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Prova de Direito Tributário I AV1 2021 2 GABARITO

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PROVA DE DIREITO FINANCEIRO 
GABARITO 
 
 
1 Discorra sobre o conceito de créditos adicionais dando ênfase, 
principalmente, sobre a relação entre créditos adicionais e as medidas 
provisórias (Conceito de Créditos Adicionais: 1,0; Relação com as 
Medida provisórias: 1,0) 
 
 Consistem um conjunto de créditos previstos, principalmente, na 
Constituição Federal e na Lei 4320/64 que podem ser abertos no exercício 
financeiro em vigor, quando não foram previstos no orçamento. São três 
tipos de créditos: os especiais, os suplementares e os extraordinários. Os 
especiais se caracterizam por serem créditos destinados a despesas não 
previstas no orçamento. Exigem procedimento de feitura de lei para sua 
abertura. Já os suplementares se caracterizam por serem créditos destinados 
a despesas previstas no orçamento previstos de maneira insuficiente. A 
possibilidade da sua abertura pode estar na própria lei orçamentária como 
preceitua o artigo 165, §8º da CF, e podem ser abertos por Decreto. E, por 
fim, os créditos extraordinários que são tipos de créditos destinados a 
despesas não previstas no orçamento. Entretanto, se fundamentam em 
situações extraordinários como calamidade pública, comoção interna e 
guerra (PISCITELLI, 2021, p.121). 
 Quanto a relação entre créditos adicionais e medidas provisórias, a 
princípio, as medidas provisórias não podem ser utilizadas para abertura de 
créditos adicionais como preceitua o artigo 62 da CF. Entretanto, tais 
medidas podem ser utilizadas para abertura de créditos extraordinários, como 
preceitua o art. 167, §3º da CF, porém, deve se atentar que os requisitos dos 
créditos extraordinários (calamidade pública, comoção interna e guerra) são 
mais exigentes que as medidas provisórias (PISCITELLI, 2021, p.121). 
 
2 Na temática sobre o Orçamento Público existe um debate sobre a 
natureza deste, no sentido, de perguntar se ele é autorizativo ou 
vinculativo. Neste viés, explique algumas características deste debate 
enfatizando: (1) em poucas palavras, o que é esse debate autorizativo 
versus impositivo; (2) a natureza jurídica do orçamento, se ele é lei ou 
não e quais as suas características; (3) e, por fim, qual o ultimo 
entendimento da jurisprudência se o orçamento é passível ou não de 
controle de constitucionalidade (1- 0,5; 2 – 1,0; 3 – 0,5). 
 O debate autorizativo versus impositivo no tema orçamento público 
consiste na questão se o orçamento autoriza gastos ou impõe ou vincula 
gastos para o gestor. Neste viés, está relacionado também a um 
questionamento de qual a natureza deste. De acordo com a doutrina o 
orçamento público é lei formal, ordinária, especial e temporal. Ela é formal, 
em oposição ao conceito de lei material, porque seu conteúdo não se 
confunde com a lei, mas está mais próximo de atos administrativos, tendo 
em visto constituir políticas públicas. Lei ordinária porque exige 
procedimento de lei ordinária para a sua instituição. Especial porque é o 
único tipo de lei responsável pela previsão e organização das contas públicas. 
E temporal porque é um tipo de lei com prazo certo. Por fim, quanto ao 
controle de constitucionalidade, o STF entende que pelo simples fato do 
orçamento ser lei formal já é passível de controle de constitucionalidade. 
Assim, demonstra Piscitelli citando o referido julgado ADI 5449 MC-Ref, 
Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 
10/03/2016 (CARNEIRO, 2019, p.76; PISCITELLI, 2021, p.56). 
 
3 Explicite com poucas palavras se a questão está correta ou não e 
justifique. 
A O princípio da legalidade no Direito Financeiro se conceitua como uma 
norma que exige somente que os tributos devem estar previstos em lei se 
confundindo com o princípio da legalidade no Direito Tributário. (0,8) 
B O princípio da universalidade se conceitua como uma norma que exige 
que o orçamento deve prever somente entrada de receitas e despesas, em 
outras palavras, se resume a previsões de teor quantitativo, por isso, universal 
quanto as finanças públicas (0,6) 
C O princípio da exclusividade é o único princípio do Direito Financeiro e 
Orçamentário que não possui previsão Constitucional expressa (0,6) 
 
RESPOSTA: 
A Errado. Porque o principio da legalidade no Direito Financeiro não se 
confunde com o do Direito Tributário. No direito financeiro o princípio da 
legalidade preceitua a exigência de que a previsão dos recursos públicos 
esteja prevista no orçamento assim como que este deve ser executado de 
acordo com a lei (PISCITELLI, 2021, p.19). 
B Errado. Uma vez que o princípio da universalidade prevê aspectos 
quantitativos, como a questão B preceitua, entretanto, também prevê 
aspectos qualitativos como metas e valores do orçamento e do governo 
(PISCITELLI, 2021, p.39). 
C Errado. O princípio da exclusividade tem previsão expressa no artigo 
165,§8º da CF (PISCITELLI, 2021, p.38). 
 
Marque uma única alternativa correta 
4 Sobre as Leis Orçamentárias (1,0): 
A O plano Plurianual se caracteriza como um tipo de lei orçamentária mais 
abstrata, com função de prever gastos para políticas de duração continuada e 
despesas de capital. Tendo em visto sua importância se exige quórum de lei 
complementar para a sua aprovação. 
B A lei de diretrizes orçamentárias é a lei orçamentária mais concreta de 
todas tendo em vista a sua função de prever as metas fiscais, despesas 
correntes e políticas de agências de fomento. 
C O lei orçamentária anual é um tipo de orçamento, que de acordo com a 
Constituição e a Doutrina de Direito Financeiro, apesar de possuir diferentes 
tipos de documentos orçamentários, como o Orçamento fiscal, Orçamento 
de Seguridade Social e Orçamento de Investimento, não perde sua unidade 
como orçamento uno. 
D Os três tipos de Lei Orçamentária são o Plano Plurianual, a Lei de 
Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual. De acordo como o 
princípio da Unidade, se determina que apesar da pluralidade de leis 
orçamentárias o orçamento é somente um, e se deve respeitar com reservas 
a hierarquia entre eles, pois são autônomos entre si. 
RESPOSTA: A letra C está correta. A letra A está errada porque o quórum 
é de lei ordinária. A letra B está errada porque a LDF não é a lei mais concreta 
de todos, e a princípio, organiza as despesas de capital devido a sua 
abstração. E a letra D está errada porque o princípio da Unidade não tem 
relação com a hierarquia entre as leis orçamentárias e, a hierarquia entre elas 
não tem ressalvas. 
 
 
 
5 Sobre o controle da Atividade Financeira do Estado (1,0): 
A O controle interno no Direito Financeiro tem como elemento mais 
importante para a sua definição a separação de poderes e a centralidade que 
o poder legislativo e as comissões mistas do orçamento possuem para 
controlar as atividades financeiras do Estado. 
B O controle externo é exercido pelo Poder Legislativo e pelo Tribunal de 
Contas e tem como função principal realizar um controle da atividade 
financeira das políticas do poder executivo. No caso do Tribunal de Contas 
suas atribuições estão previstas, principalmente, no artigo 71 da Constituição 
Federal. 
C O controle privado se caracteriza como um tipo de controle privativo do 
Tribunal de Contas tendo em vista ser o único Tribunal responsável pelo 
controle das contas públicas do Estado. 
D É função do Tribunal de Contas emitir um parecer sobre as contas dos 
administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos 
da administração direta e indireta, ficando a cargo do Congresso Nacional o 
julgamento final. 
Resposta: A correta é a letra B. A letra A está errada porque as 
características apresentadas são de controle externo e não interno. A letra C 
está errada porque o controle privado não se caracteriza como um tipo de 
controle exercido pelo Tribunal de Contas, mas sim pelo povo, mesmo que 
mediado pelo Tribunal ou por instituições. E a letra D está errada porque 
conformeo artigo 71, II, da CF é atribuição do Tribunal de Contas julgar e 
não apreciar as contas dos administradores. 
Referências Bibliográficas 
CARNEIRO, Cláudio. Curso de Direito Tributário e Financeiro – 9. ed. – 
São Paulo: Saraiva Educação, 2020. 
PISCITELLI, Tathiane. Direito financeiro – 7. ed. rev. e atual. – São Paulo: 
ATLAS, 2021.

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