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Estética e Cirurgia Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Me. Paula Carvalho Revisão Textual: Prof. Me. Claudio Brites Cirurgias Estéticas Corporais • Cirurgias Estéticas Corporais. • Ter uma visão das principais cirurgias estéticas corporais; • Conhecer as complicações e a atuação estética no pré e no pós-operatório. OBJETIVOS DE APRENDIZADO Cirurgias Estéticas Corporais Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Cirurgias Estéticas Corporais Cirurgias Estéticas Corporais Atualmente, a busca pelo belo e pela forma ideal vem aumentando significati- vamente a procura de procedimentos estéticos e cirúrgicos com o intuito de um corpo harmonioso e saudável. Quem não tem vontade de mudar alguma coisa no seu corpo, não é verdade? A eficiência de uma cirurgia plástica não depende somente do seu planejamento cirúrgico, mas também da intervenção e dos cuidados pré e pós-operatórios, o que tem servido como fator preventivo de possíveis complicações e na promoção de um resultado estético mais satisfatório, bem como diminuição do tempo de recupe- ração após uma cirurgia. Acredita-se que os anseios, as vontades e os sentimentos relacionados à percep- ção e à forma corporal sejam os principais desencadeadores da procura por esse tipo de intervenção clínica, contudo, diferentemente de alguns anos atrás, o inte- resse pela alteração e mudança da aparência do corpo tornou-se objeto de desejo, sendo associado à obtenção de felicidade e melhora da autoestima. Provavelmente, quem procura um cirurgião plástico já tenha realizado algum tratamento estético. Se observamos essa informação, veremos que nosso contato prévio pode auxiliar o paciente na escolha da cirurgia, bem como prepará-lo para o procedimento. A importância da cirurgia plástica foi concretizada no século XX, após as duas grandes guerras mundiais e o elevado número de soldados desfigurados pelas le- sões oriundas dos conflitos. Desde então, os cirurgiões puderam aumentar suas experiências em técnicas de reparação de feridos. Daí em diante, a cirurgia plástica se expandiu em diversas esferas do âmbito so- cial e humanista, proporcionando alívio emocional aos indivíduos desfigurados sub- metidos à cirurgia reconstrutiva. A partir desse momento, houve uma mudança no olhar da comunidade médica e de órgãos de saúde sobre a realização de cirurgias plásticas também entre indivíduos não deformados. Pelo reconhecimento positivo, a intervenção cirúrgica passou a se tornar um procedimento eletivo, com finalidade primordialmente estética. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica considera a cirurgia plástica estética como procedimento utilizado para remodelar as estruturas normais do corpo, me- lhorando a aparência e autoestima do paciente. Por outro lado, a cirurgia plástica reparadora visa reparar estruturas anormais do corpo com o objetivo de melhoria da função orgânica tecidual. Além disso, busca proporcionar ao paciente uma apa- rência mais próxima do normal. A atuação estética é muito mais aplicada nas cirurgias estéticas do que nas repa- radoras, visando à melhora de edemas, cicatrizes, garantindo bem-estar, autoesti- ma e promovendo a saúde. 8 9 Um levantamento realizado pela International Society of Aeshetic Plastic Surgery (ISAPS) demonstrou que o Brasil se encontra em primeiro lugar no ranking mundial de procedimentos cirúrgicos de caráter estético. Segundo esse estudo, os números superam as cirurgias plásticas realizadas nos EUA, país que li- derou o ranking durante os últimos anos. Dentre os procedimentos cirúrgicos mais comumente realizados no mundo, encontram-se: implante de prótese de mamas (15,3%), lipoaspiração de abdômen (13,9%), blefaroplastia (cirurgia de páloebras) (11,9%), lipoescultura (9,1%) e rinoplastia (cirurgia de nariz (8,2%). O ato cirúrgico se constitui em uma agressão tecidual que, mesmo bem direcio- nado, pode prejudicar a funcionalidade desses tecidos. Embora pareça desnecessá- rio para alguns cirurgiões, o atendimento estético, pré e pós-operatório na cirurgia plástica é de extrema importância na reabilitação do cliente. Em alguns casos, o cliente nos é encaminhado tardiamente, o que pode influenciar no resultado final. Frente a isso, devemos cada vez mais nos aprimorar para que as técnicas aplicadas no pré e pós sejam precisas, bem direcionadas e realizadas com total profissiona- lismo, sempre prezando pela biossegurança, tão importante nesse período onde os tecidos não estão íntegros. O objetivo do tratamento pré-operatório é o de fortalecer os vasos sanguíneos e linfáticos da região a ser operada, desobstruindo possíveis congestionamentos, hidratar a pele para a melhor e mais rápida recuperação das incisões e processo cicatricial; no pós, os recursos manuais, eletroestéticos e cosmetológicos permiti- rão tratar edemas, drenando e descongestionando os tecidos, promovendo uma cicatrização mais rápida e de melhor qualidade. Por isso, em nossa videoaula serão apresentados protocolos para a preparação das cirurgias plásticas corporais. Importante! Longe da crise que afeta diversos setores da economia nacional, um levantamento da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) apontou que a busca por procedimentos para fins reconstrutores ou estéticos tem crescido a cada ano. Em comparação a 2014 – ano da publicação do último balanço –, as intervenções aumentaram em 23% para o primeiro caso e 8%, no segundo. Importante! Orientações da esteticista no pré e pós-operatório O papel da esteticista vai muito além do atendimento. Você pode contribuir de maneira efetiva desde a escolha do cirurgião, a preparação do cliente e entender seus verdadeiros anseios para a realização da cirurgia. A formação do médico e se ele pertence à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica é uma informação muito relevante que a cliente deve ter. Na consulta, devem ser sanadas todas as dúvidas, todos os procedimentos devem ser explicados, incluindo riscos, limitações, tempo de afastamento do trabalho e da vida social, bem como todos os investimentos, não só com a cirurgia, mas com cintas, curativos e atendimento estético. 9 UNIDADE Cirurgias Estéticas Corporais Essas informações elucidadasjuntamente com o currículo do médico escolhido minimizam erros que são cada dia mais apresentados na mídia, como profissio- nais não qualificados realizando técnicas em locais inadequados, bem como uti- lizando material de má qualidade, levando a alterações muitas vezes irreversíveis e até à morte. Cada procedimento tem sua particularidade, necessitando ou não ser realizado em centros cirúrgicos, às vezes em consultórios, mas sempre com equipamentos e medicamentos adequados caso ocorra, por exemplo, uma parada cardiorrespira- tória e, também, quando esses procedimentos forem realizados em locais que não têm Unidade de Terapia Intensiva (UTI), deve-se ter uma ambulância de prontidão. A escolha da anestesia ou da sedação sempre será exclusiva da equipe médica, que avaliará as condições clínicas do paciente, o tempo e a extensão da cirurgia. Aqui temos as principais: • Local com sedação: é comum em procedimentos pequenos e retoques; • Peridural: pode ser usada em qualquer cirurgia do pescoço para baixo e, normalmente, é aplicada com sedativos. A anestesia peridural para cirurgia plástica tem a vantagem de contribuir para a prevenção de tromboses. Além disso, profissionais mais experientes conseguem bloquear apenas o local que receberá a intervenção; • Raqui: é utilizada em cirurgias do abdômen para baixo, como de órgãos abdo- minais e membros inferiores, mas pouco usada nas cirurgias plásticas; • Geral: é um tipo de anestesia mais profunda, na qual há um coma induzido e se exige intubação, nela o paciente passa a ter a respiração controlada por um aparelho. Você pode orientar sua cliente através do seguinte site, para escolher o cirurgião. Disponível em: http://bit.ly/2KGpNeb E xp lo r Lipoaspiração A lipoaspiração ou lipossucção foi criada na década de 1980, é um procedi- mento cirúrgico que pode ser realizado com anestesia peridural ou raqui e geral. É uma cirurgia realizada através de pequenas incisões na pele, onde são introdu- zidas cânulas que aspiram a gordura localizada em pequenas regiões do corpo através de uma pressão negativa. No passado, utilizava-se o método seco, sem ne- nhuma introdução de infiltração de líquido, com isso ocorria intenso sangramento. Hoje em dia existem diversas técnicas modernas, em que se utilizam lasers, in- filtrados de soro e substâncias vasoconstritoras, cânulas mais finas, tudo para mini- mizar efeitos colaterais e diminuir os riscos. Dentre os riscos, o mais preocupante é 10 11 a perfuração dos órgãos, por isso a escolha de um cirurgião habilidoso e habilitado é essencial. Alguns itens devem ser levados em consideração para a realização das cirurgias estéticas em geral, e muitos deles estão relacionados com a história clínica do pa- ciente, mas, no caso da lipoaspiração, a quantidade de gordura aspirada é um fator muito importante, pois, se exceder o recomendado, o paciente poder ir a óbito, visto que perde-se muito líquido e sangue. O cliente ideal é aquele que não tem sobrepeso, que entende que não é um procedimento para emagrecer, e sim um procedimento para tornar o contorno corporal harmonioso. O volume de gordura aspirada não deve ultrapassar de 7% a 10% do peso corporal do cliente, embora isso não seja um consenso geral. Tipos de Lipoaspiração • Lipoaspiração tradicional úmida ou seca: Lipoaspiração “úmida” ou méto- do “hídrico” é um procedimento em que é infiltrado previamente uma solução composta por adrenalina, soro fisiológico e água destilada com o objetivo de facilitar a aspiração da gordura e diminuir o sangramento durante a passagem da cânula. Na seca é somente introduzir a cânula e aspirar, o que causa muito mais atrito e sangramento. • Vibrolipoaspiração: Consiste em uma cânula acoplada a um sistema vibrató- rio com o objetivo de diminuir o trauma no tecido adiposo e facilitar o trabalho do cirurgião. Ainda existem a lipoaspiração a laser e a ultrassônica, com o intuito de romper o adipócito e liquefazer a gordura, para que possa remover uma quantidade maior de tecido adiposo, sem muito sangramento. Importante! Os primeiros registros da história da cirurgia plástica na humanidade datam mais de dois mil anos antes de Cristo. Papiros vindos da Índia relatam técnicas rudimentares de re- construção de partes do corpo, principalmente de cirurgias do nariz, graças às mutilações que serviam como castigo para os hindus. Você Sabia? Dentre os sintomas que podem aparecer, podemos citar: • Contorno corporal irregular: Às vezes a quantidade aspirada não é simétrica e o tratamento estético no pós-operatório é imprescindível. Poderão ser reali- zados protocolos cosméticos para redução de medidas; • Depressões: Ocorre ou porque a quantidade aspirada foi excedente ou então pelo processo de fibrose, que falaremos mais a respeito; • Equimose e/ou hematoma: Decorrentes da lesão dos capilares venosos, com extravasamento de sangue. Poderá ser tratado com microcorrentes ou ultrassom; 11 UNIDADE Cirurgias Estéticas Corporais • Flacidez: Como o tecido adiposo é o coxim de sustentação da pele, quando ele é aspirado, pode-se gerar uma flacidez tissular, ou seja, o tecido perde seu recheio e a pele “sobra”, sendo também uma complicação que pode ser atenu- ada com recursos eletroestéticos, como a radiofrequência; • Fibrose: Muito comum na lipoaspiração, é uma alteração do processo de ci- catrização onde o tecido não se repara da forma fisiológica, gerando muito colágeno e matriz extracelular, dando um aspecto endurecido ao tecido, com depressões visíveis. Essa alteração também podemos tratar. Percebe como é importante o trabalho estético no pré e pós-operatório? Por isso também conhecer as cirurgias e suas possíveis complicações fará toda a diferença na hora da escolha da melhor técnica de atuação. Pode ser atenuada com ultrassom e mobilização tecidual. Fibrose pós-lipoaspiração: http://bit.ly/2NIz9uv Ex pl or • Seroma: Acúmulo de líquido abaixo da pele, próximo à cicatriz cirúrgica. Esse acúmulo de líquido é mais comum após cirurgias em que houve corte e manipulação da pele e do tecido gorduroso, como após cirurgias plásticas. Na maioria dos casos, é necessário que o médico faça uma punção, mas a drena- gem pode auxiliar também. Figura 1 – Seroma pós cirúrgico Fonte: Getty Images A dor estará presente também no pós-operatório, o cliente deverá utilizar cinta compressiva por pelo menos 60 dias e também uma espuma para não “dobrar” o abdômen. Também são recomendadas roupas confortáveis que não marquem, alguns médicos utilizam curativos elásticos, esses previnem muito a fibrose e são colocados no centro cirúrgico, e a drenagem nesse caso deve ser feita a seco, sobre o curativo. 12 13 Figura 2 – Hematoma decorrente da cânula de aspiração Fonte: Getty Images Al gumas complicações são consideradas muito graves como: • Embolia Pulmonar: Quadro grave que pode levar à morte; • Embolia Gordurosa: Menos frequente, porém grave; • Perfurações: A perfuração das vísceras pode levar a quadros de infecção, à septicemia e morte do cliente após o procedimento. Nesses casos, o tratamento é exclusivamente médico. Abdominoplastia Figura 3 – Antes e depois abdominoplastia Fonte: Getty Images 13 UNIDADE Cirurgias Estéticas Corporais A abdominoplastia ou dermolipectomia é uma técnica cirúrgica para correção de excessos de pele, ou seja, flacidez tissular e pitose, e pode também ter a cor- reção da musculatura, quando ocorre a diástase, ou seja, o afastamento do ventre do músculo reto abdominal. As indicações mais comuns são: gestações múltiplas, adiposidade com flacidez, obesidade seguida de grande emagrecimento, abdômen estriado, sequelas de abdominoplastias anteriores. Na dermolipectomia abdominal, realiza-se retirada de retalho cutâneo e gordura da região inferior do abdômen, de maneira que o retalho do abdômen superior recobre toda extensão abdominal. Também é realizada plicatura do músculo reto abdominal, o que proporciona aproximação dos músculos oblíquos e promoveacinturamento. A incisão é supra púbica, prolongando bilateralmente até os ossos ilíacos haven- do uma transposição do umbigo, podendo haver a correção da diástase através de plicatura da aponeurose dos músculos abdominais. Passo a passo da abdominoplastia: http://bit.ly/32fxsYB Ex pl or O resultado estético desse procedimento dependerá das proporções que o ab- dômen manterá com o resto do tronco e dos membros. Também poderá haver redução de peso pela retirada de excesso de pele e tecido adiposo, muito embora os abdomens que apresentam os melhores resultados são aqueles em que se fazem as menores retiradas, onde o paciente também se encontra em boas condições nu- tricionais e que não tem um grande sobrepeso ou obesidade presentes. Após o procedimento, o paciente fica com um dreno aspirativo externo com o objetivo de extravasar os líquidos intercelulares excedentes. O tempo de permanên- cia é estabelecido pelo cirurgião. Figura 4 – Abdominoplastia e dreno Fonte: rbcp.org.br 14 15 No quadro pós-operatório, observam-se várias alterações, consideradas normais nesse tipo de procedimento: • Dim inuição da expansibilidade torácica com respiração apical, ou seja, a respi- ração fica curta, em decorrência da plicatura; • A sensação de ardência na incisão e de repuxamento abdominal também está presente, pois a quantidade de pele (retalho) é menor do que se estava habi- tuado, e existe a tração da cicatriz. Por esse motivo, por ao menos 15 dias, o paciente ficará com os joelhos, quadril e tronco flexionados; • Com essa posição álgica, a dor e o receio da cicatriz abrir, é normal contratura muscular, edema e equimose na região abdominal. Todos esses sintomas podem ser atenuados com a DLM. Podem existir ainda complicações, são elas: • Seroma: devido ao amplo descolamento do retalho abdominal, necessitando de punção aspirativa e curativo de tensão (micropore ou outra faixa elástica); • Lipólise: no caso de tecido adiposo denso, há eliminação de líquido amarelado pela cicatriz. Quando o médico liberar, pode-se realizar drenagem; • Necrose: nesse caso, o processo de cicatrização está passando por morte ce- lular – necessita de acompanhamento médico; • Hematoma: será atenuado com drenagem e microcorrentes; • Infecção: contraindicado qualquer tratamento estético enquanto a mesma não cessar; • Deiscência de sutura: alteração cicatricial, pode-se utilizar microcorrentes e alta frequência; • Hipertrofia cicatricial: a cicatriz fica espessa, avermelhada – veremos mais sobre esse assunto em outra unidade. • Tromboembolia: causa mais comum nos casos de óbito após o procedimento. DLM: drenagem linfática manual. Dermolipe: dermolipectomia ou abdominoplastia. Lipo: lipoaspiração. Plicatura: amarração do reto abdominal. Edema: inchaço. Equimose ou hematoma: mancha roxa. Posição álgica: posição de dor. Ex pl or 15 UNIDADE Cirurgias Estéticas Corporais Ginecomastia É uma hipertrofia e hiperplasia benigna da glândula mamária masculina, onde a mesma aumenta de volume, apresentado forma arredondada. A maior ocorrência é na fase infanto puberal entre 13 e 16 anos. Seu tratamento é indicado quando causa dor, constrangimento e desconforto emocional. O objetivo da cirurgia é remover o tecido mamário extra, restaurar o formato da mama masculina com cicatriz mínima, que pode ser periareolar ou transareolar, com ou sem lipoaspiração. Caso a ginecomastia seja apenas adiposa, pode ser realizada somente a lipoaspiração. O sintomas são dor, equimose e edema. Antes e depois de ginecomastia: http://bit.ly/32nq4L5 Ex pl or Cirurgia íntima A genitália feminina tornou-se objeto de pesquisa de diversas áreas da ciência e tem se tornado território tão “tecnologizado” quanto o próprio corpo, configuran- do-se como lugar de múltiplas intervenções. A Ninfoplastia ou a Labioplastia é um procedimento simples e rápido, que con- siste na abordagem cirúrgica e estética da região íntima da mulher. O aprimora- mento e o modelamento da assimetria dos lábios menores, assim como do tecido redundante da vulva, são os principais objetivos da técnica proposta. Na atualidade, a cirurgia vaginal cosmética tem ganhado ampla aceitação e am- plo desenvolvimento, tornando-se um procedimento popular e abertamente divul- gado, decorrência dos benefícios e excelentes resultados obtidos com uma técnica bem depurada. Amplamente divulgado na mídia como “rejuvenescimento genital”, compreende diversos aspectos, desde a alteração funcional e estrutural até o apri- moramento da aparência estética da genitália feminina. Essa abordagem engloba uma série de procedimentos de caráter cirúrgico: Entre os procedimentos mais comuns, a redução do monte de vênus, vulvoplastia, vaginoplastia, perineoplastia e himenoplastia. Dentre essas, a que a estética mais atua é no pré e pós-operatório da redução do monte de vênus. No pré, são realizados protocolos para redução da gordura locali- zada; e no pós, drenagem linfática. A técnica cirúrgica utilizada é a lipoaspiração. Implantes de silicone Dentre os implantes, podemos citar os implantes de peitoral, implantes glúteos e, os mais comuns, implantes mamários. 16 17 Os implantes de peitoral são indicados para homens que querem simular a hi- pertrofia do musculo peitoral, ou seja, aparentar um peitoral definido. A colocação é feita na região axilar (incisão transaxilar) e a via de colocação infra muscular. Os sintomas são os mesmos da ginecomastia, além do processo cicatricial. A co- locação da prótese é através de uma incisão no sulco inter glúteo logo abaixo do cóccix e abaixo da musculatura glútea. Os sintomas também são equimose, edema e dor, havendo ainda a possibilidade de contratura, pois, como é um corpo estranho, o organismo pode rejeitar e assim formar uma cápsula fibrosa ao redor da prótese, que por vezes fica endurecida demais, levando a um quadro álgico. Importante enfatizar para o paciente que ele jamais poderá tomar injeção nessa região. O tratamento estético é a DLM. O p erfil de um implante é a medida de sua altura, ou seja, sua projeção a partir da base da prótese. Essa medida é responsável pela projeção da mama para frente. Algumas marcas disponibilizam quatro perfis diferentes: perfil baixo, perfil modera- do, perfil alto e perfil extra alto. Hoje em dia, utiliza-se prótese com revestimento texturizado que apresenta uma superfície porosa, a qual evita o aparecimento de encapsulamento com redução de possibilidades de contratura, não tendo necessidade de mobilização da prótese – o que antigamente era indicado pois os implantes eram lisos. As próteses podem ser redondas, cônicas e em gota, a região de incisão pode ser infra mamária, periareo- lar ou axilar, além disso podem ser colocadas na frente ou atrás do músculo peito- ral. Todas essas particularidades devem ser avaliadas pelo cirurgião e pelo paciente, pois elas influenciarão no resultado. Figura 5 – A prótese pode ser colocada atrás ou a frente do músculo peitoral Fonte: Getty Images Dentre os sintomas mais comuns, podemos citar: • Edema e dor nos membros superiores, dependendo da via de colocação; • Movimento dos braços limitados, devendo evitar elevar os mesmos acima de 90 graus pelo menos por 30 dias; • Sensação de pressão e desconforto nas mamas; • Alteração de sensibilidade temporária, podendo permanecer até 6 meses. 17 UNIDADE Cirurgias Estéticas Corporais Todos esses sintomas são atenuados pela DLM e com compressas com loções descongestionantes geladas. Além disso, podemos sempre considerar a possibilidade de seroma, hematoma e estrias. A assimetria é natural nos primeiros meses, visto que as mamas já são assimétricas e, na maioria dos casos, os tamanhos das próteses são diferentes, mas o tecido se acomodará. Ainda podemos ter a contratura capsular, embora não seja tão comum, pois as próteses modernas são texturizadas. Antigamente, elas tinham um tempo de dura- ção; hoje em dia, contudo, podem ficar por décadas, embora sempre com acom- panhamentomédico através de exames de imagem como mamografia, ultrassom, tomografia e ressonância, dependo da indicação. Amamentar também não é um problema para quem tem prótese mamária. Voltando a falar da contratura, ela é definida como uma cicatrização esférica secundária a alterações celulares e morfológicas da cápsula que envolve a prótese mamária, resultando em uma mama endurecida, distorcida e, em alguns casos, do- lorosa. Muitos fatores locais estão envolvidos na sua produção, como uma resposta inflamatória exacerbada e/ou prolongada, trauma, hematoma, infecção, vazamento de silicone da prótese, entre outros fatores ainda desconhecidos. A contratura capsular é classificada em graus, que variam de I a IV. Seu diag- nóstico é eminentemente clínico, no entanto, exames de imagem como ultrassom, tomografia computadorizada e ressonância magnética podem colaborar. Algumas medidas são consideradas importantes na prevenção da contratura cap- sular, como o uso de antibióticos sistêmicos ou então esteroides ou antibióticos na região onde foi instalada. Próteses texturizadas, como já falamos, também diminuem esse processo, implantação da prótese em plano subpeitoral, dreno de sucção, mas- sagem da mama e administração de vitamina E – deixando claro que a massagem na mama ou drenagem só podem ser realizadas com consentimento médico. De acordo com a gravidade da contratura, o tratamento pode ser cirúrgico (cap- sulotomia ou capsulectomia, com reposicionamento da prótese), farmacológico (como instilação intracapsular de esteróides) ou, ainda, realizado a partir da utiliza- ção de métodos como acupuntura, entre outros. Alterações decorrentes da contratura muscular: http://bit.ly/32hSshk Ex pl or 18 19 Mastopexia e Redução de Mamas A mastopexia é uma cirurgia de reposicionamento das mamas, com o intuito de tratar ptose e flacidez. Na maioria dos casos, ela vem associada com a colocação de prótese, pois, quando se retira o excesso de pele, pode ter pouco tecido e então as mamas ficariam com pouco volume. Geralmente quando se tem a hipomastia mais a ptose, o uso da prótese é o mais indicado para se obter os melhores resultados. Todos os sintomas e complicações são os mesmos descritos nas outras cirurgias de mama. Já a redução de mamas é uma das cirurgias mamárias mais agressivas, pois ge- ralmente há a necessidade de cicatriz em formato de T, onde a incisão é realizada na região infra mamária e verticalmente, e na região periareolar, pois há a neces- sidade de ajustar o tamanho da aréola ao tamanho da mama. Em alguns casos, a região periareolar pode apresentar diminuição da sensibilidade e problemas de cicatrização, visto que a vascularização da área precisa ser integralmente recupe- rada. Complicações como deiscência, hipertrofia e alargamento podem ocorrer, e veremos mais sobre isso na nossa videoaula. Até aqui então falamos das principais cirurgias corporais, na videoaula teremos mais algumas complicações e um protocolo para o pré-operatório, reforçando ain- da mais nosso papel nas cirurgias estéticas. Esperamos você, até breve! Estas são os tipos de cicatriz usualmente utilizadas nas cirurgias de redução das mamas: http://bit.ly/32hsQBl Ex pl or 19 UNIDADE Cirurgias Estéticas Corporais Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Cirurgia Plástica Volume Dois: Estética WARREN, R. Cirurgia Plástica Volume Dois: Estética. Elsevier Brasil, 2015. Leitura Ranking das cirurgias plásticas http://bit.ly/2KoWRag Anestesia para Cirurgia Plástica: as Verdades Sobre a Importância Deste Procedimento que Nunca Contaram a Você http://bit.ly/2KoXcK4 Ninfoplastia em estrela: técnica para redução dos pequenos lábios vulvares DAHER, M. et al. Ninfoplastia em estrela: técnica para redução dos pequenos lábios vulvares. Rev. bras. cir. plást, v. 30, n. 1, p. 44-50, 2015. http://bit.ly/2KsM6Un 20 21 Referências ATLAS DO CORPO HUMANO. v. 3. São Paulo: Ed. Abril, 2009. COELHO, F. D.; CARVALHO, P. H. B.; PAES, S. T.; FERREIRA, M. E. C. Cirurgia plástica estética e (in) satisfação corporal: uma visão atual. Rev. Bras. Cir. Plást., v. 32, n. 1, p. 135-140. 2017. Disponível em: <http://www.dx.doi.org/10.5935/2177- 1235.2017RBCP0019>. Acesso em: 24 mar. 2019. DAHER, M.; MUÑIZ, A. R.; DAHER, A; C.; VANZAN, K.; MONTEIRO, G.; MACIEL, J. et al. Ninfoplastia em estrela: técnica para redução dos pequenos lábios vulvares. Rev. Bras. Cir. Plást., v. 30, n. 1, p. 44-50. 2015. Disponível em: <http://www.rbcp.org.br/details/1598/pt-BR> Acesso em: 23 mar. 2019. GOMES, R. K. Cosmetologia: descomplicando os princípios ativos. São Paulo: Livraria Médica Paulista Editora, 2009. GUIRRO, E. l.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermato-funcional. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Manole, 2004. LANGE, A. Fisioterapia dremato-funcional aplicada à cirurgia plástica. Curitiba: Vitória Gráfica & Editora, 2014. MACEDO, A. C. B; OLIVEIRA, S. M. A. atuação da fisioterapia no pré e pós- operatório de cirurgias plásticas corporais. Uma revisão da literatura. Caderno da escola de saúde Curitiba, v.1, n. 4, p. 185-201, 2010. MEJIA, M. P. D; SILVA, A. L. A Importância da Drenagem Linfática Manual no Pós-Operatório de Lipoaspiração e Abdominoplastia. [s.d.]. Disponível em: <http://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/39/05_-_A_ImportYncia_ da_Drenagem_LinfYtica_Manual_no_PYs-OperatYrio_de_LipoaspiraYYo_e_ Abdominoplastia.pdf>. Acesso em: 24 mar. 2019. SAN TOS, M. A. G.; BOGGIO, R. F.; CARLUCCI, A. R.; MOTOKA, E.; ALBANO, A. M. Prevenção e tratamento da contratura capsular após implantação de prótese mamária. Rev. Bras. Cir. Plást., v 25, n. 2, p. 304-308. 2010. Disponível em: <http://www.rbcp.org.br/details/591/pt-BR>. Acesso em 23 mar. 2019. SILVA, Marcelle Jacinto da; PAIVA, Antonio Cristian Saraiva; COSTA, Irlena Maria Malheiros da. A vagina pós-orgânica: intervenções e saberes sobre o corpo feminino acerca do “embelezamento íntimo”. Horiz. antropol., Porto Alegre, v. 23, n. 47, p. 259-281, Apr. 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S0104-71832017000100259&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 23 mar. 2019. 21
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