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METODOS DE EXTRAÇÃO FAMACOGNOSIA

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O termo extração significa retirar, da forma mais seletiva e completa possível, as substâncias ou fração ativa contida na droga vegetal, utilizando, para isso, um líquido ou mistura de líquidos tecnologicamente apropriados e toxicologicamente seguros.
Na escolha de um método extrativo, deve-se avaliar a eficiência, a estabilidade das substâncias extraídas, a disponibilidade dos meios o custo do processo escolhido, considerando a finalidade do extrato que se quer preparar.
1- Maceração: consiste em colocar a droga em contato com um líquido extrator durante um período de tempo previamente determinado para o sistema, senso este revolvido em intervalos regulares. Ao final do processo, a mistura é filtrada e prensada, podendo estas operações ser realizadas ao mesmo tempo. Repete-se o processo até a obtenção do volume esperado, observando que dificilmente se atingirá o esgotamento da droga. Esta técnica é aplicável a todas as drogas que possuem substâncias ativas facilmente extraíveis. Diversas variações conhecidas desta operação objetivam, essencialmente, o aumento da eficiência de extração, entre elas: maceração dinâmica: maceração feita sob agitação mecânica constante; remaceração: quando a operação é repetida utilizando o mesmo material vegetal, renovando-se apenas o líquido extrator.
2- Percolação: também denominada lixiviação consiste em fazer passar um líquido extrator através da droga macerada com o mesmo ou outro solvente, de forma a permitir uma complementação do processo extrativo realização pela maceração, resultando num extrato mais rico nos ativos da droga e consequentemente esgotamento desta. Esta operação é realizada em recipiente apropriado, denominado percolador, que se apresenta nos formatos cilíndricos ou tronco-cônico, construídos em aço, PVC, vidro ou outro material, com diversas capacidades.
 
 Percolador
3- Infusão: é a maneira adequada de preparar as partes aéreas das plantas, especialmente folhas e flores, para uso como medicamento ou como bebida revitalizante ou relaxante. Método extrativo realizado pelo aquecimento do solvente (água), sendo este, sob ebulição, adicionando sobre a droga, mantendo a mistura em recipiente fechado durante 15 a 30 minutos. Só após esse período a mistura é coada (filtrada através de tecido) e a parte líquida é utilizada na preparação do remédio. Esta técnica é aplicada ao preparo de chá de drogas constituídas de substâncias voláteis, sublimáveis ou termolábeis.
4- Decocção: é o método extrativo realizado pelo aquecimento concomitante da droga com o solvente (água), mantendo a fervura durante 10 minutos, ao fim dos quais, a mistura resfriada é coada (filtrada através de tecido), e a parte líquida é usada para o preparo do remédio. Esta técnica é aplicada ao preparo de chás e drogas constituídas de substâncias termo-resistentes ou dificilmente extraíveis, seja pela pouca solubilidade no solvente ou pela grande resistência dos tecidos das drogas (cascas, lenhos, tubérculos, raízes, etc).
5- Arraste por vapor de água: é utilizado para a extração de óleos voláteis. Os óleos voláteis possuem tensão de vapor mais elevada que a da água, sendo, por isso, arrastados pelo vapor d’água. O óleo volátil obtido, após separar-se da água deve ser seco com Na2SO4 anidro. A água é aquecida em um balão fundo redondo sobre uma manta aquecedora que entra em ebulição, os vapores de água resultantes desse processo são conduzidos sob pressão em direção a outro recipiente, onde se encontra o material vegetal. O calor do vapor faz com que as paredes celulares se abram. Dessa forma, o óleo que está entre as células evapora junto com vapores de água e os voláteis são conduzidos em direção ao condensador que vai para o tubo de resfriamento; em seguida, o óleo é coletado em um recipiente. Por serem mais leves, os óleos essenciais ficam concentrados sobre a camada de água, podendo ser facilmente separados. No caso das produções de pequena escala, emprega-se o aparelho de Clevenger.
 
6- Sohxlet: é o processo extrativo de aplicação laboratorial onde a droga é repetidamente lavada com o solvente, dela retirando todas as substâncias solúveis naquele solvente. É utilizado um aparelho de Soxhlet que no balão se coloca o solvente e é recolhido o extrato, o frasco de extração, onde se coloca a amostra empacotada num cartucho filtrante e o condensador, sendo assim mantido em fluxo constante o esgotamento da droga em relação aos constituintes que o solvente é capaz de extrair.
 
7- Turbólise: baseia-se na utilização de elevada velocidade de agitação para, ao mesmo tempo, diminuir o tamanho das partículas da droga e destruir as zonas de concentração, para alcançar o equilíbrio entre a concentração de ativos dentro e fora da droga de maneira mais rápida. Necessita de equipamento que forneça força de cisalhamento como: moinhos coloidais. Aplicação restrita ao ambiente industrial. 
 
8- Contra corrente: o processo ocorre de forma contínua, fazendo-se passar solvente através da droga que é continuamente alimentada em sentido contrário ao da passagem do líquido extrator. Assegura uma extração máxima dos ativos existentes na droga em um mínimo de solvente e num menor tempo.
 
9- Fluido super crítico: extração de substâncias voláteis através da utilização de gás inerte em condições críticas de temperatura e pressão. Este, ao voltar ás condições normais de temperatura e pressão, libera o material extraído que pode ser recolhido após o final do processo. Utilizado em laboratórios de pesquisa e em alguns fornecedores de derivados vegetais, que buscam obter essências em grau de pureza maior que os obtidos por métodos convencionais.

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