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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ-UESPI CAMPUS POETA TORQUATO NETO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS-CCA CURSO BACHARELADO EM ZOOTECNIA DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À ZOOTECNIA DOCENTE: FIRMINO BARBOSA TRABALHO DE INTRODUÇÃO À ZOOTECNIA: JÉSSICA EMANUELLY VIEIRA DE SOUZA E-mail: jsvieira631@gmail.com Telefone : +55 086 994087768 TERESINA-PI JULHO/2019 mailto:jsvieira631@gmail.com INTRODUÇÃO O presente sistema de produção está direcionado para a criação de suínos em ciclo completo, confinado, desenvolvido em um único sítio e contemplando um plantel de 160 a 320 matrizes. Todas as etapas de produção a partir da maternidade estão previstas para serem desenvolvidas seguindo o princípio do sistema "todos dentro todos fora" (all-in all-out), onde os animais de cada lote ocupam, ou desocupam uma sala num mesmo momento. Esse manejo possibilita a limpeza e desinfecção completa das salas e a realização do vazio sanitário. Pelo fato de contemplar todas as etapas da produção, desde a aquisição do material genético até a entrega dos suínos de abate na plataforma do frigorífico, as orientações descritas neste documento aplicam-se também a sistemas de produção que executam apenas parte das etapas de produção de suínos, como a Unidade de Produção de Leitões (UPL) que produz leitões até a saída da creche e a Unidade de Terminação (UT) que recebe os leitões de uma UPL e executa as fases de crescimento e terminação. Outros sistemas de produção de suínos, como o Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre (SISCAL), o agroecológico, o orgânico e outros, precisam ser tratados separadamente em razão de suas particularidades. Mesmo assim, grande parte dos conceitos sobre a criação de suínos, caracterizados neste sistema, podem ser considerados com as devidas adaptações. A criação de suínos sobre cama, que está ganhando espaço considerável entre os suinocultores, principalmente por facilitar o manejo dos dejetos, também apresenta peculiaridades que merecem e precisam ser tratadas de forma específica. Informações referentes à produção de suínos sobre cama poderão ser obtidas em várias publicações da Embrapa Suínos e Aves. .SISTEMA DE PRODUÇÃO PARA SUÍNOS Extensivo O sistema extensivo pode ser dividido nos seguintes tipos Sistema extensivo - tipo montanheira: Raças rústicas do tipo ibéricas, a reprodução ocorre semelhante ao SISCAL. A engorda fica por conta da utilização de materiais encontrados nestas regiões como bolota de carvalho, castanha e pinhão. Porém, é também possível a engorda por meio de pastagem suplementada com ração (assim como ocorre com os suínos destinados à fabricação de presunto Parma). O Controle sanitário é considerado normal. Sistema extensivo - subsistência: Neste tipo de sistema utilizando-se raças rústicas tipo banha de pequeno porte, pois consiste em grandes extensões com baixa lotação. Os animais ficam permanentemente soltos, sem divisão de fases e sem controle de reprodução. Utilizam-se os recursos locais, ou seja, restos de culturas, pastagem nativa e suplementos sazonais. A ineficiência é o baixo nível sanitário. Semi-intensivo Já o sistema semi-intensivo existe um certo controle de alimentação e higiene. Existem instalações principalmente para as fêmeas durante a fase de gestação e amamentação. As instalações são ligadas a piquetes gramados. Intensivo Os sistemas intensivos podem sem divididos nos seguintes tipos Sistema intensivo - confinado de alta tecnologia: Possui alta concentração de animais e com sítios múltiplos especializados. A genética dos animais é especializada, além de alto nível de nutrição e manejo, conferindo um máximo desempenho zootécnico. Os animais criados neste sistema apresentam alto nível sanitário. A desvantagem fica pelo alto custo, porém sendo convertido em alta produtividade. Sistema intensivo - confinado tradicional: Também possui alta concentração de animais, porém em prédios menos especializados, ou seja, sem creche e gestação coletiva. A genética dos animais é variável (raças comerciais). O nível de manejo e nutrição é variável, assim como o desempenho zootécnico. O nível sanitário é adequado, custo e produtividade são variáveis, pois dependem dos fatores citados. Sistema intensivo - semiconfinado tradicional: Assemelha-se ao Confinamento Tradicional, as fêmeas vazias e gestantes, machos reprodutores têm acesso aos piquetes, já às porcas em lactação e animais em crescimento e terminação ficam confinados (sem creche, gestação coletiva). Em geral nível médio a baixo de tecnologia e produtividade. Sistema intensivo - confinados sobre cama: O piquete de creche, crescimento e terminação é conduzido em galpão semelhante à de frangos de corte, assim confere menor custo fixo. Há também um menor impacto ambiental, pelo fato dos dejetos sólidos e melhor relação N:C. Melhor bem-estar e melhor carne, pelo sistema de confinamento utilizado. Há maior gasto energético, porém piora a conversão. Ganho de peso é semelhante aos sistemas anteriores citados. Sistema intensivo - sistema intensivo de suínos criados ao ar livre: Neste sistema há o ciclo completo, todas as fases em piquetes ao ar livre, assim há um custo mínimo com as instalações. Neste sistema é inevitável o uso de cercas elétricas e abrigos móveis. Necessário programar rotação de piquetes e de abrigos da maternidade. Sistemas mistos de creche, crescimento e terminação na forma confinada. SISTEMA DE PRODUÇÃO PARA SUÍNOS 1. Mercado: No Brasil, o peso médio das carcaças de suínos têm apresentado crescimento constante. Entre os anos 1995 e 2000 esse crescimento foi de 8,07%, indo de 73,1 para 79,0 quilos, estimando- se que continue nos próximos anos, já que em 2002 o peso ultrapassa os 83 quilos. A melhora na qualidade das rações e do material genético tem viabilizado a manutenção dos animais na granja até alcançar maior peso sem grandes perdas em termos de conversão alimentar, possibilitando a obtenção de melhores resultados econômicos. A consequência direta disto é maior oferta de carne com o mesmo número de animais produzidos e mais qualidade na carne ofertada ao consumidor e para o processamento industrial. I. Volume : Internamente, a produção de carne suína do país deve fechar em um volume estimado em 3,67 milhões de toneladas, o que representaria uma queda de 1,34%, no comparativo com 2017. A ligeira redução tende a equalizar melhor oferta e demanda no próximo ano, que ainda terá custos de produção menores frente à perspectiva da Safra 2018/2019. O maior senão se relaciona à economia brasileira. A retomada de seu crescimento deve impulsionar o consumo doméstico de proteínas, contribuindo para uma maior rentabilidade no setor produtivo. No geral, é possível afirmar que há um grande otimismo em relação a 2019. Nos primeiros meses do ano já poderemos ter uma noção se essa expectativa positiva se confirma, com um ano positivo para os suinocultores após dois anos de grandes dificuldades. II. Custo : Na cadeia do suíno, o produtor historicamente é o elo mais fraco, é o mais desorganizado, o mais descapitalizado e com menor grau de profissionalização. O grande número de pequenas unidades produtoras de suínos, bem como sua dispersão geográfica, dificulta a organização dos produtores, enfraquecendo o poder de negociação no processo de determinação dos preços. III. Publicidade : Leve, saborosa e versátil, a carne suína é a mais amplamente consumida no mundo. No Brasil, as campeãs de vendas ainda são a carne bovina e de frango, mas esse quadro tem se modificado. Influenciados talvez pelo preço mais acessível em relação à carne de gado, mas também por compreenderem os benefícios dessa fonte proteica, os brasileiros estão cada vez mais adeptos à sua aquisição. https://confortoanimal.marangoni.com.br/confira-5-desafios-da-avicultura-brasileira/ IV. Apresentação : Os produtores de suíno têm muito que comemorar. A grande demanda da carne de porco no mercado tem feito o preço do quilo aumentar, em contrapartida, o preço médio das rações tem diminuído. Para atender a demanda do mercado, os produtores têm abatido os animais antes do tempo previsto. De acordo com um levantamento da Associação Paulista, os porcos têm sido abatidos com 88 quilos em média, sendo normal abatê-los somente quando atingem 100 quilos. Outro fator que faz o produtor lucrar com esse tipo de criação é o preço da ração, que representa 70% dos custos. O valor do farelo de soja teve redução de 25% e o preço do milho caiu 15%, comparado ao mesmo período do ano passado. 2. Nível tecnológico : Atualmente existem no mercado "softwares" específicos para a avaliação técnica e econômica da atividade suinícola. Estes "softwares" constituem-se em ferramentas muito úteis ao criador, permitindo um acompanhamento mais detalhado dos resultados da atividade e auxiliando na tomada de decisão. Como exemplo, cita-se o programa ATEPROS, desenvolvido pela Embrapa Suínos e Aves. Na falta de um "software" para o controle dos índices técnicos e econômicos do sistema de produção, deve-se estabelecer uma forma alternativa manual que atenda às necessidades mínimas de controle da produção e da produtividade. Em ambos os casos, via "software" ou manual, é necessário manter a identificação dos animais e utilizar fichas de controle em cada fase de produção. a) Identificação dos animais: a identificação dos reprodutores permite acompanhar o desempenho reprodutivo e a dos outros animais o desempenho produtivo. A identificação dos animais pode ser feita através de tatuagem, brinco ou mossa. b) Fichas de controle: o preenchimento de fichas é importante para o controle do rebanho suíno. Dentre elas, destacam-se fichas de controle de porcas, de machos, de coberturas, de leitegadas, de compras de animais e alimentos, de vendas de animais, de despesas gerais, de movimento de animais dentro da granja, de vacinações e de consumo de ração. Além da observação dos valores críticos e metas estabelecidaspara cada fase, o produtor deve manter um controle rigoroso de todas as compras e vendas para garantir um acompanhamento econômico/financeiro da atividade. Dentre os indicadores de gerenciamento técnico do sistema, destacam-se a conversão alimentar do rebanho e o número de leitões produzidos por porca por ano. http://www.cpt.com.br/cursos/41/processamento-de-carne.html http://www.cpt.com.br/curso/16/5495/producao-de-milho-em-pequenas-propriedades.html 3. Infraestrutura: I. Energia: Por serem animais homeotérmicos, os suínos são capazes de regular a temperatura corporal. Na fase de creche é fundamental manter o filhote quente. II. Água: O suíno deve receber água potável. Alguns parâmetros são importantes para assegurar a potabilidade e a palatabilidade da água: ausência de materiais flutuantes, óleos e graxas, gosto, odor, coliformes e metais pesados; pH entre 6,4 a 8,0; níveis máximos de 0,5 ppm de cloro livre, 110 ppm de dureza, 20 ppm de nitrato, 0,1 ppm de fósforo, 600 ppm de cálcio, 25 ppm de ferro, 0,05 ppm de alumínio e 50 ppm de sódio; temperatura inferior a 20°. III. Fatores climáticos : Os suínos por serem animais homeotérmicos, são capazes de regular a temperatura corporal. No entanto, o mecanismo de homeostase, é eficiente somente quando a temperatura ambiente está dentro de certos limites. Portanto é importante que as instalações tenham temperaturas ambientais próximas às das condições de conforto dos suínos. IV. Acesso : Não permitir o trânsito de pessoas e/ou veículos no local sem prévia autorização. Colocar placa indicativa da existência da granja no caminho de acesso e no portão a indicação "Entrada Proibida". A granja deve ser cercada e a entrada de veículos deve ser proibida, exceto para reformas da granja e, nesses casos, os veículos devem ser desinfetados com produto não corrosivo. V. Fornecedores : O produtor deve ter em mente que irá precisar de fornecedores, sendo estes para lhe fornecer insumos (rações, vacinas e etc.) , maquinário, matéria prima. VI. Mão de obra : Os funcionários devem ser capacitados para exercer as atividades/tarefas a eles confiadas. Portanto, na escolha de pessoal deve-se optar por aqueles que já detêm conhecimento na atividade. Não havendo esta possibilidade, cursos de capacitação deverão ser implementados. Estrategicamente, todos os funcionários deverão saber fazer todas as atividades inerentes ao sistema. Isso assegurará continuidade em caso de falta momentânea de um determinado funcionário. Logo, os funcionários deverão ser capacitados para as atividades a serem desenvolvidas nas diferentes fases de produção, tais como, reprodução, gestação, maternidade, creche e crescimento e terminação. 4. Investimento: A propriedade suinícola é uma unidade de produção, operando com um capital (próprio e empréstimos financeiros) e trabalho (familiar e assalariado), devendo gerar um resultado econômico que remunere os investimentos e aporte lucro. De nada adianta um bom planejamento se não forem utilizados mecanismos de controle do desempenho da atividade e de seus funcionários. Para garantir o sucesso da atividade deverão ser adotados métodos eficientes de gerenciamento. Para ter sucesso na atividade, o produtor necessita saber como e produzir e, principalmente, para quem vender a produção. Nas decisões de médio e longo prazos, o gerenciamento desempenha papel preponderante em função das constantes mudanças que ocorrem nas tecnologias, nos preços dos insumos e produtos e nas políticas agrícolas, que levam ao produtor riscos e incertezas. I. Recursos próprios : No caso do produtor independente, é o produtor que executa todas as fases, ou seja, cria o leitão do nascimento até o abate, não tendo nenhuma espécie de vínculo com agroindústrias. Compra animais reprodutores e insumos (alimentos e produtos veterinários) no mercado sem fornecedor fixo. O valor recebido pelo animal pronto para o abate, dependendo da quantidade de carne na carcaça é acrescido de uma bonificação (cerca de 6% a 12%) sobre o valor pago por quilo de suíno vivo. Em épocas de excesso de oferta de suínos para o abate, esse tipo de produtor encontra certas dificuldades em colocar seus animais no mercado e é forçado a reter os suínos por mais tempo na propriedade até conseguir comprador. II. Financiamento : No sistema de integração o produtor recebe da agroindústria, os insumos (alimentos e medicamentos) e a orientação técnica. O acerto de contas com a integradora é feito no momento da entrega dos animais no frigorífico. A grande vantagem desse sistema para o produtor é a garantia de mercado para seus animais, embora possam ocorrer casos de retenção dos suínos nas granjas por um período maior de tempo, em épocas em que o mercado está super ofertado. Nesses casos, também o produtor integrado acaba tendo problemas, pois nas crises sempre é vantagem entregar os animais para o abate com o menor peso possível. 5. Instalações : De modo geral as construções de uma granja suína compreende o conjunto de prédios que o produtor deve ter para racionalizar a criação, e precisam atender a determinadas condições básicas quanto à higiene, orientação, funcionalidade e custo. Projeto O tipo ideal de edificação deve ser definido fazendo-se um estudo detalhado do clima da região e(ou) do local onde será implantada a exploração, determinando as mais altas e baixas temperaturas ocorridas, a umidade do ar, a direção e a intensidade do vento. Assim , é possível projetar instalações com características construtivas capazes de minimizar os efeitos adversos do clima sobre os suínos. I. Material : O tipo ideal de edificação deve ser definido, fazendo-se um estudo detalhado do clima da região e(ou) do local onde será implantada a exploração, determinando as mais altas e baixas temperaturas ocorridas, a umidade do ar, a direção e a intensidade do vento. Assim, é possível projetar instalações com características construtivas capazes de minimizar os efeitos adversos do clima sobre os suínos. Por exemplo : a pocilga pode ser feita de tijolos, madeira e concreto. II. Custo : O custo das instalações depende do sistema de produção, dos materiais utilizados, fatores climáticos e entre outros. III. Durabilidade : O sistema de produção de suínos compreende as fases de pré-cobrição e gestação, maternidade, creche, crescimento e terminação. Os aspectos construtivos das instalações diferem em cada fase de criação e devem se adequar às características físicas, fisiológicas e térmicas do animal. Mão de obra : Cada funcionário deve ser remunerado, no mínimo, de acordo com a legislação trabalhista. Uma estratégia interessante para a melhoria dos índices de produtividade é a adoção de um sistema de premiação para os funcionários, o qual pode ser um percentual de ganho a mais para cada meta superada num dado período de tempo, como exemplo, número de suínos terminados por matriz por ano. Esse procedimento visa estimular os funcionários para a busca constante de melhores resultados na atividade. Deve-se buscar a motivação constante dos funcionários através de reuniões e treinamentos. Esforços devem ser implementados no sentido de manter na escola todos os filhos dos funcionários. Licença ambiental : Para iniciar uma criação de suínos é preciso providenciar o licenciamento ambiental da propriedade. A legislação ambiental é abrangente e um dos principais pontos de conflito da atividade. Muitas vezes falta esclarecimento ao produtor para investimentos na propriedade para receber a licença ambiental. No Brasil, por causa do modelo de produção, a atividade tem grande impacto ambiental. Geralmente os dejetos produzidos são tratados de forma líquida, ou seja, é a água que conduz até os depósitos, para posteriormente serem utilizados como adubo orgânico. Quando o processo não é bem manejado há um grande risco para os cursosde água e fonte, consequentemente um risco ambiental. A legislação visa http://www.cptcursospresenciais.com.br/curso/curso-de-planejamento-e-administracao-de-suinocultura/ http://www.cptcursospresenciais.com.br/curso/curso-de-boas-praticas-de-fabricacao-de-racao-bpf-implementacao-e-gestao/ traçar programas que minimizem ao máximo os danos ambientais, por isso o produtor deve propor um projeto ambiental para a produção. Os produtores devem estar cientes da legislação ambiental federal, porém sem esquecer que existe diferenças entre cada Estado. 6. Escrituração Zootécnica – programas e notebook : O processamento dos dados pode ser feito de várias formas. Em geral, os índices zootécnicos podem ser calculados com o auxílio de planilhas eletrônicas e bancos de dados, ou por programas de computador desenvolvidos para auxiliar o gerenciamento de fazendas. Entretanto, estes programas são complexos e exigem pessoal mais qualificado para manipulálos, sendo essa a parte auxiliada, geralmente, por professores ou pesquisadores de Universidades ou Institutos de Pesquisa. Por tanto, qualquer controle dos dados, para ser realizado com eficiência e eficácia precisam passar por três etapas básicas que são: a coleta de dados; o cálculo dos índices zootécnicos e a análise dos resultados. Os benefícios de se implementar a escrituração zootécnica nas criações de suínos se verificam ao obter: 1- Arquivos de informações zootécnicas da criação: para ter uma base de dados com dos animais, da genealogia, com registro dos nascimentos, da desmama e das mortes dos animais e de informações de produção e de reprodução dos animais 2- Controle do manejo na propriedade: facilitando o trabalho nos piquetes na identificação das diferentes categorias de animais, das fêmeas a inseminar e/ou acasalar, no descarte de fêmeas vazias, no controle da reprodução e no diagnóstico de gestação. 3- Registros de produtividade: no controle da reprodução; no controle do peso vivo; no controle da idade de abate; no controle do peso da carcaça. 4- Informação referente à sanidade do rebanho: no controle das vacinações; tratamentos em geral; ecto e endo-parasitas; verminoses; avaliações de tuberculose e brucelose e em cirurgias eventuais. 7. Matéria prima: Empresas rurais que geram, criam e engordam os animais para o atendimento das necessidades das indústrias de primeira transformação; podem estar integradas em um único empreendimento ou divididas em diversos empreendimentos. 8. Alimentação : A aplicação dos conhecimentos de nutrição deve contribuir para a preservação do ambiente e isto significa que o balanceamento das rações deve atender estritamente as exigências nutricionais nas diferentes fases de produção. O excesso de nutrientes nas rações é um dos maiores causadores de poluição do ambiente, portanto, atenção especial deve ser dada aos ingredientes, buscando-se aqueles que apresentam alta digestibilidade e disponibilidade dos nutrientes e que sejam processados adequadamente, em especial quanto a granulometria. I. Formulação dietética : Usar fórmulas específicas para cada fase da criação (pré-inicial, inicial, crescimento, terminação, gestação e lactação) elaboradas por técnicos especializados ou que sejam indicadas nos rótulos dos sacos de concentrados e núcleos. Ler com atenção as indicações dos produtos e seguir rigorosamente suas recomendações. Para atender as necessidades diárias de nutrientes de cachaços adultos, a dieta deve conter no mínimo os mesmos níveis nutricionais de uma dieta de gestação. II. Insumos : O estabelecimento de uma política de abastecimento de insumos, principalmente de milho, uma melhoria na organização da produção, evitando excesso de oferta, e o crescimento do mercado interno e externo para a carne suína poderão garantir melhor remuneração para o suíno, tornando a atividade menos vulnerável do ponto de vista econômico. III. Plano de alimentação : Para compor uma ração balanceada é necessário a disponibilidade e combinação adequada de ingredientes incluindo um núcleo ou premix mineral-vitamínico específico para a fase produtiva do suíno. Existem várias classes de alimentos quanto a concentração de nutrientes. De uma forma geral é possível classificar os ingredientes pelo teor de energia, proteína, fibra ou minerais presentes. São estes os principais fatores nutricionais que determinam o seu uso para as várias fases de vida do suíno. 9. Reprodução : O manejo da produção compreende todo o processo reprodutivo e produtivo do sistema, devendo ser conduzido com toda a atenção, pois dele depende o atingimento de melhores índices produtivos e o retorno econômico da atividade. I. Matrizes : A qualidade genética dos reprodutores de um sistema de produção é considerada a base tecnológica de sustentação de sua produção. O desempenho de uma raça ou linhagem é fruto de sua constituição genética somada ao meio ambiente em que é criada. Por meio ambiente entende-se não só o local onde o animal é criado, mas também a nutrição, a sanidade e o manejo geral que lhe é imposto. Portanto, de nada adiantaria fornecer o melhor ambiente possível para um animal se este não tivesse capacidade genética, ou potencial genético como é normalmente chamado, de beneficiar-se dos aspectos positivos do meio, em especial a nutrição e a condição sanitária, para promover o aumento da produtividade. II. Biotécnica : A seleção dos animais para a melhoria das características economicamente importantes ocorre nas granjas núcleo, com raças puras ou sintéticas, as quais transferem o material genético para os rebanhos multiplicadores que produzem, principalmente fêmeas, para os rebanhos comerciais ou produtores de suínos de abate. Em função da menor demanda de machos, os rebanhos núcleo também repassam para os rebanhos comerciais, machos puros ou sintéticos que excedem as necessidades de sua reposição, dos rebanhos multiplicadores, e de abastecimento das Centrais de Inseminação Artificial (CIA). III. Plano de reprodução : A proporção de machos e fêmeas (leitoas e porcas) no plantel é de 1/20, sendo indispensável dispor de no mínimo 2 machos na granja. Sempre que possível o produtor deve optar pela inseminação artificial, utilizando na cobrição das fêmeas sêmen oriundo de CIAs oficiais. Os machos das CIAs são selecionados com maior intensidade em relação aos que são destinados à monta natural, apresentando, portanto, melhores índices de produtividade nas características economicamente importantes. 10. Biossegurança : Refere-se ao conjunto de normas e procedimentos destinados a evitar a entrada de agentes infecciosos (vírus, bactérias, fungos e parasitas) no rebanho, bem como controlar sua disseminação entre os diferentes setores ou grupos de animais dentro do sistema de produção. Nesse capítulo serão abordados apenas os procedimentos para evitar a entrada dos agentes no rebanho. Prevenção I.Cobertura vacinal : Adotar um programa mínimo de aplicação de vacinas, para prevenção das doenças mais importantes da suinocultura, respeitando as instruções oficiais para doenças especificas, como é o caso da vacina contra a Peste Suína Clássica e Doença de Aujeszky, que somente poderão ser utilizadas com autorização do órgão oficial de defesa sanitária. II.Controle de endoparasitas : A transmissão de doenças por vetores como roedores, moscas, pássaros e mamíferos silvestres e domésticos deve ser evitada ao máximo. Entre as medidas gerais de controle estão: a cerca de isolamento; destino adequado do lixo, dos animais mortos, de restos de parição e de dejetos; a limpeza e organização da fábrica e depósito de rações e insumos e dos galpões e arredores. III.Higiene : O sistema de manejo "todos dentro, todos fora", possibilita a limpeza e desinfecção completa das salas e a realização do vazio sanitário. Nas fases de cobrição e gestação, normalmente utiliza-se o sistemacontínuo, sem realização de vazio sanitário. Por esta razão, para reduzir a contaminação do ambiente, deve-se lavar e desinfetar as baias ou boxes sempre que um lote de fêmeas for retirado. A limpeza seca, com pá e vassoura na presença dos animais, deve ser feita diariamente de 1 a 3 vezes ao dia, dependendo do tipo de instalação. IV.Tratamento de resíduos : Todo sistema de produção acumula carcaças de animais mortos e restos de placentas, abortos, umbigos e testículos que precisam ter um destino adequado para evitar a transmissão de agentes patogênicos, a atração de outros animais, a proliferação de moscas, a contaminação ambiental e o mau cheiro, além de preservar a saúde pública. A quantidade desses resíduos depende do tamanho da criação e da sua taxa de mortalidade, portanto, deve ser estimada individualmente, para cada rebanho. Existem várias formas de destino para esse material como: a) a compostagem que é um método eficiente, resultado da ação de bactérias termofílicas aeróbias sobre componentes orgânicos (carcaças e restos), misturados à componentes ricos em carbono (maravalha, serragem ou palha), portanto, a mais recomendada; b) a fossa anaeróbia que apresenta problemas de operacionalização e odor forte e c) a incineração, que é sanitariamente adequado, mas com alto custo ambiental e custo financeiro incompatível com a suinocultura. 11. Comercialização I. Atacado : O comércio atacadista (ou atacado) é a venda de produtos em grande quantidade, geralmente destinada à revenda por parte de outros comerciantes. Por esse motivo, o mercado atacadista é marcado pela produção em massa de produtos iguais e pelo preço baixo, tendo em vista que o lucro é obtido através da alta quantidade vendida. O vendedor por atacado é comumente chamado de “distribuidor”, tendo em vista que, em regra, repassa as mercadorias para outros comerciantes. Assim, na maioria das vezes, o atacadista é a própria fábrica criadora do produto. Vale esclarecer, no entanto, que nada impede que o atacadista venda direto para o consumidor final. II. Varejo : O comércio varejista (ou varejo) é a modalidade de venda que atende diretamente o consumidor final, e a forma mais comum de venda utilizada no cotidiano de lojas e mercados. No varejo, os produtos são vendidos em unidades ou em pequenas quantidades, de acordo com a necessidade exata do consumidor. Por esse motivo, o preço sempre será mais alto do que no atacado. III. In natura : A expressão utiliza-se sobretudo para caracterizar certos produtos alimentares, tanto de origem vegetal como animal, quando estes são distribuídos ou consumidos no seu estado natural, ou seja, sem terem sido sujeitos a qualquer transformação ou processamento. Por exemplo, os frutos e as hortaliças são frequentemente consumidos in natura, há importações de carne in natura, e o leite já não pode ser vendido in natura (sem ser pasteurizado). IV. Processado : Os alimentos processados podem ser definidos como: "Alimentos modificados do seu estado original por meio de uma grande variedade de tipos de processamento, com diversas finalidades". Ex: embutidos ( calabresa, salsicha) REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Fontes : http://www.cnpsa.embrapa.br/SP/suinos/index.html https://www.portalsuinoseaves.com.br/licenciamento-ambiental-para- criacao-de-suinos/ http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-a-cadeia- produtiva-da-suinocultura http://www.cnpsa.embrapa.br/SP/suinos/index.html https://www.portalsuinoseaves.com.br/licenciamento-ambiental-para-criacao-de-suinos/ https://www.portalsuinoseaves.com.br/licenciamento-ambiental-para-criacao-de-suinos/ http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-a-cadeia-produtiva-da-suinocultura http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-a-cadeia-produtiva-da-suinocultura
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