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Comunicação de notícias difíceis

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Comunica o de 
not cias dif ceis 
Dra. Thamara 
 
 
NOTÍCIAS DIFÍCEIS 
Situações onde há um sentimento de 
desesperança, uma ameaça ao bem-
estar físico ou mental de uma pessoa, 
um risco de perturbar um estilo de vida 
já estabelecido, ou quando uma 
mensagem transmitida a um indivíduo 
limita suas escolhas na vida. 
Qualquer notícia que altera 
drasticamente e negativamente a 
visão do paciente sobre seu futuro. 
Dependerá de sua perspectiva de 
futuro, sendo esta única, individual e 
influenciada pelo contexto psicossocial 
da pessoa. 
A notícia é ruim ou difícil na medida 
em que resulta em um impacto 
cognitivo, comportamental ou 
emocional na pessoa que recebe a 
notícia e que persiste por algum tempo 
depois de a receber. 
 
Relevância do tema 
➔ Menos de 25% das publicações sobre 
notícias difíceis estão baseadas em 
estudos com dados originais, e esses 
estudos geralmente têm limitações 
metodológicas; 
➔ 50 a 90% dos pacientes desejavam 
que fosse revelada a informação 
completa no caso de doença terminal; 
➔ Apesar dos avanços tecnológicos, a 
comunicação continua sendo a 
ferramenta primária e indispensável 
com a qual médico e paciente trocam 
informações; 
➔ Quem recebe a notícia ruim 
dificilmente esquece onde, como e 
quando ela foi comunicada. 
 
DIFICULDADES 
→ Preocupações de como vai afetar paciente e 
família. 
 Uso de Eufemismos 
 Desconsiderar as preferências 
do paciente 
→ Medos dos próprios médicos 
Causar dor ao paciente 
Sentir incômodo no momento de 
comunicar 
Ser culpado pelo paciente ou família 
(culpar o mensageiro) 
Falha terapêutica / Problema judicial 
Do desconhecido 
De dizer “não sei” 
De expressar emoções 
Da própria morte 
 
Fatores mais importantes para os pacientes 
 Competência 
 Honestidade 
 Atenção 
 Tempo para permitir perguntas 
 Diagnóstico direto e compreensível 
 Uso de linguajar claro 
 Conhecer bem o médico 
 Uso do toque do médico (ex: 
segurar a mão) 
 Preocupação maior com 
prognóstico e tto que diagnóstico 
 
 
 
Modelo paternalista x ênfase na autonomia 
Revelação completa 
Permite aos pacientes tomada de decisão 
baseadas em melhores informações, 
consistentes com seus objetivos e valores 
Manutenção da confiança do paciente na 
equipe que o está cuidando 
 
O que poderia ter sido feito diferente? 
 AMBIENTE 
 MENSAGEM 
 PÓS-NOTÍCIA 
 
Como comunicar notícias difíceis? 
 Estabelecer uma relação médico, 
equipe de saúde e paciente adequada 
 Conhecer cuidadosamente a história 
médica 
 Ver o paciente como pessoa (Quais suas 
motivações? Seus medos? Projetos? 
Contexto pessoal?) 
 Preparar o ambiente 
 Organizar o Tempo 
 Reconhecer o que o paciente quer 
saber 
 Encorajar e validar emoções 
 Atenção e Cuidado com a família 
 Planejar o futuro e o seguimento 
 Trabalhar os próprios sentimentos 
 Marcar consultas de seguimento para 
tomada de decisão 
 
Aspectos específicos da comunicação 
 Expressão neutra 
 Informar de maneira clara e objetiva 
 Tom de voz suave, pausado e usar 
linguagem sincera 
 Checar a compreensão 
 Linguagem simples, sem muitos 
termos médicos 
 Menor quantidade de informações 
possível 
 Mesmo que a cura não seja realista, 
oferecer esperança e encorajamento 
 
Protocolo SPIKES 
 
Setting – preparação 
preparando-se para o encontro 
Providencie uma sala ou área com privacidade. 
Tenha lenços de papel disponíveis. 
Limite as interrupções e silencie o celular ou 
outros equipamentos eletrônicos. 
Deixe o paciente se vestir (se for após o exame). 
Mantenha contato com os olhos (adie o registro em 
prontuário). 
Inclua família ou amigos conforme o desejo do 
paciente. 
Exemplos: “Antes de revisarmos os resultados, há 
mais alguém que você gostaria de estar aqui?” 
 
Perception - Percepção/compreensão 
Percebendo o paciente 
Use perguntas abertas para determinar a 
compreensão do paciente. 
Corrija desinformação e mal-entendidos. 
Identifique pensamentos positivos, 
expectativas irrealistas e negação. 
Exemplos: "Quando você sentiu o caroço no 
peito, qual foi o seu primeiro pensamento?" 
“Qual é a sua compreensão dos resultados do 
seu teste até agora?” 
 
Invitation - convite 
Convidando para o diálogo 
Determine quantas informações e detalhes o 
paciente deseja. 
Peça permissão para dar resultados para que 
o paciente possa controlar a conversa. 
Se o paciente recusar, ofereça-se para 
encontrá-lo novamente no futuro, quando ele 
ou ela estiver pronto (ou quando a família 
estiver disponível) 
Exemplos: "Tudo bem se eu lhe der os 
resultados do teste agora?" “Você quer saber 
todos os detalhes ou prefere que eu foque no 
resultado mais importante?” 
 
Knowledge - Conhecimento 
Transmitindo as informações 
Resuma brevemente os eventos que levaram 
a este ponto. 
Forneça uma introdução ao assunto para 
ajudar a diminuir o choque e facilitar a 
compreensão, embora alguns estudos 
sugiram que nem todos os pacientes preferem 
receber um aviso. 
Adeque os termos a serem utilizados e evite 
jargões. 
Pare frequentemente para confirmar o 
entendimento. 
Exemplos: “Antes de chegar aos resultados, 
gostaria de resumir para que todos estejamos 
no mesmo ponto.” 
 
Emotions - emoções 
Expressando emoções 
Pare e aborde as emoções conforme elas 
surgem. 
Use declarações empáticas para reconhecer a 
emoção do paciente. 
Valide as respostas para ajudar o paciente a 
perceber que seus sentimentos são 
importantes. 
Faça perguntas exploratórias para ajudar a 
entender quando as emoções não estão claras. 
Exemplos: "Posso ver que esta não é a notícia 
que você esperava." "Você poderia me dizer 
mais sobre o que o preocupa?" 
 
STRATEGY & SUMMARY 
ESTRATÉGIA E RESUMO 
Resumindo e organizando estratégias 
Resuma as notícias para facilitar a 
compreensão. 
Defina um plano de acompanhamento 
(encaminhamentos, exames adicionais, opções 
de tratamento). 
Ofereça um meio de contato se surgirem 
dúvidas adicionais. 
Evite dizer: “Não há mais nada que possamos 
fazer por você”. Mesmo se o prognóstico for 
ruim, determine e apoie os objetivos do 
paciente (por exemplo, controle dos sintomas, 
apoio social). 
 
BREAKS 
 
A habilidade e comunicação que deve ser 
aprendida e usada como qualquer outra, por 
todos os médicos para que no momento da 
comunicação não ocorra um mal 
entendimento da situação, um adiamento do 
diagnóstico e ate uma quebra de vínculo entre 
paciente e médico. Temos que superar nossas 
limitações como médicos, a fim de oferecer 
apoio ao paciente.

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