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TECIDO CONJUNTIVO Milena Gava - HISTOLOGIA - AULA DIA 02/03 ✽ CARACTERÍSTICAS GERAIS · Poucas células; · Células afastadas; · Muita substância intercelular; · Não possuem camadas; · É ricamente vascularizado; · Fornece nutrição para os epitélios (lâmina própria); · Encontra-se abaixo da lâmina basal; · Originado a partir de células mesenquimais (mesoderma); · Produz fibras · colágenas = estroma, tendões, aponeuroses, cápsulas e meninges; · elásticas · reticulares; · Produz substância fundamental; · Divide-se em três subgrupos: · Tecido conjuntivo Propriamente dito; · Tecido conjuntivo de Propriedades especiais (Sanguíneo e adiposo); · Tecido conjuntivo de Suporte (cartilaginoso e ósseo); ✽ FUNÇÕES · sustentação do corpo; · preenchimento visando a manutenção da forma do corpo; · fornecimento de energia; · defesa; · nutrição dos tecidos. ✽ ESTRUTURA · células · fibras · substância fundamental: · é viscosa; · altamente hidrofílica; · formada de macromoléculas aniônicas (proteoglicanas e glicosaminoglicanas) e glicoproteínas multiadesivas (laminina e fibronectina), que se ligam a integrinas (proteínas de membrana celular). ✽ CÉLULAS DO CONJUNTIVO · Origem de células mesenquimais; ✽ TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO ✽ CÉLULAS FIXAS DO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO · FIBROBLASTO · O fibroblasto é a célula mais comum do tecido conjuntivo. · É uma célula polarizada, com o núcleo numa extremidade e citoplasma bastante longo. · Nas áreas de reparação, aumenta o seu número por mitose. · Sintetiza glicoproteínas e proteoglicanos da matriz, produz colagenase e pode fagocitar fibrilas de colágeno. · Parece ter papel importante na contração do tecido de granulação das feridas. · Produzem diferentes tipos de colágeno, elastina, proteoglicanas, glicosaminoglcanas, glicoproteínas multiadesivas, e fatores de crescimento que controlam tanto a proliferação quanto a diferenciação celular. · COLÁGENO · Estrutura fibrilar em tripla hélice – três cadeias (alfa) torcidas e enroladas entre si · Sequência típica de aminoácidos: 35% glicina; 12% prolina; 10% hidroxiprolina/hidroxilisina: sequência - Gly-X-Y; • · Diferença entre as cadeias alfa originam os diferentes tipos de colágeno: + de 25 tipos de colágeno: rigidez, elasticidade, força de tensão variáveis · TIPOS DE COLÁGENO: · Colágenos que formam fibrilas – tipos I, II, III, V e XI (nem todo colágeno forma fibrila). Entretanto I e III chegam a fibra e apenas I chega a feixe (conjunto de fibras) · tendão, cartilagem, derme, osso; Obs: o colágeno tipo 1 (90% de distribuição) é o mais amplamente espalhado · Colágenos associados a fibrilas fazendo ligação das fibrilas com outras estruturas da matriz extracelular (não precisam, necessariamente, formar fibrilas) – tipos IX, XII, XIV, XVI, XIX, XX e XXI – COLÁGENOS FACIT · O colágeno tipo IX se associa com o tipo II · O colágeno tipo XII se associa com o tipo I · Colágeno que forma rede – tipo IV - lâmina basal; · Colágeno de ancoragem – tipo VII (se ligam ao tipo I ou III presente abaixo dos epitélios ancorando à lâmina basal) · Colágeno transmembrana - tipo XIII e XVII - hemidesmossomos COLÁGENO TIPO I · pele, osso, tendões, ligamentos, fáscias, dente, córnea, cápsula de órgãos, pericôndrio e cartilagem fibrosa; · forma fibrilas, fibras e feixes; · servem para tensão; · a sua tripla hélice está formada por duas cadeias alfa-1 e uma alfa-2; COLÁGENO TIPO II · cartilagens · forma fibrilas COLÁGENO TIPO III · tecidos fetais; · estroma de órgãos e glândulas; · órgãos linfóides e hematopoiéticos; · cora por prata; · forma fibrilas e fibras = FIBRAS RETICULARES COLÁGENO TIPO IV · membrana basal dos epitélios, vasos e célula muscular lisa; · não forma fibrilas; · formam redes; COLÁGENO TIPO VII · membrana basal dos epitélios; · formam fibras de ancoragem; · A associação das cadeias alfa forma o tropocolageno (erroneamente, chamado e confundido de colágeno). Numa cadeia alfa, a sequência preferencial de aminoácidos é Gly – X – Y onde X, normalmente, é uma prolina e Y, normalmente, é uma hidroxiprolina (glicina e prolina são os aminoácidos mais comuns das cadeias alfa do tropocolágeno). Ex: Gly-Pro-Hidroxiprolina-Gly-Pro-Lys.1/3 da cadeia do tropocolágeno é formado por glicina. · A glicina permite a torção em hélice da cadeia de colágeno, permitindo sua formação. As anomalias relacionadas são devido à falta de glicina ou da torção da cadeia que provoca sua destruição. · SÍNTESE DE COLÁGENO · PRÉ PRÓ COLÁGENO = proteína sinal na extremidade de cada hélice do colágeno, que é retirada depois; não está enovelado; · PRÓ COLÁGENO = têm ptn sinal que não permite que ele se agregue; perde a 2º sequência sinal pela pró colágeno peptidase; vira → tropocolágeno; · VITAMINA C = auxilia na hidroxilação de aminoácidos p organização e formação de pontes de H e ligações covalentes; ex: prolina e lisina; · TROPOCOLÁGENO = RESUMO: · Tradução do RNAm no RER em cadeia alfa; · A cadeia alfa têm dois sinais; pré pró colágeno: · 1º ptn sinal é clivada (dentro do RE) quando acaba de produzir ela; · hidroxilação dos aminoácidos prolina e da lisina - dependem da vitamina C → hidroxilisina e hidroxiprolina; para que a cadeia alfa se ligue a mais duas cadeias alfas; · depois → glicosilação dessas cadeias alfa - galactosil, galactose... ; · Vira pró colágeno = as 3 cadeias alfa se enovelam e o formam; · RE → Golgi → Extracelular · Pró colágeno é exocitado; · A 2ª sequência sinal é clivada pela pró colágeno peptidase; · Viram 1 molécula de tropocolágeno (unidade básica da fibra colágena) 2 moléculas podem se organizar · Tropocolágeno = cada molécula é formada por uma tripla hélice com 3 cadeias alfa, 2 alfa-1 e 1 alfa-2; · A fibra colágena só se forma com a associação de várias moléculas de tropocolágeno por meio de ligação covalente; · a organização é catalisada pela lisil oxidase; no meio externo; · a organização faz com que as fibrilas sejam estriadas; · Formando a fibrila colágena · Conjunto de fibrilas = colágeno · MIOFIBROBLASTO · ADIPÓCITO · PERICITO · MASTÓCITOS · presentes em grande quantidade nos tecidos conjuntivos da pele, intestinos, pulmões, gengiva e outros órgãos. · Características morfológicas: · Célula grande e globosa; · Núcleo central, difícil visualização; · Membrana: receptores para IgE → ligação do antígeno com a IgE ocorre um influxo de cálcio citoplasmático e os grânulos de histamina e heparina são liberados (degranulação) = ação anticoagulante e vasodilatadora = edema; · Citoplasma repleto de grânulos - Histamina (vasodilatação e passagem de células com mais facilidade do sangue para o conjuntivo) - GAG sulfatada (Heparina - impede a coagulação do sangue - ou Condroitin Sulfato) · Fator quimiotático de eosinófilo = são Proteases neutras; atraem os eosinófilos na reação alérgica; · Os mastócitos provavelmente se originam de precurssores da medula óssea. A liberação dos grânulos pode ocorrer por mecanismos inespecíficos (48/80, trauma, água destilada), ou através da IgE. · Mecanismo de secreção dos mastócitos: · MACRÓFAGO · O Sistema Mononuclear Fagocitário (S.M.F) é formado pelos macrófagos que colonizam os vários órgãos e tecidos, como baço e fígado. Como estão difusos em vários tecidos, é praticamente impossível depletar totalmente um animal de macrófagos. · Os macrófagos se originam dos monócitos do sangue, e dependendo de suas características recebem várias denominações. É o monócito que migrou para os tecidos, ficando mais ativado. · Torna-se maior, citoplasma mais abundante, com mais mitocôndrias, lisossomos, maior capacidade de fagocitose e núcleo arredondado ou oval. · O macrófago tem papel central nas reações imunológicas, processando e apresentando antígeno aos linfócitos. · Quando ativado o macrófago sofre modificações ficando maior, com mais mitocôndrias, lisossomos e maior capacidade de fagocitose. · O macrófago tem receptores para C3b, Fc da IgG, Fc da IgM. · Produz proteases (colagenase, elastase), PG, Leucotrienos (LT), IL-1 e TNF. · As células de Langerhansdo tecido epitelial, como os macrófagos, são apresentadoras de Ag, mas não fagocitam. · Sistema Mononuclear Fagocitário (S.M.F) · MACRÓFAGOS: tecido conjuntivo · MONÓCITO: sangue · MICRÓGLIA: sistema nervoso · destroem antígenos que atravessam a barreira hematoencefálica; · OSTEOCLASTO: tecido ósseo · CÉLULA GIGANTE MULTINUCLEADA: tecido conjuntivo · Resultante da fusão de macrófagos em algumas inflamações, como paracoccidioidomicose e nas respostas a corpos estranhos. · Na TUBERCULOSE, a célula multinucleada tem características particulares, sendo chamada de célula de Langhans. · Também são derivados dos macrófagos o osteoclasto e seus similares, dentinoclasto e cementoclasto. · CÉLULA DE KUPFFER: fígado · macrófagos que recobre os sinusóides hepáticos; ✽ CÉLULAS TRANSITÓRIAS NO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO · Células do conjuntivo que se originam em outros locais, circulam no sangue e migram para o estroma; · Origem das células do sangue é mesodérmica; · PLASMÓCITO · São derivados de linfócitos do tipo B que durante uma resposta imunitária reconheceram antígenos e receberam instruções para se diferenciarem em plasmócitos. · Por diapedese saem do vaso sanguíneo e vão se localizar no tecido conjuntivo com aumento citoplasmático; · São células esféricas ou ovóides, cujo citoplasma é habitualmente basófilo em virtude da presença de grande quantidade de REG. · São células que sintetizam e secretam ativamente grandes quantidades de imunoglobulinas de várias classes, também chamadas genericamente de anticorpos. Núcleo esférico deslocado do centro da célula com grumos grandes de heterocromatina. · Às vezes estes grumos se localizam na periferia do núcleo dando a este um aspecto que é comparado a rodas de uma carroça. · Frequentemente é observada em plasmócitos é um halo mais claro entre o núcleo e o restante do citoplasma. Trata-se da região do complexo de Golgi. · · LEUCÓCITO · Glóbulos Brancos que circulam na corrente sanguínea; · Deixam a corrente sanguínea durante a inflamação, após invasão por elementos estranhos e devido a respostas imunológicas, para desempenhar diversas funções; · Migram do sangue através das paredes dos capilares e vênulas e vão para os tecidos conjuntivos; · Leucocitose · aumento do número de leucócitos no sangue; · fase aguda de uma doença; · tipo de leucócito aumentado dá uma ideia o que está acontecendo com o paciente; · Leucopenia · diminuição do número de leucócitos no sangue; · fase crônica de uma doença; · geralmente associada a uma quantidade menor de plaquetas · LINFÓCITO · B e T = Produzem respostas imunitárias específicas, pois ambos são estimulados a partir de epítopos de antigénio específico. Neste caso, formam populações monoclonais específicas para atacar o antigénio em questão; · Linfocitose · alta quantidade de linfócitos no sangue; · virose; tuberculose; toxoplasmose; coqueluche, mononucleose; · associada a anemia; · Linfocitopenia · baixa quantidade de linfócitos no sangue; · fase aguda; · CÉLULAS NK · São parte da imunidade celular mediada. · Eles podem atacar a célula hospedeira. · Células NK tem parte importante no sistema imune inato e papel principal na defendendo-se de hospedeiros tanto em tumores como em infecções virais. · Células NK distingue células infectadas e tumorosas de uma normal por reconhecimento de alterações em molécula de superfície chamada de MHC - classe I (Complexo principal de histocompatibilidade). · As células NK são ativadas por citocinas chamadas interferons(perforinas) ao tocarem a membrana da célula; · Ativadas, as células NK liberam grânulos citotóxicos que destroem as células hostis. · Elas são chamadas de "natural killer" por causa da noção inicial que elas não necessitavam de ativação primária para matar células · LINFÓCITO B · Se forma na medula óssea e amadurecem lá mesmo; · caem direto na corrente sanguínea; · Resposta imunitária humoral; · Produzem imunoglobulinas, chamadas de anticorpos, contra antígenos estranhos; · Produz plasmócito; · Para serem ativados, outras células como por exemplo o macrófago lhe apresentam fragmentos de antígenos. · Os linfócitos B ativados se transformam em plasmócitos (modalidade de defesa chamada Imunidade Humoral. · Não formam clones. · Cada vez que detectam a presença de agentes com antígenos estranhos, transformam-se inicialmente em células maiores chamadas plasmoblastos. · Estas, então, passam a formar centenas de células chamadas plasmócitos. · Cada plasmócito produz e libera na circulação, a cada segundo, milhares de moléculas proteicas de imunoglobulinas. · As imunoglobulinas são especificamente formadas com a capacidade de detectarem e aderirem-se a cada estrutura portadora daqueles mesmos antígenos detectados por suas células produtoras · LINFÓCITO T · Se forma na medula óssea e migram para o timo para amadurecerem; · Auxílio ao sistema imunitário e resposta imunitária celular; · Destrói pessoalmente organismos estranhos ou células infectadas; · Linfócitos CD8+, T8, Tc ou Citotóxicos: · destroem as células infectadas por apoptose · Linfócitos CD4+, T4, Th ou Auxiliares (T helper): · São os intermediários da resposta proliferando após o contato com o antígeno para ativar outros tipos de células. Th1 e Th2 (supressores e reguladores). · · MONÓCITO · Precursor dos macrófagos; · São os maiores leucócitos observados em esfregaços de sangue. · Leucócito do sangue; · Têm núcleo ovóide em forma de rim ou ferradura localizado na periferia do citoplasma. O núcleo é mais claro do que o dos linfócitos. · Grânulos azurófilos muito delgados estão presentes no citoplasma. · São células precursoras do sistema mononuclear fagocitário, pois representam uma fase na maturação das células mononucleares fagocitárias provenientes da medula óssea. Da medula óssea, estas células passam para o sangue por alguns dias; ao saírem dos capilares e vênulas, penetram em órgãos ou tecidos nos quais irão diferenciar-se em macrófagos. · Os macrófagos teciduais participam da fagocitose de bactérias e outros detritos teciduais e permanecem mais tempo no local da inflamação. · O monócito-macrófago também atua em respostas imunes ao concentrar antígenos e apresentá-los aos linfócitos. · Monocitopenia · diminuição na quantidade de monócitos; · doenças autoimunes; · Monocitose · aumento da quantidade de monócitos; · leucemia... · BASÓFILO · De modo semelhante aos mastócitos, liberam agentes farmacológicos pré-formados e recém-sintetizados que iniciam, mantêm e controlam o processo inflamatório. · Nos tecidos; · NEUTRÓFILO · Constituem-se na 1ª linha de defesa do organismo, tendo intensa atividade fagocitária. · Fagocitam e digerem bactérias nas áreas de inflamação aguda, o que resulta na formação de pus, um acúmulo de neutrófilos mortos e resíduos; · Quando migram, fagocitam ou morrem, liberam enzimas lisossomais potentes que causam destruição das bactérias e dos componentes teciduais. · A ação bactericida é feita através de peróxidos e substâncias não oxidantes, como a lisozima. · Substâncias oxidantes como o Peróxido de hidrogênio, H2O2, HOCl (ác. hipocloroso), o Cl (hipoclorito) são importantes nos mecanismos bactericidas. · Neutropenia · baixa quantidade de neutrófilos; · nas infecções virais, vêm associadas à uma linfocitose; · Covid-19 é uma virose que vem acompanhada de linfopenia; · Desvio a esquerda · aumento de células jovens; · Desvio a direita · EOSINÓFILO · núcleo bilobulado e muitos grânulos citoplasmáticos · 2 Funções: · Fagocitose e destruição dos microrganismos ingeridos; · Liberação de grânulos citoplasmáticos contra microrganismos maiores, que não podem ser fagocitados (vermes) - participação em reação alérgica · Atraídos para as áreas de inflamação por fatores quimiotáticos para leucócitos. Combatem parasitos liberando citocinas e atuam nas reações alérgicas, facilitando o complexo antígeno-anticorpo. · Alergias e parasitoses; · ADIPÓCITOS · Função de armazenar energia sob a forma de triglicerídeos, de proteger e de amortecer. · Quando o lipídeoocupa todo o citoplasma, o tecido recebe o nome de tecido adiposo unilocular e quando o lipídeo ocupa pequenas partes do citoplasma, chama-se de tecido adiposo multilocular. · Ela pode armazenar o lipídeo de duas maneiras: · ou preenche totalmente o citoplasma, deixando a célula com aspecto globoso; · ou o lipídeo ocupa o citoplasma celular, como pequenas gotas. ✽ REAÇÃO INFLAMATÓRIA · A inflamação é uma reação do organismo que ocorre quando há infecção ou lesão tecidual. · Tem a função de eliminar o microrganismo e/ou reparar o dano causado. · Existem dois tipos de inflamação: · não infecciosa - primeira é causada por dano no tecido, como queimaduras e pancadas. · Infecciosa - é causada por microrganismos. · Ambas as inflamações podem apresentar os mesmos sinais característicos: · Calor, Vermelhidão, Inchaço (Edema), Dor e Perda de função. ✽ MATRIZ EXTRACELULAR · Matriz fibrilar · Fibras do sistema colágeno; · Fibras do sistema elástico; · Matriz não fibrilar (substância fundamental) · Hidratada · Glicosaminoglicanos livres – ácido hialurônico · Proteoglicanos = Proteína + GAGs · Glicoproteínas multiadesivas = colágeno, fibronectina, laminina; · Fatores solúveis, água, gases, nutrientes; · Preenche espaços entre as fibras do conjuntivo; · Lubrificante (Viscosa) - Barreira contra a invasão de microrganismos · A matriz extracelular pode ser definida como uma rede complexa de fibras colágenas, elásticas e reticulares, embebidas em substância amorfa de constituição viscoelástica formada de proteoglicanos e glicoproteínas. · As diferenças morfológicas e mecano-fisiológicas dos diferentes tecidos conjuntivos dependem das variações em concentração, estado de agregação e ordenação molecular de seus constituintes, isto é, fibras, proteoglicanas e glicoproteínas. · Há interação entre as células e os componentes da matriz, como colágeno, fibronectina, laminina e proteoglicanos, através de receptores celulares como as integrinas. · · GLICAÇÃO · Glicação é o processo de soma entre uma proteína e um carboidrato, tal qual a glicose, sem a ação controladora de uma enzima. · É a principal causa de doenças clínicas vasculares em pacientes diabéticos. · A glicação aumentada de proteínas no cristalino pode causar o desenvolvimento de catarata. · Alguns fatores como a glicação, causada pelo consumo exagerado de açúcar e carboidratos, tabagismo, excesso de sol e até mesmo o estresse pode causar uma diminuição na produção de colágeno, reduzindo a elasticidade e a hidratação da pele, causando rugas, flacidez, celulite e estrias. · FIBRAS COLÁGENAS · São inelásticas e possuem grande resistência a forças de tração · Cada fibra é constituída por delgadas fibrilas, as quais, por sua vez, são constituídas pela polimerização de subunidades finas, as moléculas de tropocolágeno · Obs: Tropocolágeno = três cadeias alfa enroladas uma em torno da outra em uma configuração helicoidal · Aminoácidos mais comuns do colágeno = Glicina, Prolina, Hidroxiprolina e Hidroxilisina · Tipo I → Resistência a Tensões · Tipo II → Resistência a Pressões · Tipo III → Forma a trama estrutural em órgãos linfoides, em glândulas endócrinas, no fígado, no músculo liso e no tecido adiposo. · Tipo IV → Forma a trama da lâmina densa das lâminas basais para fornecer suporte e filtração · O colágeno do tipo IV NÃO forma fibras · FIBRAS RETICULARES · Formadas por colágeno tipo III · FIBRAS ELÁSTICAS · Constituídas por elastina + microfibrilas de fibrilinas · Altamente elásticas (podem se distender em até 150% de seu comprimento sem se romperem) · Elasticidade causada pela proteína elastina, e a estabilidade é causada pelas microfibrilas. · Elastina → Principais aminoácidos = Glicina e Prolina · A Elastina também é rica em lisina, um aminoácido responsável pela formação de resíduos de desmosina, altamente deformáveis, que conferem alto grau de elasticidade a essas fibras. · Elaunínicas: Em formação (fibrilina/ ↓ elastina) · Oxitalâmicas: Imatura (fibrilina) - sem elasticidade · Elásticas: Madura (fibrilina/ ↑elastina) - ↑ elasticidade · OUTRAS PROTEÍNAS DE MATRIZ · PROTEÍNAS ADESIVAS · FIBRONECTINA (FN) · presente no plasma, membrana basal e superfície das células; · Serve de ligação entre as células e tecido intersticial. · A fibronectina é classificada em pFN e cFN, dependendo da síntese no fígado e posterior presença no plasma, ou por células teciduais, como fibroblastos, monócitos e endotélio. · É quimiotática para fibroblastos, queratinócitos, células endoteliais e macrófagos. · No conjuntivo normal a fibronectina é vista pela imunofluorescência principalmente na região da lâmina basal, e nas membranas basais dos vasos e do endomísio. · O receptor da fibronectina do fibroblasto foi purificado e sequenciado, sendo do grupo das integrinas. · As integrinas são receptores celulares que ligam células à matriz intercelular. · PROTEÍNAS DE MEMBRANAS · CADERINAS · Moléculas que unem células semelhantes, sendo dependentes de Ca++. · É uma glicoproteína de membrana com 720-750 a-a. · In vitro, há tendência de células semelhantes se aderirem. · Ex.: hepatócito com hepatócito, mas não com células renais. · PROTEÍNAS NÃO FIBROSAS · PROTEOGLICANAS · formam a substância amorfa do tecido conjuntivo, servindo como material de preenchimento e de cimentação das fibrilas de colágeno. · São assim chamados porque são formados de um núcleo protéico e glicosaminoglicanos dispostos como as cerdas de uma escova de limpar tubos. · A papaína (enzima proteolítica) injetada por via endovenosa provoca a queda da orelha de coelho, porque degrada a parte protéica dos proteoglicanos. · Os proteoglicanos eram chamados de mucopolissacarídeos porque eram ácidos e viscosos e não se conhecia o núcleo central protéico. · Moléculas da lâmina basal aderem-se à receptores das células epiteliais ou musculares e à matriz extracelular. · GLICOSAMINOGLICANOS · São ácidos que apresentam grupos carboxílicos, grupos éster carboxílicos e éster sulfato. · Os glicosaminoglicanos são polímeros lineares de dissacarídeos, geralmente ácido urônico e N. acetilglicosamina ou N. acetilgalactosamina. Um ou os dois açúcares contém resíduos sulfato, exibindo portanto muitas cargas negativas. · ácido hialurônico;
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