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REVISÃO DIREITO CIVIL - CEISC - OAB XXXII

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REVISÃO DIREITO CIVIL - CEISC - OAB XXXII 
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PESSOA NATURAL 
Toda pessoa é capaz de titularizar direito e deveres (capacidade de direito);
Então temos: 
·	CAPACIDADE CIVIL PLENA
 a) de direito- refere-se a personalidade jurídica, que é adquirida a partir do momento do nascimento com vida. A capacidade de direito, TODA e QUALQUER pessoa tem. 
 b) de fato ou de exercício- adquire-se com a maioridade (18 anos completo) ou emancipação (não antecipa a maioridade, se aplica o ECA do mesmo jeito). 
3 FORMAS DE EMANCIPAÇÃO:
·	Voluntária - Quando ambos os pais querem emancipar, feita por ESCRITURA PÚBLICA, que deve ser levada a REGISTRO no Cartório de Registro Civil. É um instituto que decorre do poder familiar (por isso deve ser feita pelos dois genitores) que os pais tem sobre os filhos. 
·	Sentença Judicial - Quando há litígio entre os pais, ou no caso dos tutores que pretendam emancipar seus tutelados. 
·	Legal (art. 5 p.ú, I, II e III) - casamento; emprego público efetivo; colação em curso superior; independência econômica. 
Lembrando que: o divórcio do casamento não revoga a capacidade civil plena adquirida. 
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INCAPACIDADE 
Lembrando que: a deficiência NÃO afeta a capacidade civil plena de uma pessoa. 
A INCAPACIDADE PODE APRESENTAR 2 FORMAS: 
·	Incapacidade absoluta (art. 3° CC) - menores de -16 anos, não podendo esse menor praticar atos da vida civil sozinho. E se praticar o ato será NULO, art. 166, I.
·	Incapacidade relativa, (art 4º CC)- essa recai apenas para certos e determinados atos, sendo eles os +16 e -18 de idade; ébrios habituais ou viciados em tóxicos; causa transitória que impeça a manifestação de vontade e os pródigos. Nesses casos, para saber se esses indivíduos são mesmo relativamente incapazes é necessário uma Ação de Interdição, onde, no processo de interdição, haverá a especificação dos atos que o indivíduo pode ou não praticar. Nos casos em que o indivíduo não puder exercer os atos civil, será determinado a assistência do representante legal. Se o relativamente incapaz praticar algum ato que não possui capacidade, este será ANULÁVEL, art. 171. 
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REPRESENTAÇÃO PARA OS INCAPAZES
A representação pode ser: 
·	Legal: se dá pelos pais; tutores (rep. legais dos indivíduos menores de idade) e curadores (para ind. maiores de idade com alguma incapacidade). 
·	Voluntária: que se dá através da procuração.
Explicando a tutela e curatela: 
A) TUTELA- as hipóteses da tutela são a morte dos pais, ausência dos pais ou pais destituídos do poder familiar. 
 a.1) tutela testamentária- feita pelos pais, feita por documento autêntico. 
 a.2) tutela legal ou tutela legítima - quando os pais não deixam um tutor para o filho, será exercida pelos parentes consanguíneos. 
 a.3) tutela dativa - quando não for deixado tutor pelos pais e não haver parente consanguíneo, será nomeado pelo juiz. 
O tutor assina um termo de compromisso com a responsabilização da tutela. 
Obs: não confundir com guarda, que é direito de convivência.
B) CURATELA- estabelecida através do processo de interdição (art. 747 e ss, CPC), será realizado uma perícia nesse processo, que definirá quais atos ele pode praticar e quais não pode. E na sentença o juiz nomeará o curador. 
A ordem de nomeação do curador (art. 1775, CC): 
i.	Cônjuge; 
ii.	Pai ou mãe; 
iii.	Descendente que se mostrar mais apto; 
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DIREITOS DE PERSONALIDADE - Arts. 11 ao 21 - CC
Esse direito de personalidade, envolve o nome, a imagem, integridade física, privacidade e etc. 
·	Podem titularizar os direitos da personalidade a pessoa natural viva, nascituro e também pela pessoa jurídica, nos casos do nome e imagem, até para receber danos morais, por exemplo.
·	Integridade física enquanto direito da personalidade: 
Envolve a questão da proibição da disposição de parte do próprio corpo quando importar em diminuição permanente. Importante frisar que a cirurgia transgênica apesar de acarretar essa diminuição permanente, é permitida (mas não obrigatória) por ser feita por exigência médica. 
OBS: os transexuais podem alterar o prenome mesmo sem essa cirurgia. 
·	Nome enquanto direito da personalidade: 
São situações que permitem a alteração do nome, por exemplo, quando o nome expõe ao ridículo. 
·	Intimidade e a vida privada enquanto direito da personalidade: 
A) Nos casos da biografia que não for necessária a administração da justiça ou a manutenção da ordem pública, se gerar algum dano, caberá indenização civil. 
Ou seja, o STF deciciu que as biografias podem ser publicadas sem autorização da pessoa biografada, mas se gerar algum dano ao direito de personalidade, deverá ser pleiteado a reparação civil;
B) Publicação da imagem da pessoa, para fins econômicos ou comerciais, sem sua autorização, gera o dever de indenizar, INDEPENDENTEMENTE de prova do prejuízo. - Súmula 403 - STJ. (Isso pq está ganhando as custas da pessoa). Essa responsabilidade recai tanto para o autor que usou a imagem quanto do próprio veículo da publicação; 
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PESSOA JURÍDICA 
·	De direito público (art. 41, CC) - adm. pública direta, autarquias, associações públicas e demais entidades de caráter público criado por lei; 
·	De direito privado (art. 44, CC) - associações, sendo aquelas que não tem finalidade econômica (ass. de bairro; dos estudantes); as sociedades empresariais; a EIRELI; fundações (patrimônio e finalidade específica, como, educação, saúde, conservação de patrimônio, ass. social, cultura a defesa e etc.)
O momento da aquisição da personalidade jurídica se dá no momento em que os atos constitutivos forem registrados.
OBS: lembrando que a personalidade jurídica da pessoa jurídica (que pode contratar, comprar, fazer financiamento bancário e etc) é divergente da personalidade jurídica dos sócios. 
Desconsideração da personalidade jurídica: SEMPRE que houver abuso da personalidade jur. da PJ.
Caracterizado por: 
a) Desvio de finalidade- utilização da PJ para lesar credores e praticar atos ilícitos;
b) Confusão patrimonial- ausência da separação de fato do patrimônio (PJ que paga direto boleto dos sócios; sócio que transfere bens para a PJ - desconsideração inversa da PJ, que se dá para o cumprimento das obrigações do sócio); 
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DOMICÍLIO 
O domicílio serve como local de cumprimento das obrigações, sejam elas de caráter pessoal ou profissional. 
Regra geral com relação ao domicílio (art. 70 - CC): local de residência habitual do indivíduo. 
Nos casos de: 
I.	Pluralidade de domicílios (art. 71) - qualquer dos lugares será considerado o domicílio; 
II.	Domicílio profissional (art. 72)- indivíduo reside com o ânimo de permanecer em um lugar, mas para fins profissionais, é outro endereço; 
III.	Domicílio incerto (art. 73)- considera-se como domicílio, o lugar em que ele for encontrado, por exemplo, uma pessoa que trabalha e vive viajando;
IV.	Mudança de domícilio (art. 74)- mudar de residência com o ânimo de permanência/definitivo; 
V.	Domicílio da PJ (art. 75)- lugar da sede, ou das filiais; 
VI.	Domicílio necessário ou legal (art. 76)- nos casos dos menores de idade que possuem como domícilio a casa dos pais, representante ou assistente; 
Obs: quanto ao domicílio necessário dos servidores públicos e do preso: 
Militar- no locar onde ele serve; 
Marinha/aeronáutica- no local da sede do comando que estiver vinculado; 
Marítimo- onde o navio estiver matriculado; 
Preso- local onde cumpre-se a pena/sentença; 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------BENS MÓVEIS E IMÓVEIS 
·	Observação importante sobre materias de construção: 
- Os bens móveis que são integrados em uma construção, perdem o caráter de bem móvel e viram bens imóveis. Mas se por um acaso esses bens imóveis que foram integrados (tijolos, janelas...) são retirados para fazer uma reforma, com pretensão de reintegração, eles NÃO perderam o caráter de bem imóvel. Só perdem se são retirados definitivamente. 
·	Bem de família: 
--> Pode ser voluntário ou legal. 
A) O bem de família voluntário, é quando o indivíduo possui vários imóveis e deseja proteger o seu direito fundamental a moradia, colocando o bem de família a salvo da penhora. Portanto, instituirá sobre UM IMÓVEL a cláusula de bem de família. 
Essa situação narrada acima, traz algumas características:
I.	Só pode atingir imóvel que represente até 1/3 do patrimônio liquido do instituidor; 
II.	A instituição deve ser feita mediante escritura pública ou testamento, devendo ser levada a registro; 
III.	Só protegerá da impenhoralibilidade das dívidas que foram posteriores a cláusula e que NÃO digam respeito a impostos ou contribuições advindas em razão do próprio imóvel; 
IV.	Dura enquanto o casal for vivo, ou enquanto houver filhos menores de idade; 
B) O bem de família legal, diz respeito ao único imóvel de natureza residencial que a família ou indivíduo possua; 
A Lei 8009/90 trouxe exceções a impenhorabilidade do bem de família legal, em seu artigo 3º: (essas citadas abaixo, são importantes, mas o artigo arrola mais exceções) 
I.	No caso de dívidas que dizem respeito ao crédito de financiamento destinado a construção ou aquisição do imóvel; (se o imóvel foi financiado e o financiamento não foi pago, não aplica a impenhorabilidade)
II.	No caso do devedor de pensão alimentícia; 
III.	*Por obrigação cedida em fiança no contrato de locação. Vale ressaltar que se a fiança for em contrato de locação COMERCIAL, NÃO PODE PENHORAR (incide a impenhorabilidade)! Mas, caso seja em contrato de locação RESIDENCIAL, PODE PENHORAR (não cabe argumentação da impenhorabilidade)
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FATOS JURÍDICOS 
O tópico mais importante desse tema, é o Negócio Jurídico, do artigo 104 a 184 CC. 
ESCALA PONTEANA: 
I.	Plano de existência: agente; objeto; vontade e forma (F2A2V2O3) 
II.	Plano de validade: F- livre ou prescrito em lei; A- capaz e legitimado; V- livre e boa-fé; O- possível, determinado e lícito.
III.	Plano de eficácia: Condição (depende de elemento futuro e incerto); Termo (elemento futuro e certo); Modo ou encargo; Consequências do inadimplemento negocial. 
Condição suspensiva- quando depende do elemento futuro e incerto para acontecer. Como por exemplo, doar um imóvel quando a filha casar.
Condição resolutiva- quando o elemento futuro e incerto acontecer, o negócio cessará, resolverá. Como doar para mim 500 reais enquanto eu estiver na faculdade. 
Termo- geralmente se refere ao prazo, com data de inicio e fim. 
Modo ou encargo- ônus que vem junto com o bônus, por exemplo a doação com o encargo de cuidar do doador até a sua morte. O descumprimento desse encargo, pode gerar o DESFAZIMENTO DO NEGÓCIO, e não invalidade/anulação.
·	OBSERVAÇÕES SOBRE A ESCALA DE PONTES DE MIRANDA: 
O plano de eficácia é a condição do negócio produzir efeitos, e esses efeitos podem ser imediatos ou podem estar subordinados a ocorrência de elementos adicionais. 
O silêncio não configura manifesta vontade. Só será, quando as circunstâncias, uso ou a própria lei autorizar. 
Vontade viciada por dolo, coação, causa um erro no negócio jurídico. 
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DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO 
Existem 7 tipos de defeitos do negócio jurídico: 
1.	Erro: a pessoa se engana sozinha; ANULAÇÃO
2.	Dolo: há um artifício malicioso no negócio; ANULAÇÃO
3.	Coação: existem algum tipo de pressão para que ocorra o negócio jurídico; ANULAÇÃO
4.	Lesão: há um juízo resultante da enorme desproporção entre as prestações de um contrato, pela grande necessidade ou inexperiência de uma das partes; ANULAÇÃO
5.	Estado de perigo: uma das partes conhece a situação de perigo da outra parte (elemento subjetivo) e se aproveita gerando uma onerosidade excessiva (elemento objetivo), como um médio que no avião fala que só vai ajudar a pessoa que está engasgando se ela pagar MUITO caro; ANULAÇÃO
6.	Simulação: uma declaração enganosa da vontade, que visa aparentar um negócio diverso do que é desejado de fato; Esse defeito irá gerar a É O ÚNICO DEFEITO QUE CAUSA NULIDADE do negócio jurídico. Exemplo: laranjas, colocar na escritura pública valor maior do que a realidade... 
7.	Fraude contra credores: devedor desfalca o seu patrimônio, até se tornar insolvente, para prejudicar os seus credores; Esse defeito gerará a ANULAÇÃO, através da Ação Pauliana.
·	DIFERENÇA ENTRE ANULAÇÃO E NULIDADE:
Nulidade- não convalesce com o decurso do tempo, ou seja, não convalesce diante da prescrição ou decadência, e nem o juiz, partes podem suprir essa nulidade. Devem ser pronunciadas de ofício (pelo juiz), podendo ser alegada por qualquer interessado ou pelo MP. 
Exemplos: menoridade, má-fé iniquidade, simulação e etc.
Anulabilidade- convalesce com o decurso do tempo, pois a anulabilidade só poderá ser pleiteada no prazo decadencial de 4 anos, contado: 
a) no caso de coação, do dia em que for cessada;
b) no caso de dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico; 
c) no caso de incapazes, do dia que cessar a incapacidade; 
Porém, quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem determinar o prazo para a anulação, o tempo decadencial será de 2 anos. 
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PRESCRIÇÃO X DECADÊNCIA 
·	Na prescrição:
 JÁ existe um direito e houve uma violação deste direito, e por isso, nascerá uma PRETENSÃO de: cobrança; ressarcimento; indenização ou responsabilização. O prazo será de 10 anos, quando a lei não determinar um prazo menor (art. 205), mas poderá ser de 1 a 5 anos se estiver no artigo 206. 
Causas de suspensão da prescrição: ou seja, são causas que não permitem o inicio do prazo prescricional, como no caso dos alimentos, em que não cabe prescrição contra absolutamente incapaz, contra descendente, ascendete no poder familiar...
Causas de interrupção da prescrição: quando para de contar, volta, e começa de novo, a citação do processo, o reconhecimento do direito por parte do devedor... 
·	Na decadência: 
Na decadência OCORRE a prática de um ato, seja pela própria pessoa ou por terceiro. E através desse ato, nascerá um direito. Como pleitear o direito de preferência, que só se manifesta quando algo que eu tinha preferência é vendido para terceiro sem antes verificar comigo... 
Esse direito que nasceu, deverá ser exercido dentro do prazo do próprio dispositivo que declara a existência daquele direito. 
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PARTE ESPECIAL DE DIREITO CIVIL 
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CASAMENTO 
O casamento pode ser: 
1.	Puramente religioso
2.	Puramente civil que obedece as normas do direito civil
Para o casamento puramente civil, que é o que nos interessa, deve ser seguido 3 fases: 
A) Processo de habilitação (art. 1525, CC): é como se fosse a preparação para que ocorra o casamento, pois nele, além de ser firmado entre os nubentes ou procurador, e de necessitar da presença de duas testemunhas, irá exigir-se a apresentação de certidão de nascimento, autorização das pessoas responsáveis, se for o caso, declaração do estado civil, certidão de óbito do nubente/ certidão de divórcio, se for o caso, ou seja, são documentos que realmente irão verificar se a pessoa está habil para casar (capacidade das partes,ver se há causa de impedimento...). 
Feito o processo de habilitação, o oficial irá emitir uma certidão de habilitação com prazo de 90 dias, sendo que, dentro desse período, é necessário que haja a celebração do casamento. 
B) Celebração do casamento (art. 1531, CC): feita pelo juiz de paz, na presença dos nubentes, duas testemunhas e do juiz de paz. A partir dessa fase, o casamento já repercurte efeitos. 
Obs: se for no cartório, são duas testemunhas; se for fora do cartório, ou se uma das partes não puder/souber assinar, serão 4 testemunhas. 
Lembrando que poderá ocorrer a celebração fora do cartório se o lugar for passível de visibilidade pública (aberto para que vejam). 
C) Registro (art. 1536, CC): constarão os dados pessoais das partes, genitores, data da publicação e celebração do casamento e regime de bens do casamento. 
3. Casamento religioso com efeitos civis, ou seja, a celebração é religiosa. 
Neste caso, pode ter duas hipóteses: 
- com habilitação prévia, ou seja, já tem a certidão de habilitação, faz a celebração religiosagera efeitos(casar na igreja) e depois registra (registro deve ocorrer dentro do prazo de 90 dias da certidão de habilitação) --> (art. 1515, CC);
- com habilitação posterior, então primeiro ocorre a celebração religiosa, e depois solicita a habilitação e o registro. Os efeitos desse casamento é retroativo, ou seja, quando fizerem o registro, a validade/efeitos do casamento retroagirão desde o dia da celebração religiosa (que ocorreu primeiro). --> (art. 1516, CC); 
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CAPACIDADE PARA O CASAMENTO - art. 1517, CC. 
Somente A PARTIR DOS 16 ANOS.
Obs: dos 16 aos 18 anos é necessário a autorização dos pais para poder casar, essa autorização decorre do poder dos pais, e será juntada no processo de habilitação. Podendo ser retirada/retificada até a celebração do casamento. 
Se os pais divergirem quanto a autorização de casar ou não, poderão eles recorrer um suprimento judicial (leva pro juju decidir), e os efeitos desse suprimento judicial é determinar a SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DE BENS.
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IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS E CAUSAS SUSPENSIVAS DO CASAMENTO, Arts. 1521 e 1523, respectivamente. 
·	Impedimentos matrimoniais - NÃO PODEM CASAR 
É uma proibição legal, portanto, se for descumprida, o casamento será NULO. Absolutamente nulo! 
Se dão em razão de:
a.	Parentesco: ascendentes com descendentes (seja parentesco natural ou civil/afins); em linha reta; parentesco por afinidade (que se estabelecem devido a relação entre os cônjuges, como a sogra/sogro); adotantes/adotados; irmãos;
b.	Vínculo: pessoas que já forem casadas; 
c.	Crime doloso contra a vida: o cônjuge sobrevivente não pode casar com aquele que praticou o crime doloso contra a vida de seu consorte; 
·	Causas suspensivas - NÃO DEVEM CASAR 
É uma recomendação legal, portanto, se for descumprida, o casamento é totalmente VÁLIDO. A única consequência é a imposição da SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DE BENS. 
a.	A viúva(o) que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer o inventário/partilha dos bens do casal aos herdeiros; 
b.	O divorciado, enquanto não houver sido homologado partilha dos bens do casal; (Se a pessoa se casar nessa situação de divórcio que ainda não foi homologado, deve provar o nascimento de filho ou a inexistência de gravidez);
c.	Tutores e curadores, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar essa responsabilização; 
Obs: se for provado perante ao juiz que não há prejuízo aos herdeiros, para o ex-cônjuge, ou para o tutelado/curatelado, é permitido aos nubentes solicitar o afastamento da causa suspensiva. 
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REGIME DE BENS 
Aqueles que não optarem pelo regime legal dispositivo (comunhão parcial), terá que fazer o pacto nupcial para estabelecer qual o regime desejado para os nubentes. 
OBS: o pacto antenupcial, não é obrigatório, porém quando feito, deve ser registrado no cartório de notas, na fase da habilitação do casamento. 
É dividido em duas subespécies: 
·	Regime legal 
a) Regime legal dispositivo (art. 1640, CC)- será sempre o de Comunhão Parcial de Bens, escolhido pelo Estado, quando os nubentes não optam por nenhum, ou quanto o pacto antenupcial é nulo. 
b) Regime legal obrigatório (art. 1641, CC)- será o de Separação Obrigatória de Bens, quando o Estado impõe aos nubentes. Que ocorre em 3 casos, sendo eles: a presença de condição suspensiva; maiores de 70 anos e todos que necessitarem de suprimento judicial para casar. Importante saber que, nesse regime é VEDADO a mudança de regime de bens. - Esse regime precisa da autorização pra alienar bens. 
Súmula 377, STF. Comunicam-se os bens adquiridos durante o casamento de SOB de forma onerosa, desde que haja prova do esforço comum (interpretação extensiva da jurisprudência). 
·	Regime convencional - convencionado pelos nubentes 
a) Comunhão universal de bens; (vide art. 1668, CC - exceções)
b) Comunhão parcial de bens; 
c) Separação absoluta de bens ou separação convencional de bens- (essa é a separação de fato, pois o que é meu é meu! Não se mistura); *a sum. 377 só vale para SOB* - Nessa separação absoluta, É A ÚNICA QUE NÃO PRECISA DE AUTORIZAÇÃO PARA ALIENAÇÃO DE BENS.
d) Regime da comunhão final nos aquestos: é como um regime híbrido, ele funciona como o regime da separação de bens enquanto durar a convivência e funciona como o regime da comunhão parcial quando houver a dissolução da convivência.
Observação importante, art. 977, CC: os nubentes que casam em regime de CUB ou SOB não podem ser sócios da mesma sociedade. Ou seja, apenas poderão criar sociedade, se alterarem o regime de bens (art 1639, prg 2º), e essa mutabilidade exige, como requisitos que haja uma ação judicial movida por ambos os cônjuges, mediante justificativa e ressalvado o direito de terceiros.

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