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CRITÉRIOS DE ADMISSÃO NA UTI , SEPSE ECHOQUE SÉPTICO

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1 TERAPIA INTENSIVA Camila Canuto 
CRITÉRIOS DE 
ADMISSÃO NA UTI , 
SEPSE/CHOQUE 
SÉPTICO 
O QUE É O PACIENTE CRÍTICO? 
 
Não se usa o termo “risco de vida”, o correto é RISCO DE 
MORTE! 
CRITÉRIOS PARA FUNCIONAMENTO DE 
UCIS (UNIDADE DE CUIDADOS 
INTERMEDIÁRIOS) E UTIS (UNIDADE DE 
TERAPIA INTENSIVA) NO BRASIL 
 
 
 
O nível III de cuidados (considerado o mais alto) ocorre 
quando um internado em UTI apresenta múltiplas 
falências agudas de órgãos vitais ou tem risco de 
desenvolvê-las, com caráter de ameaça imediata à vida. 
A regra informa que essas pessoas necessitam de 
suporte de complexidade muito alta como a 
“monitorização e suporte hemodinâmico (fármacos 
vasoativos em infusão contínua) e/ou assistência 
respiratória e/ou terapia de substituição renal”. 
Já o nível II de assistência (também oferecida em UTI), 
atende o paciente com falência aguda de órgãos vitais 
ou em risco de desenvolvê-la, que necessita de 
monitoramento e/ou suporte de menor complexidade, 
“como assistência respiratória ou terapia de 
substituição renal ou droga vasoativa em infusão 
intravenosa contínua”. 
Por sua vez, o nível I de cuidados intensivos, 
considerado o mais baixo, deve ser destinado ao 
paciente que está se recuperando de condições críticas 
ou tem risco de desenvolver uma ou mais falências 
agudas de órgãos. Segundo a norma, essa pessoa, por 
ainda necessitar de cuidados complexos, não pode ficar 
em uma enfermaria, mas ser encaminhado para uma 
Unidade de Cuidados Intermediários (UCI). 
De acordo com o CFM, em caso de existência de UTI e 
as vagas em UCI não estejam disponíveis, pacientes 
com perfil nível I podem ser levados para UTI. 
 
2 TERAPIA INTENSIVA Camila Canuto 
Porém, o caminho inverso não pode ser feito: um 
paciente internado em UTI, recebendo cuidados de 
resgate, na vigência de colapso orgânico, não tem 
condições de ser tratado em UCI. 
CRITÉRIOS DE PRIORIZAÇÃO PARA 
INTERNAMENTO EM UTI 
• Prioridade 1 (Máxima): inclui os doentes críticos que 
não podem ser conduzidos fora da UTI: doentes 
potencialmente recuperáveis, instáveis, com 
necessidade de monitoração e tratamento intensivos e 
intervenção. Não há limites para extensão da terapia 
para esses pacientes. 
• Prioridade 2 (Alta): pacientes potencialmente 
recuperáveis que requerem monitoração intensiva e, 
talvez, intervenção. Não são estabelecidos limites 
terapêuticos. Pacientes já definidos como potenciais 
doadores de órgãos se enquadram nesse nível de 
prioridade. 
• Prioridade 3 (Média): pacientes com baixa 
probabilidade de recuperação devido às doenças de 
base ou pela gravidade da doença atual, porém instáveis 
e críticos. Como exemplo: pacientes com importante 
limitação prévia, que desenvolvem um quadro agudo 
sobreposto. 
• Prioridade 4 (Baixa): pacientes habitualmente sem 
indicação de UTI, devendo a admissão ser considerada 
em bases individuais, após discussão com o 
Coordenador Técnico ou Intensivista Diarista da UTI. 
Podem ser divididos em duas classes: A) Baixo risco: 
poderiam permanecer em outro setor do hospital, pois 
não necessitam intervenções ativas nem monitoração 
intensiva. B) Doença terminal ou irreversível: não se 
beneficiarão da UTI. Exemplos: cirróticos Child C fora da 
lista de transplante, doença neoplásica fora de 
possibilidade terapêutica, pacientes em morte 
iminente. Estes pacientes devem, sempre que possível, 
ser conduzidos em unidades para doentes crônicos ou 
de cuidados paliativos, junto aos seus familiares. 
• Critérios de prioridade não dependente do quadro 
clínico do paciente: pacientes próprios do hospital onde 
há a vaga de UTI; complicações reversíveis de 
procedimentos médicos realizados. 
 
EM RESUMO: 
A prioridade nível 1 engloba pacientes que precisam de 
intervenções de suporte à vida (exclusiva da UTI), que 
possuam grande probabilidade de recuperação e não 
apresentam limitação terapêutica. A prioridade nível 2 
é dada para pacientes que precisam de monitorização 
intensiva por apresentarem grande risco de necessidade 
de intervenção imediata, apesar de não precisaram de 
intervenções exclusivas de UTI, e que também não 
possuem limitação de suporte terapêutico. Os pacientes 
com prioridade nível 3 são aqueles que necessitam de 
intervenção de suporte à vida, com baixa probabilidade 
de recuperação ou com limitação terapêutica. A 
prioridade nível 4, por sua vez, é conferida aos pacientes 
que também precisam de monitorização intensiva por 
apresentarem grandes chances de necessitarem de 
intervenção imediata, mas possuem limitação 
terapêutica. E por fim, a prioridade nível 5 é dada aos 
pacientes em fase terminal, com baixíssima 
probabilidade de recuperação, que normalmente não 
seriam pacientes de UTI, porém em alguns casos eles 
são internados na UTI, por exemplo quando há 
dificuldade nos cuidados paliativos. 
QUAIS SÃO OS INDICADORES DE ADMISSÃO EM UTI? 
• Patologias 
• Sinais vitais 
• Exame físico 
• Exames complementares 
ADMISSÃO PACIENTE CRÍTICO COM 
COVID 
1. Paciente em uso de > 15 litros de O2 na 
enfermaria 
2. Desconforto respiratório 
3. Dessaturação de O2 
SEPSE E CHOQUE SÉPTICO 
Presença de disfunção orgânica ameaçadora à vida 
secundaria à resposta desregulada do organismo à 
infecção. O diagnóstico clinico de disfunção orgânica se 
baseia na variação de dois ou mais pontos no escore de 
SOFA (Sequential Organ Failure Assesment). 
A presença dos critérios da Síndrome da Resposta 
Inflamatória Sistêmica (SRIS) não é mais necessária 
 
3 TERAPIA INTENSIVA Camila Canuto 
para a definição da sepse, como vinha sendo utilizada 
por vários anos. 
Todo paciente com sepse deve ser considerado com 
GRAVE/ALTO potencial de complicações e risco de 
óbito, portanto o termo “sepse grave” não se utiliza 
mais. 
FISIOPATOLOGIA 
 
DEFINIÇÕES ÚTEIS NA SEPSE 
 
CRITÉRIOS DE SOFA PARA SEPSE 
 
SEPSE: disfunção orgânica com risco de vida causada 
por uma resposta desregulada do hospedeiro à uma 
infecção. Para a operacionalização clínica, a disfunção 
orgânica pode ser representada por um aumento de 2 
pontos ou mais no escore de SOFA. 
 
QuickSOFA: 
 
 
4 TERAPIA INTENSIVA Camila Canuto 
CONCEITOS 
CHOQUE SÉPTICO: Presença de hipotensão com 
necessidade de uso de vasopressores associado à 
presença de hiperlactemia. 
A presença de disfunção orgânica no protocolo será 
avaliada pela presença de UM dos critérios listados na 
tabela: 
 
FATORES DE RISCO PARA SEPSE

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