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CENTRO CIRÚRGICO CONCEITO “É um conjunto de ambientes devidamente localizados, inter- relacionados, dimensionados e dotados de instalações e equipamentos, com pessoal qualificado e treinado, para qualificado e treinado, para realização de procedimentos cirúrgicos de forma a oferecer o máximo de segurança aos pacientes e as melhores condições de trabalho para a equipe técnica” Segundo o Ministério da Saúde: “Conjunto de elementos destinados a atividades cirúrgicas, bem como recuperação anestésica e pós operatório imediato” E as sub-atividades englobam: � Recepcionar e transferir o paciente; �Assegurar a execução de procedimentos pré-anestésicos e anestésicos; � Realizar a correta escovação das mãos; � Realizar relatório médico e de enfermagem, e registro das cirurgias e endoscópias realizadas; � Proporcionar cuidados pós-anestésicos; �Garantir apoio diagnóstico necessário e transplante de órgãos. HISTÓRICO “O homem primitivo lutava com os animais e entre si na disputa para sua sobrevivência. Assim, as primeiras atitudes cirúrgicas foram possivelmente dirigidas para os ferimentos traumáticos e para o controle do sangramento pela compressão”. compressão”. � Cristianismo, admitiu-se que as doenças eram enviadas por Deus e que, por isso, deveriam ser aceitas com humildade; � Os mosteiros tornaram-se, então, abrigo de doentes, cabendo aos monges a tarefa de curá-los � No séc. XVI, na Inglaterra, criou-se a Companhia de Barbeiros que regulamentou a profissão de barbeiro- cirurgião; � Apenas no final desse século XVI e início do século XVII, a cirurgia foi início do século XVII, a cirurgia foi incluída no currículo das Escolas de Medicina. �Se desenvolveram em paralelo com as técnicas de assepsia e anestesicas no séc. XIX; � Cirurgiões da época operavam com roupas que usavam nas ruas, com placas de pus e sangue encrustrado; � Registros da enfermagem orientavam banho antes das laparatomias e o uso de mangas laparatomias e o uso de mangas longas e limpas para os procedimentos cirúrgicos � Primeiro relato do uso de gorro e materiais esterilizados ocorreu na Alemanha com Joseph Lister; �Em 1865 estudos demonstraram o uso do Fenol como um efetivo agente anti-septico, excluindo bactérias putrefáticas; � Em 1889, o Dr. Halsted introduziu as luvas de borracha durante o ato cirúrgicocirúrgico � O final do século XIX e início do XX, considerado o Século dos Cirurgiões, foi de grandes conquistas na Medicina. LOCALIZAÇÃO A unidade de Centro Cirúrgico deve ocupar uma área independente da circulação geral, ficando livre do transito de pessoas e materiais estranhos ao serviço; com mínimo de ruído possível; possibilitando o acesso livre e fácil de pacientes das Unidades de internação cirúrgicas, Ponto Socorro e Terapia IntensivaIntensiva O CC É DIVIDIDO EM 3 ÁREAS 1. IRRESTRITA Os profissionais podem circular com roupas comuns, que são permitidas, como o corredor que dá acesso ao exterior, vestiário e secretária. 2. SEMI-RESTRITA2. SEMI-RESTRITA O tráfego é limitada a pessoas do setor. O corpo e a cabeça devem estar cobertos, para não intervir na assepsia da área, como expurgo, sala de estar e de preparo de material 3. RESTRITA Máscaras são exigidas além de roupa privativa de centro cirúrgico. As técnicas de assepsia devem ser rigorosamente utilizadas e controladas, evitando contaminação do meio, como sala cirúrgica, recuperação pós-anestésica e corredor interno. PLANEJAMENTO FÍSICO �Número de leitos (uma sala para cada 50 leitos não especializados ou 15 leitos cirurgicos) �Número de cirurgias/dia �Horário de utilização�Horário de utilização �Taxa de ocupação �Especialidades Sala cirúrgica Exemplos Dimensões Pequena Oftalmo Endoscopia Otorrino.... 20,0 m2 com dimensão mínima de 3,45 m Média Cirurgia geral 25,0 m2 com dimensão mínima de 4,65 m Grande * Ortopedia 36,0 m2 com Neurologia Cardiologia dimensão mínima de 5,0 m Instalações: FO= oxigênio AC= ar condicionado FN= óxido nitroso EE= elétrica de emergência FVC= vácuo clínico ED= elétrica diferenciada FAM = ar comprimido E= exaustão ADE= a depender dos equipamentos utilizados * � Vestiários masculino e feminino (armário, chuveiro e uniforme privativo) � Posto de enfermagem É o local destinado ao controle administrativo da Unidade, concentrando a chefia de enfermagem INSTALAÇÕES concentrando a chefia de enfermagem e a secretaria �Área de recepção do paciente É a área reservada para recepcionar e transferir pacientes da maca. �Sala de espera É a área destinada aos familiares ou acompanhantes do paciente �Copa Área reservada ao pessoal do centro cirúrgico, para lanches rápidos. �Sala de estar Deve estar localizada próximo a copa e vestiários, sempre que possível, servindo de área de descanso para a equipe do CC. � Sala de material cirúrgico ou estocagem de material esterilizado Recepção, guarda e redistribuição do material limpo e esterilizado a ser usado no CC. �Sala de material de limpeza Área para reserva de materiais e utensílios usado para limpeza do CC. � Sala de expurgo Local equipado com tanque para despejo de sangue, secreções e outros líquidos provenientes da operação. Podendo depositar, inicialmente, instrumentos, roupas usadas e outros materiais para posterior lavagem. É considerada, portanto, área suja. �Sala de equipamento Área usada para guardar equipamentos que não estejam eventualmente em uso. �Rouparia Destinada a guarda de roupa limpa não-esteril � Área de escovação ou lavabos � Prevê-se um lavabo com duas torneiras para cada duas salas de cirurgias. � As torneiras devem ser munidas de características especiais, que tornem possível abri-las e fecha-las sem o uso das mãos. mãos. � Os tanques devem ser instalados numa altura de mais ou menos 90 cm, para favorecer a mecânica corporal no ato da escovação. � Neste local devem ter escovas e solução anti-séptica. �Sala de cirurgia � É a área destinada à realização de intervenções cirúrgicas. � O trânsito a ela é restrito e a limpeza é feita com o máximo rigor, pois deve ser a área mais limpa. � Comumente é retangular. � As portas devem ser de correr e o revestimento liso, não poroso, sem relevos ITENS DE UMA SALA DE OPERAÇÃO/CIRURGIA Peça central: mesa de operações Base Segmentos articulados Mesas auxiliares Colocação do instrumental cirúrgico Instrumentador 50 x 90 x 85 cm Rodízios Cabides na borda distal Carrinho de anestesia + monitores Bisturi elétrico Hamper Suportes ASPECTOS IMPORTANTES � Iluminação Eliminação de sombras Intensidade adequada Eliminaçã o de reflexos Luz de várias direções Redução do calor Lâmpadas ideais e filtros atérmicos Iluminação geral proporciona l Conforto para o cirurgião Material metálico fosco Diminuir contrast e � Ventilação � Ar como via de transmissão de bactérias e fonte de contaminação � Fonte de microrganismos: pessoas na sala cirúrgica Gotículas de ar expirado Descamação de cels. da pele Partículas transportadas nos sapatos � Função de exaustão: remoção de odores, calor e gases anestésicos voláteis � T ~ 21 - 24oC � Umidade ~ 45 - 55% 3000-6000 microrganismos podem depositar-se no campo operatório por hora � Vestuário � Pessoal como principal fonte exógena de bactérias � Entrada sempre pelo vestiário � Indumentária própria Gorro, máscara, camisa, calça e propéspropés � Não estéril, lavado especial com água quente � Circulação restrita ao centro cirúrgico Enfermeiro : responsável pelo planejamento e gerenciamento relativo aos materiais e equipamentos necessários . Técnico de enf.: auxilia diretamente a enfermeira é de sua função testar o funcionamento de todos os equipamentos , controle dematerial esterilizado, verificar prazos de validade e atuar também como Instrumentador cirúrgico ou circulante de sala.cirúrgico ou circulante de sala. Circulante de sala: desempenhado pelo aux. de enf. suas funções são : atendimento direto das solicitações da equipe médica no decorrer do ato cirúrgico, verificação e controle de todos os equipamentos exigidos pela cirurgia
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