Buscar

Caso Clínico Mioma uterino

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Instituto de Ciências da Saúde
Campus Limeira
	Curso: Enfermagem
Disciplina: Prática Clínica do Processo de Cuidar da Saúde da Mulher, Criança e Adolescente
5º/6º Semestre
Nome: Fabiana Ferreira Aquino RA: T075DJ1 
	Nota:
Esta atividade é designada e obrigatória somente aos alunos que não frequentaram as aulas práticas da disciplina de Prática Clínica do Processo de Cuidar da Saúde da Mulher, Criança e Adolescente.
Estudo de caso: Mioma uterino
M.L.P., 37anos, sexo feminino, branca, admitida na clínica cirúrgica do Hospital de Campinas, em pós-operatório de histerectomia total com incisão cirúrgica vertical abdominal. 
Admitida no Centro Cirúrgico do referido Hospital, apresentando quadro de cólicas, hipermenorréia, náuseas, cefaléia e insônia, com diagnóstico médico de mioma uterino com indicação histerectomia total. Nega história de outras doenças, e é sua quinta hospitalização, para realização de procedimento cirúrgico, anteriormente por uma perineorrafia, duas cesarianas e uma laqueadura. Nega antecedentes familiares de doenças hepáticas, doenças crônicas, cardíacas e/ou câncer. Nega tabagismo. Refere ingerir bebida alcoólica aos fins de semana. Peso = 75 Kg e Altura = 1,65 cm. Cliente comunicativa, cooperativa, alegre, não apresenta déficits de autocuidado nas eliminações e possui hábitos alimentares com pouca ingestão de legumes verduras e frutas e ingere pouca água, aproximadamente 1500 ml/dia. Relata evacuar 1x/dia, fezes pastosas em média quantidade. Refere não possuir bom sono noturno, devido à presença de cefaléia, náuseas e cólicas constantes. Nega automedicação. Declara ser sedentária. 
Após realização da cirurgia ficou na sala de recuperação pós-anestésica e foi para a enfermaria. Na enfermaria, você recepcionou e avaliou a paciente. Ao exame físico, consciente, orientada, comunicando-se verbalmente, eupneica, em ar ambiente, MV+ por toda extensão pulmonar e sem RA, expansibilidade torácica e frêmito tóraco-vocal preservados; ausculta cardíaca apical com 2BRNF+, pulso rítmico, FC= 110 bat/min, pulso radial D rítmico, cheio, sem edema, perfusão periférica normal. Abdome semi-globoso, relata dor e apresenta face de dor à palpação, apresentando incisão cirúrgica vertical abdominal, com curativo oclusivo e sujo de sangue em pequena quantidade e um dreno penrose inserido na parte distal da incisão drenando secreção sanguinolenta, em pequena quantidade. Apresenta AVP em MSD, infundindo soroterapia a 42 ml/h, e MSE íntegro, ambos sem anormalidade em relação a movimentação. MMII íntegros, sem anormalidades. Mantém jejum e relata sede. SVD drenando diurese amarelo escura, concentrada, em pequena quantidade (30ml/h). 
Responder as questões do caso.
I. Teorias de Enfermagem
Utilizar um texto sobre uma das teorias de enfermagem para fundamentar o direcionamento do cuidado.
II. Diagnóstico clínico - médico (preconizado na literatura científica)
2.1 Definição
2.2 Etiologia
2.3 Fisiopatologia
2.4 Avaliação diagnóstica 
2.5 Tratamento	
Clínico 
Cirúrgico
Com fármacos 
3. Complicações
III. Sistematização da assistência de enfermagem
Investigação: os dados estão fornecidos nos casos clínicos
a) Elaborar pelo menos dois Diagnósticos de Enfermagem prioritários por meio da referência Nanda : Diagnóstico de enfermagem + evidência clínica
b) Elaborar as intervenções utilizando a Classificação das Intervenções – Nic (no mínimo um para cada diagnóstico de enfermagem)
c) Elaborar a prescrição de enfermagem e colocando a frequência de cada uma das intervenções ( no mínimo 4 cuidados)
d) Elaborar os resultados por meio do Noc (no mínimo 1 para cada diagnóstico)
IV. Referências bibliográficas: deverá ser desenvolvida nas normas de um trabalho científico seguindo norma VANCOUVER ou ABNT.
I. Teoria de enfermagem
Teoria Das Necessidades Humanas Básicas – Wanda Aguiar Horta.
Sabemos que a enfermagem tem um papel importante no período Peri operatório. Com base no caso acima, podemos encaixar a teoria das necessidades humanas básicas de Wanda de Aguiar Horta.
As atividades durante esse período que o enfermeiro mantém o cuidado, influenciam fortemente na qualidade da saúde, impactando diretamente a recuperação.¹
A recuperação não está ligada somente no aspecto biológico, mas também psicológico, social, espiritual e social da existência humana, podemos chamar do famoso “cuidado holístico”.
Com base no quadro apresentado, a histerectomia total na mulher impacta fortemente no seu psicológico, e precisa desse olhar mais humanizado para entender a situação como um todo. Ou seja, Tratar o físico, mas ter um olhar holístico para poder oferecer uma recuperação de qualidade e satisfatória, visando a qualidade de vida.¹
II. Diagnóstico clínico – médico.
2.1. Definição:
Leiomia (mioma) uterino é um tumor benigno, formado por tecido muscular decorrente de fatores hormonais e diminuem os riscos de contrair fortemente na interrupção da menarca, devido à alta susceptibilidade de desenvolver durante o período reprodutivo, pela forte influência de hormônios. ²
Miomas são os tumores pélvicos mais frequentes, ocorrendo em 70% das mulheres de até 45 anos em idade fértil.6
2.2. Etiologia:
Não se tem uma etiologia específica para mioma uterino, porém sabe-se que alguns fatores podem influenciar diretamente no surgimento da patologia, como fatores genéticos, hormonais e de crescimento.³
Como respondem a estrogênio, os miomas tendem a aumentar durante os anos reprodutivos e a diminuir de tamanho após a menopausa.
- Fatores genéticos: 40% dos miomas apresentam, em suas células, anomalias cromossômicas detectáveis (translocações, deleções e trissomias); ³
- Fatores hormonais: Sugerem-se que os hormônios estrógenos e a progesterona promovem o seu desenvolvimento, por isso aparecem na idade fértil e regridem na menopausa; ³
- Fatores de crescimento: substâncias produzidos pelas células musculares lisas e fibroblastos promovem o crescimento dos miomas.³
Os fatores de risco incluem ser negro e apresentar índice de Massa Corporal (IMC) elevado. 6
Ocasionalmente podem se desenvolver nos ligamentos largos (intraligamentares), nas tubas uterinas e na cérvice. 6
2.3. Fisiopatologia:
O mioma uterino tem seu surgimento no miométrio originando-se de células musculares lisas presentes no útero com quantidade significativa de tecido fibroso, ou seja, presença de anormalidades da matriz extracelular. 4
Dois componentes distintos colaboram para o surgimento da patologia:
1. Transformação de miócitos normais em miócitos anormais 
2. Crescimento de miócitos anormais em tumores clinicamente aparentes.
Os miomas são diferenciados dependendo da sua localização:
- Intramurais: desenvolvem-se dentro da parede uterina e podem ser a ponto de distorcer a cavidade uterina e a superfície serosa; 4
- Submucosos: Provenientes de células miometriais localizadas abaixo do endométrio e frequentemente crescem para a cavidade uterina; 4
- Subserosos:  Desenvolvem-se na superfície serosa do útero e podem ter uma base ampla ou agregada e ser intraligamentares; 4
- Cervicais: Localizados na cérvice uterina. 4
Fig. 1 MANUAL MERCK ON-LINE. Disponível em: Acesso em 03/11/21.
2.4 Avaliação diagnóstica:
A maioria dos miomas não produzem qualquer sintoma, por isso fica difícil o diagnóstico precoce. Quando apresentam sintomas, estão relacionados com o número, tamanho e localização.4
O primeiro passo para diagnosticar a patologia deve ser feito mediante uma anamnese, e o exame pélvico clínico, (popularmente conhecido como exame de toque) mediante técnicas, após essas medidas, pode-se pedir um exame de imagem para concluir o diagnóstico. 7
Os sintomas inclusos na anamnese de miomas uterinos podem ser classificados em três categorias diferentes: 4
1. Sangramento uterino anormal;
2. Dor pélvica;
3. Disfunção reprodutiva.
Quando a patologia está avançada pode-se ter complicações como prolapso do mioma para a vagina, que pode ser visto pelo examede citologia oncótica. 7
O diagnóstico conclusivo é feito por exame pélvico clínico, ultrassonografia e exame de imagem 6
Exame de imagem (ultrassonografia com infusão de soro fisiológico ou RM)
Presume-se o diagnóstico de miomas uterinos se o exame pélvico bimanual detectar útero aumentado, móvel e irregular que é palpável. A confirmação requer exames de imagem, que geralmente são indicados se os miomas são um novo achado, se o tamanho deles aumentou, se causam sintomas ou se precisam ser diferenciados de outras anormalidades (p. ex., massas ovarianas). 6
Quando testes de imagem são indicados, ultrassonografia (geralmente transvaginal). 6
Sonografia com injeção de soro fisiológico (sonohisterografia) 
Na Sonografia tipicamente feita com infusão de soro fisiológico, o soro fisiológico é instilado no interior do útero, possibilitando ao examinador localizar com maior precisão os miomas. 6
Se a ultrassonografia, incluindo sonografia com infusão de soro fisiológico (se feita), for inconclusiva, o exame de imagem mais preciso, deve ser realizado como Renssonância Magnética. 6
2.5 Tratamentos:
2.5.1 Clínicos:
O tratamento clínico convencional são objetivados ao controle de sintomas e não desaparecimento completo, com a utilização de medicações específicas.7
Em geral são utilizados fármacos para controle do sangramento anormal em geral anti-inflamatórios e ácido tranexâmico ou medicamentos hormonais que boqueiem a menarca como anticoncepcionais orais e injetáveis (podendo ser combinados, por exemplo com estrógeno e progesterona) 7
Esse método de tratamento não é recomendado para quem queira ter uma gestação futura ou tratamentos de fertilização.4
As DAINE podem ser usadas para tratar a dor, mas provavelmente não diminuem o sangramento. 6
Ácido tranexâmico
Fármaco antifibrinolítico, ele pode reduzir o sangramento uterino em até 40%. A dosagem é 1.300 mg, a cada 8 horas, por até 5 dias. 6
2.5.2 cirúrgicos: 
A cirurgia geralmente é reservada para mulheres que apresentam rápido crescimento da massa pélvica, sangramento uterino recorrente e que não cessa com terapias, dor intensa e/ou persistente e/ou pressão (que só se controlam com opióides/ intolerável ao cliente), um útero grande que tem um efeito de massa no abdome, causando sintomas urinários ou intestinais ou comprimindo outros órgãos e causando disfunção (p. ex., hidronefrose, frequência urinária, dispareunia), infertilidade (se gestação for desejada) ou bortamentos espontâneos recorrentes (se a gestação for desejada) 5. 
Miomectomia
Costuma ser feita por via laparoscópica e histeroscópica (utilizando óticas com angulação e ressectoscópio) com ou sem técnicas robóticas. 5
A miomectomia pode ser utilizada em mulheres que querem ter uma gestação futura ou manter o útero. 5
Histerectomia:
Também pode ser feita por via laparoscópica, vaginal ou por laparotomia.
A maioria das indicações para essas cirurgias são semelhantes. Porém a escolha do tratamento pela paciente é de extrema importância, e devem ser totalmente informadas sobre dificuldades e sequelas previstas da miomectomia ou histerectomia. 5
A histerectomia pode ser indicada se após a miomectomia os miomas voltarem a crescer, no lugar de miomectomia múltiplas (por ser um precedimento “mais fácil”, se outros tratamentos menos invasivos forem ineficazes, pacientes com patologias que tornem cirurgia mais complicada (ex: endometriose) 5; 6
Morcelação:
A morcelação geralmente é feita durante a miomectomia ou histerectomia. Essa técnica envolve o corte de miomas ou tecido endometrial em pequenos pedaços para que possam ser removidas por meio de uma incisão menor.5
Miomas submucosos:
Os miomas submucosos localizados na cavidade uterina são os mais assintomáticos e mais difícil de diagnosticar pois causa aumento de fluxo e irregularidade menstrual, mesmo com volumes pequenos.5
Este tipo de mioma é o principal agente causador de abortos e infertilidade e deve ser retirado, principalmente em pacientes submetidos a fertilização in vitro. 6
Miomas subserosos
Os miomas subserosos estão localizados na área mais externa e sua classificação se da quando 50% ou mais está localizado externamente ao útero. Podem ser classificados em sésseis (acoplado ao útero) ou pediculoso ( somente um pedaço).5
Geralmente miomas subserosos são assintomáticos mas podem causar dor, desconforto abdominal e compressão de outros órgãos. Normalmente não causam alteração do fluxo menstrual e quando apresenta sintomas deve ser realizado uma miomectomia. 5
Geralmente esse tipo de mioma não causa nenhum malefício à gestação e em caso de infertilidade não tem indicação de cirurgia. 6
Miomas intramurais
Os miomas intramurais estão localizados na musculatura do útero e <50% do seu volume está em volta da serosa. 5
São pequenos e geralmente assintomáticos mas podem causar dor e hemorragia dependendo do tamanho, posição no útero e quantidade. 5
Miomas intramurais são os que mais geram divergências em miomectomia. 6
Em geral, miomas que distorcem a cavidade, devem ser retirados em pacientes inférteis e com histórico de abortos e dependendo do tamanho devem ser retirados independente de distorção de cavidade. 5
2.5.3 Com Fármacos:
DIU medicado com Levonorgestrel (Mirena®):
Uma das possibilidades de tratamento é a utilização de um Sistema de Liberação Intrauterina com Levonorgestrel. 4
O DIU Mirena (popularmente conhecido) é eficaz no tratamento de sangramentos uterinos e contracepção. 4
Além de proporcionar amenorreia nas mulheres submetidas a esse método, tem pouca absorção sistêmica e apresenta facilidade de adesão ao tratamento, uma vez que deve ser trocado a cada 5 anos. 4
É importante lembrar que mulheres com miomas grandes podem ter expulsão do DIU, por isso sua recomendação de tratamento nesse caso clínico é referente à cavidades uterinas sem deformação e um tamanho uterino inferior à 12 semanas. 4
Danazol:
O Danazol é um esteroide químico e sua função é criar um ambiente rico em hormônios androgênicos (ou seja, hormônios masculinos) e com pouco de estrogênio com o efeito esperado sendo a redução do mioma e atrofia uterina. 4
O mecanismo de função se baseia no eixo hipotálamo-hipófise-ovário, assim como todos os hormônios, porém ele inibe a hipófise que deixa de produzir gonadotrofinas (hormônio que estimula o ovário a produzir estrogênio). 4
Apesar de ser um tratamento aceito, muitos pacientes deixam de aderir ao tratamento devido a carga de efeitos adversos: Acne, redução atrofia mamária, dor músculo – esquelética, irritabilidade, aumento de peso, etc. Esses sintomas influenciam na qualidade de vida dos pacientes e devido isso, pode ser ajustado a dose para cada indivíduo. 4; 5.
Agonistas do GnRH (hormônio liberados de gonadotrofina)
Os agonistas do GnRH sõ inibidores dos hormônios estrógeno e progesterona. Seu efeito simula um estado pseudo menopausa, ou seja, o seu corpo entende que seu organismo não produz mais esses hormônios adequadamente.5
Devido sua forma de ação, os miomas acabam diminuindo.5
O mecanismo de ação do GnRH, forma um esquema de:
1. Inibição do eixo hipotálamo-hipófise-ovário, fazendo com que não liberem gonadotrofinas e consequentemente a não produção de hormônios esteroidais. (Chamam esse mecanismo de mecanismo indireto) pois não age diretamente com as enzimas; 5
2. Inibição da expressão da enzima aromatase, levando a diminuição da produção de estrogênio (Conhecido como efeito direto). 6
As ações dos antagonistas, se dá pela ocupação dos sítios hipofisários do GnRh, eles se ligam nos receptores e não tem como realizar a continuação do mecanismo. (a ação funciona assim por ser agonistas). 6
Primeiro, a intenção do fármaco é fazer com que as reservas hormonais hipofisárias (LH e FSH) sejam gastas. Posteriormente por um processo de regulação, o organismo entende que não precisa mais e suspende a produção. 7
Esses mecanismos causam amenorreia e diminuição dos miomas uterinos em porcentagem significativa. O tratamento é realizado durante 90 dias em média. 5
As principais desvantagens do GnRH são os efeitos secundáriosque o impedem de utilizar esse método de tratamento por período prolongado. Entre eles, encontra-se sintomas de hipoestrogenismo (Devido à taxas de estrógenos baixas) que engloba calor, falta de libido, secura vaginal, irritabilidade, diminuição da densidade óssea (a mulher, já tem propensão à osteoporose naturalmente, com esse método de tratamento prolongado, as chances de desenvolvimento da patologia, crescem linearmente) e distúrbios no perfil lipídico. 6
Infelizmente com o término do tratamento de três meses, os miomas tendem a crescer novamente se não tratado corretamente nos meses a seguir.6
Esse método é comumente usado em pacientes antes do procedimento cirúrgico, devido a diminuição significativa do mioma e do útero, facilitando o processo cirúrgico e no intraoperatório evitando hemorragias e melhorando o prognóstico. 6
 Além de ser comumente utilizados para fins cirúrgicos, um efeito benéfico durante o uso do GnRH é a amenorreia que permeia à anemia ferropriva por perda de hemácias/ ferro significativas e minimizando a necessidade de transfusões. 6
Um ponto contra o GnRH, é durante o processo cirúrgico no momento de clivagem (entre miométrio e mioma). 6
As opções utilizadas são:
1. Acetato de gosserrelina: Zoladex® 3,6 mg (mensal) e Zoladex LA® 10,8 mg (trimestral) 6
2. Acetato de euprorrelina: Lupron Depot® , Lectrum® ou Lorelim® 3,75 mg (mensal). E Lupron Depot® 11,25 mg (trimestral) 6
Inibidores de aromatase:
Aromatase é uma enzima que catalisa a conversão de androgênios em estrogênios (Uma vez que em pacientes com miomas, as taxas de estrógeno estão elevadas). Ou seja, ele age basicamente como inibidores. 5
Os fármacos mais utilizados nessa terapia são fármacos de terceira geração como o Letrazol 2,5mg ou o Anastrazol 1mg. Segundo literatura essas medicações são semelhantes à análogos de GnRH, com a vantagem de ter menos efeitos adversos. 6
Moduladores seletivos do receptores de progesterona (MSRP)
Os MSPR são moléculas sintéticas capazes de se ligar nos receptores intracelulares de progesterona, provocando efeitos mistos, que variam entre agonismo (estímulo) e antagonismo (inibição) com efeitos e resultados específicos em cada tecido. 5
Vários fármacos já foram testados, como mifepristone, telapristone, CP-8947, asoprisnil e o acetato de ulipristal. 5
Resumidamente o tratamento dos miomas uterinos deve ser individualizado, de acordo com cada caso, mas alguns fatores podem nortear para um caminho:
Miomas assintomáticos: sem tratamento, apenas clínico; 6
Mulheres na pós-menopausa: Acompanhamento da expectante (porque os sintomas tendem a regredir com a diminuição do tamanho dos miomas após a menopausa); 6
Miomas sintomáticos: Se a gestação é desejada, pode-se utilizar embolização uterina ou miomectomia; 6
Sintomas graves e sem resposta efetiva às outras técnicas, Se a mulher decidir não ter mais gestações, pode-se pensar em histerectomia, possivelmente precedida de terapia medicamentosa (p. ex., antagonistas de GnRH) 6
3. Complicações:
Os miomas geralmente causam sangramento uterino anormal, dor e pressão pélvica, sintomas urinários e intestinais e complicações gestacionais. 6
Miomas grandes podem crescer, superando seu suprimento sanguíneo e se degenerando e essa degeneração pode se classificar em: hialina, mixomatosa, cálcica, gordurosa, vermelha (comum em gestações) e necrótica. 6
Embora pacientes fiquem preocupadas com risco de uma evolução para malignidade, apenas 1% evolui. 6
 
III. Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)
a. Elaborar 2 diagnósticos de enfermagem pelo NANDA.
1. Risco de infecção caracterizado por alteração na integridade da pele e procedimento invasivo; 8
2. Dor aguda relacionado à procedimentos cirúrgicos, definido por auto relato verbal de forte dor incisional, comportamento expressivo e expressão facial de dor. 8
b. Elaborar as intervenções utilizando a Classificação das Intervenções – Nic (no mínimo um para cada diagnóstico de enfermagem)
1. Cuidados com o local de incisão:
- Examinar o local da incisão quanto a hipertermia, edema, ou sinais de daiscência ou evisceração; 9
- Observar características de qualquer drenagem; 9
- Monitorar o processo de cicatrização no local da incisão; 9
- Limpar a área ao redor da incisão com solução de limpeza adequada; 9
- Limpar a área mais limpa para menos limpa; 9
- Limpar a área ao redor do dreno ou sondas de drenagem; 9
- Trocar o curativo a intervalos apropriados; 9
- Aplicar curativo apropriado para proteger a incisão; 9
- Orientar o paciente sobre as formas de cuidar da incisão durante o banho de banheira ou chuveiro; 9
- Ensinar ao paciente/ família formas de cuidar da incisão, inclusive sinais e sintomas de infecção. 9
2. Dor aguda relacionado à procedimentos cirúrgicos:
- Realizar uma avaliação completa da dor, incluindo local, características, início/duração, frequência, qualidade, intensidade e gravidade; 9
- Assegurar que o paciente receba cuidados precisos de analgesia; 9
- Investigar com o paciente os fatores que aliviam/ pioram a dor; 9
- Avaliar com o paciente e a equipe de cuidados de saúde a eficácia de medidas passadas utilizadas para controlar a dor; 9
- Informar sobre a dor, suas causas, duração e desconfortos antecipados em decorrência dos procedimentos; 9
- Controlar fatores ambientais capazes de influenciar a resposta do paciente ao desconforto (exemplo: temperatura) 9
- Escolher e implementar uma variedade de medidas para facilitar o alívio da dor, conforme apropriado ( exemplo: farmacológicas ou não, interpessoais, etc) 9
- Oferecer ao indivíduo um excelente alívio da dor mediante analgesia prescrita; 9
- Verificar o nível de desconforto do paciente, registrar as mudanças no prontuário e informar os demais profissionais da saúde que trabalham com o paciente; 9
- Notificar o médico se as medidas não funcionarem, ou se a queixa atual consistir em uma mudança significativa na experiência anterior de dor do paciente; 9
- Incorporar a família ao método de alívio da dor quando possível. 9 
C. Elaborar a prescrição de enfermagem e colocando a frequência de cada uma das intervenções (no mínimo 4 cuidados)
1. Verificar sinais vitais a cada 30 minutos;
2.Examinar condição da incisão cirúrgica e cateteres a cada 15 minutos na primeira hora e sucessivamente a cada 30 minutos ;
3. Monitorar o Dreno de Penrose a cada 12 horas ou sempre que houver necessidade, realizando mobilização para evitar obstrução;
4. Monitorar sinais e sintomas de infecção na incisão cirúrgica, anotar no prontuário e comunicar o enfermeirov (edema, hiperemia, calor, rubor, hipertermia);
5. Avaliar características, intensidade e local da dor; 
6. Avaliar alterações de sinais vitais (pressão arterial, temperatura, frequência cardíaca, Frequência respiratória)
7. Administrar analgésicos conforme prescrição médica;
8. Reavaliar dor após a administração de medicação;
9. Realizar desinfecção com álcool a 70% nos dispositivos endovenosos (equipo/bureta) antes de administrar medicações
10. Utilizar técnica asséptica para aspiração, sondagem vesical, punção venosa e em outros procedimentos em que seja pertinente;
11. Higienizar as mãos com gel alcoólico antes e depois de cada procedimento
D. Elaborar os resultados por meio do Noc (no mínimo 1 para cada diagnóstico)
1. Risco de infecção caracterizado por alteração na integridade da pele e procedimento invasivo; 8
Resultados sugeridos: 
- Monitoração de comportamentos pessoais relativos a fatores associados a risco de infecção; 10
- Monitoração do ambiente com relação a fatores associados a risco de infecção; 10
- Manutençãoa de um ambiente limpo; 10
- Desenvolvimento de estratégias eficientes de controle de infecção; 10
- Uso de precauções universais; 10
- Prática de limpeza das mãos; 10
- Monitoração demudanças no estado geral de saúde; 10
- Realização de ações imediatas para reduzir riscos. 10
2. Dor aguda relacionado à procedimentos cirúrgicos, definido por auto relato verbal de forte dor incisional, comportamento expressivoe expressão facial de dor. 8
Resultados esperados:
- Causas e fatores colaboradores da dor; 10
- sinais e sintomas da dor; 10
- Estratégias de controle da dor; 10
- Regime medicamentoso prescrito; 10
- Uso seguro da medicação prescrita; 10
- Efeitos terapêuticos dos medicamentos; 10
- Efeitos secundários dos medicamentos; 10
- Efeitos adversos dos medicamentos; 10
IV. Referências
1. Sena, Adnairdes Cabral de; Nascimento, Eliane Regina Pereira do; Maia, Ana Rosete Camargo Rodrigues; Santos, José Luís Guedes dos. Rev. baiana enferm ; 31(1): e20506, 2017. Tab Artigo em Português | LILACS, BDENF - Enfermagem | ID: biblio-897437 Biblioteca responsável: BR342.1
2. BIREME/OPAS/OMS. Miomas uterinos. Acesso em: Novembro de 2021. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/miomas-uterinos/
3. Instituto Paulista de ginecologia e obstetrícia. Miomas Uterinos. Disponível em: https://ipgo.com.br/miomas-uterinos-e-a-infertilidade-etiologia-e-fatores-de-risco/. Acesso em: 04 de Nov.
4. Sanarmed. Leiomioma: Fisiologia, diagnóstico e tratamento. Disponível em: https://www.sanarmed.com/resumo-de-leiomioma-fisiopatologia-diagnostico-e-tratamento/. Acesso em: 03 de Nov.
5. Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia. Tratamento clínico dos miomas. Disponível em: https://ipgo.com.br/miomas-uterinos-e-a-infertilidade-tratamento-clinico-dos-miomas/. Acesso em: 04 de Nov.
6. MANUAL MERCK ON-LINE. Disponível em: Acesso em 03/11/21.
7. DRAUZIO VARELLA. Mioma Uterino. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/entrevistas-2/miomas-entrevista/. Acesso em: 04 Nov.
8. Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2018-2020/ NANDA International; tradução Regina Machado Garcez. - Porto Alegre: Artmed, 2018.
9. Bulechek GM, Butcher HK, Dochterman JM. Classificação das intervenções de enfermagem - NIC. 5ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2010. 944 p.
10. Johnson, M., Mass, M. & Moorhead, S. (org.) (2004). Classificação dos Resultados de Enfermagem (NOC). (2ª ed.). Porto Alegre: Artmed.

Continue navegando