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Sistema Urinário Patologia especial PATOLOGIAS DO TRATO URINÁRIO SUPERIOR Agenesia- órgão não é formado Aplasia - órgão não é totalmente formado e nem reconhecido macroscopicamente, é apenas um resquício Quando o ureter está presente ele apresenta um fundo cego Desenvolvimento incompleto do rim "mini rim" Uni ou bilateral Consequências: Unilateral - hipertrofia compensatória Bilateral - insuficiência renal Hipoplasia ≠ Hipotrofia Hipoplasia: Ausência da doença renal adquirida Redução de 50% ou mais no tamanho do rim (suspeitar sempre de hipoplasia) Hipotrofia Consequência da fibrose Redução de tamanho Histopatologia para diferenciar Rim em posição anormal As consequências se dão pelo posicionamento incorreto do ureter: obstrução do fluxo urinário, hidronefrose, pielonefrite 1.DISTÚRBIOS DO DESENVOLVIMENTO 1.1 Agenesia e Aplasia Renal 1.2 Hipoplasia Renal 1.3 Ectopia Renal Durante o desenvolvimento os rins são lobulados, mas depois apresentam aspecto liso (exceto bovinos) Não implica em nenhuma alteração "Rim em ferradura" Comum em equinos Anomalida da diferenciação Desorganização parênquima renal Macro: muito variada - rins irregulares, mais pálidos, deformidade anat Micro: muito variada - glomérulos menores com características de glomérulo fetal (túbulos também), áreas maiores de tecido conjuntivo Cistos solitários congênitos cortical (1-15cm) Suínos, bovinos e cães Conteúdo urinoso Rins policísticos congênitos bezerros, suínos e gatos cortical e na medular 0,1 a 3 cm Padrão hereditário e bilateral Macro: semelhante a colmeia de abelhas 1.4 Ausência de Lobulação Renal (bovino) e persistência (demais espécies) 1.5 Fusão dos Rins 1.6 Displasia Renal 1.5 Cistos Renais https://tex.stackexchange.com/questions/108193/not-equal-sign-%e2%89%a0-with-a-vertical-bar Cistos de retenção Localizam-se na cortical e na medular Adquirida: crônico/fibrose Ocorre devido a: Involução(senilidade) - cão e gato é uma involução discreta Compressão- cistos, abcessos, tumores, cálculos e hidronefrose Ocorre como um mecanismo compensatório Ativa: processos inflamatórios (nefrites), septicemia e/ou toxemias Passiva: IC, compressão/obstrução da veia renal ou cava posterior e eutanásia Mais comuns no córtex renal Causas: Bacteriana e viral (agentes causam vasculite): Salmonelose, peste suína, erispela, enteroxemia por Clostridium e leptospirose; Dicumarínicos, venenos de cobra do gênero Crotalus- causam alterações na cascata de coagulação → diátese hemorrágica Traumatismos Trombocitopenia: intoxicação aguda por samambaia (lesão na medula → aplasia medular → hemorragia), erliquiose 2. DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO 2.1 Atrofia renal (hipotrofia) 2.2 Hipertrofia Renal 3. DISTÚRBIOS CIRCULATÓRIOS 3.1 Hiperemias 3.3 Hemorragias Região de necrose do tipo de coagulação devido a uma obstrução do fluxo sanguíneo, resultando diminuição de O2, degeneração celular e por fim necrose Dimensão depende do calibre do vaso e do número de vasos ocluídos Evolução: são incialmente vermelhos, tornando-se cinza- amarelado dentro de 2 a 3 dias, devido à lise dos eritrócitos e à degradação da hemoglobina. Quando crônico se apresenta pálido, retraído e fibrótico. São possíveis causas de infarto todas as doenças que resultam na formação de tromboêmbolos: Endocardites valvulares Pneumonias Doenças periodontais graves Trombose das veias renais por abcesso Neoplasias malignas metastáticas Bovinos: Trueperella pyogenes, Streptococcus Suínos: erisipela crônica Equinos: S. vulgaris Consequência de doenças virais sistêmicas agudas: Hepatite Infecciosa Canina, citomegalovírus, cólera suína, doença de Newcastle Lesões brandas e transitórias Quadro de proteinúria transitória Macro: difícil de serem observados na necropsia, pontos avermelhados na região cortical, normalmente menores que petéquias (hemorragia) Dd: Hemorragia Patogenia: replicação viral no tufo glomerular → proceso inflamatório (glomerulite) → proteinúria transitória (porque o glomérulo faz reabsorção de proteína) Se encontram corpúsculos de inclusão processos de degeneração hialina no resultado dessas partículas virais 3.3 Infarto 4. DOENÇAS GLOMERULARES 4.1 Glomerulite Viral Deposição de complexos imunes solúveis no tufo glomerular Associado a infecções persistentes que levam a um quadro de hipergamaglobulinemia Mais grave que a glomerulonefrite viral Patogenia: doença sistêmica → ↑produção de anticorpos → formação de imunocomplexos → se ligam à membrana basal → estimulam proteínas do sistema complementos ( C3a, C5a, C567) → essas proteínas estimulam células e elementos de fase aguda da infecção (neutrófilos) → neutrófilos liberam enzimas hidrolíticas que lesionam a parede da membrana basal→ na fase crônica chegam células mononucleares (macrófagos), estabelecendo fase crônica Extensão da lesão: Depende da quantidade de complexos imunes na circulação Permeabilidade vascular - aminas vasoativas (plaquetas, basófilos e mastócitos) 4.2 Glomerulonefrite imunomediada Macro: pontinhos avermelhados no córtex, semelhante à petéquias, porém normalmente menores Micro: Proliferativo: maior quantidade de células no glomérulo Membranoso: aumento de tecido de tecido conjuntivo; comum em gatos Membranoso-proliferativo: aumento de celularidade e espessamento da cápsula; comum em cães Glomeruloesclerose: evolução do processo, colapso do glomérulo, ↓ de estruturas funcionais, atrofia; comum em diabetes Patogenia: insulina → hiperglicemia → retenção glicose no glomérulo (causa compressão, isquemia e necrose) →hialinização progressiva → deposição de material glicoproteico → glomeruloesclerose Inflamação do glomérulo pode atingir outros locais por extensão mas ela tem início no glomérulo Septicemia com tromboembolismo 4.3 Glomerulite embólica Processo degenerativo onde é observado o acúmulo de acúmulo de material proteináceo (amiloide) Primária Associado com cadeias leves (AL)de Ig Distúrbios proliferativos de linf B Secundária proteína associada ao amiloide (AA),derivada da proteína sérica associada ao amiloide (SAA) A SAA e o componente P do amiloide são sintetizados pelo fígado em resposta às diversas citocinas, liberadas pelos macrófagos nos processos inflamatórios crônicos Hereditária Cães das raças Sharpei e Beagle Gatos das raças Siamês e Abissínio Iodo + acido sulfúrico = áreas roxas/ azul-violeta Macro: rim mais pálido, superfície finamente irregular, aspecto fosco Ou injúria tubular aguda Degeneração e necrose das células tubulares do rim Degeneração → necrose tubular → insuficiência renal aguda (IRA) Causas: isquêmica ou tóxica (exógena ou endo) Causam alterações na respiração celular, transporte tubular e danificam organelas essas alterações culminam num processo degenerativo 4.4 Amiloidose 5. DOENÇAS TUBULARES 5.1 Nefrose Tubular Aguda Susceptibilidade Tempo de exposição Quantidade Solubilidade Estado de saúde prévio Hidratação Tipo de nefrotoxina Todos esses fatores influenciam na gravidade e na reversibilidade da doença IRA é reversível, crônica não Túbulos proximais são mais afetados por serem metabolicamente muito ativas e pelo grande volume de filtrado glomerular que reabsorvem no processo de formação da urina Clínica: supressão da função renal, com oligúria ou anúria e consequente azotemia ou até uremia Essa patologia está mais associada à azotemia por ser de caráter mais agudo/súbito Patogenia Vasoconstrição da arteríola aferente - ativação do sist. renina-angiotensina por motivos descinhecidos aumenta a pressão tubular e diminui filtração glomerular, causando oligúria e anúria Debris no lúmen tubular - podem bloquear o fluxo urinário, aumentando a pressão intratubular e diminuindo a filtração glomerular Filtrado glomerular do lúmen dos túbulos danificados- devido ao aumento da pressão intratubular, o filtrado extravasa para o interstício, causando aumento da pressão intersticial e colapso dos túbulos renais Azotemia:↑ureia, ↑creatinina Uremia: azotemia + alterações extrarrenais Ocorre por hipotensãograve devido: hemorragias extensas/intensas desidratação anemia ICC Caracteriza-se histologicamente por necrose multifocal ao longo do néfron, em particular dos túbulos proximais e de alguns segmentos dos túbulos distais Reversível Macro: radiações esbranquiçadas na região córtico- medular Necrose extensão com integridade da membrana basal menor gravidade em relação à isquêmica, que causa destruição da membrana basal Causas: Antibióticos - a depender da dose e frequência podem ser nefrotóxicos Alguns são eliminados sem metabolização - aminoglicosídios Sulfonamida (antibiótico) - formas menos solúveis formam cristais Antifúgicos Anfociterina: vasoconstrição na arteríola aferente Metais pesados: lesão na membrana celular e mitocôndrias Monesina - equinos são mais suscetíveis à toxicose Oxalatos Cenchrus, Panicum e Setaria Cálcio se liga ao oxalato da ingesta = oxalato de cálcio (cristais-obstrução) Micotoxinas Aspergillus e Penicillium Oxcratoxinas(exceto ruminantes) e citrininas 5.1.1 Nefrose isquêmica 5.1.2 Nefrose tóxica exógena Vários padrões: hemogloobinúrica, colêmica, mioglobinúrica e por hemossiderina Nefrose hemoglobinúrica Crise hemolítica vascular aguda (hemoglobinemia) lepstospirose, cobre, babesiose; transfusão de sangue incompatível Acúmulo nos túbulos (+ hipóxia) Hemoglobinúria (≠hematúria) Macro: coloração vermelho acastanhado, vermelho enegrecido, marrom enegrecido azulado (hipóxia) Nefrose colêmica Excesso de bilirrubina Cordeiros, bezerros e potros(imaturidade conjugação hepática) Macro: icterícia, vermelho escurecido, amarelado ou esverdeado Nefrose mioglobinúrica Mioglobinúria paralítica dos equinos (mal da segunda-feira) Traumas severos Miopatia captura de animais selvagens nutricionais - deficiência de vit E e selênio (doença do músculo branco) Excesso de atividade física/ trauma → lesão muscular → liberação da miologobina Dificuldade de locomoção, dor, urina mais escura Nefrose por hemossiderina Hemossiderina - pigmento resultado da destruição de hemoglobina, sendo consequência do depósito em excesso de ferro Normalmente encontrada no interior dos macrófagos Anemia hemolítica crônica lise das hemácias → hemoglobinúria 5.1.3 Nefrose tóxica endógena hemoglobina filtrada nos glomérulos e absorvida nas células do túbulo proximal → ferro é convertido em hemossiderina → acúmulo Macro: rim acastanhado Alteração degenerativa Precipitação de cristais de ácido úrico nos túbulos renais, principalmente nos ductos coletores (pH ácido) Obstrução dos néfrons IRA Recém-nascidos: incapacidade de produzir urina hipertônica Gota úrica visceral em aves Alteração degenerativa Mineralização hipercalcemia lesões distróficas Macro: estriações esbranquiçadas na pelve que rangem ao corte Alteração necrótica Necrose medular renal ou necrose papilar Inibição de síntese de prostaglandinas (função protetora) por drogas Equinos - fenilbutazona e banamine Bovinos e ovinos - fenotiazina Cães e gatos - ibuprofeno, aspirina e acetaminofen Macro: região mais esbranquiçada 6. OUTRAS ALTERAÇÕES DEGENERATIVAS OU NECRÓTICAS 6.1 Nefrose por ácido úrico 6.2 Nefrocalcinose 6.3 Necrose da região medular Associada a infecções bacterianas e virais Agentes (bacterianos e virais) penetram nos túbulos renais causando lesões inflamatórias Causas: E. coli, Brucella, Salmonella, febre catarral maligna, Leptospira canicola e L. icterohemorrhagie em cães, L.pomona em suínos, HIC Macro: Aguda: presença de uma área acinzentada ou esbranquiçada localizada no córtex e, às vezes, na região medular ou pontos esbranquiçados nas mesmas regiões Crônico: rins pálidos, com superfície cortical rugosa ou irregular, recoberta por pontos esbranquiçados, coalescentes ou não Histologicamente caracteriza-se pela infiltração de linfócitos, plasmócitos e macrófagos no interstício Na forma crônica da doença ocorre fibrose intersticial Associada a doenças sistêmicas caracterizadas pela formação de granulomas múltiplos em vários órgãos, incluindo os rins, em que são mais comumente encontrados no córtex Causas: PIF, Aspergillus spp., Hstoplasma capsulatum, Prototheca spp., Mycobacterium bovis, M. tuberculosis e larvas de Toxocara canis Macro: granulomas Inflamação da pelve e do parênquima renal ≠ pielite (inflamação apenas da pelve renal) Vias de infecção: Infecção ascendente do trato urinário inferior principal via 7. DOENÇAS TUBULOINTERSTICIAIS 7.1 Nefrite intersticial 7.2 Nefrite granulomatosa 7.3 Pielonefrite Hematogênica menos comum quando a infecção é via sanguínea é mais fácil observar um quadro de nefrite embólica ou tromboembólica Parasitária ( Dioctophyma renale) se aloja na pelve, levando a uma pielite ou pielonefrite Agentes infecciosos: E. coli, Staphylococcus sp, Streptococcus sp, Enterobacter sp, Proteus sp, Corynebacterium renale Mecanismos de defesas naturais: conferem esterilidade descamação das células epiteliais esvaziamento contínuo da bexiga defesas imunes Fatores predisponentes: obstrução urinária (extrínseca e intrínseca) sexo - fêmeas possuem uretra mais curta Refluxo vesicouretral normalmente mínimo e não causa problemas porque a urina normalmente é estéril se o indivíduo apresenta algum processo de inflamação(cistite e/ou uretrite) ou obstrução, esse refluxo pode ser um pouco maior cistite, uretrite e obstruções causam aumento da quantidade de urina na bexiga → ↑ pressão → ↑refluxo endotoxinas de bactérias gram-negativas podem inibir o peristaltismo ureteral normal, favorecendo o refluxo a contaminação da urina e um refluxo anormal favorecem a ascensão de bactérias para a pelve renal, a colonizando e levam a esse processo Susceptibilidade da região medular suprimento sanguíneo pobre osmolalidade intersticial elevada - inibe a atividade fagocitária dos leucócitos elevada concentração de amônia- inibe a ativação do sistema complemento Macro conteúdo purulento, hemorrágico, fibrinoso ou fibrinonecrótico na região da pelve dilatação da pelve e compressão do parênquima da pelve pelo volume de conteúdo; parênquima apresenta áreas mais amareladas Crônico: conteúdo menos e hidratado e menos viscoso na região medular de coloração branco-acizentado que pode estender para parênquima; fibrose das regiões cortical e medular em geral é bilateral, mas não necessariamente simétrico Dilatação da pelve e dos cálices renais associada a atrofia do parênquima Nesse caso o conteúdo é urinoso Causa: obstrução do fluxo renal (extrínseco e/ou intrínseco) principal: urólitos 7.4 Hidronefrose Obstrução no rim: urólitos ou tumores se a pelve está obstruída a urina não consegue passar, acumulando e obstruindo o parênquima Obstrução no ureter: urólitos, estenoses, tumores e inflamação (descamação pode provocar obstrução) Obstrução na bexiga: urólitos, tumores e distúrbios funcionais impedem que a urina seja eliminada Obstrução da uretra: urólitos, tumores, estenoses, aumento da próstata (comprime uretra - mais comum em humanos) Macro: dilatação da pelve renal, conteúdo urinoso, dilatação do ureter(hidroureter), perda de parênquima renal ≠ cistos renais - não há dilatação da pelve Manifestação crônica de cura de uma lesão renal preexistente Pode acontecer no glomérulo, túbulo, interstício Em quadros que tendem a cronificar e o organismo não consegue fazer o processo de reepitelização acontece a fibrose Macro: rim completamente irregular, reduzido de tamanho e mais firme 7.5 Fibrose Renal Toxoxocara canis Formação de pequenos granulomas no córtex Resolução: calcificação distrófica do parasito Macro: áreas multifocais esbranquiçadas, firmes e destacam ao corte Stephanurus dentatus encista-se na gordura perirrenal de suínos Dioctophyma renale pielite hemorrágica e supurativa Cavidade cística - parasita ao crescer provoca dilatação renal comprimindo todo o parênquima, restando apenas o parasito e a cápsula Tumores primários: raros Nefroblastomas Adenoma renal Carcinoma renal Metástases: comuns Linfoma Hemangiossarcoma Fibrossarcoma 8. LESÕES PARASITÁRIAS 9. TUMORESRENAIS PATOLOGIAS DO TRATO URINÁRIO INFERIOR Distúrbio raro Distúrbio ureteral mais importante Uni ou bilateral Manifestação clínica: incontinência urinária Ureter ectópico esvazia-se na uretra, na vagina, no colo da bexiga, na próstata, no ducto deferente e, raramente, na cérvix, no útero ou na tuba uterina Podem se contaminar mais facilmente por bactérias, predispondo o animal à pielite e à pielonefrite Úraco- estrutura embrionária que comunica a vesícula urinária em desenvolvimento ao umbigo Úraco fetal deixa de se fechar formando um canal entre o umbigo e o ápice da bexiga Maior susceptibilidade a infecções da bexiga 9cistite) Onfalite - infecção do umbigo e região circundante Onfaloflebite- inflamação da veia umbilical Pode provocar quadro de sepse Animais acometidos apresentam o coto umbilical sempre úmido, e em alguns casos gotejamento contínuo de urina pelo umbigo Causas: Uretra e ureter: cálculos, inflamação Bexiga: peste suína, salmonelose, intoxicação por samambaia, inflamação aguda e neoplasia 1.DISTÚRBIOS DO DESENVOLVIMENTO 1.1 Agenesia ureteral 1.2 Ureter ectópico .3 Úraco patente 2. DISTÚRBIOS CIRCULATÓRIOS 2.1 Hemorragias Raras na ausência de cistite Normalmente há um quadro de cistite, que por extensão causa uretrite e uretreite Também associado a pielonefrite A esterilidade da bexiga é mantida por: eliminação repetida de urina propriedades anti-bacterianas bacteriostáticos Favorecem a colonização bacteriana: Retenção urinária Traumatismos Micção incompleta Uretra curta 3. DOENÇAS INFLAMATÓRIAS 3.1 Uretrite e uretreite 3.2 Cistite Patogenia: colonização bacteriana→ lesão vascular → inflamação Agentes etiológicos: Escherichia coli, Proteus vulgaris, Streptococcus sp., Staphylococcus sp., Corynebacterium renale e Actinobaculum suis Aguda: fibrinosa, catarral, hemorrágica, purulenta, necrótica, diftérica Crônica: folicular (cães), polipoide (bovinos), Micótica (Candida albicans e Aspergillus sp.), idiopática felina e enfisematosa Mesmo processo da hidronefrose ( obstrução → dilatação → acúmulo de urina Cálculos nas vias urinárias 4. ALTERAÇÕES DEGENERATIVAS] 4.1 Hidroureter 4.2 Urolitíase Localização - pelve, ureter, bexiga, uretra Fatores predisponentes à precipitação de solutos: pH urinário pH ácido - sais de oxalato pH básico - estruvita e carbonato Infecções bacterianas - estruvita Fatores nutricionais Fosfato ( sorgo e milho) Magnésio (gatos) Plantas ricas em oxalato ( B.humidicula, Setaria sp.) Vitamina A importante na preservação da mucosa decifiência → descamação→ ↑quantidade de núcleo central Consumo de água concentração da urina predispõe precipitação de solutos Estrógenos Redução da concentração de inibidores de cristalização na urina ( ex: citratos, glicosaminoglicanos e pirofosfatos) Defeitos hereditários - raça dálmata Cálculos de uratos na raça Dálmata Defeito hepatocelular associado com maior predisposição a precipitação de sais de urato Esse defeito implica na transfotmação de ác úrico em alantóide não conversão → acúmulo → maior tendência a precipitar → formação de cálculos Por possuirem a uretra mais curta, os cálculos nas fêmeas são mais facilmente eliminados Localização nos machos: Cálculos normalmente se fixam ,apresentando maior probabilidade de obstruir essas regiões Ruminantes - arco isquiático ou flexura sigmóide Caninos- base do pênis Felinos - ao longo de toda uretra Carneiro - apêndice vermiforme Ruminantes - arco isquiático ou flexura sigmóide Consequências: dependem da localização, tamanho, quantidade e superfície Ureite, cistite, pielonefrite, hidronefrose estrangúria, disúria, hematúria Baixa frequência mais encontrado em cães Epiteliais: Papiloma Adenoma Adrenocarcinoma Carcinoma de transição Mesenquimais Fibroma Fribrossarcoma Hemangioma Hemangiossarcoma Leiomioma 5. TUMORES INSUFICIÊNCIA RENAL - SÍNDROMES CLÍNICAS Tipos de azotemia/uremia: pré-renal renal (insuficiência renal aguda/crônica) pós-renal Causa: redução da perfusão renal ICC, hipovolemia, choque (hemorragia/desidratação) Patogenia: menor perfusão → menor taxa de filtração glomerular → retenção de metabólitos → dano ao epitélio tubular Quadros pré-renais tendem a evoluir para os renais, apresentando alterações no epitélio tubular Mais relacionado com a azotemia UREMIA X AZOTEMIA PRÉ- RENAL causada por lesões agudas ou crônicas que reduzem a função renal a níveis incompatíveis com a normalidade quando a função está comprometida em cerca de 75% Insuficiência renal aguda- quadro súbito caracteriza-se por azotemia (azotemia renal), entre outras alterações bioquímicas Insuficiência renal crônica - quadro progressivo caracteriza-se por uremia Associada a alterações no trato inferior (principalmente bexiga) Causada por obstrução completa do fluxo urinário Alterações intrínsecas: urolitíase, tumores de bexiga e de uretra Alterações extrínsecas: tumores de útero, hiperplasia de próstata, prostatite grave e paralisia da bexiga causada por lesões da medula espinal Redução súbita da função renal Causas Glomerulonefrite e nefrose tubular aguda(principal causa) Perfusão sanguínea comprometida Obstrução do trato urinário Características: Oligúria ou anúria Azotemia Pequena ou nenhuma perda de eletrólitos Hiporpotassemia- causa morte súbita Incapacidade renal devido à perda progressiva e gradual do tecido renal Resultado final de muitas doenças renais, em geral, mas não necessariamente crônicas RENAL PÓS-RENAL INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA IRC não é sinônimo de doença renal crônica, de modo que pode haver IRC sem lesão renal crônica, e vice-versa Geralmente irreversível Lesões extra-renais são bastante evidentes (uremia) Gravidade- relacionada com tempo sobrevida do animal no estado de uremia ↓Filtração glomerular: Retenção de sulfatos, fosfatos, ácido úrico, creatinina Ureia e creatinina: avaliação da função renal ↓ Reabsorção tubular: perda de água e eletrólitos Desidratação e distúrbio hidroeletrolítico Perda de responsividade ao ADH Vômitos e diarreias Redução do pH sanguíneo (acidose metabólica) ↓ Secreção tubular Retenção de potássio (cardiotoxidade/hipertensão) Retenção íons hidrogênio (desequilibio ácido-base) ↓ reabsorção de íons bicarbonato (tampão) Transformação deficiente do 25-hidroxicolecalciferol Redução da absorção de cálcio intersticial Tetania (contração espasmódica dos músculos esqueléticos) Retenção de fosfato Hiperfosfatemia Hipocalcemia absoluta Gastrite, esofagite, estomatite, glossite Aumento da ureia favorece bactérias produtoras de urease, enzima que converte ureia em amônia Amônia leva a processo de degeneração e necrose dos vasos sanguíneos, fazendo com que haja processo inflamação associado hálito amoniacal Rim é responsável pela eliminação da gastrina, que é responsável por liberar ácido clorídrico (suco gástrico) ↑gastrina - ↑acidez estomacal DISTÚRBIOS BIOQUÍMICOS (IRC/IRA) LESÕES EXTRA-RENAIS (IRC) SISTEMA DIGESTIVO Pancreatite Gastrina e a secretina estimulam a secreção excessiva de enzimas pancreáticas, que são ativadas e autodigerem o parênquima pancreático, favorecendo a inflamação e hemorragia Edema Pulmonar aumento da permeabilidade dos capilares alveolares por lesão endotelial causada pelas toxinas urêmicas Mineralização do tecido conjuntivo subpleural dos espaços intercostais mais comum em cães precedida por degeneração e necrose do tecido conjuntivo, estendendo-se para o músculo intercostal e para a pleura parietal apresentam-se como espessamentos granulares horizontais e de coloração brancacenta nos espaços intercostais Pneumonia aguda imunossupressão Hemorragias pulmonares ou da pleura parietal Endocardite atrial ulcerativa mais frequente no átrio esquerdo caracteriza-se pela presença de placas branco- amareladas granulares e rugosas no endocárdio Mucoarterites placas branco-amareladas granulares e rugosas no endotélio Extensas hemorragias uremia causa degeneração vascular e diminuição da função plaquetária Anemia arregenerativasem formação de novas hemácias pela medula rim produz eritropoietina que estimula eritropoese SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA CARDIOVASCULAR SISTEMA HEMATOPOIÉTICO Hemólise - devido aos compostos tóxicos, mas ela é mínima Perda de sangue (hemorragia) considerável Depressão tóxica da medula Endócrino - hipertrofia e hiperplasia de paratireoides Locomotor - mandíbula de borracha, fraturas ósseas espontâneas Patogenia da Hipocalcemia: Relação cálcio-fósforo(2:1) sérico Se o animal aumentar a quantidade de fósforo, cálcio é eliminado Se há pouco cálcio, fosfato é eliminado para que cálcio aumente Na IRC o animal apresenta um quadro de hipocalcemia, que está associado com a redução da taxa glomerular Para reverter esse quadro, é secretado mais fósforo, com o objetivo de aumentar a quantidade de cálcio. Mas devido à lesão renal, esse fosforo não consegue ser eliminado, gerando um quadro de hiperfosfatemia e diminuindo a reabsorção de cálcio Devido à lesão renal, a quantidade de 1,25(OH)₂ D3 é diminuida, afetando na absorção de cálcio intestinal Patogenia - hiperparatireoidismo SISTEMA ENDÓCRINO E LOCOMOTOR Normal: a hipocalcemia estimula a paratireóide a secretar paratormônio, que tem função no rim e nos ossos: Rim: excreção de fósforo e reabsorção de cálcio; ativação da vit D Ossos: reabsorção de cálcio ósseo Patogenia: como os rins estão lesionados eles não conseguem recuperar a quantidade ideal de cálcio, então o estímulo para a paratireoide não cessa, gerando então hiperparatireoidismo. Além disso, o cálcio é retirado dos ossos mas não consegue ser absorvido devido à lesão renal (túbulos acabam eliminando cálcio) Osteodistrofia óssea: substituição do tecido ósseo por conjuntivo, ocasionando fraturas espontâneas e mandíbula de borracha Sem lesão macroscópica Sinais neurológicos (encefalopatia urêmica) convulsão, ataxia, hiperexcitabilidade com sons Associada com alterações nos aminoácidos e desequilíbrio de neurotransmissores Nefrocalcinose mineralização acentuada em todo órgão SISTEMA NERVOSO LESÕES RENAIS
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