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– O espermiograma corresponde a uma das etapas do exame andrológico. O Espermiograma é dividido em duas etapas: 2. também são feitas logo após a coleta, porém, não com tanta urgência que as de imediata, que tem que ser feitas o mais rápido possível para não haver alterações. As avaliações imediatas são divididas em: Cor: a cor normal pode ir de um branco ao amarelado, a depender da espécie. ➢ equinos, cães, suínos ➢ : grandes ruminantes, bovinos, bubalinos ➢ carneiros ➢ bodes Apesar de haver variações, elas não podem ser tão grandes. (um cão não pode ter um sêmen amarelo). ➢ Hematospermia: contaminação de sangue na amostra. Pode se apresentar na cor rosa, vermelho ou marrom. ➢ Amostra contaminada por urina: pode ocorrer quando coleta é por eletro-ejaculador, por exemplo, já que há a estimulação da musculatura lisa e toda a região, inclusive da vesícula. ➢ Piospermia: Amostra contaminada por pus. Apresenta coloração amarelada. Aspecto (textura): Todo o sêmen é uma suspenção que sempre é líquida a depender da proporção: contém parte liquida (líquido seminal que vem das glândulas) e parte celular (espermatozoides). Volume de plasma seminal pequeno + muita célula = sêmen denso (e vice-versa) ➢ : sêmen menos concentrado de todos. Há grande quantidade de líquido seminal para proporcionalmente menos célula, e assim, a concentração é baixa. Parece água de coco, onde é possível enxergar por entre a amostra, não sendo 100% opaca. São aquelas espécies que tem sêmen mais volumoso Espécies que normalmente tem: − Equinos − Alguns cães − Suínos ➢ aspecto de leite. Amostra totalmente liquida e bem fluida, porém, não transparente e sim opaca. Espécies que tem: − Grandes ruminantes − Alguns cães ➢ aspecto de leite condensado. Menos fluido, e tende a grudar na parede do pote, não se movimentando tão facilmente. É mais denso e grosso. Espécies que tem: − Pequenos ruminantes. Volume (quantidade): O resultado sempre se dá em ml e varia muito entre as espécies. O volume está totalmente relacionado a atividade das glândulas sexuais, já que elas que produzem o líquido seminal. Grande volume de sêmen = espécies que tem glândulas sexuais bem desenvolvidas (suínos e equinos). ➢ menos de 0,5 ml ➢ : 0,5mls a 1,5mls. Não mais que 2mls ➢ varia de acordo com o porte do cão. Porte pequeno: até 3mls, porte grande: até 15mls ➢ (bovinos e bubalinos): 10mls (8 a 15mls) ➢ normalmente tem mais de 100mls, indo de 150 a 200mls ➢ mais de 200mls, indo até 400mls A técnica de colheita de sêmen também influencia: a eletro- ejaculação, por exemplo, gera mais volume pois estimula as glândulas. Odor: Sêmen tem cheiro, e depende muito da espécie. Na maioria das espécies é muito sutil. O cheiro próprio de sêmen se chama , ou seja, pertence a ele. Porém, o bode tem um cheiro mais forte. ➢ Contaminado com urina: cheiro de urina ➢ Contaminado por pus: cheiro fétido ➢ Concentração alta de corpos cetônicos/cetoacidose: cheiro cetônico – PH: ➢ Tem que ser próximo a neutralidade, entre 6 e 7. ➢ É avaliado com fitas que medem o PH. Movimento de massa: o resultado pode ser positivo ou negativo. Na amostra de sêmen de ruminantes o conteúdo é tão concentrado, com tanta célula em um volume pequeno, que os espermatozoides são como uma multidão tentando se mexer, e ao olhar o sêmen na amostra não vemos cada um deles se mexendo, mas vemos a movimentação sutil deles todos juntos. Para ter movimento de massa, o sêmen tem que ter pelo menos um bilhão de espermatozoides em 1 ml. Motilidade (%): Nota dada em percentual ao se pegar uma pequena amostra do sêmen e avaliá-la em uma lâmina no microscópio. Dos espermatozoides vistos no campo de visão, estimamos quantos % se movem. Ou seja, é o percentual de espermatozoides móveis na amostra. O espermatozoide móvel é aquele que se mexe de qualquer forma para qualquer lado. M.P.R. (%): A sigla significa . É o percentual de espermatozoides na amostra que tem movimento progressivo retilíneo, ou seja, que andam em linha reta (para frente), pois afinal, são esses que vão chegar a algum lugar para fecundar o oócito na tuba uterina. O ideal é que o percentual de MPR seja igual, ou quase igual ao de motilidade. A porcentagem normal varia entre as espécies, mas em média uma % seria o ideal. Um sêmen com baixa motilidade e MPR é chamado de astenospermia Vigor: Rapidez/velocidade com que o espermatozoide se mexe, pois não adianta ele se movimentar lentamente. Quanto mais rápido, melhor. Intensidade do movimento (pouco ou muito) Recebe uma nota de 0 a 5: ➢ 0: espermatozoide parado ➢ 5: muito rápido ➢ O ideal é que fique maior ou igual a 3 . Turbilhonamento: É a mesma ideia do movimento de massa, porém, visto de forma microscópica. Nesse caso, é possível ver cada célula individualmente se mexendo em multidão. É feita ao pegar uma lâmina de vidro e colocando uma gota de sêmen puro bem no meio dela. Vemos no microscópico com um aumento de (relativamente pequeno), onde os espermatozoides parecem pequenos pontinhos pretos se movimentando, formando como fosse ondas. Pode haver uma nota para o turbilhonamento: ➢ 0: não há turbilhonamento, nenhuma onda ➢ Ideal: maior ou igual a 3 ➢ 5: máximo, muitas ondas Quando não há turbilhonamento pode haver duas situações: ➢ por ter pouco espermatozoide, não forma o movimento de onda ➢ por mais que tenha muitos, eles não se mexem (podem estar mortos). Esses dois eventos podem estar ocorrendo juntos e associados. A tendencia é que um bom movimento de massa macroscópico tenha um bom turbilhonamento microscópico. Essas são avaliações dinâmicas, enquanto há também a concentração e patologia, que são quantitativas. Para conseguir fazer motilidade, MPR e vigor, precisamos diluir uma amostra do sêmen, pois se o olhar puro, há muitas células e não conseguimos avaliá-las corretamente de forma individual. Diluição: Deve ocorrer em aquecida a celsius. Não precisa ser em quantidade precisa e exata, e sim o suficiente para avaliar o movimento dos espermatozoides. Nunca devemos diluir o sêmen de equinos com solução fisiológica, nesse caso há também diluentes comerciais, como aqueles que ajudam em sêmens que tem pouco vigor (botofarma), ou para aqueles que refrigeram mal: possuí porções de lipídeos que se agregam na membrana e ajudam a proteger os espermatozoides por um tempo maior. ➢ Sêmen pouco concentrado, como de equinos, cães e suínos precisa diluir menos ou não diluir (sorosos). ➢ Se for um sêmen de carneiro (ruminantes), muito concentrado, exige maior diluição (cremoso e leitoso). Porém, ao chegar no microscópio, se não tiver bom ainda, podemos ir ajustando durante a análise. ➢ Carneiro: diluído 1 gota de sêmen (volume de 20 microlitros) em 2 ml de solução fisiológica a 37 graus. Essas 5 avaliações são obrigatórias para todas as espécies. Porém, tem mais uma avaliação macroscópica que é feita apenas para os ruminantes (pequenos e grandes): Essas três avaliações são feitas obrigatoriamente em todas as espécies. Já o turbilhonamento é feito apenas em ruminantes. – Lâmina: Colocamos no centro da lâmina de vidro uma gota de sêmen diluído. Por sobre essa gota colocamos uma lamínula de vidro, fazendo com que a gota se achate e se espalhe. Esse material é levado ao microscópio e avaliado em um aumento de para as avaliações microscópicas. Para a avaliação de movimento de massa, o objetivo é ver um grupo grande de células, e precisamos vê-lo mais de longe, então, quanto menor o aumento, melhor seria o de 10x Já no turbilhonamento não pode haver a lamínula. Ele é feito apenas para ruminantes, e não deve ser diluído pois esse é um sêmen muito concentrado e justamente por isso veremos o turbilhonamento, se diluirmos, perderemosesse efeito. Portanto, é sem diluição, aquecido a 37 graus e sem lamínula para que não achate a gota. Nesse caso, o aumento utilizado deve ser o de 40x em uma lente de 4 para que vejamos a onda. Coleta: Antes da coleta, o laboratório deve estar todo preparado e a coleta em si deve ser a última coisa. ➢ Tudo que for encostar no sêmen/espermatozoides, tem que estar quente, pois qualquer choque térmico pode matá-lo. Para isso, há placas aquecedoras, e acima dela colocamos as lâmina de vidro, lamínulas, ponteiras etc. O ideal é que tenha uma placa (platina aquecedora) para colocar a lâmina também no microscópio. ➢ O banho maria tem que estar na temperatura de 37 graus, já com a solução fisiológica sendo aquecida. O espermatozoide é muito pequeno e transparente, e achá-lo não é tão fácil. Microscópio: O microscópio ótico convencional tem a parte de lentes que chamamos de objetivas e que ficam acima do objeto de estudo. Elas contêm números que representam o número de aumento. Já onde o olho vai estão as lentes oculares, que sempre aumentam 10x. Ou seja, o aumento que vemos é a multiplicação desses dois aumentos. Ou seja, o turbilhonamento visto em aumento de 40 x: ➢ Objetiva: lente 4 ➢ Lentes oculares: 10 Aumento de 100 x: ➢ Objetiva: 10 ➢ Lentes oculares: 10
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