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Daniel Moraes – Turma 100 Síndromes brônquicas e pleuropulmonares 1. Síndromes brônquicas a. Asma brônquica Afecção inf lamatór ia crôn ica em que há h iper -reat iv idade das v ias aéreas infer iores, com l im itação do f luxo resp iratór io por estrei tamento d i fuso das v ias resp ira tór ias de menor ca l ibre causada por edema da mucosa, broncospasmo e h ipersecreção das cé lu las brônquicas . Manifestações c l ín icas : cr ises de d ispneia ( pr inc . . exp ira tór ia ) , sensação de constr ição e aperto no tórax , dor torácica d i fusa , ch ie ira e tosse (seca ou produt iva – expectoração mucoide, espessa , aderente e de d if íc i l e l iminação) ; chama-se ‘mal asmát ico ’ quando a cr ise pers is te por d ias seguidos e as medidas terapêut icas são inef ic ientes contra a mesma . Inspeção: d ispne ia , mm. acessór ios , tórax em pos ição de insp iração profunda e t iragens Pa lpação: frêmito toracovoca l norma l ou d im inuído Percussão: normal ou h ipersonor idade Auscu l ta : d im inuição do MV com exp iração prolongada e presença de s ib i los em ambos os campos pulmonares b. Bronquites Pode ser aguda ou crônica Bronqu i te aguda: causada por v írus , m icop lasma, c lamíd ia ou bactér ias que comprometem as v ias resp iratór ias desde a far inge; Manifestações c l ín icas: s intomas gera is ( febre, cefa le ia e mal-estar ) , desconforto retroesterna l , rouquidão, tosse seca (pode ser suced ida por expectorações mucosas que podem passar a ser mucopurulentas no caso de infecção bacter iana secundár ia ) Inspeção, pa lpação e percussão com poucos acha dos semio lóg icos Auscu l ta : ester tores grossos em ambos os pu lmões; podendo ter também roncos e s ib i los esparsos Bronqu i te crônica : excess iva secreção de muco na árvore brônqu ica , estando diretamente l igada à asma brônqu ica e à DPOC Manifestações c l ín icas: tosse com expectoração mucopuru lenta que pers is te por meses ( a l ternando períodos de melhora e p iora ) Inspeção, pa lpação e percussão com poucos acha dos semio lóg icos Daniel Moraes – Turma 100 Auscu l ta : estertores grossos d isseminados em ambos os hemitórax; podendo ter também roncos e s ib i los . c. Bronquiectasias São d i la tações nos brônqu ios decorrentes da destru ição da parede destes ou dos tec idos de sustentação ; podem ser congên itas , mas a maior parte é causada secundar iamente a processos infecciosos nos brônquios ( coque luche, sarampo, broncopneumon ia , tubercu lose, pneumonia asp ira t iva , ina lação de substanc ias químicas , f ibrose cís t ica , d isc ines ia c i l iar , aspergi lose, ar tr i te reumato ide) Manifestações c l ín icas: s intomas gera is (febre, suores noturnos, emagrec imento, astenia , h ipocrat ismo dig i ta l ) , tosse produt iva (expectoração mucopuru lenta abundante, pr inc . . pe la manhã ) , hemopt ises . Achados no exame f í s ico são var iáve is ; no caso de bronqu iectas ias basa is extensas percebe-se redução da expans ib i l i dade e submac icez nas bases; à auscu lta pode-se ouv ir pr inc . estertores grossos nas áreas de bronquiectas ias , mas pode ter também roncos e s ib i los . d. Broncopneumonias São lesões brônquicas com compromet imento a lveo lar pelo processo inf lamatór io (não há áreas de condensação como nas pneumonias ) Auscu l ta : presença de ester tores f inos nos focos de broncopneumonia 2. Síndromes Pulmonares a. Síndrome de consolidação pulmonar As pr inc ipa is causas são: pneumonias , infarto pulmonar e tubercu lose A condensação do parênquima pulmonar caracter iza -se pela ocupação dos espaços a lveo lares por célu las e exsudato Manifestações c l ín icas : d ispneia e tosse ( seca ou produt iva; no caso de haver expectoração, é comum que e la seja hemopto ica ) ; sensação de desconfor to retroesterna l ; no caso de comprometimento da p leura , há dor loca l izada em um dos hemitórax com caracter íst ica de dor p leur í t ica . Inspeção: expans ib i l idade d im inuída Pa lpação: expans ib i l idade d im inuída e f rêmito toracovoca l aumentado Percussão: submacicez ou mac icez Auscu l ta : resp iração brônquica subst i tu indo MV, pector i lóquia e ester tores f inos Daniel Moraes – Turma 100 b. Atelectasia As pr inc ipa is causas são obstrução de v ias aéreas (neoplas ias , corpos es tranhos ) ou por compressão dos pulmões ( card iomega l ia , derrame p leura l , pneumotórax, hemotórax ) ; ocorre o desaparec imento de ar dos a lvéolos sem o seu preench imento por cé lu las ou exsudato (o saco a lveolar sofre co labamento) . Manifestações c l ín icas: d ispneia , desconfor to e tosse seca Inspeção: retração do hemitórax e t iragem Pa lpação: expans ib i l idade e frêmito toracovoca l d im inuídos ou abo l idos Percussão: submacicez ou mac icez Auscu l ta : resp iração broncoves i cu lar e ressonânc ia voca l d iminuída c. Enfisema pulmonar (DPOC) Ocorre uma h iperaereação em decorrênc ia dos sacos a lveolares tarem d i latados e com perda da capacidade elást ica ; apresenta var iedades c l in icas conforme a sede e a extensão do comprometimento dos ácinos e dos lóbu los Manifestações c l ín icas : d ispne ia (que no começo é a grandes esforços, mas que aparece no repouso) ; Insuf ic iência Resp iratór ia nas fases f ina is Inspeção: expans ib i l i dade d iminuída e tórax em tone l (este no caso de bronqui te crôn ica ) Pa lpação: expans ib i l i dade e frêmito toracovoca l d im inuídos Percussão: h ipersonor idade pu lmonar à medida que ocorre agravo da doença Auscu l ta : MV d iminuído , fase expira tór ia pro longada e ressonânc ia voca l d im inuída d. Congestão passiva dos pulmões É o acúmulo de l íqu ido no interstíc io , causando dispneia ao esforço ou em decúb ito e d ispne ia par oxíst ica noturna . A pr inc ipa l causa é a ICCE (o coração não consegue bombear sangue para o corpo e esse sangue começa a ter um acúmulo nas câmaras retrógradas ao VE, no caso o AE, Vv . Pu lmonares e o própr io pulmão) ; outras causas são lesão da va lva mitra l , g lomerulonefr i te , s índrome nefrót ica e aumento da pressão intracraniana . Inspeção: expans ib i l idade norma l Pa lpação: expans ib i l i dade e frêmito toracovoca l norma is Percussão: submacicez nas bases pu lmonares Auscu l ta : pr inc . achado são ester tores f inos nas bases do pu lmão e a lém d isso pode ter pro longamento do componente expira tór io; mas a ressonância voca l é normal Daniel Moraes – Turma 100 e. Escavação ou caverna pulmonar Corresponde a e l im inação de parênquima pu lmonar em uma área que tenha sofr ido necrob iose (decorrente de abcessos, neop las ias , micoses e pr inc . Tubercu lose ) ; para ser detectada ao exame f ís ico é necessár io que e la esteja na per i fer ia e tenha no mín imo 4cm de d iâmetro . Manifestações c l ín icas: mui to var iáveis , mas com predomín io de tosse seca e vômica; Inspeção: expans ib i l idade d im inuída na região afetada Pa lpação: expans ib i l idade d im inuída com frêmito toracovoca l aumentado na região afetada Percussão: som c laro pulmonar ou t impân ico Auscu l ta : resp iração broncoves icu lar ou brônquica no lugar do MV, ressonância voca l aumentada ou pector i lóquia 3. Síndromes Pleurais a. Pleurite É a inf lamação dos fo lhetos p leura is ; pode ocorrer em decorrênc ia de vár ias pato logias , como: tubercu lose , pneumonia , molést ia reumát ica e outras co lagenoses, v iroses, neoplas ias da p leura e do pumão . Pode ser aguda ou crôn ica , com ou sem derrame (p leur i te seca) . Pleur i te seca aguda: Manifestações c l in icas : dor p leur í t ica em um dos hemitórax (causada pe lo atr i to entre as p leuras dev ido à d iminu ição do l íqu ido p leura l ) , tosse, d ispne ia , febre e s intomas re lac ionados à causa da p leur i te Inspeção: expans ib i l idade d im inuída Pa lpação: expans ib i l i dade e frêmito toracovoca l d im inuídos Percussão: sonor idade normal ou submac icez Auscu l ta : presença de atr i to p leura l Pleur i te crôn ica : Manifestações c l ín icas: d ispneia aos grandes esforços; dor não é tão comum pois nesta ocorre espessamento dos fo lhetos p leura is Inspeção: retração torácica e expans ib i l idade d im inuída Pa lpação: expans ib i l i dade e frêmito toracovoca l d im inuídos Percussão: submacicez ou mac icez Auscu l ta : MV e ressonânc ia voca l d im inuídos Daniel Moraes – Turma 100 b. Derrame pleural Acúmulo de l íqu ido na cav idade p leura l ; observado em p leur i tes , pneumonias , neop las ias , colagenoses, insuf rena l , s índrome nefrót ica e insuf cardíaca Manifestações c l in icas : pode haver dor s/caracter ís t ica p leur ít ica , tosse seca e d ispne ia Inspeção: expans ib i l idade d im inuída Pa lpação: expans ib i l i dade d im inuída e frêmito toracovoca l abo l ido Percussão: macicez com hipersonor idade pulmonar ac ima do derrame Auscu l ta : MV abo l ido e egofonia (broncofon ia nasa lada e metá l ica ) na parte ma is a l ta do derrame c. Pneumotórax Acúmulo de ar na cav idade p leura l que ocorre dev ido a traumas, ruptura de bo lhas subp leura is ou em determinadas afecções pulmonares que comunicam as v ias aéreas ao espaço p leura l . Manifestações c l in icas : dor no hemitórax compromet ido, tosse seca e d ispne ia Inspeção: tórax normal ou com abaulamentos dos espaços intercosta is quando a quant idade de ar é grande Pa lpação: expans ib i l i dade e frêmito toracovoca l d im inuídos Percussão: h ipersonor idade pu lmonar ou som t impân ico Auscu l ta : MV e ressonânc ia voca l d im inuídos 4. Insuficiência Respiratória É uma a l teração que imposs ib i l i ta que ocorra uma troca gasosa adequada e tem como pr inc ipa is causas a s enfermidades pulmonares ; para que ocorra o processo resp ira tór io é necessár io que os 3 mecan ismos que o compõe estejam viáve is : vent i lação: movimento de entrada e saída do ar e sua d is tr ibu ição por toda a arvore traqueobrônquica ; difusão: passagem de O2 e CO2 através da membrana a lveo locap i lar ; perfusão: passagem de sangue pe los cap i la res a lveolares para que ocorram as trocas gasosas com o ar dos a lvéo los ; Insuf Resp Vent i la tór ia : Depende do funcionamento inadequado dos centros nervosos e do aparelho muscu lar , de obstrução de v ias resp ira tór ias e da imposs ib i l idade do parênqu ima pulmonar de se d is tender Daniel Moraes – Turma 100 Insuf Resp Hipoxêmica : Pode decorrer da proporção inadequada entre perfusão e vent i lação ou redução da permeabi l idade das estru tura is onde ocorrem as trocas gasosas Hipoxemia (PaO2 ≤ 60mmHg, SatO2 ≤ 90%) e h ipercapn ia (PaCO2 ≥ 50 mmHg) são consequênc ias fac i lmente reconhecíveis de qua lquer insuf resp ira tór ia Manifestações c l ín icas de h ipoxemia : confusão menta l , inquietação, agress iv idade, incoordenação muscu lar , taquicard ia e aumento da pressão ar ter ia l ; podem surg ir brad icard ia e c ianose nas fases avançadas . Manifestações c l ín icas da h ipercapn ia : sonolênc ia , desor ientação, cefa le ia (vasod i l atação dos vasos cerebra is ) , sudorese, rubor e h iperemia das mucosas, taquicard ia e h iper tensão arter ia l Insuf ic iência resp iratór ia aguda Gera lmente deve-se a TCEs, depressão medicamentosa dos centros resp ira tór ios ou a uma doença pulmonar de evolução ráp ida – como a SARA (síndrome da angust ia resp iratór ia do adul to) , que tem como causa pr inc ipa l edema pu lmonar interst ic ia l , evolu i com cianose e frequentemente é acompanhada pela insuf ic iência de outros órgãos (pr inc ipa lmente r ins e f ígado) Insuf ic iência resp iratór ia crônica Aparece nas afecções brônqu icas , parenquimatosas ou interst ic ia i s após longa evolução; agud iza-se quando as cond ições vent i la tór ias ou de troca gasosa p ioram subi tamente . Fatores agravantes são infecções broncopulmonares, traumat ismo torácico, descompensação cardíaca , embol ia pu lmonar , in tervenções c irúrg icas e depressão medicamentosa de centros resp ira tór ios
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