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Carole S Vence

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA 
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – DEDC - CAMPUS I 
COLEGIADO DE CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS 
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS SOCIAIS 
DISCENTE: SIMONE SANTOS DE SOUZA MOTA 
DOCENTE: OSVALDO FERNANDEZ 
DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA, GÊNERO E SEXUALIDADE 
 
 
Texto: A Antropologia redescobre a sexualidade: Um comentário teórico. 
Carole S.Vence. 
 
A autora Carole S. Vence, vai bordar no seu texto, a relação entre o estudo da 
sexualidade e a Antropologia. Ela vai trazer um desenvolvimento histórico 
dessas duas áreas, logo no inicio do texto é feito uma critica á postura da 
antropologia para com a sexualidade, afirmando que muitas vezes a disciplina 
parece partilhar a visão cultual predominantemente de que a sexualidade não é 
inteiramente legitima de estudo, esse tratamento da sexualidade é feito por 
outras áreas. Assim lançando duvidas não só da própria pesquisa, mas 
também do pesquisador, já foi discutido por teóricos como Kinsey, que 
encontrou na sua própria biologia uma limitação do sexo como objeto de 
estudo. 
 No texto também vai mostrar sobre o processo de diferenciação dos conceitos 
entre sobre sexualidade e gênero. A autora vai discorrer sobre a intenção das 
ativistas femininas promoverem uma tentativa de separarem sexualidade dos 
papeis imputados às mulheres e resistirem criticamente às teorias que utilizavam 
a reprodução como forma natural e inevitável da subordinação da mulher. Esse 
reexame teórico proporcionou uma investigação profunda do determinismo 
biológico e dos papeis atribuídos às mulheres, uma vez que, estes papeis 
variavam completamente de cultura para cultura. "O que parecia um corpo 
naturalmente marcado pelo gênero era, na verdade, um produto mediado 
socialmente em alto grau" (p.11). 
O Antropólogo Gayle Rubim contribuiu descrevendo a sexualidade e gênero em 
domínios distintos, bem como a sexualidade e o gênero como fenômenos 
analiticamente, distinto, levou a concepção de que mais importante que estudar 
as mudanças na expressão do comportamento e atitudes para examinar estas 
mudanças no interior das bases. Além disso, as teorias da sexualidade não 
podiam explicar o gênero, e levando a argumentação para um novo patamar, as 
teorias do gênero não podiam explicar a sexualidade. 
Por conseguinte Carole vai trazer que a sexualidade e o gênero são sistemas 
distintos entrelaçados como natural, sem costura e orgânico, os pontos de 
conexão variam historicamente e nas diversas culturas. Para os pesquisadores 
a sexualidade, a tarefa não consiste apenas em estudar as mudanças na 
expressão do comportamento e atitudes sexuais, mas em examinar a relação 
dessas mudanças com alterações de bases mais profundas no modo como o 
gênero e a sexualidade se organizam e inter-relacionam no âmbito de relações 
sociais mais amplas. 
Em relação à sexualidade e identidade a autora vai apresentar objetivos de 
estudo da sexualidade, que vão aparecendo como tentativa de enfrentar 
questão de identidade sexual e de uma construção da historia da 
homossexualidade. A primeira tentativa de enfrentar as questões de identidade 
sexual de um modo agora conhecido com construção social aparece no ensaio 
de Mary Mclntsh, de 1968, sobre o papel homossexual ma Inglaterra. A pesar 
de se constituir em um marco de referencia e oferece muitas intuições 
sugestivas sobre a construção histórica da sexualidade da Inglaterra, suas 
contribuições não obtiveram reconhecimento algum ate a metade dos anos 70. 
Quando foram retomadas por escritores envolvidos com as questões do 
feminismo da liberação Gay. È nessa época que uma abordagem 
reconhecidamente construtivista aparece pela primeira vez. 
Em relação à Sexualidade como uma área disputada, a autora vai trazer que os 
trabalhos têm sido realizados sobre a historia da construção da sexualidade na 
sociedade moderna, e isso mostra que a sexualidade é uma área simbólica e 
política ativamente disputada, em que grupos lutam para programar 
plataformas sexuais e alterar modelos e ideológicas sexuais. O crescimento do 
interesse estatal em regular a sexualidade, transformou, nos séculos XIX e XX, 
as area os legislativa e políticas publicas em campos particularmente atraente 
para lutas política e teórica em torno da sexualidade. 
Ainda, no texto vai abordar sobre o estudo da sexualidade nos últimos anos, 
que vai discutir sobre o modelo de construção social e de influencia cultural da 
sexualidade. Através de uma abordagem construtivista, ela traz que os atos 
sexuais fisicamente idênticos podem ter importância social e significados 
subjetivos variáveis, dependendo de como são definidos e compreendido sem 
diferentes culturas e período históricos. Assim como o ato sexual não traz em 
sim um significado social universal, a relação entre atos sexuais e significados 
sexuais também não é fixa, o que torna sua transposição a partir da época e do 
local do observador um grande risco. Já na cultura, a sexualidade é vista como 
um material básico sobre o qual a cultura trabalha, com a categoria 
naturalizada que permanece fechada á investigação e a analise. Alem disso, é 
enfatizado que o papel da cultura e do aprendizado na formação do 
comportamento e atitudes sexuais, e por outro lado também assume que o 
fundamento da sexualidade é universal e biologicamente determinado (idéia de 
existência de uma pulsão sexual). 
Além disso, nesse modelo, a sexualidade não só esta relacionada ao gênero, 
mas mistura-se facilmente a ele e muitas vezes nele se funde. Considera-se 
que a sexualidade, os arranjos de gênero, a masculinidade e a feminilidade 
sejam conectadas, ate intercambiáveis. Entretanto, este pressuposto Jamais 
explicita suas conexões culturais e históricas específicas; ao contrario 
obscurece-as. O modelo de influência cultural pressupõe que os atos sexuais 
possuem estabilidade e unversalidade em termos de identidades e significados 
subjetivos. De modo geral, a literatura considera o contato do mesmo sexual 
com o mesmo gênero oposto com heterossexualidade e o contato com mesmo 
sexo como homossexualidade, como se fosse observados fenômenos similares 
em todas as sociedades em que estes atos ocorrem. 
Por fim o texto vai abordar sobre a AIDS e a pesquisa sobre a sexualidade. 
Colore vai trazer há uma grande preocupação com a AIDS, pois essa doença 
tem aumentado consideravelmente o interesse em financiar e realizar 
pesquisas sobre a sexualidade. A pesar dessas tendências que reforçam a 
abordagem biologizadas e de influencia cultural, o quadro permanece 
complexo e contraditório. As investigações, inspirados pela AIDS, sobre a 
realidade do mundo sexual das pessoas já revelam discrepância entre as 
ideologias sobre a sexualidade e a experiência vivida. As contradições 
aumentam exponencialmente em outros contextos culturais. Essas lacunas 
existem em muitas áreas, mas são particularmente persistentes em relação aos 
sistemas classificatórios, á identidade, á congruência entre comportamento e 
autodefinição sexual, ao significado dos atos sexuais e a estabilidade da 
preferência sexual. Ela concluir dizendo que o antropólogo tem muito a 
contribuir para a pesquisa em sexualidade, tendo um amplo leque de estudo a 
serem assumidos.

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