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Introdução a Zootecnia - Suínos

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ-UESPI 
CAMPUS POETA TORQUATO NETO 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS-CCA 
CURSO BACHARELADO EM ZOOTECNIA 
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À ZOOTECNIA 
DOCENTE: FIRMINO BARBOSA 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE INTRODUÇÃO À ZOOTECNIA: 
 
 
 
 
JÉSSICA EMANUELLY VIEIRA DE SOUZA 
E-mail: jsvieira631@gmail.com 
Telefone : +55 086 994087768 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TERESINA-PI 
JULHO/2019 
mailto:jsvieira631@gmail.com
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O presente sistema de produção está direcionado para a criação de suínos em 
ciclo completo, confinado, desenvolvido em um único sítio e contemplando um 
plantel de 160 a 320 matrizes. Todas as etapas de produção a partir da 
maternidade estão previstas para serem desenvolvidas seguindo o princípio do 
sistema "todos dentro todos fora" (all-in all-out), onde os animais de cada lote 
ocupam, ou desocupam uma sala num mesmo momento. Esse manejo 
possibilita a limpeza e desinfecção completa das salas e a realização do vazio 
sanitário. 
 
Pelo fato de contemplar todas as etapas da produção, desde a aquisição do 
material genético até a entrega dos suínos de abate na plataforma do 
frigorífico, as orientações descritas neste documento aplicam-se também a 
sistemas de produção que executam apenas parte das etapas de produção de 
suínos, como a Unidade de Produção de Leitões (UPL) que produz leitões até 
a saída da creche e a Unidade de Terminação (UT) que recebe os leitões de 
uma UPL e executa as fases de crescimento e terminação. 
 
Outros sistemas de produção de suínos, como o Sistema Intensivo de Suínos 
Criados ao Ar Livre (SISCAL), o agroecológico, o orgânico e outros, precisam 
ser tratados separadamente em razão de suas particularidades. Mesmo assim, 
grande parte dos conceitos sobre a criação de suínos, caracterizados neste 
sistema, podem ser considerados com as devidas adaptações. 
 
A criação de suínos sobre cama, que está ganhando espaço considerável entre 
os suinocultores, principalmente por facilitar o manejo dos dejetos, também 
apresenta peculiaridades que merecem e precisam ser tratadas de forma 
específica. Informações referentes à produção de suínos sobre cama poderão 
ser obtidas em várias publicações da Embrapa Suínos e Aves. 
 .SISTEMA DE PRODUÇÃO PARA SUÍNOS 
 
 Extensivo 
O sistema extensivo pode ser dividido nos seguintes tipos 
 
 Sistema extensivo - tipo montanheira: 
Raças rústicas do tipo ibéricas, a reprodução ocorre semelhante ao 
SISCAL. A engorda fica por conta da utilização de materiais 
encontrados nestas regiões como bolota de carvalho, castanha e 
pinhão. Porém, é também possível a engorda por meio de pastagem 
suplementada com ração (assim como ocorre com os suínos 
destinados à fabricação de presunto Parma). O Controle sanitário é 
considerado normal. 
 Sistema extensivo - subsistência: 
Neste tipo de sistema utilizando-se raças rústicas tipo banha de 
pequeno porte, pois consiste em grandes extensões com baixa 
lotação. Os animais ficam permanentemente soltos, sem divisão de 
fases e sem controle de reprodução. Utilizam-se os recursos locais, 
ou seja, restos de culturas, pastagem nativa e suplementos sazonais. 
A ineficiência é o baixo nível sanitário.   
 
 Semi-intensivo 
 Já o sistema semi-intensivo existe um certo controle de 
alimentação e higiene. Existem instalações principalmente para as 
fêmeas durante a fase de gestação e amamentação. As 
instalações são ligadas a piquetes gramados. 
 
 Intensivo 
Os sistemas intensivos podem sem divididos nos seguintes tipos 
 
 Sistema intensivo - confinado de alta tecnologia: 
Possui alta concentração de animais e com sítios múltiplos 
especializados. A genética dos animais é especializada, além de alto 
nível de nutrição e manejo, conferindo um máximo desempenho 
zootécnico. Os animais criados neste sistema apresentam alto nível 
sanitário. A desvantagem fica pelo alto custo, porém sendo 
convertido em alta produtividade.  
 Sistema intensivo - confinado tradicional:   
Também possui alta concentração de animais, porém em prédios 
menos especializados, ou seja, sem creche e gestação coletiva. A 
genética dos animais é variável (raças comerciais). O nível de 
manejo e nutrição é variável, assim como o desempenho zootécnico. 
O nível sanitário é adequado, custo e produtividade são variáveis, 
pois dependem dos fatores citados.   
 Sistema intensivo - semiconfinado tradicional: 
Assemelha-se ao Confinamento Tradicional, as fêmeas vazias e 
gestantes, machos reprodutores têm acesso aos piquetes, já às 
porcas em lactação e animais em crescimento e terminação ficam 
 
 
confinados (sem creche, gestação coletiva). Em geral nível médio a 
baixo de tecnologia e produtividade. 
 Sistema intensivo - confinados sobre cama: 
O piquete de creche, crescimento e terminação é conduzido em 
galpão semelhante à de frangos de corte, assim confere menor 
custo fixo. Há também um menor impacto ambiental, pelo fato dos 
dejetos sólidos e melhor relação N:C. Melhor bem-estar e melhor 
carne, pelo sistema de confinamento utilizado. Há maior gasto 
energético, porém piora a conversão. Ganho de peso é 
semelhante aos sistemas anteriores citados.   
 Sistema intensivo - sistema intensivo de suínos criados ao ar 
livre: 
Neste sistema há o ciclo completo, todas as fases em piquetes ao 
ar livre, assim há um custo mínimo com as instalações. Neste 
sistema é inevitável o uso de cercas elétricas e abrigos móveis. 
Necessário programar rotação de piquetes e de abrigos da 
maternidade. Sistemas mistos de creche, crescimento e 
terminação na forma confinada.   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE PRODUÇÃO PARA SUÍNOS 
 
1. Mercado: No Brasil, o peso médio das carcaças de suínos têm 
apresentado crescimento constante. Entre os anos 1995 e 2000 esse 
crescimento foi de 8,07%, indo de 73,1 para 79,0 quilos, estimando-
se que continue nos próximos anos, já que em 2002 o peso 
ultrapassa os 83 quilos. A melhora na qualidade das rações e do 
material genético tem viabilizado a manutenção dos animais na 
granja até alcançar maior peso sem grandes perdas em termos de 
conversão alimentar, possibilitando a obtenção de melhores 
resultados econômicos. A consequência direta disto é maior oferta de 
carne com o mesmo número de animais produzidos e mais qualidade 
na carne ofertada ao consumidor e para o processamento industrial. 
I. Volume : Internamente, a produção de carne suína 
do país deve fechar em um volume estimado em 
3,67 milhões de toneladas, o que representaria uma 
queda de 1,34%, no comparativo com 2017. A 
ligeira redução tende a equalizar melhor oferta e 
demanda no próximo ano, que ainda terá custos de 
produção menores frente à perspectiva da Safra 
2018/2019. O maior senão se relaciona à economia 
brasileira. A retomada de seu crescimento deve 
impulsionar o consumo doméstico de proteínas, 
contribuindo para uma maior rentabilidade no setor 
produtivo. No geral, é possível afirmar que há um 
grande otimismo em relação a 2019. Nos primeiros 
meses do ano já poderemos ter uma noção se essa 
expectativa positiva se confirma, com um ano 
positivo para os suinocultores após dois anos de 
grandes dificuldades. 
II. Custo : Na cadeia do suíno, o produtor 
historicamente é o elo mais fraco, é o mais 
desorganizado, o mais descapitalizado e com menor 
grau de profissionalização. O grande número de 
pequenas unidades produtoras de suínos, bem 
como sua dispersão geográfica, dificulta a 
organização dos produtores, enfraquecendo o poder 
de negociação no processo de determinação dos 
preços. 
III. Publicidade : Leve, saborosa e versátil, a carne 
suína é a mais amplamente consumida no mundo. 
No Brasil, as campeãs de vendas ainda são a carne 
bovina e de frango, mas esse quadro tem se 
modificado. Influenciados talvez pelo preço mais 
acessível em relação à carne de gado, mas também 
por compreenderem os benefícios dessa fonte 
proteica, os brasileiros estão cada vez mais adeptos 
à sua aquisição. 
https://confortoanimal.marangoni.com.br/confira-5-desafios-da-avicultura-brasileira/
 
 
IV. Apresentação : Os produtores de suíno têm muito 
que comemorar. A grande demanda da carne de 
porco no mercado tem feito o preço do quilo 
aumentar, em contrapartida, o preço médio das 
rações tem diminuído. Para atender a demanda do 
mercado, os produtores têm abatido os animais 
antes do tempo previsto. De acordo com um 
levantamento da Associação Paulista, os porcos 
têm sido abatidos com 88 quilos em média, sendo 
normal abatê-los somente quando atingem 100 
quilos. Outro fator que faz o produtor lucrar com 
esse tipo de criação é o preço da ração, que 
representa 70% dos custos. O valor do farelo de 
soja teve redução de 25% e o preço do milho caiu 
15%, comparado ao mesmo período do ano 
passado. 
 
2. Nível tecnológico : Atualmente existem no mercado "softwares" 
específicos para a avaliação técnica e econômica da atividade 
suinícola. Estes "softwares" constituem-se em ferramentas muito 
úteis ao criador, permitindo um acompanhamento mais detalhado 
dos resultados da atividade e auxiliando na tomada de decisão. 
Como exemplo, cita-se o programa ATEPROS, desenvolvido pela 
Embrapa Suínos e Aves. Na falta de um "software" para o 
controle dos índices técnicos e econômicos do sistema de 
produção, deve-se estabelecer uma forma alternativa manual que 
atenda às necessidades mínimas de controle da produção e da 
produtividade. Em ambos os casos, via "software" ou manual, é 
necessário manter a identificação dos animais e utilizar fichas de 
controle em cada fase de produção. 
a) Identificação dos animais: a identificação dos reprodutores 
permite acompanhar o desempenho reprodutivo e a dos 
outros animais o desempenho produtivo. A identificação dos 
animais pode ser feita através de tatuagem, brinco ou mossa. 
b) Fichas de controle: o preenchimento de fichas é importante 
para o controle do rebanho suíno. Dentre elas, destacam-se 
fichas de controle de porcas, de machos, de coberturas, de 
leitegadas, de compras de animais e alimentos, de vendas de 
animais, de despesas gerais, de movimento de animais 
dentro da granja, de vacinações e de consumo de ração. 
Além da observação dos valores críticos e metas 
estabelecidaspara cada fase, o produtor deve manter um 
controle rigoroso de todas as compras e vendas para garantir 
um acompanhamento econômico/financeiro da atividade. 
Dentre os indicadores de gerenciamento técnico do sistema, 
destacam-se a conversão alimentar do rebanho e o número 
de leitões produzidos por porca por ano. 
 
 
 
http://www.cpt.com.br/cursos/41/processamento-de-carne.html
http://www.cpt.com.br/curso/16/5495/producao-de-milho-em-pequenas-propriedades.html
 
 
3. Infraestrutura: 
I. Energia: Por serem animais homeotérmicos, os suínos 
são capazes de regular a temperatura corporal. Na fase 
de creche é fundamental manter o filhote quente. 
II. Água: O suíno deve receber água potável. Alguns 
parâmetros são importantes para assegurar a 
potabilidade e a palatabilidade da água: ausência de 
materiais flutuantes, óleos e graxas, gosto, odor, 
coliformes e metais pesados; pH entre 6,4 a 8,0; níveis 
máximos de 0,5 ppm de cloro livre, 110 ppm de dureza, 
20 ppm de nitrato, 0,1 ppm de fósforo, 600 ppm de 
cálcio, 25 ppm de ferro, 0,05 ppm de alumínio e 50 ppm 
de sódio; temperatura inferior a 20°. 
III. Fatores climáticos : Os suínos por serem animais 
homeotérmicos, são capazes de regular a temperatura 
corporal. No entanto, o mecanismo de homeostase, é 
eficiente somente quando a temperatura ambiente está 
dentro de certos limites. Portanto é importante que as 
instalações tenham temperaturas ambientais próximas 
às das condições de conforto dos suínos. 
IV. Acesso : Não permitir o trânsito de pessoas e/ou 
veículos no local sem prévia autorização. Colocar placa 
indicativa da existência da granja no caminho de 
acesso e no portão a indicação "Entrada Proibida". A 
granja deve ser cercada e a entrada de veículos deve 
ser proibida, exceto para reformas da granja e, nesses 
casos, os veículos devem ser desinfetados com produto 
não corrosivo. 
V. Fornecedores : O produtor deve ter em mente que irá 
precisar de fornecedores, sendo estes para lhe fornecer 
insumos (rações, vacinas e etc.) , maquinário, matéria 
prima. 
VI. Mão de obra : Os funcionários devem ser capacitados 
para exercer as atividades/tarefas a eles confiadas. 
Portanto, na escolha de pessoal deve-se optar por 
aqueles que já detêm conhecimento na atividade. Não 
havendo esta possibilidade, cursos de capacitação 
deverão ser implementados. 
Estrategicamente, todos os funcionários deverão saber 
fazer todas as atividades inerentes ao sistema. Isso 
assegurará continuidade em caso de falta momentânea 
de um determinado funcionário. Logo, os funcionários 
deverão ser capacitados para as atividades a serem 
desenvolvidas nas diferentes fases de produção, tais 
como, reprodução, gestação, maternidade, creche e 
crescimento e terminação. 
 
4. Investimento: A propriedade suinícola é uma unidade de 
produção, operando com um capital (próprio e empréstimos 
financeiros) e trabalho (familiar e assalariado), devendo gerar um 
 
 
resultado econômico que remunere os investimentos e aporte lucro. 
De nada adianta um bom planejamento se não forem utilizados 
mecanismos de controle do desempenho da atividade e de seus 
funcionários. Para garantir o sucesso da atividade deverão ser 
adotados métodos eficientes de gerenciamento. Para ter sucesso na 
atividade, o produtor necessita saber como e produzir e, 
principalmente, para quem vender a produção. Nas decisões de 
médio e longo prazos, o gerenciamento desempenha papel 
preponderante em função das constantes mudanças que ocorrem 
nas tecnologias, nos preços dos insumos e produtos e nas políticas 
agrícolas, que levam ao produtor riscos e incertezas. 
I. Recursos próprios : No caso do produtor independente, 
é o produtor que executa todas as fases, ou seja, cria o 
leitão do nascimento até o abate, não tendo nenhuma 
espécie de vínculo com agroindústrias. Compra animais 
reprodutores e insumos (alimentos e produtos veterinários) 
no mercado sem fornecedor fixo. O valor recebido pelo 
animal pronto para o abate, dependendo da quantidade de 
carne na carcaça é acrescido de uma bonificação (cerca 
de 6% a 12%) sobre o valor pago por quilo de suíno vivo. 
Em épocas de excesso de oferta de suínos para o abate, 
esse tipo de produtor encontra certas dificuldades em 
colocar seus animais no mercado e é forçado a reter os 
suínos por mais tempo na propriedade até conseguir 
comprador. 
II. Financiamento : No sistema de integração o produtor 
recebe da agroindústria, os insumos (alimentos e 
medicamentos) e a orientação técnica. O acerto de contas 
com a integradora é feito no momento da entrega dos 
animais no frigorífico. A grande vantagem desse sistema 
para o produtor é a garantia de mercado para seus 
animais, embora possam ocorrer casos de retenção dos 
suínos nas granjas por um período maior de tempo, em 
épocas em que o mercado está super ofertado. Nesses 
casos, também o produtor integrado acaba tendo 
problemas, pois nas crises sempre é vantagem entregar os 
animais para o abate com o menor peso possível. 
 
 
5. Instalações : De modo geral as construções de uma granja suína 
compreende o conjunto de prédios que o produtor deve ter para 
racionalizar a criação, e precisam atender a determinadas condições 
básicas quanto à higiene, orientação, funcionalidade e custo. 
 Projeto 
O tipo ideal de edificação deve ser definido fazendo-se um 
estudo detalhado do clima da região e(ou) do local onde 
será implantada a exploração, determinando as mais altas 
e baixas temperaturas ocorridas, a umidade do ar, a 
direção e a intensidade do vento. Assim , é possível 
projetar instalações com características construtivas 
 
 
capazes de minimizar os efeitos adversos do clima sobre 
os suínos. 
I. Material : O tipo ideal de edificação deve ser 
definido, fazendo-se um estudo detalhado do 
clima da região e(ou) do local onde será 
implantada a exploração, determinando as mais 
altas e baixas temperaturas ocorridas, a umidade 
do ar, a direção e a intensidade do vento. Assim, é 
possível projetar instalações com características 
construtivas capazes de minimizar os efeitos 
adversos do clima sobre os suínos. Por exemplo : 
a pocilga pode ser feita de tijolos, madeira e 
concreto. 
II. Custo : O custo das instalações depende do 
sistema de produção, dos materiais utilizados, 
fatores climáticos e entre outros. 
III. Durabilidade : O sistema de produção de suínos 
compreende as fases de pré-cobrição e gestação, 
maternidade, creche, crescimento e terminação. 
Os aspectos construtivos das instalações diferem 
em cada fase de criação e devem se adequar às 
características físicas, fisiológicas e térmicas do 
animal. 
 Mão de obra : Cada funcionário deve ser remunerado, no 
mínimo, de acordo com a legislação trabalhista. Uma 
estratégia interessante para a melhoria dos índices de 
produtividade é a adoção de um sistema de premiação 
para os funcionários, o qual pode ser um percentual de 
ganho a mais para cada meta superada num dado período 
de tempo, como exemplo, número de suínos terminados 
por matriz por ano. Esse procedimento visa estimular os 
funcionários para a busca constante de melhores 
resultados na atividade. Deve-se buscar a motivação 
constante dos funcionários através de reuniões e 
treinamentos. Esforços devem ser implementados no 
sentido de manter na escola todos os filhos dos 
funcionários. 
 Licença ambiental : Para iniciar uma criação de suínos é 
preciso providenciar o licenciamento ambiental da 
propriedade. A legislação ambiental é abrangente e um 
dos principais pontos de conflito da atividade. Muitas vezes 
falta esclarecimento ao produtor para investimentos na 
propriedade para receber a licença ambiental. No Brasil, 
por causa do modelo de produção, a atividade tem grande 
impacto ambiental. Geralmente os dejetos produzidos são 
tratados de forma líquida, ou seja, é a água que conduz até 
os depósitos, para posteriormente serem utilizados como 
adubo orgânico. Quando o processo não é bem manejado 
há um grande risco para os cursosde água e fonte, 
consequentemente um risco ambiental. A legislação visa 
http://www.cptcursospresenciais.com.br/curso/curso-de-planejamento-e-administracao-de-suinocultura/
http://www.cptcursospresenciais.com.br/curso/curso-de-boas-praticas-de-fabricacao-de-racao-bpf-implementacao-e-gestao/
 
 
traçar programas que minimizem ao máximo os danos 
ambientais, por isso o produtor deve propor um projeto 
ambiental para a produção. Os produtores devem estar 
cientes da legislação ambiental federal, porém sem 
esquecer que existe diferenças entre cada Estado. 
6. Escrituração Zootécnica – programas e notebook : O 
processamento dos dados pode ser feito de várias formas. Em 
geral, os índices zootécnicos podem ser calculados com o auxílio 
de planilhas eletrônicas e bancos de dados, ou por programas de 
computador desenvolvidos para auxiliar o gerenciamento de 
fazendas. Entretanto, estes programas são complexos e exigem 
pessoal mais qualificado para manipulálos, sendo essa a parte 
auxiliada, geralmente, por professores ou pesquisadores de 
Universidades ou Institutos de Pesquisa. Por tanto, qualquer 
controle dos dados, para ser realizado com eficiência e eficácia 
precisam passar por três etapas básicas que são: a coleta de 
dados; o cálculo dos índices zootécnicos e a análise dos 
resultados. Os benefícios de se implementar a escrituração 
zootécnica nas criações de suínos se verificam ao obter: 
 
1- Arquivos de informações zootécnicas da criação: para ter uma 
base de dados com dos animais, da genealogia, com registro dos 
nascimentos, da desmama e das mortes dos animais e de 
informações de produção e de reprodução dos animais 
2- Controle do manejo na propriedade: facilitando o trabalho nos 
piquetes na identificação das diferentes categorias de animais, 
das fêmeas a inseminar e/ou acasalar, no descarte de fêmeas 
vazias, no controle da reprodução e no diagnóstico de gestação. 
3- Registros de produtividade: no controle da reprodução; no 
controle do peso vivo; no controle da idade de abate; no controle 
do peso da carcaça. 
4- Informação referente à sanidade do rebanho: no controle das 
vacinações; tratamentos em geral; ecto e endo-parasitas; 
verminoses; avaliações de tuberculose e brucelose e em cirurgias 
eventuais. 
 
7. Matéria prima: Empresas rurais que geram, criam e engordam os 
animais para o atendimento das necessidades das indústrias de 
primeira transformação; podem estar integradas em um único 
empreendimento ou divididas em diversos empreendimentos. 
 
8. Alimentação : A aplicação dos conhecimentos de nutrição deve 
contribuir para a preservação do ambiente e isto significa que o 
balanceamento das rações deve atender estritamente as exigências 
nutricionais nas diferentes fases de produção. O excesso de 
nutrientes nas rações é um dos maiores causadores de poluição do 
ambiente, portanto, atenção especial deve ser dada aos ingredientes, 
buscando-se aqueles que apresentam alta digestibilidade e 
 
 
disponibilidade dos nutrientes e que sejam processados 
adequadamente, em especial quanto a granulometria. 
I. Formulação dietética : Usar fórmulas específicas para 
cada fase da criação (pré-inicial, inicial, crescimento, 
terminação, gestação e lactação) elaboradas por técnicos 
especializados ou que sejam indicadas nos rótulos dos 
sacos de concentrados e núcleos. Ler com atenção as 
indicações dos produtos e seguir rigorosamente suas 
recomendações. Para atender as necessidades diárias de 
nutrientes de cachaços adultos, a dieta deve conter no 
mínimo os mesmos níveis nutricionais de uma dieta de 
gestação. 
II. Insumos : O estabelecimento de uma política de 
abastecimento de insumos, principalmente de milho, uma 
melhoria na organização da produção, evitando excesso 
de oferta, e o crescimento do mercado interno e externo 
para a carne suína poderão garantir melhor remuneração 
para o suíno, tornando a atividade menos vulnerável do 
ponto de vista econômico. 
III. Plano de alimentação : Para compor uma ração 
balanceada é necessário a disponibilidade e combinação 
adequada de ingredientes incluindo um núcleo ou premix 
mineral-vitamínico específico para a fase produtiva do 
suíno. Existem várias classes de alimentos quanto a 
concentração de nutrientes. De uma forma geral é possível 
classificar os ingredientes pelo teor de energia, proteína, 
fibra ou minerais presentes. São estes os principais fatores 
nutricionais que determinam o seu uso para as várias fases 
de vida do suíno. 
 
9. Reprodução : O manejo da produção compreende todo o 
processo reprodutivo e produtivo do sistema, devendo ser conduzido 
com toda a atenção, pois dele depende o atingimento de melhores 
índices produtivos e o retorno econômico da atividade. 
I. Matrizes : A qualidade genética dos reprodutores de um sistema 
de produção é considerada a base tecnológica de sustentação de 
sua produção. O desempenho de uma raça ou linhagem é fruto 
de sua constituição genética somada ao meio ambiente em que é 
criada. Por meio ambiente entende-se não só o local onde o 
animal é criado, mas também a nutrição, a sanidade e o manejo 
geral que lhe é imposto. Portanto, de nada adiantaria fornecer o 
melhor ambiente possível para um animal se este não tivesse 
capacidade genética, ou potencial genético como é normalmente 
chamado, de beneficiar-se dos aspectos positivos do meio, em 
especial a nutrição e a condição sanitária, para promover o 
aumento da produtividade. 
II. Biotécnica : A seleção dos animais para a melhoria das 
características economicamente importantes ocorre nas granjas 
núcleo, com raças puras ou sintéticas, as quais transferem o 
material genético para os rebanhos multiplicadores que 
 
 
produzem, principalmente fêmeas, para os rebanhos comerciais 
ou produtores de suínos de abate. Em função da menor demanda 
de machos, os rebanhos núcleo também repassam para os 
rebanhos comerciais, machos puros ou sintéticos que excedem 
as necessidades de sua reposição, dos rebanhos multiplicadores, 
e de abastecimento das Centrais de Inseminação Artificial (CIA). 
III. Plano de reprodução : A proporção de machos e fêmeas 
(leitoas e porcas) no plantel é de 1/20, sendo indispensável dispor 
de no mínimo 2 machos na granja. Sempre que possível o 
produtor deve optar pela inseminação artificial, utilizando na 
cobrição das fêmeas sêmen oriundo de CIAs oficiais. Os machos 
das CIAs são selecionados com maior intensidade em relação 
aos que são destinados à monta natural, apresentando, portanto, 
melhores índices de produtividade nas características 
economicamente importantes.  
 
10. Biossegurança : Refere-se ao conjunto de normas e 
procedimentos destinados a evitar a entrada de agentes infecciosos 
(vírus, bactérias, fungos e parasitas) no rebanho, bem como controlar 
sua disseminação entre os diferentes setores ou grupos de animais 
dentro do sistema de produção. Nesse capítulo serão abordados 
apenas os procedimentos para evitar a entrada dos agentes no 
rebanho. 
 Prevenção 
I.Cobertura vacinal : Adotar um programa mínimo de 
aplicação de vacinas, para prevenção das doenças mais 
importantes da suinocultura, respeitando as instruções oficiais 
para doenças especificas, como é o caso da vacina contra a 
Peste Suína Clássica e Doença de Aujeszky, que somente 
poderão ser utilizadas com autorização do órgão oficial de 
defesa sanitária. 
II.Controle de endoparasitas : A transmissão de doenças por 
vetores como roedores, moscas, pássaros e mamíferos 
silvestres e domésticos deve ser evitada ao máximo. Entre as 
medidas gerais de controle estão: a cerca de isolamento; 
destino adequado do lixo, dos animais mortos, de restos de 
parição e de dejetos; a limpeza e organização da fábrica e 
depósito de rações e insumos e dos galpões e arredores. 
III.Higiene : O sistema de manejo "todos dentro, todos fora", 
possibilita a limpeza e desinfecção completa das salas e a 
realização do vazio sanitário. Nas fases de cobrição e 
gestação, normalmente utiliza-se o sistemacontínuo, sem 
realização de vazio sanitário. Por esta razão, para reduzir a 
contaminação do ambiente, deve-se lavar e desinfetar as 
baias ou boxes sempre que um lote de fêmeas for retirado. A 
limpeza seca, com pá e vassoura na presença dos animais, 
deve ser feita diariamente de 1 a 3 vezes ao dia, dependendo 
do tipo de instalação. 
IV.Tratamento de resíduos : Todo sistema de produção 
acumula carcaças de animais mortos e restos de placentas, 
 
 
abortos, umbigos e testículos que precisam ter um destino 
adequado para evitar a transmissão de agentes patogênicos, 
a atração de outros animais, a proliferação de moscas, a 
contaminação ambiental e o mau cheiro, além de preservar a 
saúde pública. A quantidade desses resíduos depende do 
tamanho da criação e da sua taxa de mortalidade, portanto, 
deve ser estimada individualmente, para cada rebanho. 
 Existem várias formas de destino para esse material como: 
 
a) a compostagem que é um método eficiente, resultado da 
ação de bactérias termofílicas aeróbias sobre componentes 
orgânicos (carcaças e restos), misturados à componentes 
ricos em carbono (maravalha, serragem ou palha), portanto, a 
mais recomendada; 
b) a fossa anaeróbia que apresenta problemas de 
operacionalização e odor forte e 
c) a incineração, que é sanitariamente adequado, mas com 
alto custo ambiental e custo financeiro incompatível com a 
suinocultura. 
 
11. Comercialização 
I. Atacado : O comércio atacadista (ou atacado) é a venda 
de produtos em grande quantidade, geralmente destinada 
à revenda por parte de outros comerciantes. Por esse 
motivo, o mercado atacadista é marcado pela produção 
em massa de produtos iguais e pelo preço baixo, tendo 
em vista que o lucro é obtido através da alta quantidade 
vendida. O vendedor por atacado é comumente chamado 
de “distribuidor”, tendo em vista que, em regra, repassa as 
mercadorias para outros comerciantes. Assim, na maioria 
das vezes, o atacadista é a própria fábrica criadora do 
produto. Vale esclarecer, no entanto, que nada impede que 
o atacadista venda direto para o consumidor final. 
II. Varejo : O comércio varejista (ou varejo) é a modalidade 
de venda que atende diretamente o consumidor final, e a 
forma mais comum de venda utilizada no cotidiano de lojas 
e mercados. No varejo, os produtos são vendidos em 
unidades ou em pequenas quantidades, de acordo com a 
necessidade exata do consumidor. Por esse motivo, o 
preço sempre será mais alto do que no atacado. 
III. In natura : A expressão utiliza-se sobretudo para 
caracterizar certos produtos alimentares, tanto de origem 
vegetal como animal, quando estes são distribuídos ou 
consumidos no seu estado natural, ou seja, sem terem sido 
sujeitos a qualquer transformação ou processamento. Por 
exemplo, os frutos e as hortaliças são frequentemente 
consumidos in natura, há importações de carne in natura, e 
o leite já não pode ser vendido in natura (sem ser 
pasteurizado). 
 
 
IV. Processado : Os alimentos processados podem ser 
definidos como: "Alimentos modificados do seu estado 
original por meio de uma grande variedade de tipos de 
processamento, com diversas finalidades". 
Ex: embutidos ( calabresa, salsicha) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
 
 
Fontes : http://www.cnpsa.embrapa.br/SP/suinos/index.html 
 
https://www.portalsuinoseaves.com.br/licenciamento-ambiental-para-
criacao-de-suinos/ 
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-a-cadeia-
produtiva-da-suinocultura 
 
http://www.cnpsa.embrapa.br/SP/suinos/index.html
https://www.portalsuinoseaves.com.br/licenciamento-ambiental-para-criacao-de-suinos/
https://www.portalsuinoseaves.com.br/licenciamento-ambiental-para-criacao-de-suinos/
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-a-cadeia-produtiva-da-suinocultura
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-a-cadeia-produtiva-da-suinocultura

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