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Hemograma: Avaliação do Sangue

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Hemograma 
Avalia de forma quantitativa e qualitativa os elementos celulares do sangue. 
Após fazermos a coleta do sangue e deixa-lo “descansando” no fraco, os componentes mais pesados 
irão para o fundo, sendo ele 
• Serie vermelha: hemácias, hemoglobina, hematócrito, índices hematimetricos (VCM, HCM, 
CHCM) e RDW. 
• Serie branca: leucócitos 
• Serie plaquetária: plaquetas 
Dessa forma, ajuda a identificar alterações hematológicas e sistêmicas. 
 
Fase pré-analítica 
Essa etapa diz a respeito desde a solicitação do exame até o início do teste. 
♦ Coleta: sangue periférico em tubo anticoagulante EDTA/K2 (tampa roxa) 
♦ Volume: variável, porem respeitando a orientação do tubo 
♦ Preparo do paciente: não há, porém é preferível que seja realizado pela manhã 
♦ Interferentes: lipemia (o excesso de quilomícrons e triglicérides afeta a analise, por isso 
recomenda-se jejum de 2 a 4 horas antes da realização do exame), tempo prolongado do 
torniquete (recomendado 1 minuto, pois começa a sair água e moléculas pequenas para a 
amostra podendo aumentar valores), homogeneização incompleta/incorreta, hemólise, 
tempo entre a coleta e execução do teste (as plaquetas perdem seu formato e aumentam seu 
volume ao longo do tempo, mesmo com EDTA, alterando o volume plaquetário). 
Fase analítica 
Os equipamentos automatizados auxiliam nesse processo, associando metodologias que usam 
princípios óticos, imunológicos, impedanciometricos e de condutividade para realizar uma contagem 
e classificação celular. 
• Impedância elétrica: a amplitude do pulso gerado pela passagem das células difere de acordo 
com o tamanho da célula em questão. Auxilia na contagem de hemácias e plaquetas. 
• Citometria de fluxo: mede a dispersão da luz com a passagem de células, sendo de um 
tamanho maior ocorre uma maior dispersão, além disso, quanto mais núcleos menor a 
passagem do feixe de luz dentre as células. Usado para contagem de leucócitos e sua 
diferenciação. 
Os aparelhos automatizados conseguem realizar essa contagem dos componentes celulares do sangue 
a partir de critérios pré-determinados. 
A partir daí, podemos realizar a análise do exame iniciando pela série vermelha 
→ Hemácias: elementos celulares mais abundantes no sangue periférico, a contagem é feita com 
valores expressos em milhões/mm cúbicos, sendo que os valores de referência variam de 
acordo com o sexo e com a idade. 
→ Hemoglobina: principal componente das hemácias, tendo a função de transporte de oxigênio 
e gás carbônico, sua dosagem é feita por espectrofotometria e seus valores são expressos em 
g/dl, sendo que os valores de referência variam de acordo com o sexo e com a idade. 
→ Hematócrito: razão entre a contagem de hemácias em relação ao volume total de sangue, 
seus valores são expressos em porcentagem e variam de acordo com sexo e idade. Sua 
alteração indica eritropenia ou eritrocitose. 
→ Índices hematiométricos 
+ VCM (volume corpuscular médio) - informa a média do tamanho das hemácias, 
podendo elas serem normocíticas, microcíticas ou microcíticas. 
+ HCM (hemoglobina corpuscular media) - informa a cor da hemácia, podendo ela ser 
normocromica, hipocromica ou hipercromica(por perda de membrana e 
deformação). Calculado usando o hematócrito dividido pelas hemácias e o resultado 
multiplicado por 10. 
+ CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular media) - representa a 
concentração média de hemoglobina em um volume determinado de hemácias 
+ RDW (red distribution width) - avalia a variação do tamanho dos eritrócitos, sendo 
seus valores expressos em porcentagem. 
Alterações da série vermelha: 
♦ Tamanho – microcitose, macrocitose, normocitose, anisocitose (variação importante do 
tamanho entre as hemácias no exame, por exemplo, tenho uma grandona, uma pequenininha 
e umas normais). Analisado com o VCM. 
♦ Cor – hipocromicas, normocromicas, hipercromica. Analisado com o HCM. 
♦ Forma – poiquilocitose (formas diferentes do disco bicôncavo) 
♦ Inclusões - colorações dentro da hemácia, como pontinhos dentro delas. 
Além disso, ainda temos a análise da séria branca na qual são realizadas as contagens global e 
diferencial dos leucócitos (neutrófilo, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos), sendo seus 
valores expressos em mil/mm cubico (absoluto) e em porcentagem (relativo) e variando de acordo 
com a idade. 
Alterações da série branca: 
♦ Número – leucopenia (número diminuído) ou leucocitose (número aumentado), ainda sendo 
classificado de acordo com qual leucócito está aumentado, por exemplo uma eosinofilia é 
uma leucocitose com aumento de eosinófilos. 
♦ Segmentação nuclear - hiposegmentação ou hipersegmentação 
♦ Maturação - a maturação do neutrófilo se dá: mieloblasto, promielocito, mielocito, 
metamielocito, neutrófilo em bastão e neutrófilo segmentado. Caso ocorra uma maior 
quantidade de linhagens mais jovens há uma alteração, sendo isso chamado de desvio a 
esquerda e podendo ser escalonado quando segue a escada de maturação ou não escalonado. 
♦ Alteração citoplasmaticas 
Por fim, temos a análise da série plaquetária, na qual é realizada a contagem das plaquetas em mil/mm 
cubico. Alguns equipamentos automatizados analisam também o VPM (volume plaquetário médio, 
expresso em fL. O EDTA em alguns pacientes pode gerar agregação plaquetária (o resultado aparecerá 
como “presença de clumps” , levando a uma falsa diminuição do número plaquetário no exame e, 
assim, é necessário repetir o exame coletando nova amostra em tubo com citrato de sódio caso o 
resultado venha como uma plaquetopenia. 
Alterações da série plaquetária 
♦ Número – plaquetopenia ou plaquetose 
♦ Forma – plaqueta gigantes e agregação 
 
Alterações visíveis em um hemograma: 
• Hemoparasitas – plasmodium sp. E tripanosoma cruzi

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