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Doença Prevalentes Prof. Maristela de Oliveira Beck 10/06/11 Mortalidade Cardiovascular no Brasil Evolução nos últimos 25 anos (1979 – 2004) 1980 % de sd e 19 79 Infarto Agudo do Miocárdio Doenças Cerebrovascular Febre Reumática Aguda e Crônica Doenças de Chagas 81 82 83 84 85 86 87 88 89 1990 91 92 93 94 95 96 97 98 99 2000 01 02 03 04 DATASUS Redução na Mortalidade por Doença Coronariana nos EUA, 1980-2000 Ford ES, et al. NEJM 2007;356:2388-98 0 50 100 150 200 250 0 Homens Mulheres 300 350 400 450 500 550 543 267 49,1% 263 134 50,9% 1980 2000 1980 2000 M or te s/ 10 0. 00 0 Principais Causas de Redução da Mortalidade Cardiovascular Ford ES, et al. NEJM 2007;356:2388-98 Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio ou Angina Instável = 10% Tratamento da Insuficiência Cardíaca = 9% Revascularização para a angina crônica = 5% Modificações nos Fatores de Risco = 44% Redução da Pressão Arterial Sistólica = 20% Redução no Colesterol Total = 24% Redução na Prevalência de Tabagismo = 12% Redução da Inatividade Física = 5% Entretanto: Aumento de IMC = + 8% Aumento de Prevalência de Diabetes = + 10% 6 • Riscos imutáveis: História familiar de IAM ( pai antes dos 55 anos e mãe antes 65 anos) Idade Sexo masculino • Riscos modificáveis Dislipidemia Tabalismo HAS Aspectos Gerais 11 Lipoproteínas: estrutura e função Responsáveis pelo transporte dos lipídeos no Plasma núcleo apolar: triglicerídes + ésteres de colesterol Fosfolipídio Colesterol não esterificado Apoproteína Apoproteínas • Estrururas proteicas responsáveis pela ligação do lipoproteína ao receptor 12 Quilomicrons (ducto torácico) (Subclávia) HDL QMC remanescente c Captação periférica de triglicerídeos 18 • Classes: – Quilomícrons • Maiores e menos densas, ricas em triglicerídeos, de origem intestinal – VLDL • Densidade muito baixa, origem hepática; – LDL • Densidade baixa, ricas em colesterol – HDL • Densidade alta, mais pobre em col. – IDL, Lp(a) Lipoproteínas: estrutura e função • É a causa mais comum de dislipidemia • Aumento na produção de VLDL com ou sem aumento do LDL • Familiares em primeiro grau podem ter alterações só do VLDL ou LDL • Há risco aumentado de DAC • Defeito autossômico recessivo da APO E • Acúmulo anormal de partículas remanescentes • Acúmulo anormal de VLDL • LDL baixo • Hiperlipidemia não é evidente antes dos 20 anos • Aparecimento de xantomas, doença vascular periférica e DAC • Pode ser agravada por fatores ambientais Xantomas eruptivos Xantomas tuberosos 30 • Hipotireoidismo: ⇑ LDL • Anorexia nervosa: (↓ da excreção fecal de COL e ácidos biliares) • Desordens nas imunoglobulinas • Colestase Valores Categoria Colesterol <200 200-239 > 240 Ótimo Limítrofe Alto LDL-C <100 100-129 130-159 160-189 >190 Ótimo Desejável Limítrofe Alto Muito alto HDL-C <40 >60 Baixo Alto TG <150 150-200 201-499 > 500 Ótimo Limítrofe Muito Alto Muito alto • Classes: – Quilomícrons • Maiores e menos densas, ricas em triglicerídeos, de origem intestinal – VLDL • Densidade muito baixa, origem hepática; – LDL • Densidade baixa, ricas em colesterol – HDL • Densidade alta, mais pobre em colesterol – IDL, Lp(a) Lipoproteínas: estrutura e função IV Diretriz do SBC-DA Estratificação de Risco Fase 1 Presença de doença aterosclerótica ou de seus equivalentes • Doença Arterial Coronária manifesta atual ou prévia (angina estável, isquemia silenciosa, síndrome coronariana aguda ou cardiomiopatia isquêmica). • Doença Arterial Cerebrovascular (acidente vascular cerebral isquêmico ou ataque isquêmico transitório) . • Doença aneurismática ou estenótica de aorta abdominal ou de seus ramos (inclusive estenose aterosclerótica de artéria renal). • Doença arterial periférica. • Doença arterial carotídea (estenose carotídea ≥ 50%) . • Diabetes Melito tipo 1 ou 2. Arq Bras Cardiol 2007;88:1-19 Fase 2 Indivíduos sem doença aterosclerótica clínica ou equivalentes, uso dos escores de risco de Framingham Idade PAS Colesterol total Grundy SM, et al. Circulation 2004;110:227-39 HDL-c FUMO Escore de Risco de Framingham Idade Colesterol Total, mg/dL Fumo Pontos < 160 160-199 200-239 240-279 > 280 Não Sim 20-34 -9 0 4 7 9 11 0 8 35-39 -4 40-44 0 0 3 5 6 8 0 5 45-49 3 50-54 6 0 2 3 4 5 0 3 55-59 8 60-64 10 0 1 1 2 3 0 1 65-69 11 70-74 12 0 0 0 1 1 0 1 75-79 13 PA (sistólica, mmHg) Não Tratada Tratada < 120 0 0 120-129 0 1 130-139 1 2 140-159 1 2 ≥ 160 2 3 HDL-colesterol (mg/dL) Pontos ≥ 60 -1 50-59 0 40-49 1 < 40 2 NCEP ATP III - JAMA 2001 Escore de Risco de Framingham Idade Colesterol Total, mg/dL Fumo Pontos < 160 160-199 200-239 240-279 > 280 Não Sim 20-34 -7 0 4 8 11 13 0 9 35-39 -3 40-44 0 0 3 6 8 10 0 7 45-49 3 50-54 6 0 3 6 8 10 0 4 55-59 8 60-64 10 0 1 2 3 4 0 2 65-69 12 70-74 14 0 1 1 2 2 0 1 75-79 16 PA (sistólica, mmHg) Não Tratada Tratada < 120 0 0 120-129 1 3 130-139 2 4 140-159 3 5 ≥ 160 4 6 HDL-colesterol (mg/dL) Pontos ≥ 60 -1 50-59 0 40-49 1 < 40 2 54 anos, fem., CT=279 mg/dL; HDL-C = 32 mg/dL; PA = 139/88 mm Hg Total = 18 pontos Escore de Risco de Framingham NCEP ATP III - JAMA 2001 Total de pontos Homens Risco absoluto 10 anos (%) <0 <1 0 1 1 1 2 1 3 1 4 1 5 2 6 2 7 3 8 4 9 5 10 6 11 8 12 10 13 12 14 16 15 20 16 25 ≥17 ≥30 Total de pontos Mulheres Risco absoluto 10 anos (%) <9 <1 9 1 10 1 11 1 12 1 13 2 14 2 15 3 16 4 17 5 18 6 19 8 20 11 21 14 22 17 23 22 24 27 ≥ 25 ≥30 Escore de Risco de Framingham Limitações do Escore de Framingham • A avaliação clínica do risco de eventos coronarianos com base no escore de Framingham, é menos precisa nos indivíduos de risco intermediário e baixo risco, onde ocorre grande parte dos eventos, sobretudo para jovens e mulheres. Está sendo proposto, pela nova Diretriz Brasileira, o conceito de agravantes de risco, um conjunto de situações que, quando presentes, elevam o indivíduo a uma categoria de risco imediatamente superior. Fase 3 Uso de ferramentas adicionais para melhorar a estratificação do risco em indivíduos considerados como de risco baixo ou intermediário (identificar agravantes) Agravantes de risco • História Familiar de DAC prematura (parente de primeiro grau homem < 55 anos ou mulher < 65 anos) • Síndrome Metabólica (IDF) • Micro ou macroalbuminúria (> 30 µg/min) • Hipertrofia Ventricular Esquerda • Insuficiência Renal Crônica (creatinina ≥ 1,5 mg/dL ou clearance < 60 ml/min) • Proteína C-reativa de alta sensibilidade > 3 mg/L* • Exame complementar com evidência de doença aterosclerótica subclínica • Estenose/espessamento de carótida (IMT) > 1 mm • Escore de cálcio coronário > 100 ou > percentil 75 para idade e sexo • Índice tornozelo braquial - ITB < 0,9 Arq Bras Cardiol 2007;88:1-19 * Na ausência de uma etiologia não aterosclerótica Fase 4 Metas terapêuticas e reavaliação do risco Arq Bras Cardiol 2007;88:1-19 Meta terapêutica (mg/dL) HDL-C Triglicérides Homens ≥ 40 < 150 Mulheres ≥ 50 < 150 Diabéticos ≥ 50 < 150 Metas para terapêutica para outros parâmetros lipídicos Metas para terapêutica preventiva com hipolipemiantes Risco estimado de evento em 10 anos Meta terapêutica (mg/dL) LDL-C*, Colesterol não HDL Baixo risco < 10% < 160 < 190 Risco médio ou Intermediário 10 a 20%< 130 < 160 Alto risco ou DM > 20% <100 <130 Aterosclerose significativa > 20% <70 < 100 Arq Bras Cardiol 2007;88:1-19 Meta terapêutica (mg/dL) HDL-C Triglicérides Homens ≥ 40 < 150 Mulheres ≥ 50 < 150 Diabéticos ≥ 50 < 150 Metas terapêuticas para outros parâmetros lipídicos Aterogênese 1. Depósito de LDL Colesterol no endotélio vascular + Disfunção endotelial causada por fatores de risco; 2. Expressão de moléculas de adesão e entrada de monócitos no espaço intimal; 3. Englobamento de LDL oxidadas: formação de células espumosas; 4. Liberação de mediadores inflamatórios, com amplificação do processo; 5. Formação da placa de ateroma. 53 As partículas de LDL se depositam entre as células endoteliais e a camada de lâmina elástica do endotélio vascular. Uma parte dos lipídios das LDLs se oxidam atraindo os macrófagos. Estes as fagocitam, originando as células esponjosas. Aterogênese Placa de Ateroma Acumulo de lipídios modificados Ativação das células endoteliais Migração das células inflamatórias Ativação das células inflamatórias Recrutamento das células musculares lisas Proliferação e síntese da matriz Formação da capa fibrosa Ruptura da placa Agregação das plaquetas Trombose 55 Conseqüências da Aterosclerose Doença Arterial Coronária (DAC) • Angina de peito • Insuficiência Cardíaca • Arritmias • Infarto agudo do miocárdio (IAM) Acidente Vascular Cerebral (AVC) Doença Vascular Periférica 56 Relação: Colesterol x Mortalidade Determinações Laboratoriais • Perfil Lipídico – Colesterol Total (CT) – Triglicerídeos (TG) – HDL-C – LDL-C • Lipoproteína(a) – Lp(a) • Homocisteína (HCY) • Proteína C reativa de alta sensibilidade (PCR-as) • Fibrinogênio Determinações Laboratoriais • Lipoproteína(a) – Lp(a) – Associada à ocorrência de eventos cardiovasculares; – Não há provas de que a diminuição dos níveis diminui o risco de aterosclerose • Homocisteína (HCY) – Aminoácido formado do metabolismo da metionina – Elevações associadas à disfunção endotelial, trombose e maior gravidade de aterosclerose – Não há evidências de que níveis elevados sejam fator de risco isolado • Proteína C reativa de alta sensibilidade (PCR-as) – Marcador do processo inflamatório em indivíduos sadios – Não se aplica a fumantes, diabéticos, portadores de osteoartrose, mulheres sob TRH, no uso de AINES ou em infecções. Determinações Laboratoriais • Determinações da coleta: – Estilo de vida habitual nas últimas três semanas – Jejum de 12h, imprescindível para valores de TG e HDL-C – Evitar exercício três horas antes da coleta – Durante a coleta o paciente deve estar sentado e deve-se evitar a estase venosa – Esperar até três semanas em caso de doenças leves, mudanças dietéticas recentes – acientes sob tratamento não devem suspender a medicação nem a dieta; 60 Prevenção Primária Modificação dos fatores de risco para retardar ou evitar o aparecimento da doença aterosclerótica Prevenção Secundária Terapêutica para reduzir os eventos e diminuir a mortalidade em pacientes com doença aterosclerótica Controle dos fatores de risco Terapêutica para evitar a ruptura da placa Estratificação do Risco Prevenção Primária (níveis) I - de baixo risco (<10% em 10 anos) II - de médio risco (10-20% em 10 anos) III - de alto risco (>20% em 10 anos) Prevenção secundária Diabéticos Portadores de Aterosclerose Estratificação do Risco 62 Estratificação do Risco I - Baixo Risco Risco absoluto <10% em 10 anos Indivíduos com 1 FR (exceto DM), além de LDL-C >160 mg/dL Recomendações LDL-C <130mg/dL, tolera-se até 160mg/dL CT<200mg/dL; HDL-C>40mg/dL; TG<150mg/dL • Mudança no Estilo de Vida • Medicamentos Mudança do Estilo de Vida (MEV) A. Terapia Nutricional A. Dieta para Hipercolesterolemia B. Dieta para Hipertrigliceridemia B. Exercício Físico C. Tabagismo 65 Mudança do Estilo de Vida (MEV) • Colesterol Alimentar – Influencia diretamente os níveis de colesterol – Encontrado apenas em alimentos de origem animal – Possui menor efeito sobre a colesterolemia, se comparado à gordura saturada – Para reduzir, restringir: • Consumo de vísceras (fígado, miolos, miúdos) • Leite integral e seus derivados • Biscoitos amanteigados, croissants, folhados • Sorvetes cremosos, embutidos, frios, pele de aves, • Frutos do mar, gema de ovo (225mg/unidade). Mudança do Estilo de Vida (MEV) • Ácidos Graxos Saturados – Elevam a colesterolemia por reduzirem receptores celulares B-E, inibindo a remoção do LDL-C pelo fígado – Permite, ainda, maior entrada de colesterol nas partículas LDL – Principal causa alimentar de elevação do colesterol plasmático – Para reduzir, restringir: • Gordura animal (Carnes gordurosas, leites e derivados) • Polpa de coco, óleo de dendê e coco no preparo de alimentos 67 Mudança do Estilo de Vida (MEV) • Ácidos Graxos Insaturados – Ômega-6 (linoléico e araquidônico); ômega-9 (oléico) e ômega-3 (α-linoléico, eicosapentaenóico-EPA, docohexaenóico-DHA) – Substituição dos ácidos graxos saturados por ácidos graxos poliinsaturados reduz o CT e o LDL-C: • Menor produção e maior remoção de LDL • Diminuição da proporção de colesterol no LDL-C – Possuem o inconveniente de baixarem o HDL-C e induzir maior oxidação lipídica – Ômega-3 diminui o TG por diminuir a secreção hepática do VLDL; – Fontes: • Óleos vegetais, oliva, canola, azeitona, abacate, castanhas, nozes, amêndoas, peixes de água fria Mudança do Estilo de Vida (MEV) • Ácidos graxos trans – Sintetizados durante a hidrogenação dos óleos vegetais na produção das margarinas – Pela semelhança estrutural com ácidos saturados, provoca elevação da colesterolemia com aumento do LDL-C e redução do HDL-C – Quanto mais dura a margarina, maior concentração de gordura trans – Outras fontes: óleos e gorduras hidrogenadas, shortenings (gorduras industriais presentes em sorvetes, chocolates, pães recheados, molhos para salada, maionese, cremes para sobremesa e óleos para fritura industrial) 69 Mudança do Estilo de Vida (MEV) • Fibras – Carboidratos complexos, não absorvidos pelo intestino, com ação reguladora da função gastro- intestinal – Podem ser solúveis ou insolúveis (em água) – As fibras solúveis reduzem o tempo de transito intestinal e ajudam na remoção do colesterol, a saber: Pectina (frutas), gomas (aveia, cevada, feijão, grão de bico, lentilha, ervilhas). – As insolúveis não atuam sobre a colesterolemia mas produzem saciedade (trigo, grãos, hortaliças). – Recomendação: 20 a 30 g/dia, sendo 25% (6g) de fibra solúvel 70 Mudança do Estilo de Vida (MEV) • Álcool – Não se recomenda o consumo de álcool para prevenção da aterosclerose Mudança do Estilo de Vida (MEV) • Exercício Físico – Recomendação: sessões de em média 40min de atividade física aeróbica, 3 a 6 vezes por semana – Atividades de aquecimento, alongamento e desaquecimento – Incluir componente que aprimore força e flexibilidade 72 Mudança do Estilo de Vida (MEV) • Tabagismo – Fator de risco independente para aterosclerose – Recomenda-se abordagem cognitivo-comportamental: • Detecção de situações de risco de recaídas • Desenvolvimento de estratégias de enfrentamento – Farmacoterapia pode ser um apoio – Adesivos de nicotina, goma de mascar; • Bupropriona • Nortriptilina Tratamento Farmacológico • Estatinas • Fibratos • Resinas de Troca Iônica • Ezetimiba • Ácido nicotínico • Ômega-3 • Orlistat 74 • A sinvastatina são pró-fármacos lactônicos inativos sendo hidrolisados no trato gastrintestinal aos derivados beta-hidroxila ativos • pravastatina possuium anel de lactona aberto e ativo Estatinas Liao JK. Am J Cardiol 2005;96:24F-33F Efeitos antiaterotrombóticos e antiinflamatórios das estatinas 77 • Atorvastatina e a rosuvastatina são congêneres que contém flúor e são ativos quando administrados IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – Departamento de Aterosclerose da SBC Grau de Recomendação Nível de evidência Estatinas I A Ezetimiba (intolerância a estatina) IIa C Estatinas + Ezetimiba IIa ° B IIa • C IIa † D Resina de troca IIa * A ° em casos de elevações persistentes do LDL-c apesar de doses adequadas de estatinas. • em casos de HF † como primeira opção terapêutica * mulheres em período reprodutivo Arq Bras Cardiol 2007;88:1-19 Tratamento Farmacológico • Fibratos Aumentam a atividade da lipase lipoprotéica, diminuindo os níveis de TG e VLDL, ao aumentar sua eliminação 80 Tratamento Farmacológico • Fibratos 81 Tratamento Farmacológico • Fibratos Tratamento Farmacológico • Resinas de troca iônica • Capturam o colesterol na luz intestinal diminuindo sua absorção e interrompendo a circulação entero-hepática • Não reduzem a absorção dos triglicerídeos podendo, inclusive aumenta-la, sobretudo em pacientes com hipertrigliceridemia • Reduzem o LDL-C de forma dose-dependente • Colestiramina (Questran Light®) • Colestipol 83 Tratamento Farmacológico • Ácido Nicotínico • Reduz nos hepatócitos a mobilização celular de ácidos graxos, reduzindo a síntese e acoplamento dos TG às apo B-100; • Aumenta a degradação celular hepática de VLDL e LDL, reduzindo a concentração plasmática de VLDL-C e LDL-C • Diminui o LDL-C de 5-25%, aumenta o HDL em 15-35% e diminui os TG em 20-50%. • Dose: 2 a 6 g/dia conforme o efeito ou tolerância; Tratamento Farmacológico • Ácido Nicotínico • Efeitos adversos: Rubor facial, hiperglicemia, hiperuricemia e alterações no trânsito intestinal • Interações: potencializa a hipotensão ortostática causada por antihipertensivos, diminui a efetividade de hipoglicemiantes • Alternativa aos fibratos e estatinas ou em associação com esses fármacos em portadores de hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia ou dislipidemia mista; • Acido nicotínico com laropiprant reduz os sintomas de fogachos Tratamento Farmacológico • Ômega-3 • Diminuem a produção de VLDL no fígado • Tem atividade antitrombótica e, por isso, interage com anticoagulantes aumentando o risco de hemorragias; • Dose mínima de 4g/dia • Podem ser usados como adjuvantes aos fibratos nas hipertrigliceridemias ou como alternativa em pacientes intolerantes; 86 Tratamento Farmacológico • Orlistat • Inibidor das lipases intestinais. Atua ligando-se covalentemente aos sítios catalíticos das lipases gástrica e pancreática. • Diminui a absorção de triglicerídeos ingeridos em 30% • Dose recomendada de 360 mg/dia • Não se conhece definitivamente o papel do seu uso na prevenção da aterosclerose Dislipidemias em grupos especiais • Idosos (>70 anos) – Atenção especial às dislipidemias secundárias – Estatinas mostram alta eficácia nessa faixa etária OBRIGADA