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Tutoria 1 Módulo I – Psiquiatria 1. Conhecer os principais pontos de uma anamnese psiquiátrica (abordagem clínica). Manual de psicopatologia (grupo da turma, salvo no pc) A entrevista psiquiátrica na pratica clínica – minha biblioteca Semiologia Médica 7ª edição Porto - A consulta psiquiátrica divide-se em anamnese e exame psíquico e exame físico · Entrevista psiquiátrica · Diagnóstico, prognóstico e planejamento terapêutico! · Se não há plena consciência da morbidade por parte do pacientem, é fundamental que se entrevistem os familiares ou outras pessoas confiáveis, de preferência com a concordância e a presença do paciente. · Regras básicas: · Deixar o paciente à vontade, falando livremente, mas guiando a entrevista e depois perguntar de modo subjetivo temas específicos ou pontos duvidosos. · Pedir para o paciente explicar seus sentimentos em vez de aceitar termos populares como “deprimido, ansioso, nervoso” · Utilizar linguagem acessível, sem jargões médicos, tornando a consulta o mais informal possível. · Acordo a respeito do processo · Privacidade e confidencialidade · Explorar respostas (perguntas subjetivas) · Empatia objetiva · Não julgar · Avaliar consciente e inconsciente · Segurança e conforto · Terapia centrada nas necessidades do paciente · Anamnese psiquiátrica · Não perturbar a espontaneidade da consulta!! · Identificação · Nome, nascimento, estado civil, sexo, naturalidade, nível de instrução, profissão, etnia, religião, residência, procedência e filiação · Podem ajudar na parte de epidemiologia das doenças psiquiátricas. · Queixa principal/motivo do atendimento · No máximo 3, de preferência 1 · o motivo de atendimento só é preenchido quando o paciente não está ciente da morbidade, sendo as informações fornecidas por outra pessoa. · História da doença atual · O de sempre, lembrar de negativos pertinentes (sintomas cuja ausência é significante para o diagnóstico), e episódios psiquiátricos anteriores, já que a maioria das patologias são crônicas. · Lembrar de quando começou a ter alterações, fatores desencadeantes, tratamentos já feitos, etc. · Avaliar o impacto da doença na vida do paciente, incluindo perdas e ganhos secundários. · História patológica pregressa · Estados mórbidos passados não psiquiátricos, que não mostram relação direta ou indireta de causa e efeito com a moléstia atual. · Enurese, sonilóquio, pesadelos frequentes, terror noturno, sonambulismo, asma, tartamudez, fobia escolar, convulsões ou desmaios, doenças venéreas, outras doenças infecciosas, toxicas ou degenerativas, traumatismos cranianos, alergia, intervenção cirúrgica, · História fisiológica · Gestação da mãe, nascimento, aleitamento, desenvolvimento psicomotor, menarca, catamênios, atividade sexual, gestações, partos, abortamentos, menopausa, padrões de sono e de alimentação · História pessoal · Infância, adolescência, sexualidade, vida profissional e personalidade pré-mórbida (relacionamentos sociais, interesses, hábitos de lazer, padrão de humor, agressividade, introversão/extroversão, egoísmo/altruísmo, independência/dependência, atividade/passividade, valores, adaptação ao ambiente) · História social · Informações relativas à moradia, situação socioeconômica, características socioculturais, atividade ocupacional atual, situação previdenciária, vínculo com o sistema de saúde, atividades religiosas e políticas, antecedentes criminais. · História familiar · Dados relacionados a doenças psiquiátricas ou não, se foi uma gravidez desejada ou não, separação dos pais, quem criou, ordem de nascimento dos irmãos e diferenças de idade, características de personalidade familiar, relacionamento entre a família, atitude da família diante da doença, relacionamento com cônjuge e filhos. · Exame psíquico · É o que torna a anamnese objetiva, observações do comportamento, mimica e fala do paciente. · São descritas apenas alterações presenciadas durante a entrevista. Pode mudar de uma consulta para outra. · Descrever as condições nas quais realizou o exame. · As funções psíquicas são entrelaçadas e podem alterar-se qualitativamente ou quantitativamente. Não devem ser consideradas as possíveis causas dos fenômenos. · Descreve-se também as funções psíquicas preservadas! · Exame físico · Ênfase ao exame neurológico e endócrino. Muitos transtornos mentais possuem etiologia orgânica! · Exames complementares, em geral, são desnecessários e dispendiosos. · Diagnóstico psiquiátrico · Síndrome constitui uma associação de sinais e sintomas que evoluem em conjunto, provocada por mecanismos vários e dependente de causas diversas, ou seja, é pouco específico. · Diagnóstico nosológico (doença): baseada nos sintomas (pouco fidedigno) ou na etiologia (conhecimento limitado). · Transtorno: termo encontrado para designar entidades nosológicas, é impreciso. Mais especifico que síndrome, mas não representa doença. · Conduta terapêutica · Farmacoterapia, psicoterapia e abordagens psicossociais.
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