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AVALIAÇÃO PACIENTE CRÍTICO 03/03 Toda evolução (impressão de como enxergamos o paciente) tem um cabeçalho (nome, data de internação, número de prontuário, nascimento), hipótese diagnostica (pode ser mais de um), horário que aconteceu o atendimento (término), “encontro o paciente no leito, em decúbito dorsal elevado sedado com medicamento x” Avaliação: sequência do pé para a cabeça Só coloca o que tem, não precisa por o que não tem · Neurológico – tudo que envolve neurológico · Fármacos: · Dormonid (midazolan): sedativo de metabolização lenta · Fentanila (fentanil): analgésico anestésico tão potente quanto morfina. Gera dependência química · Propofol: rápida metabolização (assim que desliga o paciente começa a despertar), muito utilizada em endoscopia · Thiopental: sedativo pesado, usado em pacientes neurológicos para diminuir atividade elétrica cerebral. Induz o coma · Precedex: sedativo leve, não deprime centro respiratório. Para práticas mais rápidas · Escalas de sedação: · Richmond Rass: compreende melhor o delirium. -5 a 4 · Ramsay: 1 a 6. Como aplicar: · Chamo o paciente (tom de voz intenso) – não encostar · Estímulo doloroso – se não atendeu ao chamado. Estímulo glabelar (forte) · 6 não tem abertura ocular a nada · 5 abertura lenta dos olhos por pouco tempo · 4 abertura rápida, se mantem desperto por um tempo, mas sem atender a comandos · 3 paciente calmo, acordado e atende a comandos simples · 2 paciente calmo e participativo · 1 agitação perigosa. Paciente acordado, tentando tirar tudo · Pacientes que não estão sedados: escala de Glasgow (GCS) · Criada para avaliar TCE (leve, moderado, grave), de forma objetiva e reprodutível · Avalia três tópicos: abertura ocular, resposta verbal e resposta motora · E pupilas · Não pode ser aplicada com dó – estímulo doloroso deve ser aplicado com vontade, para o paciente reagir · Estímulo doloroso: glabelar – não respondeu > estímulo de leito ungueal bilateral (apertar base da unha com a caneta) – não respondeu > trapézio (aperta forte) – não respondeu > esterno – não respondeu > torção de mamilo (maior risco de lesão [xerose], não faz sempre) · Estímulo doloroso pode ser alongamento, apertar ventre do quadríceps · Respostas · Abertura ocular espontânea 4 pontos · AO chamado 3 pontos · AO estímulo doloroso 2 pontos · AO sem abertura 1 · RV: 5 pontos orientado, conversando · RV: 4 desorientado · RV: 3 palavras inapropriadas/desconexas, não forma frases · RV: 2 incompreensível · RV: 1 sem emissão de som · Intubado/traqueostomizado com cuff · Glasgow xt (traqueostomia/intubação) · Glasgow máxima intubado é 11 · RM: 6 responde comandos (piscar olhos, abrir a boca em caso de parestesia) · RM: 5 localiza a dor (retira a mão se o estímulo de dor está lá, tentando tirar o tubo, tira o tubo, tenta tirar sonda vesical) · RM 4: movimentação inespecífica. Paciente que recebe estímulo glabelar e mexe a perna, estímulo na mão e vira a cabeça. Ele sente o estímulo e faz um movimento aleatório, não consegue localizar a dor · RM 3: flexão anormal (decorticação). Independente do estímulo faz flexão de cotovelo e supinação. (se der dúvida, troca o estímulo) · RM 2: extensão anormal MMII e MMSS, rotação de quadril e ombro (decerebração). Pode não ser tão intenso, repetir o estímulo · RM 1: não tem movimento nenhum · Glasgow atualizado: tem avaliação pupilar · 2 pupilas fotorreagentes: não perde ponto · 1 pupila fotorreagente: perde 1 ponto · Nenhuma pupila fotorreagentes perde dois pontos · Descrever a pupila · Avaliar se são simétricas (isocóricas) · Assimétricas: anisocorias – lesões expansivas, tem algo comprimindo o hemisfério da pupila (pupila direita – algo comprimindo hemisfério direito; é esperado sangramento, hematoma extradural/subdural, tumor) · Avaliar várias vezes ao longo do dia · Tamanho das pupilas · Mióticas: pequenas (sedação) · Muito pequena: puntiforme (?) · Midriáticas: grande, ocupando quase toda a íris do paciente (morte encefálica [ME], pós PCR, hipoxemia grave, intoxicação por droga ilícita) · Reflexo fotomotor: contração para evitar que a luz chegue na retina. Avalia integridade do tronco · Poderia usar paciente colaborativo, orientado etc. ao invés do Glasgow. Junto com o Glasgow posso adicionar adjetivos: calmo, sonolento, agitado, ansioso etc. · Avaliar se tem déficit motor neurológico · Hemiplegia · Hemiparesia (proporcionada ou desproporcionada e o predomínio) · Monoplegia · Tetraplegia · DVE · Termos · Completa ou incompleta: acomete face · Proporcionada: déficit igual em MMII e MMSS · Desproporcionada: MMII diferente de MMSS · Respiratório · Paciente sob OT mantendo IOT (intubação orotraqueal) · Se está em IOT abre parênteses e coloca: TOT número x, fixado em x rls (rima labial superior - base), pcuff (pressão de cuff que mensurei) e fecha parênteses. · Sempre ver o diâmetro interno, menor tamanho 7 maior 9 · Mulher: 7,5 a 8 · Homem: 8 – 8,5 a 9 · Fixação: 20 a 24 · Homem: 22 a 24 · Mulher 20 a 22 · Se está em VM, descrever os parâmetros da ventilação, frequência · Paciente traqueostomizado: número x, pcuff x · Paciente não intubado: sob VMNI, cateter etc. · Classificação · padrão respiratório: · Eupneico · Bradipneico · Taquipneico · Trepopneico (desconforto em decúbito lateral) · Ortopneia · Dispneia paroxística noturna (acontece quando o paciente se deita.) Coração fraco > retorno venoso aumenta sobrecarregando o coração, a câmara esquerda fica sempre mais preenchida · Ritmos patológicos (só anota se tem) · Cheyne-stokes · Biot · Kussmaul · Apnêustico · Gasping · Padrão respiratório · Em VM sempre é misto · Expansibilidade torácica: · Simétrico ou assimétrico · Se for assimétrico anotar o lado, sempre em decúbito dorsal olhar pelo pé · Tipo de tórax (ângulo de charpy) · 90º normolíneo · Menor que 90º longilíneo · Maior que 90º brevelíneo · Descrever deformidade de tórax · Normal · Barril/tonel · Cifótico · Pectus escavatum · Pectus carinatum · Deformidade de esterno · Drenos (descrição) · De tórax: mediastino ou pleural · Coletor (selo d’agua): para o ar não voltar · Dreno pode estar oscilante ou borbulhante, anotar debito purulento ou hemático · Menos que 100 ml já pode retirar o dreno · Anotar feridas, cicatriz · Tosse · Quando intubado avaliar na aspiração · Paciente em AA, acordado solicitar tosse · Eficaz/ineficaz/pouco eficaz · Seca/produtiva · Expectorada/deglutida · Sequência · 1 espontânea · 2 dirigida · 3 assistida: apoio abdominal · 4 estimulada: fúrcula ou espátula Saturação pode colocar junto com a ventilação mecânica, prof prefere por junto com os parâmetros do ventilador · Hemodinâmica · Hemodinamicamente estável/instável com ou sem droga vasoativa · Com DVA: descrever a droga, quantidade ml/h · Drogas vasoativas: · Dobutamina: melhora perfusão, contração, bomba · Noradrenalina: ativa o sistema nervoso simpático, faz vasoconstrição (aumenta PA e FC) · Vasopressina: aumenta PA · Dopamina: pouco usada na UTI adulto. Aumenta PA e contração · Nipride: vasodilatação, diminui PA, emergência hipertensiva · Tridil: vasodilatador coronariano · FR: margem (um pouco abaixo de) 60 a 100 (um pouco acima de) · PA: · Saturação (se não colocou em cima) · Margens de estabilidade ficam mais largas · Hemodicamente estável sem DVAs · Baixa FC: 60 a 100 bpm · PA: 90x60 mmHg ou 150x90 mmHg · Baixa droga pode ser estável – 15 ml · Hemodicamente estável com DVAs: · parâmetros normais porem com dosagem muito alta de drogas · taquicardia · hipertenso: 200x80 mmHg · arrítmico · hipotenso: 70x40 mmHg · Abdômen · Plano, globoso (tende a deixar de lado para liberar diafragma), escavado (bem magro), distendido... · Tenso a palpação ou flácido a palpação exceto distendido · Distendido: pele muito esticada, muito duro. Muito distendido: geralmente diafragma em cima · Auscultar para ver ruido hidroaéreo RHA · Presente: peristaltismo normal · Ausente: sem barulho algum · RHA + ou – · Ausculta do lado do umbigo · Descrever cicatriz, ferida, dreno · Membros · Avaliar grau de força muscular (0-5) · NRC: avalia grupomuscular importante, os principais bilateralmente · MMSS: flexão de ombro, cotovelo e punho. Cada lado pontua no máximo 15, MMSS total: 30 · MMII: flexão quadril, extensão joelho e dorsiflexores. Máximo: 60 · Encurtamento, amputação, deformidade, tala, fixador externo, hematoma, escoriação, cicatriz, ferida operatória · Edema – colocar cruzes · 4+ é o máximo de cruzes · ++/4 (duas de quatro) · Edema generalizado se tudo for mais ou menos semelhante pode ser Icterícia: classifica em cruzes, se não está ictérico não põe nada Cianótico: em cruzes, se não está, não põe · Anexos: “mantendo sonda nasoenteral (SNE) recebendo dieta” · Sondas · Acessos · DVAs (se esqueceu lá em cima) · Drenos (se esqueceu lá em cima) · Ausculta pulmonar · AP: MV + bilateralmente sem RA · AP: MV + bilateralmente diminuído em base, mais acentuado em base direita com EC, faz roncos de transmissão, mais sibilos expiratórios em base · Ronco de transmissão: ronco em tudo, difusos, até na traqueia · Sibilo expiratório: broncoespasmo · Sibilo inspiratório: secreção · ESC: alvéolo colapsando e abrindo · Estertores: secreção em VA distal, de pequeno calibre · Estridor laríngeo: obstrução de VA · Atrito pleural: quando a pleura está espessada · Raio x · Descrever o que vê · Desvio de mediastino, aumento do espaço intercostal, velamento do ângulo cardio costofrênico com hiperdensidade, desvio do mediastino ipsilateral · Exames · Gasometria · Relação PaO2/FiO2: índice de oxigenação. Como está a troca gasosa, se o pulmão está aproveitando o oxigênio · Ex: PaO2: 100; FiO2: 50% - 0,5. 100/0,5 = · O paciente que está bem com menor oferta de FiO2 é porque está bem · Referencia: quanto mais alta, melhor está o aproveitamento · Normal: 400 · Na ventilação mecânica · Acima de 300: ótimo · Acima de 200: bom · Abaixo de 200: ruim · o paciente que tem relação alta, com o menos oferta é porque está fazendo melhor troca · hemograma · HB (hemoglobina), HT (hematócrito): porcentagem de células sanguíneas · HB: · Homem: 13 a 17 · Mulher: 12 a 16 · HT: 3x o valor da HB · Plaquetas: 150 a 400 mil · 100 mil, 70 mil e menor que 70 mil: não forçar muito · Menor que 20.000: sangra com facilidade, não aspirar VAS · Leucócito: branco. 4.500 a 11.000 · Abaixo: leucopenia · Acima: leucocitose: infecções · Subdivisões · Neutrófilos: contra bactérias · Segmentados: maduros, combatem bactérias; se tem infecção bacteriana aumenta neutrófilos · Bastonetes: abaixo de segmentado, em infecções deve estar reduzido. Não é maduro suficiente, até 5% é ok. Acima indica que a infecção está forte e não tá dando tempo de amadurecer · Metamielocito e mielocito: deve ser zero, se tem é porque a infecção é grave · Eletrólito: sódio e potássio · Sódio: 135 a 145 · Aumentado: desidratado · Diminuído: distúrbio de nível de consciência · Potássio: 3,5 a 5,5 · Diminuído: distúrbio de condução elétrica, arritmias · Função renal · Ureia: 15 a 40 · Creatinina: 0,8 a 1,2 · Quando aumentadas: função renal não está boa · Quando está pouco aumentada indica aumento de catabolismo = infecção · Aumento de O2: célula trabalhando demais · Pacientes com insuficiência renal água sobe progressivamente (ex creatinina 8), quando está baixa indica hiperidratação · PCR: proteína c reativa: marca infecção e inflamação, mais sensível e menos específico · Objetivo terapêutico · Objetivos palpáveis, próximo: curto prazo · Desmame ventilatório, reverter acidose, expandir área atelectalisada, diminuir efeitos deletérios do imobilismo · Conduta · MHB: qual (AFE, vibro) · Manobra de reexpansão: qual · Mobilização passiva – sedado · Mobilização ativa: qual fez · Aspiração · Quantidade · Descrevo cada sítio de aspiração · Tubo ou traqueostomia: com grande quantidade, espessa, amarelada · VAS: via área superior (nariz) · Cavidade oral · Não entubado: aspirou nariz e traqueia – nasotraqueal · Ajuste de ventilação · Aumento x · Diminui x · Alteração de parâmetros: altero VMI para x, objetivando melhoria de hipoxia, citar contas · Descrever como o paciente ficou (+ confortável), sinais vitais TABELAS/REFERENCIAS Escala de sedação ramsay Grau 1 Paciente ansioso, agitado, tentando tirar tudo Grau 2 Cooperativo, orientado, tranquilo Grau 3 Calmo, acordado, atende a comandos simples Grau 4 Se mantem desperto por um tempo, não atende a comandos Grau 5 Abertura lenta dos olhos por pouco tempo Grau 6 Não tem abertura ocular · Escala de Glasgow ABERTURA OCULAR Classificação Pontuação Espontâneo 4 Ao chamado 3 Estímulo doloroso 2 Sem abertura 1 RESPOSTA VERBAL Critério Pontuação Orientado, conversando 5 Desorientado 4 Palavras desconexas, não forma frases 3 Incompreensível 2 Sem emissão de som Intubado/traqueostomizado com cuff 1 RESPOSTA MOTORA Critério Pontuação Responde a comandos 6 Localiza a dor 5 Movimentação inespecífica 4 Flexão anormal (decorticação) 3 Extensão anormal (decerebração) 2 Sem movimentação alguma 1 PUPILAS Ambas fotorreagentes 0 1 pupila fotorreagente -1 Nenhuma pupila fotorreagente -2 FC 60 a 80 bpm PA 120x80 mmHg FR 16 a 20 rpm FR sedado 12 a 16 rpm
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