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Glicólise (Via Glicolítica)

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A glicólise é um processo bioquímico,
umas das etapas da respiração
celular , na qual ocorre quebra da
molécula de glicose proveniente da
alimentação , em moléculas menores
como o ácido pirúvico ou piruvato
liberando energia. 
A glicose é produzida a partir
de carboidratos da alimentação.
Os carboidratos mais
complexos tem de ser
convertidos em carboidratos
mais simples para que ocorra a
sua absorção e o transporte
no sangue.
Em geral as principais fontes
de glicose para o organismo é
o amido e o glicogênio, onde a
degradação destes ocorre
principalmente pela ação da
enzima pancreática alfa amilase
 
Entrada de glicose na célula
Em todas as células a glicose é
transportada através de
transportadores , de uma área de
maior concentração para uma de
menor concentração por meio da
difusão facilitada.
Existem dois mecanismos de
 
Transporte facilitado , mediado por
transportadores de membrana
específicos;
Co transporte com íons sódio.
 transporte de glicose através da membrana
celular :
O peso molecular das moléculas carregadoras
é de aproximadamente 45.000 .
 
Co-transporte de glicose juntamente com íons
sódio:
A glicose é transportada para dentro da
maioria das células contra um grande
gradiente de concentração. O mecanismo de
co-transporte esta presente na parte apical
da célula intestinal e túbulo proximal renal.
Tem a função de captar a glicose da dieta
para levar à corrente sangüínea e prevenir
da perda urinária da glicose. Este transporte
é independente da influência da insulina,
processo que é mediado por um
transportador, no qual o movimento da
glicose é acoplado ao gradiente de
concentração do sódio, que é transportado
para o interior da célula ao mesmo tempo.
 
 Difusão facilitada
Em todas as células a glicose é
transportada através de
transportadores, de uma área de
maior concentração para uma de
menor, por difusão facilitada
(exceção feita a célula intestinal e
túbulo renal) que é possível devida
as propriedades especiais de ligação
da proteína transportadora de
glicose (GLUT) da membrana. A
velocidade de transporte da glicose,
bem como de alguns outros
monossacarídeos, é acentuadamente
aumentada pela insulina. Quando o
pâncreas secreta grande quantidade
de insulina a velocidade de
transporte é aumentada em 10 a 20
vezes,em relação à velocidade
observada na ausência da secreção
de insulina.
 
GLUT 1: Hemácias, rins e cérebro.
GLUT2: Fígado e pâncreas, não
depende de insulina, mas o seu
transporte aumenta com a
presença desse hormônio.
GLUT 3: Neurônios e placenta.
GLUT 4: células musculares e
adiposas, dependente de insulina.
Glicólise é o metabolismo da glicose
para obtenção de energia. Quando os
níveis desse açúcar se elevam no
sangue, a insulina é liberada, para que
as células captem esse carboidrato
ao acionar os transportadores de
glicose (GLUT).
GLUT 5: parede do intestino delgado.
Armazenada: glicogênio, amido, sacarose.
Oxidada através da glicólise: piruvato.
Oxidada através da via das pentoses fosfatos
Glicólise anaeróbica: Ocorre na ausência de
oxigênio, produzindo dois moles de ATP por
molécula de glicose.
Glicólise aeróbica: Presença de oxigênio com
produção de 2 moles de ATP e 2 de NADH
Amido: nutriente derivado dos vegetais (maltose
e isomaltose)
Lactose: componente do leite(glicose e
galactose)
Sacarose:presente nas frutas (glicose e
frutose)
O metabolismo da glicose inicia pela captação
celular. Neste momento, elaé transformada em
glicose-6-fosfato, a qual já participa da
glicogênese, da glicólise e na via das pentose
fosfato. Logo, ela tem como principais destinos:
OBS1: Tipos de degradação da glicose.
Via Glicolítica
É a via metabólica, que ocorre no citosol,
responsável por quebrar a molécula de glicose nos
tecidos. É uma série de 10 reações que prepara a
glicose para o fornecimento de energia,
convertendo-a em piruvato. A via glicolítica pode
acontecer aerobicamente ou anaerobicamente.
Nesta, o rendimento é de apenas 2 moléculas de
ATP, enquanto a via aeróbica, o rendimento e de
cerca de 38 ATP, sendo muito mais vantajosa. Note
que a formação de piruvato a partir da glicose
pode ocorrer de forma anaeróbica, sendo
transformada em lactato (como nos músculos
lisos).
OBS: Principais fontes de carbono e energia para
a glicólise:
Carboidratos:
Glicose: produto da digestão do amido, sendo a
forma de carboidrato mais abundante nas células
do corpo.
Glicogênio: forma de armazenamento da glicose
nos animais, sendo classificado como um polímero
de glicose.
A via glicolítica está dividida em duas fases
distintas: fase de investimento (a glicose
transformada em gliceraldeído-3-P por meio de
 uma via em que não há ganho de ATP,
mas sim, uso de energia) e fase de ganho
de energia (gliceraldeido-3-P transformado
em piruvato, produzindo quatro moléculas
de ATP), tendo um rendimento geral de 2
ATP. 
Principal enzima de controle da via
glicolítica.
Catalisa a etapa comprometedora da via
glicolítica, que é a fosforilação da frutose-
6-fosfato a frutose 1,6-bifosfato.
Regulada por efetores alostéricos
negativos: ATP, citrato e íons hidrogênio
Regulada por efetores alostéricos
positivos: AMP e frutose-2,6-difosfato.
Catalisa a primeira reação da glicólise
É inibida pela elevação da concentração de
glicose-6-fosfato
A inibição da fosfofrutoquinase leva a
inibição da hexoquinase.
Enzimas Reguladoras da Glicólise
1. Fosfofrutoquinase:
2. Hexocinase
 
Não é inativada pela glicose-6-fosfato
Fornece glicose-6-fosfato para a
síntese do glicogênio
Proporciona ao cérebro e aos músculos
a primeira opção à glicose quando o seu
suprimento é limitado.
Quando o nível de glicose é baixo, o
glucagon dispara uma série de reações
de AMP cíclico fosforilando a piruvato
quinase diminuindo a sua atividade.
Atividade reduzida pela alta concentração
de ATP.
É um outro substrato da hexoquinase,
que pode dar preferência a ela,
formando 2-desoxiglicos-6-fosfato.
A 2-desoxiglicose-6-fosfato não é um
substrato da reação catalisada pela
fosfoglicoisomerase.
A 2-desoxiglicose-6-fosfato acumula-se
na célula e compete com a enzima.
 3. Glicoquinase: isoenzima da hexoquinase
presente no fígado.
4. Piruvato quinase
OBS: Defeitos nessas enzimas da via
glicolítica são muito raras, pois, é
incompatível à vida um indivíduo ser incapaz
de realizar a glicólise. Defeito na enzima
piruvato quinase, por exemplo, gera um
quadro de anemia hemolítica, pois ela está
relacionada com a ATPase que dá o aspecto
bicôncavo da hemácia.
Inibidores da Glicólise
1. A 2-desoxiglicose:
2. Reagentes sulfidrílicos: Inibem a glicerol-3-
fosfato desidrogenase.
3. Fluoreto: o anticoagulante fluoreto impede
que as hemácias consumam a glicose do
soro para análise, inibindo a enzima enolase
(impedindo que ocorra a via glicolítica),
evitanto a coleta de resultados errôneos,
diferentemente do anticoagulante EDTA.
 
 1. Quais os aspectos mais importantes a serem estudados nas vias metabólicas?
Substrato das vias, seus produtos, compostos necessários para manter a via
funcionando, compostos indispensáveis para que a via possa ser iniciada, passos
irreversíveis e mecanismos de regulação da via.
2. O que é a glicólise?
Quando uma molécula de glicose é quebrada em 2 moléculas de piruvato para
obtenção de ATP.
3. Qual o tipo de carboidrato da molécula de glicose e ela é convertida em qual
composto quando oxidada?
Monossacarídeo; 1,3-bifosfoglicerato.
4. Qual o rendimento da via glicolítica em termos energéticos?
A oxidação total da glicose libera uma quantidade de calor equivalente a 2870
KJ/mol,mas a conversão de glicose a piruvato libera aproximadamente 200 KJ/mol.
5. Onde ocorre a via glicolítica?
A etapa inicial, que consiste na conversão de glicose a piruvato, ocorre através de
uma sequência de reações denonimada glicólise, uma via metabólica que se processa
no citosol. A posterior oxidação do piruvato é feita no interior da mitocôndria.
6. Quais as coenzimas que participam da via glicolítica e qual a sua função?
NAD, FAD e ATP. São aceptores de hidrogênio.
7. Todas as reações são reversíveis dentro da via glicolítica?Não. A Fosforilação da glicose em glicose-6-fosfato,transformação de frutose-6-
fosfato em frutose-1,6-bifosfato e transformação de fosfoenolpiruvato em
piruvato são reações irreversíveis.(REAÇÕES IRREVERSÍVEIS: 1,3 e 10)
8. Quais as enzimas que participam da via glicolítica?
Hexocinase: Oxida a glicose em glicose-6-fosfato
Fosfo-hexose isomerase: Converte glico-6-fosfato em frutose-6-fosfato
Fosfofrutocinase:Converte frutose-6-fosfato em frutose-1,6-bifosfato
Aldolase:Converte frutose-1,6-bifosfato em gliceraldeído-3-fosfato e diidroxicetona-
fosfato
Triose-fosfato-isomerase: Converte a diidroxicetona-fosfato em gliceraldeído-3-
fosfato
Gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase: Converte gliceraldeído-3-fosfato em 1,3-
bifosfoglicerato
Fosfogliceratocinase:Converte 1,3-bifosfoglicerato em 3-fosfoglicerato
Fosfoglicerato-mutase: Transforma 3-fosfoglicerato em 2-fosfoglicerato
Enolase:Transforma 2-fosfoglicerato em fosfoenolpiruvato
Piruvatocinase:Converte fosfoenolpiruvato em piruvato
 
9. Quais as fases da via glicolítica?
Preparatória e de compensação.
10. Como ocorre a glicólise anaeróbica?
A oxidação da glicose e a produção de ATP estão associadas à redução de
NAD. Como o NAD existe nas células em concentrações limitantes, muito
inferiores às dos substratos, a manutenção do funcionamento da glicólise
depende da reoxidação do NADH. Os organismos regenaram o NAD através de
dois processos diferentes, segundo a disponibilidade de oxigênio. Em
anaerobiose, o próprio piruvato produzido pela glicólise serve como aceptor de
elétrons do NADH, sendo reduzido a lactato.

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