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Prova de Direito Civil Pergunta 01: Adriano, em julho de 2017, recebeu como forma de pagamento de um crédito que tinha junto a Aurélio, pequena propriedade rural de 18 (dezoito) hectares localizada em Santa Bárbara d’Oeste, o que foi feito através de contrato de cessão de direitos possessórios. O transmitente, por sua vez, adquiriu a posse do imóvel por esbulho em janeiro de 2008 e alega que o fez, uma vez que o imóvel se encontrava abandonado desde a morte do seu proprietário, Otávio, em meados de 2003. É incontroverso que os herdeiros de Otávio nunca exerceram posse real do imóvel. No entanto, agora, eles ajuizaram ação de reivindicatória. O Réu tem como provar que não é proprietário de outro imóvel, mas não tem como demonstrar que tornou aquele produtivo por seu trabalho ou de sua família, nem que tem nele sua moradia. Sabe-se também que na circunscrição do imóvel, um módulo rural equivale a 10 (dez) hectares, bem como a pequena propriedade rural, por lei, tem área compreendida entre 1 (um) e 4 (quatro) módulos rurais. Enquanto advogado consultado por Adriano, hoje, assinale a alternativa que melhor expresse a satisfação de seus interesses. Resposta 01: Embora, o réu tenha posse de boa-fé, esta não é suficiente para lhe conferir a propriedade do imóvel conforme o prazo prescricional descrito – usucapião ordinária. Acontece que, a ele cabe a faculdade de juntar sua posse com a do seu antecessor, a fim de satisfazer a prescrição aquisitiva da usucapião extraordinária. Assim, é possível se utilizar da exceção do domínio decorrente da usucapião, como matéria de defesa na ação reivindicatória. -- Pergunta 02: Antônio contrata Celestino como seu motorista. Durante toda a semana, Celestino tem a obrigação profissional de conduzir Antônio aos seus compromissos profissionais e familiares. Nos finais de semana, o primeiro tolera que o segundo esteja com o veículo para ir visitar sua família e voltar na segunda-feira. Tendo em mente este caso, avalie as alternativas a seguir e assinale a correta: Resposta 02 : A posse se distingue da detenção em diversos aspectos, sobretudo pela impossibilidade de, nesta, quem a exerça, ter o direito de usar e gozar da coisa, defendê-la contra terceiros e, até mesmo, contra eventual possuidor indireto, mecanizar algum interdito. -- Pergunta 03: TÍCIO ao verificar uma gleba de terra sem ocupação aparente, nela ingressou e passou a possuí-la como se sua fosse. Ao longo do tempo, levantou muros divisórios e edificou um sobrado. Após o decurso de dois anos, CAIO bateu em sua porta dizendo que aquele terreno era de propriedade de seu finado pai. TÍCIO se recusou a sair da referida gleba. Pois bem, quinze anos depois, TÍCIO recebe uma citação para responder aos termos de uma ação reivindicatória que acabara de ser movida por CAIO. Nesta ação, o autor aduz, em síntese, que é legitimo proprietário do bem por direito hereditário. Neste caso é correto afirmar que: Resposta 03: a prescrição aquisitiva pela usucapião poderá ser arguida como matéria de defesa por Tício. -- Pergunta 04 : Em janeiro de 2018, Júlia Domna, autônoma, celebrou com Faustina contrato de venda e compra de um imóvel através de instrumento particular, pelo qual pagou o preço do bem e recebeu a posse do mesmo. Por conta de outro negócio, Caio Fúlvio tem contra Júlia Domna crédito não satisfeito, documentado em título executivo, o qual já foi protestado e executado. Em ação própria, o credor irresignado pretendeu o reconhecimento da aquisição da propriedade de tal bem pela devedora, bem como o respectivo registro no cartório competente. Para tanto, defendeu o credor-autor que, embora a vendedora conste na matrícula do imóvel como proprietária deste, Júlia o adquiriu mediante contrato de compra e venda, não tendo, contudo, formalizado a transferência do bem, com o nítido intuito de se esquivar de sua responsabilidade patrimonial pela dívida inadimplida. Nesse cenário, tem-se que a transferência do referido imóvel ao patrimônio da Ré possa beneficiar o autor, na medida em que possibilita a penhora almejada, posto obter-se pronunciamento jurisdicional reconhecendo a eficácia de um negócio jurídico firmado entre terceiros – Júlia e Faustina. Sobre a aquisição de bem imóvel mediante negócio jurídico entre vivos e a legítima retirada do bem do patrimônio do alienatário e transferência ao patrimônio do adquirente, assinale a opção correta: Resposta 04 : Em que pese a possibilidade de sentença declaratória de usucapião, a propriedade imóvel não pode ser adquirida por sentença, de modo que de eventual provimento declaratório ou constitutivo nesse sentido, tal como pleiteado por Caio Fúlvio, não resultará na pretendida transferência de propriedade ou tampouco na obrigatoriedade de promoção do respectivo registro na matrícula do bem. -- Prova de Direito Civil Pergunta 05 : João e Juca são locatários de um imóvel em São Paulo. O imóvel é grande e por isso pretendem sublocar as dependências de empregada, construídas em anexo, no sentido de complementar o valor do aluguel. Maria das Dores e Joaquina sublocaram o referido anexo. Nessa linha de raciocínio avalie as assertivas a seguir e assinale a alternativa falsa: Resposta 05 : João, Juca, Maria e Joaquina não exercem posses paralelas, porque não ocorreu a sobreposição de posses, ou seja, existência de posses de natureza diversa sobre a mesma coisa. -- Pergunta 06 : A Cia. Paranaense de Empreendimentos Florestais enfrenta na Terceira Vara Cível da Comarca de São Antônio do Pinhal, execução formulada por Tacofixer Industrial Ltda., nos autos da ação reivindicatória por esta proposta. Na reivindicatória, o dispositivo referente à sentença que a julgou procedente, lê-se "EX POSITIS, ao mais do que dos autos consta e dos princípios de direito aplicáveis à espécie, JULGO PROCEDENTE, em parte, o pedido formulado na inicial por TACOFIXER INDUSTRIAL LTDA., para condenar COMPANHIA PARANAENSE DE EMPREENDIMENTOS FLORESTAIS, a restituir àquela, o imóvel reivindicado, ressalvando, a esta, o direito de pleitear indenização em ação própria”. Continua: "uma vez que a ré adquiriu o imóvel de boa-fé, eis que, o falso proprietário, apresentou título com toda a aparência de legítimo, deve ser reconhecida nesta decisão, sua boa-fé. Restando para a mesma, o exercício do direito de ser indenizado pela via própria”. Acontece que a Ré alega, com base em inventário florestal - perícia, ter empreendido reflorestamento da espécie pinus elliotis (R$ 8.676.257,18) e sua manutenção (R$ 609.165,91), no valor de R$ 9.285.423,09 (oito milhões, cento e oitenta e cinco mil, quatrocentos e vinte e três reais e nove centavos) e que o valor do imóvel (da terra nua, como se encontrava antes da posse dela) não é superior a R$ 1.500.000,00 (um milhão e meio de reais). Você foi procurado pela Cia. Paranaense de Empreendimentos Florestais. Na condição de postulante de seus interesses, assinale a opção que revela o melhor acerto sobre a lide: Resposta06 : A Ré, por ter procedido de boa-fé, ao reflorestar a área e sendo o valor da acessão consideravelmente superior ao valor do imóvel, tem direito à aquisição da propriedade do imóvel, mediante pagamento de indenização à autora, dada a impossibilidade de entrega da coisa in natura, sob pena de prejuízos de grande monta. Trata-se de direito potestativo, espécie de desapropriação privada. -- Pergunta 07 : Cássio ajuizou ação de usucapião extraordinário, com pedido de tutela antecipada contra NORTE LEASING S/A ARRENDAMENTO MERCANTIL, porque em dezembro de 2001 teria adquirido imóvel em arrematação. O Autor alega que dentro deste, havia veículo, sem impedimentos constantes, sendo que, desde então, ele tem a posse mansa e pacífica do referido veículo, fazendo jus à declaração de ocorrência da prescrição aquisitiva. Requereu, a título de antecipação de tutela, a expedição de CRVL (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo) atual, possibilitando ao Autor a utilização do veículo e a regular quitação dos tributos nele incidentes, e, ao final, a procedência da ação, declarando-se a propriedade dele sobre o bem, regularizando o mesmo diante do DETRAN. Acontece que, em contestação a Ré alegou que o Autor, diretor de empresa falida, arrematou o referido bem imóvel, tornando-se depositário fiel dos demais bens ali encontrados, inclusive do veículo pleiteado; e que este é de propriedade da Ré em virtude de contrato de arrendamento mercantil entre esta e referida sociedade falida. o próprio Autor confessou que 1º) era sim depositário dos bens que se encontravam no imóvel arrematado; e 2º) que o veículo ora pleiteado era de propriedade da Ré que agora figura nesta ação. Deste modo, convencido que o autor, desde dezembro de 2001, encontrava-se com o bem na condição de depositário fiel, o juízo competente negou o seu pleito e julgou improcedente a ação de usucapião extraordinária. Sobre os fatos expostos, impende seja analisada a questão atinente à ocorrência, ou não, da usucapião, diante da alegação de que o Autor era depositário fiel do bem sobre o qual pleiteia a incidência da prescrição aquisitiva. Assinale, então, a opção correta: Resposta 07 : Andou bem o juízo, pois o Autor era depositário fiel do bem e não poderia alegar os referidos requisitos da usucapião, uma vez que o depósito não gera a posse do bem para o depositário, mas, antes, a mera detenção da coisa, sem “animus domini” plausível. -- Pergunta 08 : Dois vizinhos. Um deles comprou, pagou e registrou a compra da sua casa, nela morando há dois anos. O outro alugou esta casa de um cunhado e nela mora há 1 ano e um dia. Ambos são, portanto, possuidores, muito embora suas relações com estas coisas decorram de circunstâncias contratuais distintas. Diante do problema avalie os conceitos de posse que abaixo se enumeram e assinale a alternativa correta: Resposta 08 : A posse é conteúdo de exteriorização do exercício da maioria dos direitos reais; tanto assim que, ao estudarmos o conceito de posse dado pela lei, vemos que o legislador, ao referir-se a ela, refere-se também ao direito real de propriedade, onde estão reunidas todas as faculdades atinentes aos direitos reais. Prova de Direito Civil Pergunta 09 : Cícero alugou de Trajano por tempo determinado (30 meses) um imóvel localizado na via Angelus. No 29º mês de vigência da locação, Trajano notificou seu inquilino, manifestando não querer prorrogar o negócio e requisitando a desocupação do imóvel ao termo final do negócio. Ignorando a notificação, Cícero permaneceu no imóvel após o término do contrato. Considerando o enunciado da questão assinale a alternativa correta: Resposta 09 : A posse de Cícero, outrora justa, tornou-se precária com a não obediência à notificação. -- Pergunta 10 : As alternativas abaixo colocadas possuem conteúdos informacionais os mais diversos. Respeitam, contudo, os limites da matéria civilista e, também, o cânone da legalidade, cuja estampa imprime em todo o ordenamento jurídico matizes interpretativos que nos orientam, com maior rigor, ao fim perseguido: a Justiça. Todavia, só uma delas é aplicável à hipótese aqui descrita. Sendo assim, levando em conta uma posse completamente despida de justo título e boa-fé, que perdura por exatos 10 anos, sem oposição ou interrupção de quem de direito, havendo prova de moradia constante por parte do ‘prescribente’: Resposta 10 : Podemos afirmar ser possível o usucapião extraordinário, que tanto pode dar-se sobre imóvel urbano quanto rural, devendo, o autor desta ação, pedir ao juízo que declare adquirido o direito real de propriedade sobre referido bem --
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