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FABIANA DEL PADRE TOMÉ Minha Jornada para me tornar a TRIBUTARISTA que sou hoje começou lá na pequena cidade de Diamantino, no interior de Mato Grosso, e já conta com 25 anos de experiência em algumas das bancas mais renomadas no país, como a do professor Paulo de Barros Carvalho e o Madrona, contando atualmente com meu próprio escritório. Além de advogada, sou Doutora em Direito Tributário e professora da PUC-SP, do IBET e de vários cursos de especialização, graduação e de preparação para a OAB e concursos, tendo milhares de alunos espalhados pelo país, além de autora de livros jurídicos. Com o meu curso, o VOCÊ TRIBUTARISTA, ajudei mais de TRÊS MIL ALUNOS a se tornarem advogados seguros e bem- sucedidos. Para mais conteúdos completos sobre Direito Tributário na Prática: Acesse o Instagram Acesse o YouTube Acesse o WhatsApp https://www.instagram.com/prof.fabianatome/ https://www.youtube.com/c/FabianaDelPadreTom%C3%A9 https://growp.app/i/EVuMg3 CARTA ABERTA AOS TRIBUTARISTAS A DÉCADA DE OURO DA ADVOCACIA TRIBUTÁRIA COMEÇOU 2024 começou e, com ele, também começa a Década de Ouro da Advocacia Tributária. Nos últimos dias de 2023, a Reforma Tributária foi finalmente aprovada e chegou ao Diário Oficial, como a Emenda Constitucional n. 132/2023, sacudindo tudo. E agora nós teremos dez anos de transição (mesmo que a transição ainda não tenha começado), uma década cheia de oportunidades em que de um lado nós temos o bom e velho sistema tributário atual, cheio de dores de cabeça para os contribuintes e, do outro lado, um novo sistema tributário… também cheio de dores de cabeça para os contribuintes. E quem vocês acham que eles vão chamar? E você acha que depois desses 10 anos acaba tudo? É o que alguns pessimistas acham, mas não acaba não. Você leu o texto da Reforma? Nós teremos um novo sistema tributário cheio de nuances, ilegalidades e conflitos, em que nós seremos cada vez mais úteis. A Década de Ouro nada mais é do que a porta de entrada para uma verdadeira Era das Oportunidades na Advocacia Tributária. E o melhor: mesmo sabendo que será uma boa década para os advogados tributaristas, eu não sei exatamente o que acontecerá. Ninguém sabe e quem te disser que sabe está mentindo. O futuro é uma caixinha de surpresas. Mas quer saber de uma coisa? Não há nada mais excitante do que não fazer ideia do que está adiante, do que nos espera ali, virando a esquina (especialmente quando nós sabemos ao menos de uma coisa: que não faltarão boas oportunidades para quem se preparar de verdade). É um passeio ao desconhecido, mas com alegria assegurada. É nesse espaço da incerteza que nós podemos crescer. Nós, que não temos origem nobre, que não temos papai ou mamãe nos colocando no Direito, que temos que lutar pelo nosso espaço para sustentar nossas famílias. Somos nós, dentre todas as pessoas, que nos beneficiaremos das folhas em branco do destino. Somos nós, de todas as pessoas, que nos beneficiaremos de uma revolução. E, acredite, a revolução está acontecendo. Debaixo dos nossos narizes, debaixo dos narizes dos grandes escritórios, dos juízes, do Fisco. Quando me formei, vi que não poderia continuar em Cuiabá e decidi que meu futuro estava em vir fazer um mestrado em São Paulo. Eu não fazia ideia do que me esperaria em São Paulo, mas eu sabia que precisava dar esse passo. A dúvida que me esperava aqui trazia mais oportunidades que as certezas em Mato Grosso. E detalhe: Eu vim para cá estudar na PUC, uma das faculdades mais caras do país, SEM TER como pagar a mensalidade. Eu tinha que conquistar uma bolsa de estudos. E se eu não conseguisse isso? Teria que passar pela vergonha de abandonar tudo e voltar para casa em poucas semanas? Eu não fazia ideia de qual seria meu futuro, mas tentei mesmo assim. Obtive a bolsa (que não me dava luxos, mas pagava a mensalidade e um quartinho minúsculo numa casa de família) e me dediquei ao máximo para construir meu lugar nesse espaço vazio que era o futuro. E então eu percebi que o Mestrado, mesmo sendo um dos melhores do país, não me trouxe a prática para advogar. E lá fui eu me lançar à advocacia. Eu não sabia o que ela me traria. Por ter me arriscado, meu trabalho árduo chamou atenção de Paulo de Barros Carvalho, o maior tributarista do país, com quem trabalhei por quase 20 anos. E se eu tivesse ficado com medo do futuro e não tivesse me arriscado? Nada disso teria sido possível. Mas mesmo trabalhando com o maior tributarista do país e ensinando na PUC/SP e no IBET, as melhores instituições de ensino tributário do Brasil, eu ainda fiquei me indagando o que o desconhecido me traria. E fui atrás dele. Isso me levou a pequenos dissabores e felicidades inimagináveis e, mais importante, me levou aqui, a esta conversa com você. E, nessa sua jornada rumo ao mistério, você tem ferramentas que eram inimagináveis até pouco tempo. Estamos passando por uma forte democratização do Direito Tributário, quando cada vez mais contribuintes são informados dos seus direitos (inclusive, direitos a se defender e a recuperar créditos). Inclusive, eu fico feliz de fazer parte desta democratização, com meus três mil alunos do Você Tributarista. A Advocacia Tributária, que antes era um nicho isolado, apenas para grandes escritórios e intelectuais, agora está aberto a todos. Todos têm a oportunidade de corrigir os erros das faculdades, que não nos prepararam pro tributário, procurando agora ensino de qualidade em outros canais, como aqui na internet. Todos têm a possibilidade de advogar no Tributário, não importa a idade, não importa a cidade, não importa a origem. Cada vez mais fica claro que podemos advogar no tributário mesmo em cidades pequenas, que podemos advogar para pessoas físicas e pequenas e microempresas (aliás, os melhores clientes para começar), que podemos advogar com planejamento tributário, com execução fiscal e com as teses tributárias, inclusive teses que não são muito famosas, mas tem um excelente retorno em honorários, como as teses das folhas de pagamento. Mas, e você? Vai ficar de fora desta revolução? Me encontre nos dias 29 e 31 de janeiro e 01 de fevereiro. Juntos, iremos enfrentar as incertezas do futuro com um sorriso no rosto e uma certeza no coração: nosso futuro é a advocacia tributária. Participe do Treinamento Advogue no Tributário e revolucione o seu futuro, o da sua família e o de seus clientes através do Tributário. Seu futuro ainda não está escrito, o de ninguém está. Seu futuro será o que você quiser, então faça dele algo bom. A Era de Ouro da Advocacia Tributária está começando e você pode ser um dos primeiros a se prepararem. FABIANA TOMÉ GUIA DO TREINAMENTO ADVOGUE NO TRIBUTÁRIO O TREINAMENTO VAI ACONTECER NOS DIAS 29 E 31 DE JANEIRO DE 01 DE FEVEREIRO As aulas acontecerão ao vivo, às 20h (horário de Brasília), no meu canal do Youtube. Participe do grupo do WhatsApp para ser sempre lembrado das aulas e receber o link com o material de apoio. Se você ainda não estiver no grupo de WhatsApp, é só tocar no botão abaixo: Quero fazer parte do grupo do Treinamento no WhatsApp https://growp.app/i/EVuMg3 AULA 01 29 DE JANEIRO, ÀS 20H O PASSO A PASSO PARA ADVOGAR NO TRIBUTÁRIO Nesta aula, você receberá uma lista de teses para pessoas físicas e jurídicas de todos os tamanhos, aprenderá como identificar o cliente ideal, como selecionar as melhores teses para ele e como fazer sua apresentação. Você ainda descobrirá outras oportunidades, como o planejamento e as defesas. São oportunidades que não serão afetadas pela Reforma que foi aprovada, mas que serão potencializadas por ela. Começou a Década de Ouro da Advocacia Tributária. AULA 02 31 DE JANEIRO, ÀS 20H SIMPLES NACIONAL: O SEU PRIMEIRO CLIENTE Maisde 90% das empresas no país são do Simples Nacional e elas estão por todo canto, em todos os bairros, da maior capital à menor cidade do interior. Mas poucos advogados abrem os olhos para elas. Você vai descobrir porque elas são uma excelente porta de entrada pro tributário e quais oportunidades elas trazem, incluindo a tese da recuperação de PIS e COFINS Monofásico. Amanhã mesmo você poderá fechar contrato com uma delas. AULA 03 01 DE FEVEREIRO, ÀS 20H ADVOGUE NAS EXECUÇÕES FISCAIS A cada 3 processos tributários, 1 é execução fiscal e pouquíssimos advogados olham para essa área ou sabem identificar e prospectar clientes nela, tornando-a uma das menos concorridas da advocacia tributária. Você irá aprender como aproveitar essa oportunidade de ouro, prospectando clientes, cobrando honorários justos e os defendendo com segurança em uma oportunidade de atuação que estará em alta na Década de Ouro da Advocacia Tributária. AULA EXTRA 04 DE FEVEREIRO, ÀS 20H ZERO DÚVIDAS: PERGUNTAS E RESPOSTAS Se, depois que fizer um Fabiflix e maratonar todas as aulas do Treinamento, você tiver alguma dúvida sobre as oportunidades tributárias que eu te apresentei, eu vou fazer uma aula extra na noite do domingo para tirar todas as suas dúvidas, para que você esteja seguro para prospectar clientes e atuar no tributário no dia seguinte. Mas antes… É HORA DO AQUECIMENTO De 15 A 25 DE JANEIRO, encontrarei você no aquecimento para o Treinamento Advogue no Tributário. Nesses encontros, conversaremos sobre temas importantes do dia a dia do advogado tributarista, com enfoque bastante prático. E COMO VÃO FUNCIONAR O AQUECIMENTO DO TREINAMENTO? De 15 a 18 de janeiro, em que você vai assistir a uma seleção das melhores conversas com meus alunos, onde discutimos o que eles estão fazendo para enfrentar seus obstáculos e prospectar clientes, em conversas bem francas, que com certeza vão te ajudar a colocar a vermelhinha pra funcionar. Já de 22 a 25 de janeiro, nas lives de aquecimento, vamos tratar de temas fundamentais para a atuação na advocacia tributária, para que você saiba enfrentar os principais desafios do campo de batalha e quais são as maiores novidades do Tributário. Ah, e eu quero constantemente produzir um conteúdo de qualidade para você. Por isso, estou disponibilizando uma pesquisa para aprender mais sobre o que está te dando dor de cabeça no Tributário e o que mais pode te ajudar a tornar sua advocacia cada vez mais forte. Se você AINDA NÃO respondeu à pesquisa que disponibilizei nos últimos dias, é só tocar no link abaixo e me ajudar. Sua resposta é muito importante para que o Treinamento Advogue no Tributário tenha o melhor conteúdo possível para você. E aqui vão algumas dicas para que você possa aproveitar da melhor forma possível o aquecimento e as aulas do Treinamento. NÃO DEIXE PARA DEPOIS. Antes de mais nada, é claro que o melhor é acompanhar o Treinamento é AO VIVO. Você estará lá interagindo comigo, tirando dúvidas e compartilhando ideias com seus colegas. As aulas do Treinamento ficarão disponíveis por pouquíssimos dias. Por isso, é fundamental que você deixe as noites de 29 de janeiro a 01 de fevereiro reservadas na sua agenda. Tomei essa decisão de deixar as aulas disponíveis por tempo limitado para evitar o efeito “vamos marcar”. Quem nunca olhou para um conhecido e disse “ei, vamos marcar um almoço?” e fica postergando, sem nunca fazê-lo de verdade? Então, se eu deixasse essas aulas por tempo indeterminado no ar, é provável que você postergasse, devido às suas atividades diárias, e acabasse não assistindo nunca. Acredito tanto no papel transformador dessas aulas que quero evitar que isso aconteça e você perca essa oportunidade. Quero responder à pesquisa https://social.fabianatome.com.br/PesquisaJan24 Assim, aqui vai uma dica: coloque o horário da aula ao vivo em sua agenda (20h, horário de Brasília) e se comprometa com ele, como se tivesse marcado uma reunião com um cliente, para não deixar para depois. Além disso, participar ao vivo dá a oportunidade de você estar ativamente comigo, fazendo perguntas pelo chat, que procurarei responder durante a aula. CUIDADO COM AS DISTRAÇÕES! O Treinamento não é um evento qualquer, que finge ter conteúdo para te convencer a comprar algo. É claro que, em breve, teremos a abertura de uma nova turma do meu curso, o Você Tributarista, e não vou fingir para você que isso não acontecerá. Somos todos adultos aqui. Mas não é por isso que o Treinamento não será bom. Pelo contrário, esse é um dos motivos pelos quais eu que me sinto na obrigação de dar a você um minicurso gratuito de extrema qualidade, para que você perceba que há uma nova forma de advogar no tributário, sem neuras, com segurança e sucesso. E para que, com esse Treinamento, você já dê o primeiro passo nessa jornada. Há alunos que conseguiram clientes e bons honorários só com as edições anteriores do Treinamento. Por isso, o Treinamento Advogue no Tributário é um evento recheado de conteúdo e você não pode perder um segundo sequer. Quem perder pouco já perde muito! Para que você absorva da melhor forma o conteúdo do Treinamento, recomendo que procure um lugar confortável em sua casa ou escritório, tenha caneta e um caderno à mão, água, café ou outra bebida de sua preferência e, se quiser, um lanchinho. É importante também que você não fique no WhatsApp, no Instagram ou com qualquer outra aba aberta no seu navegador de internet enquanto assistir à aula. EXERCITE A ATENÇÃO PLENA NO CONTEÚDO QUE VOCÊ ESTÁ CONSUMINDO. Você também pode conversar com sua família ou com quem você mora e explicar que esta é uma semana especial para você. Peça a colaboração deles, para que deem um tempinho para que você possa estudar, e explique que está investindo em educação que será revertida em uma melhoria de vida para todos vocês. OUTRA DICA IMPORTANTE: NÃO ASSISTA ÀS AULAS NO CELULAR. Sempre que estamos assistindo a algo no celular, aparece uma notificação ou mensagem que nos distrai. Coloque as aulas no computador, em tela cheia. Melhor ainda: se puder, projete a aula na televisão. Então, coloque o celular longe de você por algumas horas e fique com papel e caneta na mão, acompanhando tudo o que o Treinamento pode te trazer. CHEQUE SEUS E-MAILS, PARTICIPE DO CANAL DO TELEGRAM E DO GRUPO DE WHATSAPP PARA RECEBER TODOS OS AVISOS E MATERIAIS! Enviarei a você alguns e-mails ao longo desta semana, com lembretes, os links das aulas e outros conteúdos. SEMPRE CHEQUE SUA CAIXA DE ENTRADA E, POR PRECAUÇÃO, TAMBÉM A CAIXA DE SPAM E A DE PROMOÇÕES DO SEU PROVEDOR DE E- MAIL. E não deixe de entrar para o grupo de WhatsApp do Treinamento, que também será utilizado para enviar avisos importantes. Clique AQUI para entrar no grupo do WhatsApp https://growp.app/i/EVuMg3 CONVIDE ALGUM AMIGO PARA PARTICIPAR Uma andorinha só não faz verão. Acredito muito nesta frase e ela faz muito sentido quando estamos aprendendo algo ou trabalhando. Quando temos alguma companhia, nossas ideias ficam mais completas, já que podemos trocar impressões diferentes, que temos a partir dos pontos de vista. Se você tem algum amigo que já se inscreveu no Treinamento, mande uma mensagem para ele lembrando de acompanhar ao vivo as aulas, pergunte o que ele está achando, se ele teve alguma ideia que queira compartilhar. Se você tem algum amigo que ainda não se inscreveu, o chame logo para se inscrever. Ainda dá tempo! CONQUISTE CLIENTES NO TRIBUTÁRIO COM PARCERIAS ______________________________________________________________ Como estou sempre buscando preparar as melhores aulas para você, estou constantemente conversando com alunos e fazendo pesquisas para saber qual a principal dificuldade que estão passando hoje naadvocacia. E eu não me surpreendi com a resposta da maioria. Acho que você deve saber qual é. Isso mesmo: a prospecção dos clientes. Muita gente não sabe como prospectar clientes de forma eficaz e dentro das regras de ética da OAB. Não à toa, no TREINAMENTO ADVOGUE NO TRIBUTÁRIO, que acontecerá de 29 de janeiro a 01 de fevereiro, eu vou dar um grande enfoque na prospecção de clientes. Mas, como quero que a sua preparação seja a mais completa possível, eu não quis que ela esperasse pelo dia 29 de janeiro. Então, neste e-book, eu vou te ensinar uma excelente estratégia para chegar em novos clientes mesmo que você tenha pouco tempo de carreira, pouca experiência na prospecção, ou seja, como eu era no início, bem tímida. Aliás, falando em timidez, não deixe que isso fique entre você e seu cliente. Em seus livros e palestras, o Flávio Augusto (fundador da Wise-Up e da Geração de Valor, criador do meusucesso.com e ex-proprietário do Orlando City) confessa que é extremamente tímido, chegando a passar mal quando tem que falar em público. E, mesmo assim, ele se tornou um dos maiores palestrantes - e digo mais, um dos maiores vendedores - do Brasil. Eu mesma, jamais vou me esquecer da minha primeira palestra: na véspera, achei que ia desmaiar! Mas em vez de desistir, treinei muito, me preparei e dei o melhor de mim. Antes de prosseguirmos, como uma boa professora, eu quero recapitular algumas coisas que eu já te disse sobre prospecção em minhas aulas e em e-books anteriores. A prospecção de clientes envolve diversas etapas, especialmente um planejamento para efetuar aquilo que chamo de “aproximação eficaz”, tais como: a) Delimitar o nicho de atuação pretendido b) Identificar os potenciais clientes que deseja alcançar c) Pesquisar previamente a atividade do cliente e seu regime tributário d) Estudar suas características no mercado, para fins de uma aproximação eficaz e) Identificar previamente possíveis objeções do cliente f) Estar preparado para respondê-las e afastá-las (tais como sobre a duração do processo, ponderações sobre as vantagens e desvantagens de adotar a medida neste momento, riscos de oportunidade etc.) Feito esse planejamento, é hora de colocá-lo em prática. Para tanto, tenha em mente que as suas convicções impactam no sucesso da contratação. Saiba “escutar”: aproveite a reunião para conhecer melhor o cliente, suas “dores” e demonstre interesse em ajudá-lo. Persistência é outro ponto importante para o bom desempenho na prospecção de clientes: o processo de prospecção (venda) é uma ferramenta em constante aperfeiçoamento. Após cada reunião, faça uma análise dela: identifique o que você fez certo, o que fez de errado e como pode melhorar nas próximas oportunidades. Estabeleça metas; seja proativo. Não espere o cliente procurá-lo. Esteja em constante contato com ele, ainda que não tenha havido a efetiva contratação, para conquistar sua confiança e estar sempre a postos para quando ele precisar, para quando surgir nova oportunidade. Apresente aos clientes soluções para seus problemas, sejam eles problemas já conhecidos, ou que o cliente nem sabe que possui. Crie, nele, a conscientização de que ter uma boa assessoria jurídica sai mais barato do que remediar equívocos cometidos junto ao fisco. Prepare apresentações persuasivas (utilize powerpoint; gráficos; valores), que evidenciem os benefícios da contratação, bem como os eventuais prejuízos caso deixe de serem adotadas as medidas necessárias. Além dessa preparação para a reunião perfeita, há uma estratégia que vai te render muitos clientes: firmar parcerias com outros advogados e com contadores. Quando eu falo de fazer parcerias com advogados, estou falando tanto de parcerias com tributaristas quanto com profissionais de outras áreas, como Direito de Família, Sucessões, Direito Civil, Trabalho, Previdenciário e muito mais. Você deve estar aí se perguntando: “como assim fazer parcerias com contadores?” Parece que há um abismo entre a gente, não é? Muitos advogados desconfiam de contadores e vice-versa. Mas isso só acontece porque não se cria uma relação da forma certa, que é o que eu vou te ensinar. Então continue neste e-book, que eu vou te explicar tudo direitinho. PARCERIAS COM OUTROS ADVOGADOS TRIBUTARISTAS _______________________________________________ O primeiro parceiro que você deve considerar é o advogado tributarista. Sim, outro advogado tributarista, assim como você. Temos que vencer o pensamento de que os outros tributaristas são nossos inimigos. Há mercado suficiente para todos os verdadeiros tributaristas, para os que sejam realmente especializados na área. E por “especializados” eu não falo de quem simplesmente fez um curso de especialização. Ter uma pós não é sinônimo de ser bom advogado. Especialização é algo muito bom. Eu mesma ensino em várias pós e vou adorar ser sua professora caso você um dia faça um dos cursos em que eu ensino, mas elas têm um outro objetivo. Elas aprofundam questões científicas, doutrinárias, teóricas, mas não ensinam a advogar, não vão te dar a prática necessária. O advogado realmente especializado no tributário é aquele que conseguiu a prática e a segurança para prospectar clientes e aplicar as teses, trabalhar com as defesas, com o planejamento e todas as outras oportunidades de atuação que o mercado oferece. É o advogado que aprendeu a enxergar as oportunidades, desenvolveu pensamento analítico e descobriu como conversar com os contribuintes e torná-los clientes. Há poucos advogados assim em um mercado que é muito grande, já que compreende praticamente todas as pessoas físicas e jurídicas. E, veja, pessoas jurídicas de todos os tamanhos, e não apenas as grandes empresas. Além disso, são justamente as pequenas e médias empresas que são mais afetadas pela tributação injusta, ao mesmo tempo em que são as que têm menos apoio para combatê-la, que precisarão de advogados como você. E como funcionaria essa parceria? De diversas formas. Você pode fazer parceria com um outro advogado tributarista, por exemplo, para expandir geograficamente sua atuação. Eu tenho alunos que são de cidades distintas (alguns até de Estados diferentes) e trabalham juntos na prospecção de clientes e nos processos, o que é possível já que o tributário não tem audiência (ô coisa boa!) e a maioria dos processos é eletrônico. Assim, você pode fazer parceria com um colega de outra cidade para contar com a experiência dele, o conhecimento em algum tributo específico ou o que mais ele possa colaborar. Talvez ele chegue com clientes, precisando de ajuda porque VOCÊ é o que tem conhecimento específico para ajudá-lo e ele está caindo de paraquedas no tributário, começando agora a carreira dele. Então, por exemplo, imaginemos que você se especializou em GILRAT, a Contribuição do Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho, algo que é muito importante para as empresas, que normalmente pagam mais do que deviam por causa de um enquadramento equivocado, mas é conhecido por pouquíssimos advogados. Você pode fazer parceria com outros advogados, para que eles façam a prospecção em suas cidades, enquanto você faz a análise mais profunda das atividades dos clientes e faz seu reenquadramento. Você também pode trabalhar com advogados que tenham mais experiência, especialmente com um tributo que você não domina. Imagine que você se especializou na parte de contribuições, como PIS e COFINS. Talvez não seja tão bom na área de Imposto de Renda e aí acaba aparecendo um cliente com uma demanda muito específica e complicada em relação a esse tributo (vamos imaginar que seja uma discussão a respeito das bases de cálculo do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas no regimedo Lucro Real). Daí, você pode trabalhar com aquele colega que tem mais experiência em IRPJ nesse processo e acordar que, quando surgir algo de contribuições, ele irá te chamar. Outra oportunidade de atuação: que tal combinar talentos complementares? Pode ser que você seja melhor por trás da mesa, analisando documentos e julgados, escrevendo petições, na labuta mais técnica, mas ainda não seja tão bom na hora da venda, da abordagem do cliente, do processo de convencimento (mas jamais pense que você nunca vai ser capaz disso! Não é algum talento sobrenatural que alguns têm e outros não, mas treino, e neste momento pode ser que você ainda não tenha o treino suficiente). Você pode se juntar justamente com algum advogado que seja mais comunicativo e consiga fazer boas reuniões, mas que não teria tanto tempo, ou talento, na hora da parte escrita (ou vice-versa, você que é bom na prospecção de clientes pode se aliar a alguém com mais habilidades no peticionamento). Assim, essas duas habilidades podem ser combinadas para criar uma dupla completa, que faz excelentes reuniões ao mesmo tempo que domina o processo. Eu chamo essa combinação de DUPLA DINÂMICA, que nem o Batman e Robin, das séries e desenhos animados. Cada um entrega o que tem de melhor e ambos terão o melhor resultado possível. Eu sempre incentivo que haja esse contato entre os tributaristas, que eles firmem parcerias. Inclusive, meu curso traz vários mecanismos para isso, como as mentorias mensais ao vivo, que são realizadas em grupo justamente para que não apenas eu responda perguntas, mas os alunos interajam, compartilhem experiências e se ajudem. Nós também temos uma comunidade exclusiva para meus alunos no Telegram, muito movimentada, em que os alunos estão se ajudando o tempo todo e em que há uma área especial para fazer parcerias. O aluno pode chegar lá perguntando por algum outro aluno que tenha uma habilidade específica (e nós temos advogados, contadores, ex- auditores, secretários de tributação, um time maravilhoso, com experiências bem complementares) ou então apresentar suas habilidades, buscando um parceiro. Se você ainda não é meu aluno, não precisa se preocupar. Há outras formas de se conectar com advogados tributaristas, como as comissões e eventos promovidos pela OAB. Você pode participar de eventos da Ordem e, inclusive, fazer parte de alguma comissão da sua subseção. Claro, de preferência, a comissão da advocacia tributária. Você também pode procurar colegas seus de faculdade que tenham se especializado nessa área. Será que a sua velha turma não tem um grupo de WhatsApp ou não faz uma festinha de reencontro de vez em quando? Ah, se você fizer alguma pós em Tributário, pode buscar na sua turma alguém que já esteja advogando e pode conversar com ele, para sondar se é uma pessoa comprometida e bem intencionada. O LinkedIn também é uma excelente ferramenta para fazer parcerias com outros advogados. Você deve se posicionar lá como Tributarista, postar notícias, comentar assuntos como recuperações de créditos, mostrar um pouco do seu dia a dia e irá chamar a atenção tanto de contribuintes quanto de outros advogados. Repita esse mesmo procedimento em outras redes sociais, como o Instagram, mas saiba que é no LinkedIn que há maior oportunidade de parcerias profissionais. PARCERIAS COM ADVOGADOS DE FAMÍLIA, DE SUCESSÕES E OUTROS CIVILISTAS _______________________________________________ Mas você não precisa apenas procurar advogados da mesma área que a sua para firmar parcerias. Que tal procurar algum colega de faculdade, familiar ou amigo que advogue em outra área? Veja seu amigo que advoga em Direito de Família e Sucessões, por exemplo. Com certeza, ele é um excelente advogado, sabe tudo de alimentos, guarda, poder familiar, regimes de casamento e união estável, inventário e fracionamento de herança, mas provavelmente sabe muito pouco de tributário. E isso é super normal e compreensível. Quanto mais nos especializamos em uma área, mais esquecemos do que vimos na faculdade sobre as outras. Eu mesma sei muito pouco de penal ou de trabalho; conheço apenas aquilo que tem conexão com o tributário. Nós acabamos criando um raciocínio analítico para a área em que nos especializamos, aprendemos a enxergar o direito sob aquela ótica, e também passamos a acompanhar notícias e julgados dela. Assim, não estamos tão atualizados em relação às outras áreas, não enxergamos suas oportunidades. Isso acontece com os melhores advogados de família e sucessões quando se fala do tributário. E esse colega advogado de família vai precisar da sua ajuda, porque, em algumas causas referentes a divórcios e sucessões, haverá questões tributárias delicadas e ele talvez não saiba orientar muito bem o cliente dele. Ao firmar uma parceria tanto para analisar casos anteriores como para estar presente nos casos futuros, ambos saem ganhando. Ele pode, por exemplo, vender essa consultoria tributária como um diferencial para os clientes, mostrar que haverá o acompanhamento de um tributarista qualificado para evitar maiores dores de cabeça. E que tipos de dores de cabeça podem surgir? Vejamos, por exemplo, a discussão sobre a base de cálculo do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD). Esse imposto, que, entre outras situações, será cobrado quando um imóvel for transferido para os herdeiros, na sucessão, tem sua base de cálculo fixada pelo art. 38 do CTN no valor venal. No entanto, muitos Estados, como é o caso de São Paulo por exemplo, fixam o ITCMD de forma diferente, de acordo com um valor de referência presumido, ou seja, um valor bem mais alto, e, pior, o fazem por meio de decreto, de forma inconstitucional, ferindo o princípio da legalidade. Atuando contra essa fixação, você estará resolvendo uma dor de cabeça de alguém nesse momento delicado e poupando a essa pessoa milhares de reais que farão a diferença quando ela tenta se restabelecer. Então, converse com esse advogado! Será que ele tem clientes que pagaram indevidamente esse tributo? Dê uma olhada junto com ele. É uma boa oportunidade para recuperação do indébito tributário. Outro tema excelente é o da não incidência de Imposto de Renda sobre Pensão Alimentícia, que foi objeto da Ação Declaratória de Inconstitucionalidade nº 5422, tendo por Relator o Min. Dias Toffoli. Segundo o Supremo, a incidência do IRPF sobre a pensão alimentícia é inconstitucional, pois não há acréscimo patrimonial, já que os alimentos ou pensão alimentícia não constituem renda ou proventos de qualquer natureza, mas montante retirado dos acréscimos patrimoniais do alimentante (que já paga o Imposto de Renda) que é entregue ao alimentado, não sendo riqueza nova por parte do alimentado ou do adulto que tenha sua guarda e alimentação destes valores. A decisão do STF é recente e poucos ainda a conhecem. Quantas pessoas físicas que você conhece recebem pensão alimentícia? E já imaginou fazer parceria com um advogado de família? PARCERIAS COM ADVOGADOS TRABALHISTAS, PREVIDENCIÁRIOS E COM QUEM ADVOGA PARA SERVIDORES PÚBLICOS _______________________________________________ Outro bom parceiro em potencial é o seu amigo advogado trabalhista. E aqui eu falo tanto do advogado dos funcionários/reclamantes quanto o do empregador, da empresa. Para cada caso, vão caber algumas teses e atuações distintas. Seu colega advoga para os empregados, os reclamantes? Converse com ele para que examine os clientes que tenham recebido verbas remuneratórias em atraso. Imagine que ele tenha um cliente que deveria ter recebido horas extras por dez anos e a empresa nunca tenha pagado e agora está processando sua empregadora por conta deste pagamento que nunca foi realizado. Quando o juiz deferir seu pedido,vai estabelecer o pagamento desta verba com juros de mora, não é? E será que o cliente do seu colega pagou Imposto de Renda sobre esses juros? Provavelmente pagou. E pagou errado! No julgamento do RE n. 855.091/RS, o STF fixou a tese de que “não incide Imposto de Renda sobre juros de mora devidos pelo atraso no pagamento de remuneração por exercício de emprego, cargo ou função”. Isso porque o Tribunal entendeu que os juros de mora não têm natureza de lucros cessantes, mas apresentam verdadeiro caráter indenizatório. Talvez você conheça esse caso como o Tema 808, porque esse julgamento foi em caráter de repercussão geral. Se os clientes pagaram o IRPF sobre os juros de mora, você poderá requerer a recuperação do indébito. E isso pode ser feito até mesmo na via administrativa, junto à Receita Federal do Brasil. E quantos clientes do advogado trabalhista não estarão em situação assim? Provavelmente todos, já que a maioria das reclamações trabalhistas acabam tendo alguma verba que não foi paga pelo empregador, como horas extras, adicional noturno ou férias. E olha que nossos colegas de trabalho costumam ter muitos clientes, pois é uma área em que se trabalha com volume. Ah, e uma coisa boa: NÃO houve modulação dos efeitos desta decisão do STF, o que até é algo raro, já que o Ministro Toffoli foi o relator (e ele é o rei das modulações). Então, vocês podem dar uma olhada lá para o passado do seu colega trabalhista, em vários anos (respeitando, claro, o período de prescrição, dos últimos cinco anos). Eu estou falando de um advogado trabalhista, mas isso pode ser aplicado também para aquele seu colega que trabalha com direito administrativo e advoga para servidores públicos. Os clientes dele, muitas vezes, vão pleitear e receber com juros de mora verbas de natureza remuneratória em atraso, que não haviam sido adimplidas pelo Estado. É o caso, por exemplo, de uma gratificação que seja fixada em lei, mas que por algum motivo o poder público não tenha implementado. Lembre que esse entendimento se aplica para qualquer cargo, emprego ou função. Isso também se aplica para o seu colega que trabalhe no previdenciário. A mesma lógica de tributação que expliquei nos parágrafos anteriores deve ser adotada para alguém que teve sua aposentadoria negada pelo INSS e precisou ingressar na Justiça Federal com uma demanda para estabelecê-la. Essa pessoa não vai receber as verbas em atraso, acrescidas de juros de mora? Pois bem. O STJ decidiu, no REsp 1.470.443, que não incide IRPF sobre juros para o atraso de benefício previdenciário. E vai aqui uma curiosidade: o STJ estava julgando este caso antes do STF julgar o Tema 808, mas suspendeu o julgamento quando o STF passou a decidir sobre o IR incidir ou não sobre juros de mora e, com a decisão tomada pelo Tribunal Constitucional, o STJ retomou seu julgamento para seguir a mesma linha de raciocínios e evitar conflitos de entendimentos. PARCERIAS COM CONTADORES _______________________________________________ Há uma dúvida que passa pela cabeça de muitos advogados, um certo tabu, relacionado com a prospecção de clientes: como lidar com o contador do meu cliente? O contador da empresa é um obstáculo à chegada dos advogados? Muitos alunos me perguntam sobre isso no meu Instagram, nas lives que eu faço e até nas aulas do meu curso e normalmente a pergunta vem com um pouco de reclamação e desabafo. Eles me dizem: “Ah, como eu vou lidar com o contador?”, “O contador não me entrega os documentos que eu solicito”, “O contador não se interessa pelas teses”, “O contador fala para o empresário que aquilo não vale a pena”, “Como é que eu lido com isso?” É sobre isso que eu vou falar com você. Antes de mais nada, eu quero deixar claro que eu não estou generalizando. Há excelentes contadores no mercado. Eu mesma tenho amigos e amigas que são ótimos profissionais contábeis e que inclusive veem o mesmo problema que eu, mas do lado de lá: às vezes, alguns advogados e alguns contadores não se dão bem porque não sabem se comunicar e deve acontecer o contrário. Contadores e advogados têm que andar juntos! Nós não somos concorrentes, nós não somos inimigos, nós temos que ser parceiros. Cada um de nós tem a sua habilidade técnica, seu quinhão de conhecimento e possui um leque de funções específicas que podem exercer. O contador não pode pensar que o advogado tributarista é seu concorrente, alguém que vai denegrir o seu trabalho, que vai afirmar que ele, contador, fez algo errado, que vai lhe tirar clientes e, assim, subtrair o seu sustento. Da mesma forma, o advogado também não deve adotar essa postura. Não é desse modo, com esse tom de conflito, que se conquista o cliente. A primeira coisa a se fazer é tomar cuidado em como se referir ao contador. Mesmo ao apresentar teses que estariam baseadas em eventuais equívocos contábeis, o advogado deve adotar uma postura conciliadora, de forma a não prejudicar o contador, a não o hostilizar, mas, ao contrário, tentando trazê-lo para seu lado. Deixe-me dar um exemplo: a recuperação de créditos de PIS/COFINS monofásico no âmbito do Simples Nacional, que normalmente é feita pela via administrativa. Nesse caso, o advogado pode dar uma consultoria para a empresa, para que ela passe, a partir dali, a tomar as medidas apropriadas. É algo que já poderia ter sido feito desde o início: deveria ter havido uma segregação dentro das declarações contábeis, evitando-se o recolhimento a maior. Em situações como essa, alguns advogados têm o receio de que, ao apontar o equívoco, o contador da empresa se veja atacado, pensando que está sendo tomado como o causador da perda de dinheiro, e por isso travam na hora de abordar a empresa. Por outro lado, alguns contadores têm medo que o advogado ao apresentar essa tese, o acuse de incompetência, de cometer equívocos. E assim, o advogado não apresenta a tese ou, quando apresenta, tem o contador jogando contra ela. Você deve ter em mente (e deve passar isso ao contador e ao seu cliente) que você viu algo que o profissional contábil não enxergou, mas não porque este não seja competente. Ele é. Mas você e ele estão em contextos diferentes. Muitas vezes, um mesmo contador atende dezenas ou centenas de empresas. Então, em virtude dessa elevada demanda, ele não examina em detalhes se aquela empresa do Simples Nacional comercializa produtos monofásicos, quais são esses produtos etc. Já você é alguém dedicado especificamente a isso, tem uma atenção mais focada, é um especialista no assunto. Não se chega ao cliente e ao próprio contador, que pode ser uma porta de entrada para o cliente, dizendo que algo não deveria ter sido feito, acusando-o de erro. Em vez disso, demonstre seu conhecimento, evidencie o que pode ser feito e que você, sendo especialista em virtude das particularidades que acabei de mencionar, está mais preparado para perceber a oportunidade. Pode não parecer, mas há uma grande diferença entre acusar o que não deveria acontecer (e aconteceu) e dizer o que poderia acontecer, trazendo SOLUÇÃO! E como você fará isso? Simples. Na apresentação da tese ao seu cliente, você mencionará que existe um entendimento jurisprudencial, que há uma tese, que há um caminho que você conhece. Em vez de diminuir o contador, coloque- se em uma posição de conhecimento diferenciado. Mostre que conhece essa tese por sua experiência, por seus estudos, por ser um especialista, um verdadeiro tributarista e por estar por dentro das teses mais atuais, mais modernas. Em vez de diminuir o outro, você deve criar sua autoridade. E isso gera dois resultados positivos: você ganha o cliente por causa dessa autoridade e também ganha o contador, porque não chegou o diminuindo, atacando, provocando sua demissão. Ao andar nesse caminho, você só tem ganha-ganha.Você deve encarar o contador como um parceiro. E deve fazê-lo sob duas perspectivas. A primeira é essa, da parceria com o contador do empresário para quem você apresentou a tese (que, ao ver você como aliado, pode ajudar a convencer o cliente dele sobre as vantagens financeiras, em vez de ficar rebatendo seus argumentos e desestimulando o ingresso da medida judicial ou administrativa). Lembre-se ainda que você precisará desse contador para várias demandas ao longo do processo, desde a preparação da documentação para análise do caso e ingresso da medida apropriada. Imagina ter alguém atrasando a entrega, te atrapalhando, porque vocês não criaram um bom relacionamento? Seria péssimo. Então, obviamente, vocês precisam ter uma boa relação, não é? A segunda perspectiva é de ver o contador como alguém que te indique clientes. Sim, um contador pode te trazer clientes. Lembre que contadores costumam lidar com dezenas ou centenas de empresas. Então, ele tem uma entrada e uma relação de confiança com inúmeros sócios, gerentes e proprietários de empresas. E é alguém que não tem braços ou tempo para ficar olhando em detalhes o regime de tributação de cada cliente dele, de cada produto e serviço. Você pode conversar com ele, se apresentar como essa pessoa que se atentará a tais detalhes, que fará as observações e revisões necessárias, e pode estabelecer uma relação de indicação. Juntos, vocês selecionam alguns clientes mais promissores. Há, como vocês sabem, recuperações de créditos que são administrativas. Nesses casos, pode haver a parceria entre advogado e contador de forma bem mais efetiva. O contador não irá apenas te indicar. Vocês, juntos, podem prospectar clientes e trabalhar na recuperação do crédito. Você entra com o conhecimento, com a tese, e o contador com a efetivação. E será algo bem atrativo para o contador se você deixar claro que haverá uma divisão de honorários, algo que ele não teria, a princípio, no trabalho habitual. Vale lembrar que é praxe nas recuperações administrativas cobrar o trabalho no êxito, já que são bem céleres, mediante retificação de documentos fiscais. Peguemos a tese do PIS/COFINS monofásico, por exemplo: costumamos ter o resultado em 60 dias, salvo se houver alguma pendência. E aí, claro, é preciso olhar todos os detalhes, para ver a viabilidade da tese e para verificar se há débitos pendentes ou outros complicadores. Se é uma empresa que tem dívidas com a Receita Federal, ela não vai devolver esses créditos da aplicação da tese, já que faz a “compensação de ofício”, usando o dinheiro que teria que devolver para o seu cliente para abater a dívida que ele tem para com ela. Ou seja, neste caso, a tese não seria tão vantajosa. Daí, o ideal é que, antes da aplicação da tese, se consulte o CNPJ da empresa no site da Receita Federal para verificar se ela tem dívida ativa inscrita. De todo modo, vale lembrar que, ainda que tenha débitos com a Receita Federal e esteja ciente dessa compensação de ofício, o empresário se interesse pela tese. Afinal, com essa medida ele pode evitar uma Execução Fiscal, por exemplo. E, nesse caso, o êxito é o valor recuperado, reconhecido como de direito do ressarcimento, ainda que tenha havido a compensação de ofício. E seus honorários serão calculados sobre esse êxito. Então, também é uma opção que vale a pena. Esses são detalhes que só alguém com conhecimento especializado, como o seu, irá se atentar. É algo que você evidencia e agrega valor à atividade de recuperação do crédito. Daí a importância do advogado. Use esses argumentos a seu favor. Mostre sua relevância para aquele projeto. E existe, ainda, outra consequência interessante. Muitas vezes, quando a empresa recebe um auto de infração, o contribuinte já o envia para o contador fazer a defesa administrativa. Acontece que, na maior parte das vezes, temos situações muito complexas, que vão além da escrituração contábil e em que é preciso entrar na interpretação legislativa, utilizar argumentos jurídicos, e o contador se sentirá inseguro para fazer aquela defesa, pois ele não tem conhecimento técnico. Talvez até se equivoque na hora de fazê- la. E, às vezes, não indica algum advogado porque não tem um profissional de confiança ao seu lado. Mas, se o contador te enxergar como aliado, irá indicá-lo para o cliente dele para fazer essa defesa. Será algo benéfico para vocês três. E SE NÃO ACEITAREM MEU CONVITE DE PARCERIA? _______________________________________________ Não desanime se o primeiro advogado ou o primeiro contador que você contactar para uma parceria não te der bola. Pense numa loja. Quando um cliente entra nela, olha a mercadoria e sai sem comprar, ela vai fechar as portas? Claro que não! Ela persiste, ela continua a tratar bem os clientes, a fazer publicidade, a apresentar os seus atrativos. Se o primeiro potencial parceiro que você contactou não percebeu as vantagens da parceria que você está oferecendo, vá para o segundo. E esteja de portas abertas caso aquele primeiro mude de ideia. Além disso, tente entender qual foi o motivo daquele advogado ou contador não ter fechado a parceria com você (use isso também quando um cliente não fechar o contrato). Tente entender qual foi a objeção e se prepare para quebrar essa objeção no futuro. Sempre que sair de uma reunião, seja frutífera, seja infrutífera, analise-a bem. Anote tudo o que aconteceu e tente entender em que momento as portas daquele contador ou daquele cliente se fecharam. Talvez você tenha chegado lá e ele já estivesse desinteressado, então você já começou a partida em desvantagem. Nesse caso, você precisaria de uma técnica de argumentação que chamasse a atenção, que a capturasse com mais eficiência, talvez começando já pelo benefício econômico para, só depois, entrar em outras minúcias. Talvez tenha sido algo que você disse que criou a objeção. Então, será necessário corrigir essa fala, corrigir talvez uma postura. É também importante conhecer as objeções mais comuns e já preparar argumentos e estratégias para contorná-las. Uma objeção que pode surgir nos advogados é que você está querendo roubar clientes dele. Deixe claro de que você não irá invadir a área de atuação desse advogado, não irá atuar com os casos de família, trabalhista, previdenciário ou administrativo (só para citar alguns exemplos), mas que você quer melhorar o serviço daquele advogado (sem diminuir o conhecimento dele), com uma atuação complementar, e que irá atuar com aqueles clientes apenas no tributário. Além disso, mostre, claro, o potencial retorno financeiro. Explique de forma clara como pretende dividir os honorários e esteja aberto a negociações. Inclusive, você pode colocar uma cláusula de não concorrência no contrato que vai firmar com esse parceiro, para dar mais segurança a ele. Mais à frente eu falo sobre esse contrato, não se preocupe. Outra objeção é que aquele advogado pode se sentir ultrajado pela proposta, porque talvez entenda que você se ache superior a ele por saber algo que ele não sabe. Mostre que você o respeita como uma autoridade naquela área dele, mas que é natural que ele não tenha o conhecimento em tributário que você tem, afinal é você que se especializou nisso. Mostre humildade justamente ao reconhecer que não tem o conhecimento que aquele advogado tem na área específica dele. Uma objeção muito comum, que pode surgir nos contadores, é de que a aplicação daquela tese demanda muito trabalho, que ele precisará remexer os documentos. Ele pode pensar: “lá vem a fulaninha, vai fazer uma recuperação de créditos usando um Mandado de Segurança, ganha e quem tem que fazer tudo sou eu. Sou eu que vou fazer a declaração de compensação para de fato receber os valores, já que o MS valeu apenas para reconhecer o direito. Para fazer essa DECOMP,o trabalho ficará para mim!”. E, muitas vezes, vamos fazer uma primeira reunião com eles sem estarmos preparados para lidar com esse argumento. Uma resposta óbvia seria de que o trabalho será compensado por um considerável ganho financeiro (resposta esta que pode ser acompanhada de estimativas). Você tem que tirar o foco dele do trabalho e colocar no RESULTADO, nos honorários que serão cobrados da empresa e divididos entre vocês. No momento em que você transforma aquele contador em um aliado e ele enxerga o benefício que terá com pelo menos UMA empresa, ele vai ativamente procurar outras empresas que ele atende para apresentá-las a você, para multiplicar esses ganhos. Isso, é claro, se você criou uma relação de confiança e autoridade, mostrou-se indispensável para este trabalho e, principalmente, se valeu de contrato para estabelecer os termos da indicação ou da parceria. E, como eu falei ali em cima, não feche as portas, não abandone completamente as tratativas, se elas não andarem bem em um primeiro momento. Mesmo que depois você feche com outros contadores e advogados, nada te impede de fechar um contrato com este primeiro que te rejeitou. Continue a mostrar que tem valor, continue a manter contato e até mesmo mostre que aquela tese já está em aplicação e como vem dando certo com outros clientes. Então, faça sua boa sorte acontecer! Mão na massa, bons diálogos e boas parcerias. Porque o sucesso vem para quem o busca com confiança e persistência. FAÇA UM CONTRATO DE PARCERIA _______________________________________________ Depois de descobrir essas possibilidades de parcerias com outros advogados e com contadores, você deve estar aí se perguntando: “Como eu me resguardo? Como eu garanto que o outro advogado ou o contador, ou mesmo o cliente, não vão passar a perna em mim e fazer tudo sozinhos depois que eu lhes apresentar a tese e as perspectivas de ganho?” Primeiro, você não vai chegar entregando o ouro, não é? Não vai chegar dando o número do Recurso, que ação deve ser utilizada, quais os argumentos… não! Você deve aproximar-se do advogado e do contador e se apresentar como um advogado tributarista, falar das oportunidades, diga que você faz um levantamento de tributos que são indevidamente recolhidos, mas guardar os detalhes técnicos. Fale o suficiente para que ele perceba que você é uma pessoa séria e com conhecimento teórico e prático suficiente para um bom andamento da ação, mas não entregue tudo para ele. Inclusive, uma coisa que eu já observei é que algumas pessoas, na ânsia de provarem que sabem de algo, acabam explicando todos os detalhes. Se quem estiver do outro lado for uma pessoa do bem (e a maioria é, temos que acreditar nas pessoas), não vai haver nenhum problema. Mas, se for alguém mal intencionado, pode pegar esses detalhes e resolver fazer tudo sozinho. Ou seja, dose a língua. Mas, ao mesmo tempo, não fique receoso achando que todo mundo estará de má-vontade. Como eu falei, a maioria das pessoas é de boa índole. Você também deve firmar um contrato constando que vocês farão juntos a defesa tributária, a recuperação de créditos, o planejamento tributário, a revisão fiscal, ou seja, aquele trabalho que vocês pretendem executar, estabelecendo a divisão, o percentual de honorários de cada um. Estabeleça nesse contrato algumas cláusulas importantes, como de confidencialidade, de exclusividade (aquele advogado não poderá trabalhar com estas questões tributárias com outros tributaristas durante a vigência do seu contrato), de não concorrência (durante a vigência do contrato, você não irá tomar o cliente dele. Se ele é o advogado de previdenciário daquele cliente ou abordou alguém para o previdenciário, você não irá abordar a mesma pessoa para ações de previdenciário, por exemplo) e de divisão de honorários. Ah, e estabeleça multas elevadas. E não faça contrato apenas entre você, advogado, e o contador ou advogado parceiro. Claro, faça também um com o cliente, oficializando que você vai realizar aquele serviço. Por exemplo, que irá efetuar uma revisão fiscal, que vai identificar eventuais tributos pagos a maior e que, daquilo que você identificar e recuperar, será feito o pagamento de honorários. Ou seja, dois contratos: um com o cliente e outro com o seu parceiro. Assim você se resguarda por ambos os lados. É como eu sempre digo, não existe uma fórmula mágica, um modelinho que se aplique a todos os casos. Quem te promete uma fórmula mágica provavelmente não entende da prática tributária ou está te enganando. Como eu não quero te enganar e acredito que aprendi um pouquinho nesses quase 25 anos de prática em alguns dos maiores escritórios tributários do país, eu estou aqui para te mostrar que tudo depende de uma análise minuciosa. Mas essa análise não precisa ser um bicho de sete cabeças, ela pode ser algo simples, desde que feita do jeito certo, com um método. E é por isso que eu criei o Treinamento Advogue no Tributário. Me cansei de ver advogados que saem da faculdade sem saber como aproveitar a melhor e mais rentável área da advocacia e também não aguento mais vê-los bater a cabeça tentando aprender como se inserir no Tributário. E eu sei bem como isso dói… Doeu pra mim, lá atrás. Por isso, vamos ter um evento que, de maneira prática, vai te mostrar o passo a passo para conseguir seus primeiros clientes, evoluir e se consolidar na advocacia tributária. Esteja presente no Treinamento, dias 29 de janeiro a 01 de fevereiro, às 20h, AO VIVO. E quando falo presente, eu digo PRESENTE mesmo. De corpo e alma, com toda sua atenção e toda a sua energia. Nós dois ainda não sabemos, mas eu posso estar te fazendo o convite mais importante da sua vida profissional. Antes de me despedir, gostaria de convidar você a me acompanhar nas minhas redes. Vai lá no meu instagram, “@prof.fabianatome” e se inscreva. Todos os dias eu posto conteúdo gratuito para que você tenha a prática e a segurança para atuar no Direito Tributário. No Youtube, você vai encontrar o canal “Fabiana Del Padre Tomé”, com aulas ao vivo todas as semanas e outras lives especiais. Se inscreva e ative o sininho. Você pode ainda me encontrar no meu Canal do Telegram, o @direito_tributário_na_prática, que é hoje um dos maiores canais do Telegram de Direito Tributário. Nele, eu aprofundo temas das lives, mando e-books e outros materiais exclusivos, decisões, jurisprudência, notícias quentíssimas e muito mais. https://www.youtube.com/c/FabianaDelPadreTom%C3%A9 https://www.youtube.com/c/FabianaDelPadreTom%C3%A9 https://www.instagram.com/prof.fabianatome/ https://t.me/direito_tributario_na_pratica
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