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INERVAÇÃO AUTÔNOMA DA CAVIDADE PÉLVICA

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@resumosdamed_ 
1 
 
INERVAÇÃO AUTÔNOMA 
DA CAVIDADE PÉLVICA: 
BEXIGA URINÁRIA 
REVER A SINTOPIA E A MORFOLOGIA DA BEXIGA URINÁRIA E 
DA URETRA, RELEMBRANDO AS DIFERENÇAS ENTRE OS GÊNEROS 
MASCULINO E FEMININO: 
BEXIGA URINÁRIA: 
A bexiga, quando vazia, está localizada na pelve menor. Situada 
parcialmente superior e parcialmente posterior aos ossos púbicos. É 
separada desses ossos pelo espaço retropúbico virtual e situa-se, 
principalmente, inferior ao peritônio (subperitoneal), apoiada sobre o púbis 
e sínfise púbica anteriormente e sobre a próstata (homens) ou parede 
anterior da vagina (mulheres) posteriormente. À medida que se enche, a 
bexiga urinária entra na pelve maior. 
Obs: a bexiga é formada pelo músculo detrusor. 
O ápice da bexiga aponta na direção à margem superior da sínfise púbica. 
O fundo da bexiga é oposto ao ápice, formado pela parede posterior um 
pouco convexa. Já o corpo da bexiga é a parte principal da bexiga urinária 
entre o ápice e o fundo. O fundo e as faces inferolaterais encontram-se 
inferiormente no colo da bexiga. 
Obs: a artéria uterina passa sobre o ureter, portanto, em uma cirurgia de 
histerectomia, por exemplo, o médico precisa tomar cuidado com essa 
artéria. 
É possível separar o fundo do colo da bexiga pelo trígono vesical da bexiga, 
que é delimitado por três vértices: 
• Os pontos de entrada dos dois ureteres: óstios ureterais (esquerdo e 
direito), que são ligados por uma prega interuretral; 
• O ponto de saída da uretra: óstio interno da uretra (inferiormente). 
O trígono é importante clinicamente, pois as infecções tendem a persistir 
nessa área. Neste trígono a túnica mucosa é sempre lisa, mesmo quando a 
bexiga está vazia, porque a túnica mucosa sobre o trígono é firmemente 
aderida à túnica muscular adjacente. A úvula da bexiga é uma pequena 
elevação do trígono. Além disso, esse trígono é o maior local de receptores 
parassimpáticos. 
Obs: por que a bexiga feminina não tem esfíncter interno na uretra? Existe 
apenas no homem para evitar a ejaculação retrógrada (do sêmen para a 
bexiga). 
 
@resumosdamed_ 
2 
 
 
 
 
URETRA MASCULINA: 
É um tubo muscular com 18 a 22 cm de comprimento, que conduz urina do 
óstio interno da uretra na bexiga urinária até o óstio externo da uretra, 
localizado na extremidade da glande do pênis em homens. A uretra 
também é a via de saída do sêmen. É dividida em quatro partes: 
• Porção intramural ou pré-prostática da uretra; 
• Porção prostática da uretra (onde se comunica o ducto 
ejaculatório) 
• Porção membranácea da uretra; 
• Porção esponjosa da uretra. 
Portanto, a uretra masculina é um conduto urinário e reprodutor. 
@resumosdamed_ 
3 
 
 
URETRA FEMININA: 
Com cerca de 4 cm de comprimento, segue anteroinferiormente do óstio 
interno da uretra na bexiga urinária, posterior e depois inferior à sínfise 
púbica, até o óstio externo da uretra. 
O óstio externo da uretra está localizado no vestíbulo da vagina, a fenda 
entre os lábios menores dos órgãos genitais externos, diretamente anterior 
ao óstio da vagina. Características anatômicas que justificam a maior 
incidência de cistite em mulheres: 
• Tamanho da uretra; e 
• Menor distância entre o ânus e a vagina. 
 
IDENTIFIQUE COMO OCORRE A INERVAÇÃO VISCERAL 
SIMPÁTICA E PARASSIMPÁTICA E SENSITIVA VISCERAL DA 
VESÍCULA URINÁRIA E URETRA. QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS 
AÇÕES URINÁRIAS E REPRODUTIVAS RELACIONADAS COM A 
PORÇÃO SIMPÁTICA E PARASSIMPÁTICA DO SISTEMA NERVOSO 
VISCERAL (AUTÔNOMO)? 
INERVAÇÃO DA BEXIGA URINÁRIA: 
As fibras simpáticas são conduzidas dos níveis torácico inferior e lombar 
superior da medula espinal até os plexos vesicais (pélvicos), principalmente 
através dos plexos e nervos hipogástricos, enquanto as fibras 
parassimpáticas dos níveis sacrais da medula espinal são conduzidas pelos 
nervos esplâncnicos pélvicos e pelo plexo hipogástrico inferior. 
@resumosdamed_ 
4 
 
As fibras parassimpáticas são motoras para o músculo detrusor e inibitórias 
para o músculo esfíncter interno da uretra na bexiga urinária masculina. 
Portanto, quando as fibras aferentes viscerais são estimuladas por 
estiramento, ocorre contração reflexa da bexiga urinária, relaxamento do 
músculo esfíncter interno da uretra (nos homens) e a urina flui para a uretra. 
A inervação simpática que estimula a ejaculação causa simultaneamente 
a contração do músculo esfíncter interno da uretra para evitar refluxo de 
sêmen para a bexiga urinária. 
As fibras sensitivas da maior parte da bexiga urinária são viscerais; as fibras 
aferentes reflexas seguem o trajeto das fibras parassimpáticas, do mesmo 
modo que aquelas que transmitem sensações de dor (como a resultante da 
hiperdistensão) da parte inferior da bexiga urinária. Portanto, toda e 
qualquer informação reflexa retorna pelas fibras parassimpáticas. 
A face superior da bexiga urinária é coberta por peritônio e, portanto, está 
acima da linha de dor pélvica; assim as fibras de dor da parte superior da 
bexiga urinária seguem as fibras simpáticas retrogradamente até os 
gânglios sensitivos de nervos espinais torácicos inferiores e lombares 
superiores (T11–L2 ou L3). 
Resumindo: nervo esplâncnicos lombares e sacrais → simpático; nervo 
esplâncnico pélvico → parassimpático. 
FIBRAS SIMPÁTICAS: 
Corno intermédio lateral da medula espinal L1 – L2 → raiz ventral/anterior → 
nervo espinal → ramo comunicante branco → tronco simpático → nervo 
esplâncnico lombar → gânglio mesentérico inferior → plexo hipogástrico 
superior → plexo hipogástrico inferior → plexo vesical. 
OU 
Corno intermédio lateral da medula espinal L1 – L2 → raiz ventral/anterior → 
nervo espinal → ramo comunicante branco → tronco simpático → nervo 
esplâncnicos sacrais → plexo hipogástrico inferior → plexo vesical. 
DOR: 
A informação dolorosa na parte superior da bexiga (fundo) retorna pelas 
fibras simpáticas. 
Plexo vesical → plexo hipogástrico inferior → plexo hipogástrico superior → 
gânglio mesentérico inferior → nervo esplâncnico lombar → tronco 
simpático → ramo comunicante branco → nervo espinal → raiz posterior → 
corno posterior L1 e L2. 
FIBRAS PARASSIMPÁTICAS: 
Corno intermédio lateral da medula espinal S2, S3 e S4 → raiz anterior → 
nervo espinal → plexo lombossacral → nervo esplâncnico pélvico → plexo 
hipogástrico inferior → plexo vesical. 
DOR: 
A informação dolorosa na parte inferior da bexiga (corpo e colo) retorna 
pelas fibras parassimpáticas. 
Obs: geralmente os quadros de cistite envolvem o colo da bexiga, portanto, 
a via de dor é a descrita a seguir. 
Plexo vesical → plexo hipogástrico inferior → nervos esplâncnicos pélvicos 
→ plexo lombossacral → nervo espinal → raiz posterior → corno posterior S2, 
S3 e S4. 
INERVAÇÃO DA URETRA: 
URETRA MASCULINA: 
Os nervos são derivados do plexo prostático (fibras simpáticas, 
parassimpáticas e aferentes viscerais mistas), que é um dos plexos pélvicos 
(extensão inferior do plexo vesical) que se originam como extensões órgãos-
específicas do plexo hipogástrico inferior. 
@resumosdamed_ 
5 
 
A partir do assoalho pélvico, onde os órgãos ficam externos, a inervação vai 
ser somática, portanto, é realizada pelo nervo pudendo. Assim, as porções 
membranácea e esponjosa são inervadas por esse nervo. 
URETRA FEMININA: 
Os nervos que suprem a uretra têm origem no plexo (nervo) vesical e no 
nervo pudendo. O padrão é semelhante ao masculino, tendo então a 
ausência de um plexo prostático e de um músculo esfíncter interno da 
uretra. As fibras aferentes viscerais da maior parte da uretra seguem os 
nervos esplâncnicos pélvicos, mas a terminação recebe fibras aferentes 
somáticas do nervo pudendo. As fibras aferentes viscerais e somáticas 
partem dos corpos celulares dos gânglios sensitivos de nervos espinais (S2-
S4). 
 Estimulação 
Simpática 
Estimulação 
Parassimpática 
Sistema 
Urinário 
A constrição dos vasos 
renais reduz a formaçãoda 
urina, contrai o esfíncter 
interno da bexiga urinária 
para manter a continência. 
Inibe a contração do 
músculo esfíncter interno da 
bexiga urinária, contrai o 
músculo detrusor da parede 
vesical causando a micção. 
Sistema 
Genital 
Causa ejaculação e 
vasoconstrição resultando 
em remissão da ereção. 
Causa ingurgitamento 
(ereção) dos tecidos eréteis 
dos órgãos genitais externos. 
O QUE É LINHA DE DOR PÉLVICA? ESQUEMATIZE COMO 
OCORRE A INERVAÇÃO AFERENTE VISCERAL DE DOR ABAIXO E 
ACIMA DA LINHA DE DOR PÉLVICA: 
A linha de dor pélvica é tudo que está em contato com o peritônio, assim, 
a informação sensitiva volta via simpática (esplâncnico lombar). O que não 
está em contato com o peritônio volta pelo parassimpático (esplâncnico 
pélvico). 
Assim, face superior da bexiga urinária (fundo da bexiga) é coberta por 
peritônio e, portanto, está acima da linha de dor pélvica, assim as fibras de 
dor da parte superior da bexiga urinária seguem as fibras simpáticas 
retrogradamente até os gânglios sensitivos de nervos espinais torácicos 
inferiores e lombares superiores (T11 – L2 ou L3). Já a face inferior da bexiga 
urinária (corpo e colo) não é recoberta por peritônio, portanto, está abaixo 
da linha de dor pélvica, sendo inervada por fibras parassimpáticas (nervo 
esplâncnico pélvico). 
• Lesão de nervos esplâncnicos sacrais: o indivíduo perde o motor 
visceral (a contração da próstata e da vesícula) e vai perder a 
sensibilidade na altura da linha da dor pélvica. 
• Lesão dos nervos pélvicos: perde a parte motora (contração da 
bexiga), perde o reflexo da micção e também a sensibilidade 
abaixo da linha de dor pélvica. 
• Anestesia peridural durante o parto em mulheres: perde 
parcialmente a sensibilidade e a sensação de distensão. 
DOR: 
Se em contato com o peritônio (acima da linha pélvica) → volta pelo 
SIMPÁTICO (nervo esplâncnico lombar). 
Se não houver contato com o peritônio (abaixo da linha da dor pélvica) → 
volta pelo PARASSIMPÁTICO (nervo esplâncnico pélvico). 
Se estiver no assoalho pélvico → nervo pudendo. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
1. Moore – Anatomia orientada para clínica, 7ª edição. 
2. NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª ed. RIO DE JANEIRO: 
Elsevier, 2019.

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