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AULA 05

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Dentro da análise de índices, existe a necessidade de entendimento de que não existe uma
quantidade definida de índices a serem elaborados e considerados, mas também a
necessidade de se entender o setor e muitas vezes a economia como um todo.
A análise com a utilização de índices compreende o conceito efetivo de índice e sua
funcionalidade dentro do processo de gestão.
Nesta aula, examinaremos os índices de maneira detalhada e as informações que cada tipo
de análise fornecer, possibilitando entender que o conjunto desses índices é uma
ferramenta valiosa se bem utilizada.
Definir a utilização de índices no conceito de gestão;
Discutir os tipos de informações fornecidas pelos índices de Liquidez e de
Rentabilidade.
Um dos instrumentos básicos para a efetiva análise de demonstrações contábeis são os
índices econômico-financeiros, que possuem funções, fórmulas, significados e
interpretações distintos entre si.
Existem diversas técnicas para se analisar demonstrações contábeis, mas os índices são a
técnica de análise mais empregada pelas empresas. Eles possuem uma característica muito
importante, que é o fornecimento de visão mais amplificada da situação econômico-
financeira de uma entidade. Veja a seguir o que examinaremos nesta aula:
Examinaremos os índices mais genéricos, que são comuns a todas as empresas, como:
De liquidez;
De estrutura de capital;
De rentabilidade.
Análise das demonstrações contábeis e financeiras
Aula 5: Análise com utilização de índice I
Introdução
Objetivos
Análise com a utilização de índices
Apresentaremos os conceitos, formas de cálculo, significados e interpretações dos índices,
para que o estudo possa ser aplicado a todas as empresas comerciais, industriais e
prestadoras de serviços de qualquer natureza.
Veremos que a análise de demonstrações com a utilização de índices proporciona que
empresas diversas, setores operacionais distintos e, até mesmo, continentes diferentes
possam ser comparados, já que são levados a um mesmo conjunto de índices, que servirão
de suporte para indicar a saúde financeira de cada entidade analisada.
Índices
Um índice nada mais é do que uma relação entre grupos ou contas das demonstrações
financeiras de uma empresa qualquer, sendo estes valores de um período único ou de
períodos comparados. O objetivo de cada índice é evidenciar, de maneira parametrizada,
algum aspecto da conjuntura econômica ou financeira de uma entidade qualquer.
Vale ressaltar ainda que há índices que são específicos de uma ou outra atividade
específica. Vejamos alguns exemplos:
Companhia aérea
Se pensarmos em uma companhia aérea de transporte de passageiros pelo Brasil, o
interesse será em índices com ligação direta com a prestação do serviço, sendo impactados
pela mão de obra dos funcionários.
Setor farmacêutico
Uma empresa do setor farmacêutico terá uma preocupação maior com custos empresariais,
tais como matérias-primas ligadas à confecção de comprimidos, xaropes, vacinas.
Como você pode verificar, as situações são completamente distintas entre as duas
empresas em relação aos índices que cada uma pode utilizar durante seu processo de
análise de demonstrações contábeis, mas todas têm preocupações comuns: a lucratividade
de suas operações principais e a geração positiva do fluxo de caixa ao final de cada período.
Agora, que tal pensarmos em um exemplo de duas empresas que estejam passando por
momentos empresariais diferentes? Acesse o pdf [../docs/A05_T3.pdf] e confira.
Não existe uma quantidade mínima ou máxima de índices que podem ser utilizados para o
procedimento de análise. O correto é possuir um conjunto de índices que permita que a
situação da empresa seja conhecida, de acordo com o grau de profundidade de análise
desejado, que vai variar de usuário para usuário.
No caso da análise de demonstrações contábeis, a quantidade de índices não está ligada
com a qualidade da análise a ser efetuada. Por exemplo:
Notas
Análise com a utilização de índices
Quantidade de índices utilizados no procedimento de análise
http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/ATU094/docs/A05_T3.pdf
Quatro índices a serem utilizados podem gerar um tipo de análise, com determinado
nível de profundidade.
Entretanto, se dobrarmos esse número para oito, não acarretará em uma análise com o
dobro de eficiência. O rendimento da análise não é diretamente proporcional à
quantidade de índices utilizados.
Se considerarmos empresas dos setores industrial e comercial, um número de índices
considerado ideal como quantidade padrão é de, no mínimo, quatro.
Não há número máximo de índices a serem utilizados, mas estima-se que uma quantidade
de índices superior a onze é desnecessária e pouco efetiva se comparada a valores
menores.
Vamos ver um exemplo!
Imagine um fornecedor de mercadorias ou de matéria-prima querendo saber os níveis de
rentabilidade e de endividamento de uma empresa que é sua cliente.
Para tomar a decisão de vender a prazo para seu cliente, ele pode apenas querer algumas
informações sobre endividamento. No entanto, caso este mesmo fornecedor esteja
interessado em adquirir a empresa como um investimento que diversifique suas atividades
operacionais, ele demandará uma quantidade maior de informações, ou seja, de índices.
Como são distintas, as duas situações podem ser analisadas de maneira diferenciada dentro
de uma mesma entidade que tem os índices extraídos.
O processo normal analisa cada uma das duas situações de maneira separada. Inicia-se
com a situação financeira e, em seguida, analisa-se a situação econômica. Na sequência, as
duas situações são analisadas conjuntamente, para que conclusões mais embasadas
possam ser tomadas. Veja os índices a seguir:
Índices Financeiros
Podem ser divididos entre índices de liquidez e índices de estrutura de capital.
Índices da situação econômica
Apresentam a situação da rentabilidade de uma entidade qualquer.
Quando estudamos análise de demonstrações contábeis, fica claro que existem diferenças
entre os diversos autores e materiais existentes.
Atenção!
Situações econômica e financeira evidenciadas pela análise por
meio de índices
Principais índices econômico-financeiros
Alguns índices, como Liquidez Corrente ou Rentabilidade do Patrimônio Líquido, são
utilizados pela maioria dos analistas de demonstrações. Outros índices, como o de Liquidez
Seca e a Rentabilidade do Ativo, não são muito utilizados nos procedimentos de análise.
Isso acontece porque algumas empresas, como as prestadoras de serviços, normalmente
não apresentam estoques em sua estrutura empresarial.
Diferenças entre os diversos autores e materiais existentes
É comum que os autores utilizem estruturas distintas de índices, o que acarreta em
fórmulas diferentes de cálculo. Isso gera diferença entre os valores quando são utilizados
materiais distintos. No entanto, se essas fórmulas forem utilizadas no decorrer de um
intervalo de tempo contínuo ou na comparação entre duas ou mais empresas a diferença
prática na análise será nula.
Liquidez Seca
O índice de Liquidez Seca considera os estoques como fatores componentes de sua
fórmula, o que o deixa sem utilidade para as empresas prestadoras de serviços.
Outros índices, ainda, são apenas utilizados por alguns usuários específicos. Uma instituição
financeira, no momento de definir se concede ou não um empréstimo a um cliente
demandante de recursos financeiros, não tem grande interesse na estrutura de capital da
empresa solicitante do crédito e, sim, em sua estrutura de liquidez e de rentabilidade. Isso
não acontece somente com instituições bancárias, mas com qualquer usuário das
informações geradas a partir da análise dos índices econômico-financeiros.
Começaremos pelos índices de Liquidez, que mostram a situação financeira de qualquer
empresa. Índices de Liquidez não são extraídos do fluxo de caixa das empresas e não são
índices de Capacidade de Pagamento, que comparam as entradas e saídas de dinheiro,
seja caixa ou equivalente-caixa.
Os índices de Liquidez comparam o que as empresas possuem de ativoscirculantes (ou
direitos de longo prazo) com as obrigações, procurando medir a solidez financeira das
organizações. Uma empresa que apresente bons índices de Liquidez possui condições de
ter boa capacidade de pagamento de obrigações. No entanto, isso não é uma certeza, já
que existem outros fatores, como prazo de vencimento e renovação de dívidas, que
impedirá ou dificultará o pagamento dessas obrigações.
Veremos, a seguir, três índices de Liquidez:
Liquidez Geral
Liquidez Corrente
Liquidez Seca
Notas
Índices de Liquidez
Índices de Liquidez
O índice de Liquidez Geral indica quanto a empresa possui no ativo circulante e,
adicionalmente, no realizável em longo prazo, que faça frente ao total das obrigações,
sendo representados pelo passivo circulante e pelo exigível de longo prazo.
Veja, a seguir, a fórmula para ser calculado o índice:
Para facilitar o entendimento, apresentaremos o mesmo Balanço Patrimonial da aula
anterior. Vamos calcular o índice de Liquidez Geral dessa empresa, de acordo com a
fórmula
Tabela 1
ATIVO PASSIVO
Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04
Ativo Circulante 27.200.000 25.000.000 Passivo circulante 15.200.000,00 11.000.000
Disponível 2.000.000 3.500.000 Fornecedores 10.8000.000,00 9.000.000
Duplicatas a
receber 18.000.000 15.000.000 Empréstimo 4.400.00,00 2.000.000
Estoques 7.200.000 6.5000.000
Ativo Não Circulan 13.000.00 11.000.000 Passivo nãoCirculan 10.000.000,00 10.000.000
Imobilizado * 13.000.000 11.000.000 Financiamentos 10.000.000 10.000.000
Patrimônio Líquido 15.000.000 15.000.000
Capital 15.000.000 15.000.000
TOTAL 40.200.000 36.000.000 TOTAL 40.200.000,00 36.000.000
Obs. Como a empresa não possui direitos de longo prazo, apenas o Imobilizado no Ativo
Não Circulante, ela terá o seu índice de Liquidez Geral no ano 01 de 1,079 e no ano 02 de
1,190.
Isso representa uma evolução nos valores, já que no primeiro ano ela possui o equivalente a
quase R$1,08 centavos para cada R$1,00 de obrigações de curto e longo prazos e no
segundo ano, aumenta para R$1,19 no Ativo para cada R$1,00 de obrigações de curto e de
longo prazos.
Você deve notar que essa indicação é de apenas um índice calculado, não se refere à
estrutura total da empresa.
Liquidez Geral
http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/ATU094/aula5/img/figura1.png
O raciocínio correto é: de posse desse primeiro índice calculado, deve-se continuar com os
cálculos para termos mais informações que suportem uma opinião sobre a situação geral
da empresa.
O índice de Liquidez Corrente indica quanto a empresa possui no seu Ativo Circulante e que
pode fazer frente às obrigações constantes no Passivo Circulante. Em termos práticos,
quanto maior for esse índice, melhor a empresa estará com relação a tais parâmetros de
análise.
Veja, a seguir, a fórmula para ser calculado o índice.
Vamos calcular o índice de Liquidez Corrente da mesma empresa, de acordo com a
fórmula.
Tabela 2
ATIVO PASSIVO
Ano 01 * Ano 02 Ano 03 Ano 04
Ativo Circulante 27.200.000 25.000.000 Passivo circulante 15.200.000,00 11.000.000
Disponível 2.000.000 3.500.000 Fornecedores 10.8000.000,00 9.000.000
Duplicatas a
receber 18.000.000 15.000.000 Empréstimo 4.400.00,00 2.000.000
Estoques 7.200.000 6.5000.000
Ativo Não Circulan 13.000.00 11.000.000 Passivo nãoCirculan 10.000.000,00 10.000.000
Imobilizado 13.000.000 11.000.000 Financiamentos 10.000.000 10.000.000
Patrimônio Líquido 15.000.000 15.000.000
Capital 15.000.000 15.000.000
TOTAL 40.200.000 36.000.000 TOTAL 40.200.000,00 36.000.000
Obs. No ano 01, a empresa mostrava um índice de Liquidez Corrente igual a 1,789 e no ano
02, este valor subiu para 2,272.
Isso indica que no ano 01, para cada R$1,00 de obrigações no curto prazo, a empresa tinha
disponível em seu Ativo Circulante quase R$1,80, sendo este valor elevado no segundo ano
para mais de R$2,00 para cada R$1,00 de obrigações no curto prazo (R$2,27).
Liquidez Corrente
http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/ATU094/aula5/img/figura2.png
O índice de Liquidez Seca indica o quanto a empresa possui do seu ativo líquido para cobrir
cada unidade monetária de obrigação de curto prazo. Como todos os índices de liquidez,
quanto maior for o seu valor, melhor será para a estrutura financeira da empresa analisada.
Veja, a seguir, a fórmula para ser calculado o índice.
Tabela 3
ATIVO PASSIVO
Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04
Ativo Circulante 27.200.000 25.000.000 Passivo circulante 15.200.000,00 11.000.000
Disponível 2.000.000 3.500.000 Fornecedores 10.8000.000,00 9.000.000
Duplicatas a
receber 18.000.000 15.000.000 Empréstimo 4.400.00,00 2.000.000
Estoques * 7.200.000 6.5000.000
Ativo Não Circulan 13.000.00 11.000.000 Passivo nãoCirculan 10.000.000,00 10.000.000
Imobilizado 13.000.000 11.000.000 Financiamentos 10.000.000 10.000.000
Patrimônio Líquido 15.000.000 15.000.000
Capital 15.000.000 15.000.000
TOTAL 40.200.000 36.000.000 TOTAL 40.200.000,00 36.000.000
Obs. Para a situação em destaque, os valores encontrados para o índice de Liquidez Seca
foram, para o ano 01, 1,316 e, para o ano 02, 1,681.
Isso significa dizer que, descontando-se os estoques, no ano 01, a empresa teria apenas
R$0,79 para cada R$1,00 de obrigações no curto prazo, ao passo que no ano 02, este valor
subiria para R$1,68.
Feita uma análise isolada, no ano 01 a empresa apresentaria uma situação desfavorável do
ponto de vista da Liquidez Seca, mas, se analisarmos os índices como um todo, esses
valores não seriam tão ruins, já que no ano 02 passam de R$1,50 para cada R$1,00 de
obrigações de curto prazo.
Liquidez Seca
http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/ATU094/aula5/img/figura3.png
Nos dois exercícios, o Ativo Circulante é consideravelmente maior que o Passivo Circulante,
fazendo com que este índice sempre se apresente superior a 1 em valores absolutos. Dessa
maneira, fica claro que as aplicações de recursos no Ativo Circulante são suficientes para
cobrir as obrigações de curto prazo, com certa folga, nos dois períodos.
Pode-se verificar que a empresa possui Capital Circulante Líquido (CCL) positivo, sendo este
representado pela diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante.
Veja a fórmula do CCL:
Capital Circulante Líquido = Ativo Circulante - Passivo Circulante
O CCL é a folga financeira que se apresenta em valores absolutos entre os bens e os
direitos de curto prazo, representados pelo Ativo Circulante e as obrigações de mesmo
prazo, sendo representadas pelo Passivo Circulante.
Índice de Liquidez Seca
No entanto, se o índice de liquidez corrente for satisfatório, dificilmente o resultado da
análise será alterado por outro índice.
Adicionalmente, como esse índice não considera os estoques nem as despesas
antecipadas, é pouco utilizado pelas empresas prestadoras de serviços, sendo muito mais
utilizado por empresas do ramo industrial e do ramo comercial em suas análises.
A partir de agora, mudaremos o foco da parte financeira, preocupada apenas com as
obrigações de uma empresa, pois os índices de estrutura de capitais mais amplos, servindo
de suporte para as grandes decisões financeiras, sempre relacionadas à obtenção e
aplicação de recursos.
Veremos, a seguir, dois índices de Estrutura de Capital:
Custo de oportunidade
A Participação de Capital de Terceiros indica quanto uma empresa possui de capitais de
terceiros em comparação com o total que ela possui de capital próprio em sua estrutura.
Veja, a seguir, a fórmula para ser calculado o índice.
Vamos calcular o índice de Participação de Capital de Terceiros da mesma empresa, de
acordo com a fórmula? Confira o pdf [../docs/A05_Obj2_T9_a.pdf] .
Taxa de atratividade
A Composição do Endividamento indica o valor percentual que as obrigações de curto
prazo representam quando comparado com as obrigações totais.
Atenção!
Notas
Índices de Estrutura de Capital
http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/ATU094/aula5/img/figura4.png
http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/ATU094/docs/A05_Obj2_T9_a.pdf
Veja, a seguir, a fórmula para ser calculado o índice.
Em uma análisemais superficial, quanto menor for este valor percentual, melhor será para a
empresa, pois suas obrigações tendo menor participação no curto prazo indicam que o
longo prazo tem mais participação, o que dá para as empresas mais poder de negociação,
pois o prazo está favorável a ela. É claro que esta análise é pouco objetiva em termos de
análise geral e mais informações são necessárias para que uma posição final seja tomada.
Vamos calcular o índice de Composição do Endividamento da mesma empresa, de acordo
com a fórmula? Confira o pdf [../docs/A05_Obj2_T9_b.pdf] .
A Imobilização do Patrimônio Líquido indica o valor que a empresa tem aplicado nos bens
permanentes para cada unidade monetária aplicada no Patrimônio Líquido.
De maneira geral, quanto menor esse índice melhor será para a empresa, pois terá mais
capitais aplicados no curto prazo, ou seja, no Ativo Circulante.
Vamos calcular o índice de Imobilização do Patrimônio Líquido da mesma empresa, de
acordo com a fórmula.
Tabela 5
ATIVO PASSIVO
Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04
Ativo Circulante 27.200.000 25.000.000 Passivo circulante 15.200.000,00 11.000.000
Disponível 2.000.000 3.500.000 Fornecedores 10.8000.000,00 9.000.000
Duplicatas a
receber 18.000.000 15.000.000 Empréstimo 4.400.00,00 2.000.000
Estoques 7.200.000 6.5000.000
Ativo Não Circulan 13.000.00 11.000.000 Passivo nãoCirculan 10.000.000,00 10.000.000
Imobilizado * 13.000.000 11.000.000 Financiamentos 10.000.000 10.000.000
Imobilização do Patrimônio Líquido
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http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/ATU094/docs/A05_Obj2_T9_b.pdf
http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/ATU094/aula5/img/figura6.png
ATIVO PASSIVO
Patrimônio Líquido 15.000.000 15.000.000
Capital 15.000.000 15.000.000
TOTAL 40.200.000 36.000.000 TOTAL 40.200.000,00 36.000.000
Obs. Nesse Balanço Patrimonial, a estrutura dos bens permanentes está configurada apenas
com o Imobilizado. Assim, os valores encontrados foram de 86,67% no ano 01 para 73,33%
no ano 02.
Isso indica uma boa tendência, de diminuição dos valores permanentes e uma maior
distribuição dos mesmos para o curto prazo, afetando positivamente os índices de liquidez
já estudados anteriormente.
Não devemos nos esquecer de que cada empresa possui uma estrutura única e suas
atividades principais podem demandar uma quantidade maior de bens permanentes, tais
como máquinas, equipamentos, aparatos de tecnologia da informação etc. Pensando em
uma empresa do setor de prestação de serviços, talvez essa necessidade seja bastante
reduzida, fazendo com que os recursos fiquem predominantemente aplicados no Ativo
Circulante.
A Imobilização dos Recursos não Correntes indica o percentual de recursos não circulantes
(ou não correntes) que a empresa aplicou na aquisição de bens pertencentes à estrutura
permanente.
Na interpretação desse índice específico, quanto menor for o valor encontrado, melhor será
para a empresa analisada.
Isso é uma generalização, pois algumas empresas precisam ter percentuais maiores de
investimentos aplicados nos bens permanentes, mas quando isso ocorre, indica que menos
recursos estão aplicados na estrutura de curto prazo (circulante), podendo, em médio ou
longo prazos, gerar problemas de liquidez e excesso de endividamento.
Vamos calcular o índice de Imobilização dos Recursos não Correntes da mesma empresa,
de acordo com a fórmula.
Tabela 6
ATIVO PASSIVO
Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04
Ativo Circulante 27.200.000 25.000.000 Passivo circulante 15.200.000,00 11.000.000
Disponível 2.000.000 3.500.000 Fornecedores 10.8000.000,00 9.000.000
Duplicatas a
receber 18.000.000 15.000.000 Empréstimo 4.400.00,00 2.000.000
http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/ATU094/aula5/img/figura7.png
ATIVO PASSIVO
Estoques 7.200.000 6.5000.000
Ativo Não Circulan 13.000.00 11.000.000 Passivo nãoCirculan 10.000.000,00 10.000.000
Imobilizado * 13.000.000 11.000.000 Financiamentos 10.000.000 10.000.000
Patrimônio Líquido 15.000.000 15.000.000
Capital 15.000.000 15.000.000
TOTAL 40.200.000 36.000.000 TOTAL 40.200.000,00 36.000.000
Obs. No Balanço Patrimonial apresentado, a empresa apresenta o índice de imobilização de
recursos não correntes no valor de 52% no ano 01 e de 39% no ano 02, indicando que os
valores imobilizados em recursos não correntes, proporcionalmente, diminuíram do ano 01
para 02. Novamente, devemos enfatizar que esta situação, de maneira isolada, não
representa que a estrutura patrimonial e de capital desta empresa não melhorou nem
piorou, apenas se alterou de um período para outro.
Para que pudéssemos tomar qualquer tipo de decisão, precisaríamos de mais dados como,
no mínimo, informações sobre o tipo de atividade e sobre os concorrentes da empresa,
além da estrutura de capital média das empresas atuantes do mesmo setor ou, mesmo, de
concorrentes. Sem contar que informações acerca do mercado de atuação dela seriam
imprescindíveis, pois trariam perspectivas de como está o mercado e as tendências que ele
possui para o curso e para o médio prazo.
Para um analista, essas situações devem ser consideradas no momento da análise, pois
apenas os valores de índices regredindo ao longo dos períodos não denota,
necessariamente, uma boa situação em relação aos imobilizados da empresa ou à estrutura
de patrimônio líquido.
Você foi incumbido revisar as análises feitas em um balanço por um colega que também
trabalha no departamento de controladoria, mas que não domina a fundo os conceitos
relativos às técnicas de análise das demonstrações contábeis. Para isso, observe o balanço
a seguir:
Tabela 7
Atenção!
Atividade proposta
Balanço patrimonial 2012 2013 2012 2013Balanço patrimonial 2012 2013 2012 2013
Ativo 88.400,00 107.000,00 Passivo 88.400,00 107.000,00
Ativo circulante 57.400,00 61.800,00 Passivo circulante 36.600,00 43.400,00
Disponivél 1.400,00 6.600,00 Fornecedores 22.000,00 28.000,00
Clientes 24.000,00 27.000,00 Contas a pagar 5.600,00 9.400,00
Estoques 32.000,00 28.000,00 Empréstimos 9.000,00 6.000,00
Ativo não circulante 31.000,00 45.200,00 Passivo não circulante 21.800,00 30.000,00
Realizável a longo prazo 12.000,00 18.000,00 Empréstimo 21.800,00 30.000,00
Imobilizado 18.000,00 26.200,00 Patrimônio líquido 30.000,00 33.600,00
Intangível 1.000,00 1.000,00 Capital 30.000,00 33.600,00
Segundo seu colega, o Capital Circulante Líquido aumentou em R$2.400,00 comparando-
se 2012 com 2013 e, no mesmo período, o quociente de liquidez foi reduzido em 0,15. Você
concorda com essas constatações? Qual seria a sua análise?
2012
Ativo Circulante R$57.400,00 - Passivo Circulante = R$36.600,00= R$20.800,00
2013
Ativo Circulante R$61.800,00 - Passivo Circulante = R$43.400,00 = 18.400,00
Logo, houve redução de 2012 para 2013 em R$2.400,00 e não aumento.
Já para o cálculo de Liquidez Corrente utilizou-se o seguinte raciocínio:
2012
Ativo
Circulante R$57.400,00 / Passivo Circulante = R$36.600,00= 1,57
2013
Ativo Circulante R$61.800,00 - Passivo Circulante = R$43.400,00 = 1,42.
Ou seja, de um ano para outro houve redução do quociente de liquidez corrente em
0,15.
Esta análise está correta.
Para verificar sua aprendizagem, você fará, agora, alguns exercí cios. Qualquer dúvida,
retorne ao conteúdo.
Lembre-se de que tais atividades não valem ponto na avaliação da disciplina, mas são de
suma importância para o aproveitamento de seus estudos.
Ao responder cada questão, clique no botão Confirmar, verificando seu gabarito.
Exercícios de fixação
Em relação à utilização de índices pode-se afirmar que existe um conjunto pré-definido de
índices para todas as situações?
Sim, existe um só conjunto de índices para todas as empresas.
Sim, existe um conjunto de índice para as empresas dependendo de sua tributação.
Não, podem ser analisados diferentes índices para diferentes situações.
Não, não há como saber que índices fornecerão a melhor informação.
Sim, existe uma estrutura estática de índices que evoluiu com os tipos de empresa.
Quando tratamos de uma indústriaque trabalha com valores relativos à matéria-prima, mão
de obra e outros valores utilizados em sua produção qual seria a maior preocupação em
relação aos índices?
Compreender seus passivos.
Compreender seus ativos.
Compreender seu patrimônio.
Compreender seus produtos.
Compreender seus custos.
Mediante a utilização de índices e verificação da situação econômico-financeira de uma
empresa pode-se afirmar com toda a certeza de que ela está bem ou mal?
Não, pois os índices não refletem a realidade.
Sim, pois eles são uma verdade absoluta.
Não, pois eles apenas geram uma indicação da situação.
Sim, pois a informação que estes revelam é garantida.
Não, pois eles não são confiáveis.
Suponha que determinado fornecedor está analisando a situação de uma empresa para
que este lhe venda determinada quantidade de matéria-prima. Que tipo de análise ele fará?
Análise sobre o endividamento do cliente.
Análise sobre o caixa do cliente.
Análise sobre o ativo do cliente.
Análise sobre a imobilização de recursos próprios.
Análise sobre o investimento do cliente.
Pode-se afirmar que dentro da análise mediante a utilização de índices a quantidade
garante a qualidade? Ou seja, quanto maior o número de índices melhor a qualidade da
informação?
O rendimento da análise não é proporcional à quantidade de índices.
O não rendimento da análise é proporcional, mas não à quantidade de índices.
O rendimento da análise é proporcional à quantidade de índices.
O rendimento da análise é proporcional, mas não à quantidade de índices.
O não rendimento da análise é proporcional à quantidade de índices.
Imagine uma análise em uma prestadora de serviços de telefonia. Que tipo de análise não
seria necessária ou forneceria poucas informações neste caso?
Liquidez Geral.
Liquidez Corrente.
Endividamento.
Imobilização dos recursos próprios.
Liquidez Seca.
Uma empresa deseja utilizar um índice para relacionar seus Ativos Circulantes e o Realizável
ao Longo Prazo em comparação com o seu exigível. Que índice ela deve utilizar?
Liquidez Geral.
Liquidez Seca.
Liquidez Corrente.
Participação do Capital de Terceiros.
Composição do Endividamento.
Um dos índices utilizados na análise das demonstrações é o índice de Liquidez Seca.
Podemos compreender o índice de Liquidez Seca de acordo com o seguinte raciocínio:
(Ativo Circulante menos estoques) dividido pelo passivo circulante.
Contas a pagar dividido pelas contas a pagar totais.
Exigível circulante dividido pelo não circulante.
Ativo Circulante dividido pelo passivo circulante.
Exigível total dividido pelo ativo total.
Considerando a utilidade dos índices dentro da análise das demonstrações financeiras que
aspectos são verificados pelos índices de Estrutura de Capital?
Suporte para decisões econômicas.
Suporte para decisões financeiras de curto prazo.
Suporte para decisões financeiras de obtenção e aplicação de recursos.
Suporte para decisões de aumento do PL.
Suporte de decisões econômicas para obtenção de recursos.
Quando observamos o índice de Composição do Endividamento esperamos que quanto
menor o seu percentual melhor será para a empresa. Como se justifica este entendimento?
A empresa possui menor participação dos valores do curto prazo e maior no longo
prazo, indicando fragilidade.
A empresa possui menor participação dos valores do curto prazo e maior no longo
prazo, indicando menor poder de negociação.
A empresa possui menor participação dos valores do curto prazo e maior no longo
prazo, indicando maior poder de negociação.
A empresa possui maior participação dos valores do curto prazo e maior no longo prazo,
indicando maior poder de negociação.
A empresa possui maior participação dos valores do curto prazo e menor no longo
prazo, indicando maior poder de negociação.
Quando se trata da análise da Imobilização do Patrimônio Líquido, que tipo de empresa
pode ter um maior número de bens como máquinas e equipamentos?
Prestadora de serviços de telefonia.
Indústria.
Comércio de alimentos.
Prestadora de serviços de internet.
Prestadora de serviços de cobrança.
No estudo da Imobilização dos Recursos não Correntes é necessário se preocupar com
alguns aspectos, entre os itens apresentados a seguir qual não faz parte da análise?
Informações sobre o tipo de atividade.
Sobre os concorrentes da empresa.
Estrutura de capital.
Média das empresas atuantes do mesmo setor.
Nesta aula:
Discutimos a importância da utilização dos índices;
Definimos que informações obtidas com os tipos de índices.
Na próxima aula:
Parte final dos índices de Estrutura e os índices de Rentabilidade;
O processo de avaliação das empresas com a utilização de índices.
ASSAF NETO, A. Estrutura e Análise de Balanços – um enfoque econômico-financeiro. 10.
ed. São Paulo: Atlas, 2012.
ASSAF NETO, A.; LIMA, F. G. Curso de administração financeira. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
GITMAN, L. J. Princípios da administração financeira. 12. ed. São Paulo: Person Education,
2010.
MATARAZZO, D. C. Análise Financeira de Balanços: Abordagem Gerencial. 7. ed. São Paulo:
Atlas, 2010.
ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JORDAN, B. D. Princípios de administração financeira. 9.
ed. São Paulo: Atlas, 2013.
Média anual da tributação.
Síntese
Próxima aula
Referências

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