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Aline Maria 18/05/2021 Embriologia Sistema reprodutor masculino Caso clinico Síndrome da insensibilidade aos andrógenos - testosterona F.M.M, pernambucana, parda, 16 anos. Queixa-se de nunca ter menstruado. Além disso, apresenta-se com poucos pelos pubianos e axilares. Ao colher a historia do paciente, descobriu-se que aos 11 anos, começou a desenvolver mamas e aos 13 anos apresentava o tamanho de mama acima da média, comparada ás outras da mesma idade. EXAME CLINICO: No exame pélvico, o ginecologista nota a presença de testículos e vagina curta, porem sem colo uterino, ovários ou útero. EXAMES COMPLEMENTARES: A avaliação cromossômica revela que a garota tem o genótipo XY. Gônadas As gônadas não adquirem características morfológicas masculinas ou femininas até a sétima semana. Surgem a partir do epitélio mesodérmico (mesotelio) que reveste a parede abdominal posterior; do mesênquima subjacente e das células germinativas primordiais (exerce influencia sobre o desenvolvimento das gônadas) Cordões sexuais primitivos Os cordões epiteliais digitiformes (cordões gonadais) crescem para dentro do mesênquima subjacente. As gônadas indiferenciadas consistem de um córtex externo e uma medula interna. No embrião que tem os cromossomos XY, o córtex da gônada indiferenciada tende a regredir e tem a formação da túnica albugínea. Enquanto a região de medula se diferencia e dá origem aos testículos Fator determinante dos testículos. Gene SRY- braço curto do cromossomo Y Os cordões gonadais se diferenciam em cordões seminíferos que persistem até a puberdade e depois dão origem aos túbulos seminíferos. A testosterona (produzida nos testículos fetais), diidrotestosterona e hormônio antimulleriano - determina a diferenciação sexual masculina. Testículos Os cordões seminíferos se estendem para dentro da medula da gônada indiferenciada. Os cordões seminíferos se desenvolvem nos túbulos seminíferos, túbulos retos e rede testicular. Desenvolvimento da túnica albugínea(regressão do córtex) -separa os cordões seminíferos do epitélio da superfície. Nos testículos tem-se células que produzem hormônios: As células de sustentação(células de Sertoli) produzem hormônio antimulleriano(promove regressão dos ductos paramesonéfricos) .- se encontra na região dos túbulos seminíferos A parede dos túbulos seminíferos tem as espermatôgonias- que a partir da puberdade sofre o processo de espermatogênese para a formação do espermatozoide A partir do mesênquima que separa os túbulos seminíferos dá origem ás células intersticiais(células de Leydig).- estão relacionadas com a produção de testosterona(estimula o desenvolvimento dos ductos mesonéfricos) Ductos genitais Passa pelo estágio indiferenciado(5ºe 6º semanas) Dois pares de ductos genitais: Os ductos mesonéfricos (Wolffianos) Os ductos paramesonéfricos (Mullerianos) Ductos genitais no homem Por volta da 6º e 7º semana: as células de Sertoli produzem hormônio antimulleriano. 8º semana: as células intersticiais produzem testosterona Todo esse padrão de hormônios vão garantir o desenvolvimento dos ductos observados no homem. A testosterona: Estimula os ductos mesonéfricos. Hormônio antimulleriano: regressão dos ductos paramesonéfricos. Devido a esse padrão de hormônios o ducto mesonéfrico na porção próxima se torna o ducto do epidídimo Os túbulos mesonéfricos se tornam os dúctulos eferentes- Distal ao epidídimo, o ducto mesonéfrico adquire revestimento espesso de musculo liso e se torna ducto deferente. Glândulas genitais Importante para a produção de fluido; compõe o sêmen, nutrição de espermatozoide Glândulas seminais Surgem a partir de evaginações na extremidade caudal dos ductos mesonéfricos. O ducto ejaculatório se forma a partir da região entre o ducto da glândula seminal e da uretra.. Próstata Surgem a partir de evaginações do endoderma da parte prostática da uretra, que penetram no mesênquima circundante. Dois tecidos contribuem para a formação da próstata: Endoderma: Epitélio glandular Mesênquima: Estroma e músculo liso Glândulas bulbouretrais Surgem a partir de evaginaçõesdo endoderma da parte esponjosa da uretra- O mesênquima circundante contribui para a formação do músculo liso e estroma. Genitália Externa Até a 7º semana, as genitálias externas são semelhantes. Durante a 9º semana começam a parecer as diferenças, mas as genitálias externas não estão completamente diferenciadas até a 12º semana. 3º semana- as células mesênquimais migram ao redor da membrana cloacal e formam um par de pregas cloacais. 4º semana- o mesênquima em proliferação produz um tubérculo genital. Posteriormente é possível observar o surgimento de um outro par de elevações(protuberâncias escrotais), se torna visível de cada lado das pregas uretrais. A prega uretral tende a sofrer fusão numa região mediana e também as protuberância escrotal para formar a região do pênis e excroto. Genitália externa do homem A testosterona induz a masculinização da genitália externa. O tubérculo genital se alonga e dá origem ao pênis As pregas uretrais formam as paredes laterais do sulco uretral na região ventral do pênis. As pregas uretrais se fundem e formam a uretra esponjosa. A rafe peniana é formada a partir da fusão do ectoderma superficial. Na extremidade da glande peniana forma-se um cordão ectodérmico, que cresce e encontra a uretra esponjosa .( a partir do ectoderma) Na 12º semana: invaginação circular de ectorma na periferia da glande peniana, essa invaginação se decompõe e forma o prepúcio. Estruturas que representam o tecido erétil: corpo cavernoso e corpo esponjoso do pênis. O corpo cavernoso do pênis e o corpo esponjoso do pênis se desenvolvem a partir do mesênquima do falo. As duas saliências lábiosescrotais crescem uma em direção a outra e se fundem para formar o escroto. Linha de fusão para as saliências lábioescrotais é representada pela rafe escrotal. Linha de fusão entre as pregas uretrais é representada pela rafe peniana. Canais inguinais Os testículos começam a se desenvolver numa região abdominal e precisam descer parra se acomodar dentro do escroto, quando isso não acontece pode ter problemas como a infertilidade. É preciso que se forme caminhos para os testículos descerem da parede abdominal dorsal através da parede abdominal anterior para dentro do escroto. O ligamento gubernáculo se desenvolve em cada lado do abdome a partir do polo caudal da gônada e se fixa caudalmente á superfície interna das saliências labioescrotais. Conforme o gubernáculo se desenvolve, para estabelecer a ligação da gânada em desenvolvimento com a saliência labioescrotal observa o processo de evaginação da parede abdominal formando o processo vaginal. O processo vaginal desenvolve-se ventral ao gubernáculo e hérnia-se através da parede abdominal. O processo vaginal carrega extensões das camadas da parede abdominal, as quais formam as paredes do canal inguinal. Essas camadas também formam as coberturas do cordão espermáticos e dos testículos. Descida dos testículos A descida dos testículos começa durante a 26º semana Em torno de 32 semanas, ambos os testiculos estão presentes no escroto. Fatores determinantes para a descida: Hormônios Aumento dos testículos e atrofia do mesonéfro Atrofia dos ductos paramesonéfricos Aumento do processo vaginal Dentro do escroto, o testículo se projeta para dentro da extremidade distal do processo vaginal Durante o período perinatal,o pedículo de conexão do processo normalmente se oblitera, formando uma membrana serosa, a túnica vaginal. Correlações clínicas Distúrbios do desenvolvimento sexual (DDS) DDS ovotesticular: Tecido ovariano e testicular são encontrados na mesma gônada ou e gônadas opostas(46;XX;46,XX/46;XY;46;XY). DDS 46,XX: ovários estão presentes – exposição de um feto feminino a androgênios excessivos (virilização da genitália externa) DDS 46,XY: tecido testicular está presente – produção inadequada de testosterona e de SIM pelos testículos fetais. Hiperplasia Suprarrenal Congênita Masculinização da genitália externa em mulheres Aumento anormal das células suprerrenais Produção excessiva de andrógenos Mutação no gene do citocromo P 450 c 21 - esteroide 21 hidroxilase Redução da produção de hormônios esteroides Suspensão do feedback negativo Liberação aumentada de adrenocorticotrofina Hipospádia A fusão das pregas uretrais é incompleta e ocorrem aberturas anormais da uretra ao longo da parte ventral do pênis. Questões sistema reprodutor feminino - Aula 6 1) Acerca da embriologia do sistema reprodutor masculino , julgue o item que se segue. Em embriões que possuem o cromossomo Y, o fator de determinação testicular promove a produção de hormônio antimülleriano e de testosterona e a diferenciação dos ductos e genitália externa masculina. ( ) Certo ( ) Errado 2) Sobre a embriologia do sistema reprodutormasculino, é incorreto afirmar: a) Os cordões gonadais se desenvolvem nos cordões seminíferos, que irão formar os túbulos seminíferos, túbulos retos e rede testicular. b) As células de Leydig se formam a partir das células mesenquimais que separam os túbulos seminíferos. c) O ducto do epidídimo se forma a partir da porção distal dos ductos paramesonéfricos 3) Julgue o item que segue: O ducto mesonéfrico contribui para formação do ducto deferente em uma porção distal ao ducto do epidídimo, enquanto os túbulos mesonéfricos que persistem se tornam os dúctulos eferentes a) Verdadeiro b) Falso 4) Sobre a embriologia da próstata, marque a alternativa correta: a) Desenvolve se a partir do ectoderma e mesoderma circundante. b) O epitélio glandular tem origem de múltiplas evaginações do endoderma da porção prostática da uretra. c) o estroma e o músculo liso se formam a partir do endoderma da uretra prostática. 5) Sobre a embriologia da genitália externa, marque a alternativa incorreta: a) As protuberâncias labioescrotais se fusionam para formar o escroto, local onde os testículos irão se acomodar posteriormente. b) O prepúcio se forma a partir de uma invaginação circular de ectoderma na periferia da glande peniana. c) O corpo cavernoso do pênis ao contrário do corpo esponjoso do pênis se desenvolvem a partir do ectoderma do falo primordial.
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