etc.; • Quais impactos e reflexos são esperados? – Por exemplo, melhorar a navega- bilidade, ganhar mais acessos, visibilidade, conquistar market share; • Quais ferramentas serão utilizadas? – Por exemplo, para o site, monitoramento de mercado, visibilidade, navegabilidade; • O que você espera alcançar? – Por exemplo, definição de metas, crescimento esperado. 18 19 Origens e Fluxos De acordo com Gabriel (2010), temos os resultados de busca natural – ou orgâ- nica – e resultados de busca paga – ou links patrocinados, a saber: • Orgânico: Gabriel (2010) afirma que os links apresentados nos resultados da busca natural são obtidos por meio de análise dos sites em função de sua relevância e da palavra-chave da busca. Tais resultados não geram custos aos donos das páginas ali apresentadas; • Pagos: Gabriel (2010) informa que no caso dos resultados de busca paga, por sua vez, aparecem na página de resultados de procura em função da palavra- -chave lançada, de sua relevância e, principalmente, do valor oferecido pelo anunciante para cada clique. Esse tipo de anúncio de link, quando clicado por um usuário do site de busca, gera um custo ao donodo anúncio. Importante! No orgânico o usuário realiza a busca sem provocar custo algum; no pago, em cada clique o anunciante paga pelo qual. Em Síntese Entre as diversas ferramentas existentes podemos destacar: • Google Analytics: que é um serviço gratuito oferecido pela Google, produ- zindo estatísticas e dados. Pode ser aplicado em diversos negócios, tais como varejo, marketing, finanças etc. – consideramos analytics como um ramo de business intelligence; • Google Adwords: é o principal serviço de publicidade da Google; • Google Trends: informa os termos mais buscados em determinado intervalo de tempo; • Google Analytics Premium: para grandes empresas, com suporte próprio, processamento dedicado de dados, integração com diferentes plataformas e consultoria para a melhoria de desempenho. Ademais, para a análise de dados, estatísticas e desempenho existem outras empresas – não citadas nesta oportunidade. 19 UNIDADE Mobile Commerce Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites M-commerce representou mais de um terço das vendas em 2018 http://bit.ly/2HSldJk M-commerce: muito além de uma realidade, um caminho a se trilhar http://bit.ly/2HUiW0s Livros Marketing 4.0 do tradicional ao digital KOTLER, P.; KARTAJAYA, H.; SETIAWAN, I. Marketing 4.0 do tradicional ao digital. Rio de Janeiro: Sextante, 2017. Vídeos O movimento e-commerce no Brasil – Edson Rigonatti (Astella Investimentos) https://youtu.be/Nz72uJGdtVQ 20 21 Referências GABRIEL, M. Marketing na Era Digital – conceitos, plataformas e estratégias. São Paulo: Novatec, 2010. KOTLER, P.; KARTAJAYA, H.; SETIAWAN, I. Marketing 4.0 do tradicional ao digital. Rio de Janeiro: Sextante, 2017. KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013. TURCHI, S. R. Estratégias de marketing digital e e-commerce. São Paulo: Atlas, 2018. Sites visitados <http://www.busines sofapps.com>. Acesso em: 10 maio 2019. <http://www.digitalreport.wearesocial.com>. Acesso em: 22 mar. 2019. <http://www.real-trends.com/br>. Acesso em: 10 maio 2019. <http://www.signifi cados.com.br>. Acesso em: 10 maio 2019. 21
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