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1 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto RADIOLOGA FISIOLÓGICA DO TÓRAX CHAVE: radiologia Áreas com ar o raio atravessa com mais facilidade para ser impressiono filme onde é absorvido. RISCOS: radiação ionizante invisível, só existe Rx na sala durante o disparo do raio, leve aumento de probabilidade de neoplasia, crianças são mais suscetíveis, gestantes (limites entre 50 a 100mSv), doses cumulativas. Radiografia de tórax: • Radiografia PA e perfil • PA raio entra posteriormente • Inspiração e apneia • Braços para trás Densidades radiográficas: • Gás (pulmão, traqueia, bolha gástrica) • Gordura • Partes moles (fígado, musculatura) • Cálcio (presença em doenças, cicatrizes) • Metal* (placas, pinos ...) Como analisar uma radiografia? o Rotina (analisar de fora para dentro) o Manter a rotina mesmo com achados marcantes (mamas, tamanhos) o Atenção aos detalhes o Cantos das radiografias o 2 incidências sempre que possível DENTIFICAR NO PA: COSTELAS PLEURAS = seios costofrênicos, pneumotórax; MEDIASTINO = contornos, coração, arco da aorta (direita, parte posterior), arco da artéria pulmonar, contorno do ventrículo esquerdo; PULMÃO = simétricos, mesmo volumes, direito têm 3 lobos, esquerdo têm 2 lobos; IDENTIFICAR NO PERFIL: CORAÇÃO = ventrículo direito (contato com o esterno), átrio esquerdo, abaixo do átrio esquerdo tem o ventrículo esquerdo, o que cruza o ventrículo esquerdo tem a veia cava inferior, arco da aorta; Nervo laríngeo recorrente = rouquidão em tumor de pulmão; 2 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto PULMÃO = na coluna vertebral, a vertebra de baixo tem que ser mais radio transparente (escura) do que a superior. PNEUMONIAS: • CONSOLIDAÇÕES = preenchimento dos alvéolos por material como pus, líquido, células, sangue ... • OPACIDADE de limites imprecisos, exceto quando toca a pleura; • Quando toca a estrutura de mesma densidade = silhueta; DBPOC: • Doença broncopulmonar obstrutiva crônica • Destruição do espaço aéreo distal ao bronquíolo terminal • Ar entra, mas não sai = hiperinsuflação pulmonar • Aumento da transparência pulmonar • Aumento do gás retroesternal • Aumento do diâmetro anteroposterior do tórax • Retificação do diafragma Enfisema pode progredir e fazer bolha pulmonar = paredes extremamente finas sem parênquima Acúmulo de ar = hiper insuflação (confluência de pequenas áreas de acúmulo de ar) PNEUMOTÓRAX: • Espontâneo primário ou secundário • Traumático • Barotraumático • Fístulas 3 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto Pulmão hipertransparente unilateral: Pulmão direito colabado: Partes moles: gás ao longo de toda a parede (enfisema subcutâneo no pulmão esquerdo), Pneumotórax a cima da clavícula esquerda: DERRAME PLEURAL: • Obliteração do seio costofrênico • Livre • Septado • Volumoso – hipertensivo? • Para pneumônico, Tb, ICC, neoplasia, metástase ... Obliteração de seio costofrênico direito: Líquido na base do pulmão direito: Seio costofrênico direito normal e esquerdo obliterado, diagnóstico de Tb (repetir raio x em decúbito lateral = derrame pleural livre) 4 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto Derrame pleural encistado no seio costofrênico direito, derrame intercisural (formato bananoide a cima do encistado), diagnóstico de metástase em fossa supra clavicular direita: Olhar se mediastino está deslocado, retraído ou centrado: CAVIDADES CARDÍACAS E ICC: • Coração falha na única função • Aumento de volume cardíaco • Inversão da circulação pulmonar • Lesões intersticiais (líquido intersticial) • Edema agudo de pulmão (consolidações) = aspecto de asa de borboleta • Derrame pleural Ventrículo direito (mais anterior, encosta no esterno no perfil) Átrio esquerdo (mais florido em sinais de aumento, embaixo da carina da traqueia, quando cresce joga brônquio principal pra cima, quando cresce a aurícula do átrio direito forma contorno no Rx) Ventrículo esquerdo (quando cresce aparece lateral e inferiormente) ATELECTASIAS: • Redução volumétrica do segmento, lobo ou pulmão • Colapso do pulmão distalmente a uma obstrução brônquica • Tumor central corpo estranho, rolhas de secreção, fraturas • Consolidação com redução volumétrica • Desvio de estruturas (cissura, mediastino, diafragma) Atelectasia do lobo superior direito: NEOPLASIAS BRÔNQUICAS: • Nódulos • Consolidações • Centrais • Periféricos • Homogêneos • Escavadas • Pequenas células • Não pequenas células (adenocarcinomas e CEC) Adenocarcinoma cresce envolvendo o brônquio, linfonodomegalia cervical à esquerda indicando metástase: 5 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto Tumor de pequenas células, extremamente agressivo, o que se vê é a metástase e não o tumor: Massa peri hilar direita, infiltração mediastinal e do nervo frênico com paralisação do diafragma: RESUMO: • Rx precisa ser bem explorado e ter uma rotina • Estudar Rx normal • Avaliar o exame como um todo • Muitas informações de uma TC podem estar contidas em uma radiografia • A clínica é fundamental ABCDE DO TÓRAX CHAVE: tórax INCIDÊNCIA POSTERO ANTERIOR: • Coração; • Mediastino; • Escápulas (quando é visível no campo pulmonar o Rx está em AP, quando está em PA o triângulo da escápula não fica no campo pulmonar). POR QUE EM PÉ? • Gás (peneumoperitônio, ar fica embaixo da cúpula diafragmática, gás laminar junto da cúpula); 6 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto • Líquido (em pé o liquido se acumula embaixo, derrame pleural, “parábola de dameozo); • Vasos (em pé os vasos tendem a ser mais calibroso para câmaras cardíacas inferiores, vasos sobrem finos e descem grossos); PROJEÇÃO LATERAL (PERFIL): Quando pedir? Sempre que possível. • Gradiente da coluna Redução da transparência no lobo inferior = sinal da perda do gradiente da coluna. PROJEÇÃO ÁPICO LORDÓTICA: Avaliar ápices PROJEÇÃO OBLÍQUA: Avaliar costelas QUEBRANDO AS REGRAS: • PA expiratória 7 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto Quando pedir? Pneumotórax, obstrução brônquica. O ar do espaço pleural se tonar mais evidente: Na obstrução o ar para no local onde está obstruído (pulmão esquerdo obstruído): • Perfil em decúbito Quando pedir? Derrame duvidoso, obstrução brônquica. Decúbito lateral com raios horizontais (incidência de Laurell) – espaço branco = derrame pleural: Lado normal encolhe, lado obstruído continua cheio e radio transparente: ANATOMIA DO TÓRAX NO RAIO X: Imaginar o paciente olhando para você. PULMÕES: MEDIASTINO: • Traqueia • Esôfago • Nn. frênico e vago • C. simpática • Timo • D. torácico • Linfonodos • Coração • Grandes vasos 8 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto Mediastinoanterior: linha que passa pela parede anterior da traqueia e borda posterior do coração Mediastino médio/posterior Região paravertebral: linha 1 cm após os corpos vertebrais Esôfago: Aorta: Hilos pulmonares: Diafragma: Clavículas: Costelas: Contagem a partir das anteriores 9 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto Anatomia no perfil: 10 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto PADROES DE LESÃO NO RX DE TÓRAX: Densidades no Rx: SINAIS IMPORTANTES: • BRONCOGRAMA AÉREO (brônquio saldável passando por alvéolo consolidado); • SINAL DA SILHUETA (consolidação e atelectasia) • CONSOLIDAÇÃO: Branco sem perder volume – redução da transparência sem perda de volume (alvéolo preenchido) 11 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto • RETICULAÇÃO: opacidade linear irregular (alteração do interstício pulmonar) – associado à fibrose • ATELECTASIA: Branco com perda de volume – reduz transparência com perda de volume (colapso dos alvéolos) • NÓDULOS E MASSAS: opacidade arredondada Massa > 3cm • HIPERTRANSPARENCIA: pulmão mais escuro, diminuição das marcas vasculares (enfisema, obstrução, bolhas, DPOC) O ABCDE DO TÓRAX: QUE? PA, AP, lateral. QUEM? Paciente. QUANDO? Data. QUALIDADE? Rotação, Inspiração e Penetração (RIP). A – Aéreas (olha a traqueia, segue a traqueia, desvio traqueal); B – Bordas dos pulmões (percorra as bordas dos pulmões, transparência pulmonar, simetria); C – Coração e Centro (calcular índice cardiotorácico – coração precisa caber em uma metade do tórax, avaliar centro – mediastino, hilos, casos da base); D – Diafragma (olhe as cápsulas e os seios, buscar derrames e hérnias – hiatal e diafragmática); E – Esqueleto (procurar fraturas, corpos estranhos, zonas esquecidas, ar fora do lugar – pneumoperitônio, enfisema subcutâneo) ATELECTASIAS E PENEUMECTOMIAS CHAVE: sibilos ATELECTASIA: redução parcial ou completa da inflação de um pulmão ou parte dele, com perda de volume pulmonar, colabamento de alvéolos. É uma lesão secundaria à uma doença. 12 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto REPAROS ANATÔMICOS → ESTRUTURAS MÓVEIS DO TÓRAX SINAIS DIRETOS DE ATELECTASIA: • Deslocamento das cissuras (quanto maior o colapso maior o deslocamento); • Perda da aeração pulmonar (redução da transparência); • Aproximação dos vasos pulmonares e brônquios nos locais atelectasiado. SINAIS INDIRETOS: • Elevação das cúpulas frênicas; • Desvio das estruturas do mediastino para o lado da atelectasia; • Aproximação do gradil costal para o lado da atelectasia; • Deslocamento do hilo para a região atelectasiada. PADRÕES DE COLAPSO NA ATELECTASIA: • Atelectasia do lobo superior direito: o Radiografia em PA – deslocamento da cissura menor para cima e deslocamento da traqueia para a direita. o Radiografia em perfil – deslocamento da cissura menor para cima e cissura menor para a frente. NOTA: se houver massa hilar a direita produzindo atlectasia do lobo superior, a combinação massa hilar + deslocamento da cissura menor produz a imagem característica na radiografia em PA chamada de “Sinal S de Golden”. • Atelectasia do lobo superior esquerdo: o Radiografia em PA – área mal definida de aumento de densidade em torno do hilo pulmonar esquerdo. Deslocamento da traqueia para a esquerda. Pode haver elevação da cúpula diafragmática esquerda. o Radiografia em perfil – deslocamento da cissura maior para a frente e o lobo superior opacificado forma uma faixa 13 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto de densidade aumentada que continua paralelamente ao esterno. A hiperinsuflação do lobo inferior esquerdo pode fazer com que o segmento superior se prolongue até o ápice. • Atelectasia do lobo inferior direito: o Radiografia em PA – formação de densidade triangular, com ápice no hilo e base na porção mediana do diafragma. Elevação da cúpula diafragmática no lado afetado. O coração pode se deslocar para o lado onde houver perda de volume. Deslocamento da cissura maior/oblíqua para baixo. o Radiografia em perfil – deslocamento tanto para baixo quanto para posterior da cissura maior até o lobo inferior completamente colapsado formar uma pequena densidade triangular no seio costofrênico posterior. 14 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto • Atelectasia do lobo inferior esquerdo: • Atelectasia de lobo médio: o Imagem que borra o contorno do coração. o Radiografia em PA – densidade triangular com a base aparecendo como silhueta na borda cardíaca direita e ápice apontando para a parede torácica lateral. A cissura menor está deslocada para baixo. o Radiografia em perfil – densidade triangular com base direcionada para a frente e ápice no hilo. A cissura menor pode ser deslocada para baixo e a maior para cima. 15 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto • Atelectasia de todo o pulmão: o Radiografia em PA – opacificação do pulmão atelectasiado. Sinal da silhueta entre o diafrágma e o pulmão atelectasiado. Descolamento das estruturas mediastinais para o lado comprometido. o Radiografia em perfil – sinal da silhueta com identificação de apenas uma cúpula diafragmática. MECANISMOS DE ATELECTASIA: ATELECTASIA OBSTRUTIVA: • Tumores endobrônquicos; • Tampão mucoso – pacientes acamados pós-operatório, paciente com fibrose cística; • Aspiração de corpo estranho; • Estenose brônquica (sequela de Tb, lesão iatrogênica). ATELECTASIA COMPRESSIVA: • Causada por derrame pleural, pneumotórax, herniação abdominal ou lesão pulmonar/pleural ocupando espaço. • OBS. – ATELECTASIA REDONDA: base do pulmao por conta de doença pleural anterior que causa expessamento pleural associado a derrame pleural que produz atelectasia compressiva adjacente. Quando o derrame regride, a doença pleural adjacente sequestra o parênquima pulmonar e impede a adequada expansão. Isso produz uma lesão em forma de nódulo. ATELECTASIA POR DÉFICIT DE MOVIMENTAÇÃO DO ESQUELETO TORÁCICO (restrição do movimento em função da dor torácica): • LAMINAR/SUBSEGMENTAR/DISCOIDE – cumum em bases pulmonares, geralmente paralelas ao diafrágma. Não há perda volumpetrica significativa para provocar deslocamento de estruturas torácicas. Principalmente em pacientes com respiração curta. Desaparecem em poucos dias com a retomada da respiração normal. 16 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto ATELECTASIA POR DEFICIÊNCIA DE SURFACTANTE (colapso pulmonar): • Encontrada na SDRA e na síndroma da angústia respiratória do recém-nascido, na embolia pulmonar e na pneumonite actínica. Também encontrada na COVID- 19. ATELECTASIA POR SEQUELA/CICATRIZAÇÃO: • Tuberculose – fibroatelectasia e bronquiectasia de tração.PNEUMECTOMIA Remoção cirúrgica de todo um pulmão. Para tanto, é feita a secção independente da artéria e veias brônquicas para este pulmão. Melhor alternativa terapêutica quando o tumor malígno se localiza na parte central do pulmão ou quando a massa tumoral abrange um percentual significativo das veias pulmonares ou dos brônquios. CAUSAS DE HEMITÓRAX OPACO • CAUSAS COM REDUÇÃO VOLUMÉTRICA: o Atelectasia total (obstrução brônquica); o Pneumectommia (procurar sinais de cirurgia como ausência da quinta e sexta costela); o Agenesia de pulmão; o Destruição pulmonar por processo infeccioso (Tb). • Velamento de todo o tórax. • Necessário avaliar como está o volume de hemitórax (reduzido, normal ou aumentado), assim como a posição da traqueia, coração e diafragma. • Achados radiográficos: redução/aumento dos espaços intercostais, elevação ou retificação da cúpula frênica e desvio mediastinal. CONSOLIDAÇÕES E PNEUMONIAS CHAVE: imagem CONSOLIDAÇÃO: preenchimento do espaço aéreo pulmonar – ácinos, inclui bronquíolos respiratórios Azul: artéria centrolobular; Amarelo: centros lobulares e vasos linfáticos; Vermelhos: veias. CONTEÚDOS: • Água – ICC, insuficiência renal, hipoalbuminemia, SARA; • Pus – processo inflamatório; • Sangue – trauma, vasculite; 17 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto • Células – adenocarcinoma. NO RAIO X E NA TC A CONSOLIDAÇÃO SE MANIFESTA COMO: • Aumento da densidade pulmonar; • Obscurecendo vasos e a parede das vias aéreas. • Aumento da densidade da consolidação: o Toxicidade por amidarona; o Talcose; o Silicose (fibrose maciça progressiva); o Calcificação pulmonar metastática. COMO DIFERENCIAR AS PRINCIPAIS CAUSAS – quando tem densidade de partes moles: 1. LOCALIZAÇÃO: DIFUSA – central/peri- hilar Edema pulmonar cardiogênico – congestão: Espessamento dos septos interlobulares; Opacidades consolidativas e vidro fosco; Cardiomegalia; Derrame pleural bilateral. Broncopneumonia bacteriana: Consolidações entremeadas por parênquima poupado; Nódulos centrolobulares com padrão de “árvore em brotamento”. Edema não cardiogênico: Asa de borboleta/morcego – inalação de fumaça. Hemorragia alveolar: Granulomatose de Wegener (granulomatose com poliangeite). 2. LOCALIZAÇÃO: DIFUSA – periférica História de trauma Doenças pulmonares eosinofílicas: Eosinofilia pulmonar simples (síndrome de Loffer) – agudo, consolidações migratórias, resolvem em alguns dias/semanas, causada por parasitas, medicamentos. Pneumonia eosinofílicas crônica: Pacientes asmáticos (50%) Consolidações periféricas Eosinofilia/eosinófilos no LBA • Diagnostico diferencial: Pneumonia em organização (BOOP): 18 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto Consolidações irregulares, periféricas (ou peribroncovasculares), lobos inferiores. Causas secundárias: infecções, medicamentos, doenças de tecido conjuntivo, aspiração crônica. Resposta ao tratamento com corticoides. Infarto pulmonar (consolidação focal): Consolidação de base pleural, formato em cunha; Associada a TEP; Sinal do “halo invertido”; Pneumonia actínica: Dano alveolar; 1 a 6 meses após a Rt; Relacionada ao local da Radioterapia, não respeitando as cissuras. 3. LOCALIZAÇÃO: LOBAR S. Pneumoniae: Agudo, quadro clínico típico, raramente tem escavação ou derrame pleural; Mais comum em criança. K. Pneumoniae: Evolução rápida, escavações/necrose, padrão de “lobo pesado”, paciente etilista ou com comorbidades. H. Influenzae L. Pneumophila M. Tuberculosis: Q.C mais arrastado Pode haver escavação Adenocarcinoma (Carcinoma Bronquíolo-alveolar) Crônico; Sem resposta ao tratamento atbc; 19 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto Aumento progressivo de tratamento e densidade. Linfoma pulmonar Expansão do interstício com compressão extrínseca dos alvéolos; Margens bem definidas; “Sem transição em vidro fosco”. Sequestro pulmonar: Consolidação crônica; Geralmente lobo inferior; Não comunica com via aérea; “Nutrido” por artéria sistêmica. 4. TEMPORALIDADE – aguda/crônica TIPOS ESPECIAIS DE PNEUMONIAS: • PNEUMONIAS VIRAIS: - SARS-CoV-2 (Covid-19) Vidro fosco bilateral, periférico +/- consolidação, espessamento septal; Vidro fosco multifocal, arredondado +/- consolidação, espessamento septal; Halo invertido ou outros sinais de pneumonia em organização (fase tardia). Opacidade com atenuação em vidro fosco: • PNEUMONIAS FÚNGICAS: Histoplasmose (inalação aguda) Criptococose Nódulos ou massa +/- escavação; 20 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto Consolidações; Pequenos nódulos. Diagnóstico diferencial: metástase Coccidioidomicose Regiões de clima semiárido/árido; Caça de tatus; Múltiplos nódulos (podem escavar), consolidações. Paracoccidioidomicose Endêmica no Brasil em áreas rurais. TC: consolidações, vidro fosco, nódulos +/- escavação, massas, espessamento dos septos interlobulares, opacidades retráteis (fibróticas) bandas parenquimatosas, com distorção arquitetural, “halo invertido”. Aspergilose Manifestações radiológicas: bola fúngica (aspergiloma), aspergilose broncopulmonar alérgica, aspergilose angioinvasiva. Aspergilose broncopulmonar alérgica: asma/fibrose cística, bronquiectasias, broncocele preenchida por material mucoide com áreas hiperdensas (“dedo de luva”). Aspergilose angioinvasiva: imunodeprimido (neutropênico), nódulos/massas com “sinal do halo”, infarto pulmonar, invasão de estruturas do mediastino ou parede torácica (formas avançadas). • PNEUMONIAS BACTERIANAS INCOMUNS: Nocardiose N. asteroides Inalação do solo, água, material em decomposição; Imunocomprometidos; Proteinose alveolar Imagem: nódulos/massas +/- escavação, consolidação com área central de baixa atenuação. Bactéria que não passa de pessoa para pessoa Actinomicose A. israelli Infecção de tecidos desvitalizados – aspiração; Etilistas com pobre higiene bucal; Imagem: consolidação/massa com áreas de necrose, disseminação pleural (empiema), invasão de parede torácica/mediastino. 21 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto ALTERAÇÕES TOMOGRÁFICAS NAS INFECÇÕES PULMONARES CHAVE: COVID TCAR E INFECÇÕES PULMONARES • Series de padrão tomográfico: o Vidro fosco o Consolidações o Alteração de vias aéreas o Nódulos BACTÉRIAS CONSOLIDAÇÃO E BRONCOGRAMA AÉREO • Brônquios cheios de ar cercados por consolidação • Diagnóstico principal: infecção bacteriana, mas qualquer infecção pode manifestar o sinal. • Diferencial: atelectasias não obstrutivas, como adenocarcinoma e linfoma. Broncograma aéreo: Pneumonia pneumocócica: I. PAC: ABORDAGEM SINDRÔMICA • A expressão clínica é determinada pelo estado funcional e imunológico do doente. • Germes atípicos: 50% em doentes ambulatoriais. Tuberculose: no Brasil é diagnóstico diferencial mesmo em fases agudas. Consolidação em lobo inferior esquerdo (adenocarcinoma mucinoso): II. PNEUMATOCELE Espaços aéreos de paredes finas; Aumento de tamanho em poucos dias ou semanas (mecanismo de válvula); Resolução em curto período; Pode resultar em pneumotórax. • Diagnóstico:S. aureus 22 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto PNEUMONIA E ENFISEMA CENTROLOBULAR: Dilatação dos espaços alveolares (forma de bolhas). III. SINAL DO VASO DE ALIMENTAÇÃO Vaso pulmonar que corre para um nódulo ou massa pulmonar distal. o Nódulos entre 1-3cm o Nódulos podem escavar Diagnóstico principal: inicialmente considerado diagnóstico de embolia séptica – S. aureus Diferenciais: metástase, fístula arteriovenosa, vasculite pulmonar. Nódulo na extremidade do vaso: doença vindo por via hematogênica. IV. ÁRVORE EM BROTAMENTO (tree in bud) Opacidade nodulares ramificadas em V e Y que se assemelham a brotos de árvore. Bronquíolos terminais preenchidos com muco, pus, fluidos ou células. • Diagnóstico principal: bronquiolite infecciosa • Infecção micobacteriana. • Diferenciais: pode ser sinal de várias infecções causadas por bactérias, fungos, parasitas e vírus. • Aspiração (aspiração por disfagia ou DRGE). As opacidades se formam no centro do lóbulo pulmonar secundário e geralmente poupam a 23 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto região subpleural, incluindo o espaço adjacente às fissuras. V. PADRÃO MILIAR Múltiplos nódulos pulmonares pequenos de tamanho similar e distribuídos aleatoriamente em ambos os pulmões. Disseminação hematogênica da doença. Diagnósticos: • Classicamente associado à tuberculose. • Histoplasmose, particularmente em imunocomprometidos. • Paracoccidioidomicose. VI. SINAL DO REALCE HETEROGÊNEO Sugere a presença de infecção necrotizante. Achado frequente antes da formação de abcesso e é um preditor de um curso hospitalar prolongado. Área escurecida entre as setas: PNEUMONIA NECROTIZANTE: • Complicação de pneumonias bacterianas graves. • S. aureus, P. aeruginosa, K. pneumoniae, anaeróbios. VII. CAVIDADE Resultado de necrose do parênquima pulmonar. Diagnóstico principal: o Abcesso pulmonar (nível hidroaéreo); o Tuberculose (habitualmente sem nível hidroaéreo). Diferenciais: neoplasia, infarto pulmonar, Wegener. 24 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto Adenocarcinoma: NÍVEL HIDROAÉREO • Abcesso: Ângulo agudo com a superfície pleural adjacente. Parede espessa e irregular. • Empiema: Ângulo obtuso na interface coma pleura adjacente. Paredes lisas, finas e com realce. VIII. PLEURA DIVIDIDA (split pleura sign) No exudato, a inflamação espessa as pleuras que rodeiam o fluido, que ficam realçadas. Conteúdo pleural com densidade elevada. Diagnóstico: Empiema. Diferencial: derrame neoplásico. FUNGOS I. SINAL DA CRESCENTE Sinal em crescente, da meia lua ou sinal de Monod está presente em colonização fúngica de cavidades pulmonares pré-existentes. Diagnóstico: o Aspergiloma. 25 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto II. SINAL DO DEDO DE LUVA Impacção de muco, bronquiectasias centrais. Diagnóstico: o ABPA. Brônquio muito dilatado, cheio de secreção. III. SINAL DO HALO Nódulo circundado por halo em vidro fosco; Hemorragia devido à trombose e necrose provocada pela presença das hifas dentro dos capilares; Eventualmente podem aumentar e cavitar levando ao sinal da crescente. IV. SINAL DO HALO INVERTIDO: • Blastomicose sul-americana; • Mucomicose; • Pneumonia eosinofílica crônica; • Sarcoidiose; • Infarto pulmonar. V. SINAL DA ASA DE BORBOLETA: Poupa ápices pulmonares, se localiza bilateral e central. VI. SINAL DO PAVIMENTO MALUCO: misto de vidro fosco com espessamento septal interlobular. Descrito como um padrão característico de proteinose alveolar. Também conhecido em: 26 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto o Pneumocystis jiroveci o Influenza Diferenciais de acordo com o tempo de evolução: VII. PNEUMOCISTOSE Cistos em paredes finas Consolidações Espessamento dos septos interlobulares Vidro fosco; Distribuição predominantemente central; Pneumotórax relacionado aos cistos. VIII. SINAL DA ASA DE MORCEGO: • HISTOPLASMOSE: Forma aguda: assintomático, sintomas inespecíficos. Nódulos: centrolobulares periféricos à lesão. Linfonodos. • MEDIASTINITE FIBROSANTE: Proliferação de colágeno e tecido fibroso no mediastino que pode cumprir ou invadir as estruturas mediastinais. Atenuação dos tecidos moles que oblitera os planos gordurosos do mediastino, encapsula ou invade estruturas adjacentes. Calcificações da massa central ou dos linfonodos associados. VÍRUS I. INFLUENZA A-H1N1 Os achados em infecções virais não são específicos e refletem: Dano alveolar difuso; Hemorragia intra-alveolar; Infiltrado intersticial de células inflamatórias. Opacidades em vidro fosco uni ou bilaterais, associadas ou não a áreas de consolidação. 27 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto Os pacientes com consolidação apresentam evolução clínica pior. • COVID-19 PARASITAS I. ESTRONGILOIDÍASE Strongyloides stercoralis Áreas em vidro fosco difusas. II. HIDATIDOSE (sina do Lírio d’água) Cão e raposa são hospedeiros definitivos: o Echinococcus granulosus Ingestão de carne contaminada de ovelha, gado ou cavalo. Colapso da membrana do cisto. III. DIROFILARIOSE (lesões em moeda) Cão é o hospedeiro definitivo: o Dirofilaria immitis Homem se contamina por picada de inseto e há embolização para o pulmão. Desde assintomáticos até hemoptise. IV. PARAGONIMÍASE (sinal da toca – Burrow sign) Homem é o hospedeiro definitivo: o Paragonimus westermani o Paragonimus kellicotti Ingestão de caranguejo ou lagosta crua ou mal cozidas. O parasita migra através do diafragma, pleuras e penetra o parênquima deixando uma trilha linear até o nódulo ou a cavidade pulmonar. DERRAMES E CONGESTÃO CHAVE: golfinho 28 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto DERRAME PLEURAL Acúmulo anormal de fluído no espaço pleural (>15 a 20 mL de líquido entre as pleuras visceral e parietal). • EMPIEMA: pus na cavidade pleural; • DERRAME PARAPNEUMÔNICO: derrame associado à presença de pneumonia, bronquiectasias com infecção ou abcesso pulmonar; • HEMOTÓRAX: derrame com hematócrito > 50% “Ht sanguíneo”; • QUILOTÓRAX: acúmulo de linfa no espaço pleural. PRINCIPAIS CAUSAS NO BRASIL: • Insuficiência cardíaca • Pneumonia • Neoplasia • Tuberculose • Embolia pulmonar HISTÓRIA CLINICA COMUM: • Tosse • Dispneia • Dor ventilatório-dependente • Emagrecimento • Sudorese • Febre • Edema em MMII EXAME FÍSICO: • INSPEÇÃO Abaulamento do lado comprometido; Desvio da traqueia para o sentido oposto ao lado comprometido por um grande derrame. • PALPAÇÃO Diminuição da elasticidade; Frêmito toracovocal abolido. • PERCUSSÃO Som maciço; Sinal de Signorelli positivo. • AUSCULTA Abolição do murmúrio vesicular. RX FISIOLÓGICO CO TÓRAX: 1. Campo pulmonar; 2 e 3. Hilos pulmonares (direito e esquerdo); 4. Traqueia; 5. Arco aórtico; 6 e 7. Cúpulas frênicas (direita é mais alta por causa do fígado);8. Seios costofrênicos; 9. Coração. CURVA DE DEMOSÔ (SETA VERMELHA): 29 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto DERRAME PLEURAL X ATELECTASIA Derrame pleural empurra para a esquerda (lado contrário à lesão). A atelectasia puxa para o lado direito (mesmo lado da leão). DERRAME PLEURAL HIPERTENSIVO: Derrame pleural desvia as estruturas do mediastino para o lado oposto. Descentralização da traqueia. • Emergência médica. RX X TC DE DERRAME PLEURAL: INCIDÊNCIA EM LAURELL: • Detecta vol < 50mL • Espessamento x derrame? TORACOCENTESE: QUANDO SOLICITAR: • Derrames de natureza indeterminada; • Coleta de amostra para diagnóstico o Toracocentese diagnóstica Finalidade terapêutica: drenagem de grandes volumes – toracocentese de alívio e pleurodese para derrames recidivantes. 30 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto CRITÉRIOS DE LIGHT: PARÂMETROS TRANSUDATOS EXSUDATOS Relação entre proteína do líquido pleural e sérica 0,5 > 0,5 Relação entre DHL do líquido pleural e sérica 0,6 > 0,6 DHL no líquido pleural > 2/3 do limite superior no soro Não Sim A presença de qualquer um dos três critérios de exsudato é suficiente para sua caracterização e a presença dos três critérios de transudato é necessária para sua caracterização; TORACOCENTESE → TRANSUDATO: DOENÇA COM REPERCUSSÃO SISTÊMICA! Toracocentese com transudato sem diagnóstico específico. CAUSAS MAIS FREQUENTES: • Insuficiência cardíaca; • Cirrose hepática. CAUSAS MENOS FREQUENTES: • Síndrome nefrótica; • Hipoalbuminemia; • Diálise peritoneal; • Estenose mitral; • Hipotireoidismo. Derrame pleural / ICC: TORACOCENTESE → EXSUDATO: DOENÇA GERALMENTE RESTRITA À PLEURA! Toracocentese com exsudato: fundamental para o diagnóstico. CAUSAS MAIS FREQUENTES: • Tuberculose; • Derrame pleural parapneumônico; • Neoplasia. CAUSAS MENOS FREQUENTES: • Lúpus e artrite reumatoide; • Embolia pulmonar; • Pancreatite; • Pós-infarto do miocárdio; • Pós-cirurgia de revascularização miocárdica; • Drogas ilícitas e fármacos; • Exposição ao asbesto; • Infecções cirúrgicas; • Síndrome das unhas amarelas. TUBERCULOSE PLEURAL: Forma mais comum de tuberculose EXTRAPULMONAR. Os sintomas são constitucionais (febre, sudorese, perda de peso). 31 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto É pleuropulmonar, quase não tem sintomas respiratórios, nem sempre tem tosse, por exemplo. DERRAME PLEURAL PARAPNEUMÔNICO – EMPIEMA: Uma das causas de falha de tratamento da PAC. Conteúdo pleural purulento. Ocorre em até 5% dos casos de PAC. Opacidade na base do pulmão esquerdo com nível hidroaéreo no seu interior (pode ser confundido com abcesso pulmonar). No Empiema, as paredes da opacidade são lisas e formam um ângulo obtuso na interface com a parede torácica. A inflamação também espessa as pleuras que rodeiam o fluido e pode-se observar o realce das pleuras parietal e visceral separadas pelo fluído após a injeção do contraste – sinal da pleura dividida. DERRAME PLEURAL SEPTADO: Não tem realce, não é EMPIEMA! DERRAME PLEURAL – NEOPLÁSICO: DERRAME PLEURAL – SEROSITE: Toracocentese dx → Empiema Les (mas pode ocorrer em AR) • Pleurite Lúpica 32 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto DERRAME PLEURAL – TROMBOEMBOLISMO PULMONAR: Infarto pulmonar se origina do TEP. Caracterizado histologicamente por hemorragia intralveolar e destruição da parede dos alvéolos. Seta vermelha: infarto pulmonar; Seta amarela: derrame pleural. DERRAME INTERCISSURAL: “Tumor fantasma”. Loculação do Derrame Pleural nas cissuras interlobares dos pulmões. Imagem “em lente” (biconvexa). “Cauda” patognomônica. Tumor some com drenagem. • Opacidade bem demarcada; • Arredondada (ou oval); • Fissura oblíqua esquerda; • Aspecto radiológico Tumor Fantasma → variável; • Depende do volume de líquido septado de sua localização. TUMOR FANTASMA: coleções aparecem e desaparecem. Evanescentes ou pseudotumores. Diagnóstico diferencial de massa pulmonar ao raio X. DOENÇA INTERSTICIAL: PADRÃO SEPTAL – Espessamento dos septos interlobulares. • Linhas A de Kerley o Linhas mais longas (2-6cm) o Direcionam-se ao hilo pulmonar o Edema agudo de pulmão o Infiltração neoplásica (linfangite carcinomatosa, linfoma) • Linhas B de Kerley o Paralelos entre si 33 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto o Perpendiculares em contato com a pleura o ICC, doença intersticial pulmonar • Linhas C de Kerley o Incomuns (assemelham-se a teia de aranha) o Anastomose linfática CONGESTÃO PULMONAR: • Área cardíaca aumentada • ICC • Congestão pulmonar SETAS BRANCAS: Linhas A de Kerley CABEÇAS DE SETAS BRANCAS: Linhas B de Kerley CABEÇAS DE SETAS PRETAS: Linhas C de Kerley CNGESTÃO/EDEMA PULMONAR: Área cardíaca aumentada. Espessamento liso dos septos interlobulares. Derrame pleural no asterisco. RX: área cardíaca aumentada com cefalização da vasculatura pulmonar e edema pulmonar intersticial TC: lobos inferiores – opacidade em vidro fosco bilaterais com espessamento septal liso intermisturado, representando edema pulmonar, há ainda derrame pleural a direita e cardiomegalia. 34 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto Cardiomegalia: EDEMA PULMONAR NÃO-CARDIOGÊNICO: RX: opacidades alveolares e intersticiais bilaterais sem derrame pleural significativo nem área cardíaca aumentada – achados consistentes com edema pulmonar não-cardiogênico. TC: opacidades bilaterais intersticiais e alveolares (consolidação) na ausência de efusões pleurais. HEMORRAGIA ALVEOLAR: PADRÃO DE PAVIMENTAÇÃI EM MOSAICO (pavimento maluco): • Proteinose alveolar • Carcinoma bronquíolo-alveolar • Pneumocistose • Pneumonias lipídicas • Toxoplasmose • H1n1 • Covid-19 NÓDULOS PULMONARES CHAVE: pulso NPS – NODULO PULMONAR SOLITÁRIO Opacidade pulmonar arredondada, com diâmetro 3cm, circundada por parênquima pulmonar normal, não-associada à linfonodomegalia mediastinal, pneumonia ou atelectasia. OBJETIVO PRINCIPAL DA AVALIAÇÃO DO NPS: definir se é benigno ou maligno. • Fazer o diagnóstico diferencial entre nódulo benigno ou maligno. • Agilizar o diagnóstico e tto de pacientes com NPS maligno – Câncer estádio I (cura 73% a 90%). • Minimizar exames em pacientes com NPS benigno. 35 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto CAUSAS DE NPS: • Malignos Câncer de pulmão Metástases pulmonares Tumor carcinoide • Benignos Granulomas infecciosos (tuberculose e histoplasmose) Granulomas não-infecciosos (sarcoidose, Wegener, Boop, etc) Tumores benignos (Hamartomas, lipomas e fibromas) – Hamartoma: características bem definidas, componente de cartilagem, calcificação, e componente lipídico. Alterações congênitas (má formação arteriovenosa e cisto broncogênico) Lesão transitória – refazer exames de imagem depois de 3 meses. FATORES DE RISCO E CARACTERÍSTICASDE MALIGNIDADE: • Tamanho; • Contornos irregulares e espiculados; • Localização; • Realce na TC ou captação no PET; • Taxa de crescimento; • Ausência de gordura ou calcificação. PREDITORES INDEPENDENTE DE MALIGNIDADE: • Idoso; • História de tabagismo; • Diâmetro do nódulo (>); • Localização em lobo superior; • Presença de espículas; • História de câncer nos últimos 5 anos. o Idade > o Diâmetro do nódulo > o Bordo do nódulo o Espículas o História familiar de câncer REALCE DO NÓDULO NA TC: Densidade do nódulo após o contraste Cortes de 3 mm sem contraste; Mesmos cortes com 1, 2, 3 e 4 min após o contraste; Realce 15 UH provavelmente benigno; Realce > 20 UH indeterminado (suspeito de malignidade). MEDIDA DO NÓDULO: 36 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto Quanto menor a proporção de solido – maior chance de ser benigno. Quando maior a proporção de vidro fosco – maior possibilidade de ser benigno. CARACTERISTICA DE NÓDULOS BENIGNOS: • Calcificação: central, laminar, difusa ou em pipoca. • Bordos: precisos (lisos). • Crescimento: ausência de crescimento por mais de 2 anos. INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA DO NPS: Apresentação e contexto clínico do paciente com NPS. • Achado incidental em avaliação de rotina de pacientes assintomáticos. • Avaliação clínica de pacientes sintomáticos. • Estadiamento ou follow-up de câncer. • TC em programa de rastreamento de câncer de pulmão. INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA: ANAMNESE: o Maioria assintomática; o Nódulo descoberto em check up > 80%; o Avaliar grupos de risco; o Indagar sobre RX ou TC antigas. EXAMES DE IMAGEM: o RX o TC o PET CT BIOPSIA: o Biopsia percutânea com agulha ou PAAF; o Biopsia excisional por vídeotoracoscopia (VATS). ASPECTOS TÉCNICOS DA TC: • A TC pra estudo de NPS deve ser feita com cortes finos com espessura máxima de 1,25 mm. • Medir diâmetros e volumetria quando possível do nódulo para avaliar o crescimento da lesão. QUE CONDUTA ADOTAR APÓS A DESCOBERTA DE UM NÓDULO PULMONAR EM UMA RADIOGRFIA DE TÓRAX? GUIDELINES – Probabilidade de Malignidade Características dos pacientes X características das imagens. PROBABILIDADE DE MALIGNIDADE: • Baixa: < 5% • Intermediária: 5 – 65% • Alta: > 65% 37 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto 38 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto CÂNCER DE PULMÃO CHAVE: exame FATORESDE RISCO: • Cigarro; • Radônio (produto da degradação do urânio); • Exposição ao asbesto (amianto); • Exposição ao tabaco ambiental; • Casos genéricos; • Doenças pulmonares; • Exposição a radiação por tratamento de linfomas. SINTOMAS RELACIONADOS: • Tosse, tosse com sangue; • Sibilos; • Dor no peito, dor óssea; • Infecções pulmonares; • Rouquidão; • Perda de peso; • Baqueteamento digital (tem a ver com hipoxemia). NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO: TROMBOEMBOLISMO PULMONAR CHAVE: calopsita SINAIS E SINTOMAS: 39 IMAGEM DE TÓRAX Camila Canuto Dispneia Taquipneia Dor torácica pleurítica Sincope Crepitação Tosse Hemoptise FATORES DE RISOC FISIOPATOLOGIA: Tríade de virchow DÍMERO D: acompanha TEP Produto da de gradação da fibrina Dímero d sérico alto: esta ocorrendo muita coagulação
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