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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS 
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA 
COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU 
CONVÊNIO UCG E CONSELHO REGIONAL DE 
CONTABILIDADE 
CURSO DE AUDITORIA E PERICIA CONTABIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EVOLUÇÃO E PARTICIPAÇÃO DA MULHER NO MERCADO CONTABIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLÁUDIA VALÉRIA DE JESUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA – GO 
2009 
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS 
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA 
COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU 
CONVÊNIO UCG E CONSELHO REGIONAL DE 
CONTABILIDADE 
CURSO DE AUDITORIA E PERICIA CONTABIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EVOLUÇÃO E PARTICIPAÇÃO DA MULHER NO MERCADO CONTABIL 
 
 
 
 
 
 
CLÁUDIA VALÉRIA DE JESUS 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Universidade Católica de 
Goiás e ao Conselho Regional de 
Contabilidade de Goiás para obtenção do 
certificado de especialista, no curso de 
Pos Graduação em Auditoria e Perícia 
Contábil . sob orientação da Prof. Drº 
Sonia Maria Dálbuquerque. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA – GO 
2009 
Evolução e Participação da Mulher no Mercado Contábil 
 
A crescente presença das mulheres no mercado formal de trabalho é uma 
realidade atual em todo o mundo. O fato é que está havendo uma valorização cada vez 
maior do sexo feminino no mercado de trabalho, e as contadoras e contabilistas estão 
acompanhando esta tendência, a cada ano o número de mulheres formadas nos cursos de 
ciências contábeis que entram no mercado torna-se mais expressivo. Historicamente, 
podemos observar que, as mulheres sempre trabalharam tanto quanto os homens. Sua 
importância tornou-se mais evidente com a I e II Guerras Mundiais, quando as mulheres 
tiveram que assumir a posição dos homens no mercado de trabalho. 
Com a consolidação do sistema capitalista no século XIX, algumas leis foram 
elaboradas buscando a igualdade entre o gênero no mundo do trabalho. As dificuldades 
enfrentadas pelas mulheres não ficam por ai. Consideradas ainda, peças fundamentais 
na administração do lar, as mulheres acumulam funções, tornando-se essenciais tanto no 
âmbito familiar como para o mercado de trabalho. Nesta pesquisa é feito um estudo 
sobre presença e evolução da mulher contabilista brasileira no mercado de trabalho no 
século XXI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Introdução 
 
 
 
De forma cada vez mais significativa as mulheres vêm conquistando posições de 
destaques, estabelecendo paradigmas de igualdade com os homens em todos os tipos de 
atividades humanas. A importância do contabilista na sociedade ganha cada vez mais 
notabilidade, sendo cada vez mais notável o papel da mulher no cenário econômico, 
político e social do Brasil, com especial destaque para a participação das mulheres 
contabilistas. Com a competitividade cada vez mais acirrada do mercado de trabalho, é 
fundamental o preparo contínuo principalmente da mulher, para assegurar a 
continuidade de suas conquistas, condição indispensável para reduzir ainda mais 
quaisquer reminiscências de preconceitos sexistas que ainda existem e, nesse sentido, a 
presença da mulher no mercado de trabalho é cada vez mais expressiva. 
A divisão masculina e feminina constitui um dos maiores pilares culturais da 
evolução humana, marcada ao longo da história pela divisão dos papéis sociais entre o 
homem e a mulher, entre poder e fragilidade. Nos últimos 50 anos, o desejo feminino de 
conquistar espaço próprio é responsável por, senão equiparar, pelo menos diminuir a 
hegemonia masculina no mercado de trabalho e em diversos outros setores sociais. 
Na contabilidade não é diferente. Aos poucos, as contabilistas abrem caminho na 
profissão, que antes era quase exclusivamente masculina. Da fragilidade de tempos atrás 
á multiplicidade profissional dos dias atuais, a mulher percorreu um longo caminho 
através de sucessivas lutas, e foi aos poucos, construindo seu lugar no mercado de 
trabalho. A mulher de hoje é mãe e executiva, conquistando importantes vagas no 
mercado de trabalho, e na profissão contábil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Uma Questão de Gênero 
 
 
 
 Para entender melhor a evolução e o crescimento do papel da mulher na 
sociedade, é necessário falar sobre suas lutas, e não esquecer que os avanços 
vivenciados hoje, resultam do esforço de milhares e milhares de brasileiras que se 
rebelaram contra a situação estabelecida. 
 Homens e mulheres não são iguais, pensam e agem de maneira diferente. São 
condicionados por questões biológicas, culturais e sociais. As biológicas determinam as 
diferenças naturais entre homens e mulheres em razão das funções físicas e 
reprodutivas. A mulher, por sua finalidade reprodutiva, de conservação e 
desenvolvimento da vida, é mais sensível ao universo simbólico e espiritual da espécie 
humana. O homem, que complementa o ciclo reprodutivo da espécie, está mais 
relacionado ao plano físico, tem mais agressividade e está inclinado a correr riscos. 
 As questões culturais e sociais, por sua vez, hierarquizaram essas diferenças. Em 
substituição à harmonia, ao consenso, à integração e à complementaridade que regiam 
as primeiras sociedades do planeta, a história ensina que as diferenças entre homens e 
mulheres tornaram-se sinônimo de desigualdade. Os valores femininos eram 
ridicularizados e o próprio fato de nascer mulher significava inferioridade. 
 O fim do século XX marcou uma ruptura com a história de invisibilidade das 
mulheres e com que ela se refere. Índias, negras e brancas, valentes e vilãs, ricas ou 
pobres, famosas ou anônimas, elas fazem parte da evolução e dinamismo das mulheres. 
Para as mulheres a década de 1990 foi marcada pelo fortalecimento de sua participação 
no mercado de trabalho e o aumento da sua responsabilidade no comando das famílias. 
A mulher, que representa a maior parcela da população, viu aumentar nesta época, o seu 
poder aquisitivo, o nível de escolaridade e conseguiu reduzir a diferença salarial em 
relação aos homens. 
Muitas crenças com relação à diferença dos sexos estão caindo, durante séculos, 
ciências como a física, a engenharia, a astronomia, a química e a contabilidade foram 
consideradas matérias inadequadas para as mulheres. De uns tempos para cá, em países 
como a Suécia ou a Islândia, as mulheres conseguem melhores resultados do que os 
homens nos exames de matemática e física. 
As características do gênero feminino alteram a cultura, as estruturas e os 
relacionamentos das organizações, na maneira de fazer o trabalho. Hoje ser mulher é 
uma vantagem na medida em que as qualidades altamente valorizadas no mercado de 
trabalho são as ditas femininas: flexibilidades, capacidade de negociar, mediar, de 
inovar. 
Está sendo construída uma nova história, na qual mulheres e homens terão de 
encontrar novos pactos de convivência, novas referências de relacionamentos. As 
mulheres lutam por uma sociedade na qual não existam privilégios de um gênero sobre 
o outro. 
Diante dessas conquistas, ainda se justificam a atuação e a existência dos 
diferentes e plurais movimentos feministas e de projetos que visam promover a 
equidade entre os sexos, como os apoiados pelo FIG (Fundo para a Igualdade de 
Gênero) da Agencia Canadense. Não há como negar, a situação das mulheres avançou 
muito nas ultimas décadas, como resultados, em grande parte, de um movimento social 
que soube articular pessoas, grupos e organizações locais, nacionais e globais, gerando 
uma evolução cultural e política que invadiu diferentes poros e brechas do cotidiano e 
da vida da sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Conquista do mercado de trabalho 
 
 
 
 
A conquista da mulher por um espaço no mercado de trabalho começou de fato 
com a I e II Guerras Mundiais (1914-1918 e 1939-1945, respectivamente), quando os 
homens foram para as frentes de batalhae as mulheres passaram a assumir os negócios 
da família e a posição dos homens no mercado de trabalho. Dentre as principais 
atividades realizadas, destacam-se: a fabricação de doces por encomendas, o arranjo de 
flores, os bordados e as aulas de piano. Além de serem pouco valorizadas essas 
atividades eram mal vistas pela sociedade, o que dificultava a conquista das mulheres 
por um espaço no mercado de trabalho. Mesmo assim, algumas conseguiram transpor as 
barreiras do papel de ser apenas esposa, mãe e dona do lar. Sentiram-se na obrigação de 
deixar a casa e os filhos para levar adiante os projetos e o trabalho que eram realizados 
pelos seus maridos (ARAÚJO, 2004). 
No século XIX a consolidação do sistema capitalista proporcionou inúmeras 
mudanças no processo produtivo das empresas e na organização do trabalho feminino. 
Com o desenvolvimento tecnológico e o intenso crescimento industrial, boa parte da 
mão-de-obra feminina foi transferida para as fábricas. Desde então, algumas leis 
passaram a beneficiar as mulheres. 
A visão de estrutura familiar vem sendo reconstruída com a necessidade de a 
mulher atuar no mercado de trabalho, onde ela descobriu que além dos afazeres 
domésticos, é capaz de conquistar um espaço no mercado de trabalho. O mercado de 
trabalho vem dando mostra de que mulheres estão assumindo cargos e posições sempre 
mais elevados, havendo uma perspectiva de que elas deverão estar atuando mais e mais 
a cada dia nas áreas de comando da maioria das instituições . 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. A Mulher e a Contabilidade 
 
 
 
A História da mulher na contabilidade é recente, em décadas passadas, o ingresso 
em uma faculdade, no curso de Ciências Contábeis era marcado pela presença 
masculina. A mulher vem aumentando seu ingresso na contabilidade lentamente, 
mostrando que é tão capaz quanto o homem na elaboração, analise e interpretação das 
demonstrações contábeis. O registro mais antigo ainda ativo, de acordo com dados do 
CFC (Conselho Federal de Contabilidade) data de 31 de Janeiro de 1947. 
 Em 2002, o CFC (Conselho Federal de Contabilidade) criou uma norma em que 
20% dos conselhos regionais devem ser compostos por membros do sexo oposto, o que 
incentiva a participação na política , fazendo parte das chapas eleitorais , e nas áreas de 
comando entidades contábeis . 
Além das Contadoras credenciadas e atuantes, existem muitas mulheres que 
contribuem para que se possa deixar o rastro feminino dentro da historia da 
Contabilidade, são professoras, auditoras e escritoras que estão deixando a cada dia 
mais claro a ascensão da mulher dentro de um universo tão importante. A mulher está 
cada vez, mais assumindo cargos estratégicos nas organizações, além de atuar como 
administradora do lar e educadora dos seus filhos. 
 O avanço da mulher na contabilidade se deve à facilidade que elas têm de lidar 
com os detalhes peculiares à profissão. A mulher contabilista tem muita desenvoltura 
com as contas e os cálculos, o que gera uma informação detalhada e de qualidade. 
Dentre a diversidade de profissões anteriormente associadas somente aos 
homens, a de contabilista assiste a uma inserção cada vez mais forte da presença 
feminina. No Brasil existe um número expressivo de mulheres que compõem esta 
classe. Na contabilidade, assim como em diversas áreas do conhecimento, vem 
aumentando o número de profissionais mulheres. 
As razões podem ser várias, como o fato de as mulheres serem mais detalhistas e 
organizadas, características fundamentais para exercer a atividade, a possibilidade de 
exercer a profissão de forma autônoma, e o fato de o nível salarial na área ser 
considerado alto, também foi importante para esse aumento do número de mulheres na 
profissão. 
De acordo com dados do CFC (Conselho Federal de Contabilidade), até o mês 
Abril de 2009 são 405.949 contabilistas atuantes no país. Desse número, 37% são 
mulheres, totalizando 149.615 dos profissionais desta área. Nas planilhas a seguir, pode-
se acompanhar essa evolução nos anos de 2004 a 2008. 
 
ANO REGIÃO FEMININO PERCENTUAL MASCULINO PERCENTUAL TOTAL 
 NORTE 7.584 44,05% 9.634 55,95% 17.218 
 NORDESTE 19.304 37,31% 32.431 62,69% 51.735 
2004 SUL 19.766 31,37% 43.240 68,63% 63.006 
 SUDESTE 66.192 33,20% 133.168 66,80% 199.360 
 
CENTRO-
OESTE 9.349 33,75% 18.351 66,25% 27.700 
 
TOTAL 122.985 34,18% 236.824 65,82% 359.809 
 
ANO REGIÃO FEMININO PERCENTUAL MASCULINO PERCENTUAL TOTAL 
 NORTE 9.036 30,27% 10.818 36,24% 29.854 
 NORDESTE 22.471 39,02% 35.117 60,98% 57.588 
2005 SUL 23.015 33,65% 45.387 66,35% 68.402 
 SUDESTE 73.825 34,72% 138.719 65,27% 212.544 
 
CENTRO-
OESTE 11.623 36,39% 20.318 63,61% 31.941 
 
TOTAL 139.970 35,86% 250.359 64,14% 390.329 
Fonte: CFC (Conselho Federal de Contabilidade 2009). 
 
 
No ano de 2005 houve um aumento significativo de profissionais do sexo 
feminino, entre técnicas e contadoras. Um percentual de 35,86 % dos contabilistas 
credenciados, mostrando com relação a 2004 que a cada ano a mulher esta mais 
presente na contabilidade. 
 
 
ANO REGIÃO FEMININO PERCENTUAL MASCULINO PERCENTUAL TOTAL 
 NORTE 10.158 31,81% 11.772 36,87% 31.930 
 NORDESTE 23.175 39,40% 35.653 60,61% 58.825 
2006 SUL 24.474 34,56% 46.335 65,44% 70.809 
 SUDESTE 74.707 35,56% 135.380 64,44% 210.087 
 
CENTRO-
OESTE 12.253 37,20% 20.681 62,80% 32.934 
 
TOTAL 144.767 36,69% 249.821 63,31% 394.588 
 
ANO REGIÃO FEMININO PERCENTUAL MASCULINO PERCENTUAL TOTAL 
 NORTE 10.403 46,78% 11.833 53,22% 22.236 
 NORDESTE 24.030 39,43% 36.917 60,57% 60.947 
2007 SUL 25.108 35,02% 46.589 64,98% 71.697 
 SUDESTE 74.943 35,59% 135.602 64,41% 210.545 
 
CENTRO-
OESTE 12.655 37,32% 21.258 62,68% 33.913 
 
TOTAL 147.139 36,85% 252.199 63,15% 399.338 
Fonte: CFC (Conselho Federal de Contabilidade 2009). 
 
 
 No ano de 2006 o aumento do numero de mulheres na área contábil ganha ainda 
mais representatividade, mostrando um aumento significativo com relação aos anos 
anteriores, já eram 144.767 mulheres em um universo de 394.588 contabilistas. Em 
2007 esses números continuam crescendo. 
 
 
ANO REGIÃO FEMININO PERCENTUAL MASCULINO PERCENTUAL TOTAL 
 NORTE 10.862 46,99% 12.255 53,01% 23.117 
 NORDESTE 24.631 39,55% 37.647 60,45% 62.278 
2008 SUL 25.198 35,16% 46.465 64,84% 71.663 
 SUDESTE 76.211 35,60% 137.846 64,40% 214.057 
 
CENTRO-
OESTE 12.765 37,07% 21.673 62,93% 34.438 
 
TOTAL 
 149.667 36,90% 255.886 63,10% 405.553 
Fonte: CFC (Conselho Federal de Contabilidade 2009). 
 
 
A analise desses cinco anos deixa bem claro que a mulher está abrindo caminhos 
em um universo antes dominado pelos homens, a mulher do século XXI possui uma 
personalidade definida, que possibilita alcançar posições bem-sucedidas, ultrapassando 
as barreiras que dificultam ou impedem sua realização social e profissional. Como 
exemplo dessa mulher cada vez mais atuante, pode ser mencionar a Contadora Maria 
Clara Cavalcante, a primeira mulher ocupar o posto de Presidente do Conselho Federal 
de Contabilidade, em 62 anos da entidade ecumpre seu segundo mandato. Encontros 
são estratégicos para discutir o cotidiano das profissionais, as evoluções e inovações que 
ocorrem no setor, para as mulheres ganharem mais espaço no mercado é preciso ampliar 
a atuação política. Para isso foi criado o Projeto Mulher Contabilista. Trata-se de uma 
campanha de conscientização para trazer a mulher para as entidades contábeis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Encontros Mulher Contabilista 
 
A cada edição, o Encontro Nacional da Mulher Contabilista cresce e conquista 
público mais numeroso, com a proposta de discutir temas contábeis e de interesse geral, 
com enfoque principal no universo feminino, consolidou-se entre a classe e conquistou 
espaço cativo no calendário de eventos contábeis. 
 O projeto tem como objetivo principal promover o aprimoramento técnico-
cultural, por meio de desenvolvimento de ações de incentivo a uma maior participação 
das mulheres contabilistas na vida social e política do País, e nas entidades de classe, 
conscientizá-las de sua importância no mercado de trabalho, como forma de destacar o 
papel e a importância da mulher no contexto social, além de impulsioná-las ao 
empreendedorismo. Sua Missão é promover uma maior participação das mulheres nas 
entidades de classe representativas da sua profissão, visando a união da classe, a 
constante evolução da ciência contábil, a educação continuada da profissional contábil, 
a atividade na vida política do País e a conscientização da relevância de seus valores e 
postura para o mercado de trabalho. 
O 1º Encontro Nacional da Mulher Contabilista aconteceu no Rio de Janeiro, em 
1991, junto com a 43ª Convenção dos Contabilistas do Estado do Rio de Janeiro. Em 
1992, o evento foi realizado na cidade de Salvador, em 1999 foi realizado em Maceió 
(AL), no ano de 2003 foi a vez de Belo Horizonte (MG), Já em 2005 foi realizado em 
Aracaju (SE) com um total de 1200 participantes. O evento teve a sua maior expressão 
em 2007 quando reuniu mais de 2.103 contabilistas em Florianópolis (SC). 
Em 2009 aconteceu o 7º Encontro Nacional da Mulher Contabilista, que foi 
realizado nos dias 07 a 09 de Maio, na cidade de Vitória (ES). Com o tema “A Força da 
União: ação conquista e vitória”. A programação foi composta de painéis e palestras de 
especialistas de renome nacional, além de momentos para o entrosamento e a 
descontração, com peça de teatro e festa temática. Dentre as discussões que foram 
levantadas, esta edição trouxe à tona debates sobre os desafios do desenvolvimento 
político do país e sobre as conquistas alcançadas nesta área até o momento. Contou com 
a presença de 1.695 participantes, conforme dados do CFC (Conselho Federal de 
Contabilidade). Durante o evento foi realizada a Eleição para escolha da sede para 
realização do 8º Encontro Nacional da Mulher Contabilista a ser realizado no ano de 
2011, e a cidade vencedora foi Caldas Novas – Goiás. 
5. Mulher Contabilista e o Mercado de Trabalho. 
 
 Conforme dados estatísticos, as mulheres representam metade da população e 
metade da força produtiva. Um terço de todas as famílias do mundo é chefiado por 
mulheres. Nos Estados Unidos, um terço dos cargos de direção é ocupado por mulheres 
e dois terços das novas empresas são criadas por elas. E a tendência é que esses 
números aumentem, a cada ano, sensivelmente. Especialistas em desenvolvimento de 
carreira apontam que as mulheres vem adotando, ao longo dos anos, uma postura mais 
racional nas empresas para poderem se equiparar ao estilo de liderança masculino. 
Eles dizem também que a mulher rejeita o gerenciamento autoritário, em prol de 
uma postura que concede liberdade às pessoas, aumentando assim a produtividade e os 
lucros, buscando sempre estimular a participação, dividir o poder e a informação. Como 
característica, a mulher utiliza habilidades internas e externas, fazendo uma combinação 
entre lógica e intuição, emoção e inteligência. 
Além disso, quando exerce a liderança, ela exercita também um comportamento 
que aglutina as pessoas. Tem disposição para ser interrompida, em vez de avaliar esse 
acontecimento como um fato que atrapalha seu desempenho, considera-o como 
oportunidade de ensinar e interagir. Tolerar ambigüidades e fazer várias coisas ao 
mesmo tempo habilita a liderança feminina para a polivalência, item imprescindível nos 
dias de hoje. 
Uma das principais características apresentadas pelas mulheres é que possuem 
mais habilidade de lidar com estruturas não hierárquicas, enquanto que os homens 
operam melhor com estruturas hierárquicas. 
Não há mais lugar no mercado de trabalho para contabilistas com perfil 
tradicional, isto é, aquele profissional que passa a maior parte do tempo dentro da sua 
sala ou escritório, limitando-se a efetuar lançamentos a débitos e a créditos, 
posteriormente emitindo balancetes de verificação, omitindo-se de assumir riscos de 
qualquer natureza. 
O mercado exige profissionais empreendedores, dispostos a assumir riscos 
calculados, bons tecnicamente, ávidos em adquirir novos conhecimentos, que queiram 
trabalhar em equipes e saibam motivar seus subordinados. Torna-se necessário um novo 
perfil do contabilista, onde estão presentes características como: sensibilidade, 
percepção aguçada e versatilidade. 
Características que as mulheres sempre cultivaram, aplicando-as em cada 
situação em que atuam. Este conjunto de fatores ou este perfil apresentado pelas 
mulheres vem sendo um diferencial quando atuam no mercado, tornando seu local de 
trabalho mais harmonioso e desenvolvendo suas funções com um melhor desempenho, 
já que estas características fazem com que elas tratem os assuntos de forma mais 
organizada e detalhada. 
As mulheres estão conseguindo, cada vez mais, conciliar os trabalhos da vida 
pessoal com a profissional. O que antes era considerado um obstáculo, atualmente é 
considerado como um grande desafio. Sua participação no mundo dos negócios e a 
própria independência financeira vêm mudando a forma como os produtos e serviços 
são desenvolvidos e comercializados. 
No mercado de trabalho para as contabilistas, as expectativas são excelentes, a 
Contabilidade esta se tornando cada dia mais essencial e mais valorizada, é um mercado 
em ascensão. A sociedade, atualmente, apresenta várias oportunidades de crescimento 
profissional, as quais estão sendo disputadas por profissionais cada vez mais 
qualificados. 
Para se destacar é preciso ser cada vez melhor nas atividades que lhe são 
atribuídas. A modernização e o surgimento de inovações tecnológicas que ocorreram no 
século XX e permanecem no século XXI estão modificando a essência da sociedade e 
sendo refletidas nos mais diversos segmentos: econômico, político, social e cultural. 
Dessa forma, na nova ordem mundial, as mulheres vêm assumindo um papel 
fundamental no andamento de tais transformações. Elas transpõem barreiras 
organizacionais e assumem cargos antes somente destinados aos homens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. Considerações finais 
 
 
 
 Fica cada vez mais clara esta nova realidade no mundo da contabilidade, as 
mulheres estão conquistando espaço de poder neste setor que antes era dominado 
majoritariamente por homem. Embora ainda exista certa discriminação quanto ao 
trabalho feminino, elas estão conseguindo grandes espaços e ganhando respeito e 
mostrando muito profissionalismo. 
 Estão fazendo História e vencendo obstáculos como a desvalorização de seu 
trabalho, e a idéia de que sua fragilidade aparente as impeçam de participarem 
ativamente de grandes conquistas e revoluções. Com todas as características observadas 
no artigo, fica claro que o mercado contábil é um campo de grandes oportunidades, 
onde as mulheres podem ganhar tão bem quanto os homens, e também serem 
valorizadas e reconhecidas. 
 Atualmente, o perfil das mulheres é muito diferente do apresentado no começo 
do século. Trabalhar fora de casa é uma conquista relativamente recentepara as 
mulheres. Ganhar seu próprio dinheiro, ser independente e ainda ter sua competência 
reconhecida é motivo de orgulho para todas. A contabilidade esta em ascensão, 
ganhando novos rumos e novas idéias e assim também é a mulher, sempre abrindo 
novos horizontes, elas têm muita coisa em comum, motivo para uma parceria perfeita e 
de muito sucesso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
ARAUJO, Luis César G. de. As mulheres no controle do mundo – elas têm influência 
em todas as esferas, da política à comunicação. Forbes Brasil, São Paulo, set. 2004. 
CARREIRA, Denise. Igualdade de gênero no mundo do trabalho: projetos 
brasileiros que fazem a diferença. São Paulo – SP, Cortez; Brasília, DF: Fundo de 
Gênero Brasil-Canadá (FIG), 2004. 
MELO, Lígia Albuquerque. Gênero: Da omissão à invisibilidade. Fundaj – UFPE, 
2000. 
PERROT, Michelle. Minha história das mulheres. São Paulo – SP. Contexto, 2007. 
PESAVENTO, Sandra. Sensibilidades: escrita e leitura da alma. In: PESAVENTO, 
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