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A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS DE FADA NA EDUCAÇÃO - Os impactos positivos dos contos de fada para crianças

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A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS DE FADA NA EDUCAÇÃO: 
Os impactos positivos dos contos de fada para crianças. 
 
NASCIMENTO, Damária Santos de Carvalho 
NASCIMENTO, Walingthon Ferreira 
 
 
RESUMO 
 
O presente estudo tem como objetivo discutir a importância dos contos de fadas na educação, 
considerando seu valor educativo na construção da personalidade da criança. Em geral, 
buscaremos a resposta para a pergunta: a importância dos contos de fada na educação e seus 
impactos na criança? Este artigo é um estudo baseado em autores de referências sobre o tema. 
Com o presente estudo podemos constatar a grande eficácia dos contos de fadas na educação e a 
sua relevância na construção dos aspectos afetivos, cognitivo, psíquico e social. Os contos de 
fadas são histórias essenciais para a infância, essas histórias são mais do que apenas felizes para 
sempre, elas retratam verdadeiras lições morais por meio de personagens e virtudes mostradas 
nas histórias. Eles não apenas cativam a imaginação das mentes jovens, mas também aumentam 
sua criatividade e habilidades de raciocínio. Uma criança aprende muito simplesmente ouvindo 
essas histórias. Também cria um vínculo especial entre pais e filhos, quando os pais leem histórias 
para os filhos. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Contos de fada. Literatura Infantil. Ludicidade.
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Os contos de fadas podem levar as crianças ao mundo da fantasia, mas à 
medida que crescem, as verdades morais dessas histórias permanecem em seus 
corações e mentes. Nem todos os pais acreditam na importância dos contos de 
fadas para as crianças. Mas estudos mostram que os contos de fadas trazem 
resultados positivos significativos no desenvolvimento da mente jovem. Os contos 
de fadas também são divertidos e podem trazer muitos benefícios para seus filhos. 
O objetivo deste estudo foi analisar a importância dos contos de fada na 
educação e os impactos positivos para a crianças. Para isso utilizamo-nos de 
autores como: Bettelheim (1980); Bettelheim (2008); VIGOTSKI (2009), dentre 
outros estudiosos da temática. 
 A metodologia utilizada é de abordagem qualitativa apoiado em 
fundamentos da pesquisa bibliográfica. Este tipo de abordagem permite uma 
“ampla liberdade teórico-metodológica para realizar seu estudo”. (TRIVINOS, 
1987, p.133). Em função de uma melhor produção científica e em atenção ao 
objetivo proposto, fez-se a seguinte pergunta problema: Qual a importância dos 
contos de fada na educação e seus impactos na criança? 
As crianças aprendem com os personagens das histórias e isso as ajuda a 
conectar a situação com suas próprias vidas. As histórias mostram às crianças 
como ter uma visão positiva em meio a quaisquer ansiedades, batalhas e 
problemas da vida. Também lhes ensina habilidades de pensamento crítico. 
De acordo com Bettelheim (1980), os contos de fadas são importantes para 
o conhecimento do ser humano, no cotidiano de todos, pois passamos por 
problemas interiores e muita das vezes os contos de fadas alcança a solução das 
dificuldades que enfrentamos seja nós adultos ou crianças. 
 O mundo hoje pode ser visto como um lugar assustador. Muitas famílias e, 
mais especificamente, crianças podem passar por tremendo estresse. Nessa 
situação, as crianças precisam estar cientes de que coisas ruins acontecem a 
todos. Os contos de fadas podem ajudá-los a desenvolver resiliência emocional, 
ajudando-os a conectar as histórias a questões da vida real, onde na maioria das 
vezes o herói triunfa. 
 
 
 
 
Bettelheim (1980) afirma ainda que o conto de fadas diverte a criança e ao 
mesmo tempo favorece no desenvolvimento da sua personalidade. Essas histórias 
mostram a eles que todos nós passamos por desafios da vida e que eles devem 
estar sempre preparados e acreditar que podem ter sucesso na vida. Ler contos 
de fadas para crianças ou contar histórias não é apenas uma base para o 
desenvolvimento da alfabetização, mas também dá ênfase a vários valores e 
comportamentos transculturais. 
Os contos de fadas são ótimas ferramentas para soltar imaginação e 
ensinar as crianças sobre o desenvolvimento de histórias, resolução de conflitos, o 
desenvolvimento de personagens, heróis e vilões e simplesmente ampliar sua 
imaginação. Além disso, ajuda a diferenciar histórias de ficção de não-ficção. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
 
Após muitos séculos de existência e acúmulo de inúmeras conotações, um 
conto de fadas foi inventado na literatura infantil durante o século 18. A maioria 
dos contos de fadas tem significados mais amplos e profundos para que as 
crianças da pré-escola e do ensino fundamental possam entender. 
O autor Bruno Bettelheim comenta sobre a evolução dos contos; 
Através dos séculos (quando não milênios) durante os quais os contos de 
fadas, sendo recontados, foram se tornando cada vez mais refinados, e 
passaram a transmitir ao mesmo tempo significados, manifestos e 
encobertos – passaram a falar simultaneamente a todos os níveis da 
personalidade humana, comunicando de uma maneira que atinge a 
mente ingênua da criança tanto quanto do adulto sofisticado. 
(BETTELHEIM, 1980, p.14) 
 
Embora muitas vezes esquecidos, os contos devem ser considerados 
atemporais. Tanto pais, como professores, devem pesquisar maneiras de 
apresentar esse gênero às crianças, possibilitando que elas apreciem as histórias 
de suas famílias, de seus pais, avós e assim por diante mantiveram como parte da 
tradição de contar histórias de nossas culturas. Uma metodologia eficaz para atrair 
a atenção e o interesse dos pequenos é a expressão com que contamos essas 
histórias. “Quanto mais depurada a expressão, quanto mais simples e bela a 
 
 
 
 
entonação da linguagem, mais a criança apreciará a leitura, para qual se sentirá 
mais atraída”. (SOSA, 1978, p. 39 apud PAIVA e OLIVEIRA, 2010, p. 26). 
Um conto de fadas é um tipo representativo de literatura oral, portanto, 
passou pela adaptação por escrito. Transmitido infinitamente ao longo do tempo, 
de gerações a gerações, de pais ou avós a seus filhos, os contos de fadas 
pertencem assim, às tradições orais dentro de uma certa cultura ou civilização. 
Uma das características de identificação mais importantes dos contos de 
fadas são suas origens culturais, onde antigas tradições, mitos e folclore estão 
embutidos, misturando-se na história de povos e países, fantasia e realidade. 
Contos de fadas são percepções imaginativas sobre os domínios mais genuínos 
da experiência humana. Esses contos ilustram as ideias dos autores sobre o que é 
certo e errado, sobre justiça e injustiça, sobre amor, amizade, traição e ódio, 
dirige-se a um vasto público de adultos e crianças. 
Albert Einstein defendeu que: “Se você quer que seus filhos sejam 
inteligentes, leia contos de fadas para eles. Se você quiser que eles sejam mais 
inteligentes, leia mais contos de fadas.” Esses livros auxiliam a percepção 
sensorial das crianças. Outro dos muitos benefícios dos contos de fadas é que 
desenvolvem o bem-estar emocional das crianças, ensinando-lhes sobre moral em 
um contexto que possam compreender e facilmente se identificar, a importância 
de ser gentil e ter amigos para pedir ajuda a fim de superar a vida. Muitas 
dificuldades, bem como a necessidade fundamental de ser resiliente e lutar pelas 
coisas importantes da vida. Segundo CAVALCANTI, 2002, P.43: 
 
A criança “iniciada” no mundo da leitura pelo viés do conto de fadas tem 
grande possibilidade de tornar-se alguém com capacidade criativa e 
sensibilidade para o estético, portanto de se acolher dentro das 
diversidades e antagonismos que refletem o modus vivendi do sujeito 
humano. 
 
Cavalcanti ainda complementa afirmando que: 
 
É preciso realçar que as narrativas dos contos de fadas remontam aos 
primórdios da humanidade e que narram mais do que histórias fabulosas 
porque falam do destino humano e da luta anterior entre pulsão de vida 
representada pelos sentimentos positivose a pulsão de morte 
significando os aspectos negativos da personalidade do homem. 
(CAVALCANTI, 2002, P.43). 
 
 
 
 
 
As crianças respondem bem à superfície do conto de fadas, enquanto para 
os adultos a denotação de um conto de fadas é infantil. Assim, na idade adulta, ou 
seja, quando estamos prontos para compreender as camadas internas, raramente 
voltamos aos contos de fadas. 
Um conto de fadas é um discurso narrativo em camadas que se estabilizou 
durante séculos, mostrando várias faces para leitores individuais, mas também 
para tempos e épocas. Cunha (1991) afirma que a história da Literatura Infantil 
tem poucos capítulos, tendo início no século XVIII, quando a criança passou a ser 
considerado um ser diferente do adulto, com necessidades e características 
próprias, sendo distanciada da vida dos mais velhos e passando a receber uma 
educação especial, que a preparasse para a vida adulta. 
Os contos de fadas registraram períodos de popularidade, mas também 
existiu as fases em que foram rejeitados. A proibição dos contos de fadas ocorreu 
na era da contra-revolução no século XVII. Ao final da mesma época, um conto de 
fadas foi considerado um refresco literário ao perceber a distância em um 
horizonte ligeiramente petrificado das expectativas do público dessa época, 
público fiel ao culto ao heroísmo e ao trágico clássico. 
Os períodos de pré-romantismo e romantismo popularizaram o conto de 
fadas. Contos de fadas de várias nações foram coletados, e as classes sociais 
mais altas ficaram fascinadas por eles. Os contos de fadas também tiveram fases 
na história moderna, nas quais não tiveram nenhum valor literário e educacional. 
De acordo com Schneider e Torossian (2009), os contos de fadas fazem 
parte de uma modalidade literária que tem origem celta, criados por volta do 
século II a.C, no qual as mulheres mais velhas contavam as suas histórias, essas 
histórias caracterizavam por uma simbologia especial na educação das crianças. 
“Os contos de fadas possuem “[...] comprovada influência e relevância para 
o público infantil.” (Schneider e Torossian, 2009, p. 133). 
Os contos de fada devem ser lidos criticamente pelas crianças e jovens 
durante a educação. Somente assim, os jovens leitores entenderão muitos valores 
negativos que a sociedade replica por meio desta história. Mas é realista supor 
que o conto de fadas não foi mantido ao longo da história apenas para estabelecer 
as atitudes da moralidade patriarcal. 
 
 
 
 
A literatura infantil ajuda uma criança pequena entender o que é ser 
humano e ajuda ainda a entender o mundo ao seu redor. O gênero conto de fadas 
fornece importantes mensagens, embora existam alguns temas que não são 
realistas, o efeito geral é positivo e oferece elementos fundamentais para o 
desenvolvimento infantil. 
Com base nas leituras podemos constatar que os contos de fadas ensinam 
as crianças como lidar com conflitos humanos, desejos e relacionamentos de 
forma saudável, adquirindo essas habilidades podem, impactar a qualidade de 
vida, ou até mesmo influenciar seus valores e crenças no futuro. 
Neste sentido, Bruno Bettelheim (1980) diz: 
 
Os contos de fadas são terapêuticos porque o paciente encontra sua 
própria solução através da contemplação do que a história parece 
implicar acerca de seus conflitos internos neste momento da vida. O 
conto de fadas claramente não se refere ao mundo exterior, mas aos 
processos interiores que ocorrem num indivíduo (p. 123). 
 
Bettelheim (1980) esclarece, que o conto de fadas decorre de um modo o 
qual a criança pensa e experimenta o mundo e é por isso que ele é tão persuasivo 
para ela. Segundo o autor os contos de fadas geram alívio de pressões, de 
momentos difíceis e trazem o benefício de ajudar a resolver os problemas, como 
acontece nos contos de fadas que trazem ao seu final a expressão “Felizes para 
sempre”. 
Não somente ler a história é essencial, mas fazer a criança representar a 
história também é tão importante para o desenvolvimento da consciência e para o 
seu desenvolvimento moral. Por exemplo, a luta entre o bem e o mal é um tema 
frequente entre os contos de fadas de todo o mundo. Isso pode ser interpretado 
como conflito interno. Vários crianças e jovens podem sofrer de conflitos internos 
seja de intimidação, provocação, problemas em casa, etc. 
A contação de história trás muito sobre a forma lúdica de trabalhar e de 
acordo com Oxford dicionário Lúdico é relativo a jogo, a brinquedo. Que visa mais 
ao divertimento que a qualquer outro objetivo. O lúdico é tudo que permite a 
construção do conhecimento de uma forma mais livre e espontânea. O PCN 
(1998, p.54) destaca de que maneira o professor pode se posicionar em relação 
ao ensino de um novo idioma: 
 
 
 
 
Assim, é fundamental que desde o início da aprendizagem de Língua 
Estrangeira o professor desenvolva, com os alunos, um trabalho que lhes 
possibilite confiar na própria capacidade de aprender, em torno de temas 
de interesse e interagir de forma cooperativa com os colegas. As 
atividades em grupo podem contribuir significativamente no 
desenvolvimento desse trabalho, à medida que, com a mediação do 
professor, os alunos apreenderão compreender e respeitar atitudes, 
opiniões, conhecimentos e ritmos diferenciados de aprendizagem. 
 
O elemento lúdico agrega sentimentos de alegria, satisfação e entusiasmo, 
possibilitando ao mesmo tempo conhecimento e compreensão do mundo. 
Portanto, a ludicidade é de grande valor para o processo de aprendizagem, pois é 
rica em significado. 
Uma atividade lúdica envolve as crianças de uma forma que estimula sua 
imaginação e criatividade, permitindo a aprendizagem indireta, pois os alunos não 
estão focados na linguagem, mas utilizando dela. Uma atividade lúdica permite o 
uso criativo das crianças de recursos linguísticos, promove a aprendizagem 
indireta e aproveita ao máximo as necessidades das crianças para jogar e se 
divertir. Dá aos alunos oportunidades de praticar o idioma de uma forma mais 
relaxada e maneira divertida, permitindo o uso criativo de recursos linguísticos 
limitados pelas crianças. 
Se bem preparadas dentro do contexto que o professor quer trabalhar, 
estimularão a vontade do aluno e propiciarão a aprendizagem. De acordo com 
Harmer, “parece sensato sugerir que a motivação que os estudantes trazem para 
a sala é o único maior fator que afeta seu sucesso” (apud SILVERS, 2005, p.220), 
“mas se os estudantes não vierem com esta motivação, então é o trabalho do 
professor induzi-la”. (SILVERS, 2005, p.220). (Tradução nossa). 
As atividades lúdicas podem ser uma ferramenta poderosa neste sentido. 
Ao optar por realizar atividades lúdicas, o professor deve levar em conta o valor do 
seu objetivo pedagógico, por exemplo, no estímulo, interesse e motivação ou na 
promoção da aquisição de competências comunicativas. Tendo em mente que se 
divertir e brincar são instintos naturais para as crianças, o professor deve definir 
tarefas reais e interessantes que não sejam apenas exercícios de linguagem. As 
crianças aprendem melhor quando participam de atividades interessantes e 
divertidas. 
 
 
 
 
Uma ampla gama de atividades pode ser denominada lúdica. Ao configurar 
lúdico em sala de aula, o professor deve considerar os objetivos que deseja que 
os alunos alcançarem por meio da atividade. Luckesi (2000, p. 46) afirma que: 
 
As atividades lúdicas são aquelas que proporcionam experiências de 
plenitude, em que nos envolvemos por inteiro, as quais não se restringem 
ao jogo e à brincadeira, mas incluem atividades que possibilitam 
momentos de prazer, entrega e integração dos envolvidos. 
 
É necessário criar um explícito contexto de utilização da atividade lúdica 
que motiva e mantém os alunos interessados. Por outro lado, os alunos precisam 
entender o motivo e o propósito da atividade, para que eles percebam que estão 
aprendendo e também brincando quandose envolvem em atividades que são 
divertidas e que envolvem ler, escrever, ouvir e falar. Para Luckesi (2014, p. 18): 
 
A ludicidade é um estado interno, que pode advir das mais simples às 
mais complexas atividades e experiências humanas. Não 
necessariamente a ludicidade provém do entretenimento ou das 
“brincadeiras”. Pode advir de qualquer atividade que faça os nossos 
olhos brilharem. 
 
No entanto, para Luckesi (2014), a proposição de uma atividade lúdica pode 
ter efeitos positivos ou não, pois depende dos estados emocionais dos envolvidos 
e as circunstâncias nas quais ela é desenvolvida. A atividade lúdica perde o seu 
significado à medida que se torna chata e incômoda. Nesse sentido é fundamental 
trabalhar os contos na forma de dramatizações, pois, ela aumenta a imaginação, a 
fantasia das crianças, habilidades colaborativas e de interação, captam sua 
atenção e interesse. Eles envolver os alunos no "aprender fazendo", uma vez que 
os alunos podem associar gestos. 
Para Rabello (2013), as atividades lúdicas proporcionam o desenvolvimento 
de diversas habilidades entre os alunos como: a dissolução de conflitos, melhora 
da interação entre alunos e professores, expressão de ideias, revelação de 
medos, angústias e frustrações e para o compartilhamento de experiências 
vividas. O lúdico em sala de aula também é um elemento que contribui para a 
difusão da cultura. Segundo Rabello (2013, p. 104): 
 
 
 
 
 
As atividades lúdicas podem contribuir para o professor no processo vital 
de humanização e inserção na vida como ser cultural, o que pode ajudar 
na instauração de um processo educacional mais sensível, prazeroso, 
motivante, alegre e significativo. 
 
Assim, os jogos, por serem atividades lúdicas, ganham cada vez mais 
espaço como uma importante ferramenta pedagógica dentro de sala de aula, pois 
é durante a brincadeira que ocorre negociações significativas de sentido, estimula 
a criatividade, o interesse do aluno em qualquer idade, aumenta sua 
autoconfiança e suas habilidades cognitivas e sociais 
 
CONCLUSÃO 
 
Com o presente estudo podemos constatar mediante os autores que os 
contos de fadas têm uma relevância a formação integral das crianças, os autores 
estudados mostram ainda que há um impacto significativo das mensagens que os 
contos transmitem das mais variadas formas, principalmente na luta contra as 
dificuldades cotidianas, muitas vezes de contextos inevitáveis. O uso dos contos 
de fadas inserido na didática escolar, parece oferecer um suporte afetivo e 
emocional para o desenvolvimento das crianças. Ocorre uma identificação com os 
personagens, quando estes possuem um final positivo, com os dados podemos 
constatar que os contos de fadas não ajudam apenas no desenvolvimento infantil, 
mas também oferecem uma rica fonte de material para extrair de forma 
terapêutica. Isso fornece uma ótima maneira de acessar a imaginação das 
crianças explorando memórias de contos de fadas e usá-las para lidar com 
situações dolorosas ou questões inquietantes de uma maneira lúdica e não 
ameaçadora. 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
BETTELHEIM, Bruno. A Psicanálise dos Contos de Fadas. Rio de Janeiro, Paz 
e Terra, 1980. 
 
CAVALCANTI, Joana. Caminhos da literatura infantil e juvenil: dinâmicas e 
vivencias na ação pedagógica. São Paulo: Paulus,2002. 
 
 
 
 
 
CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura infantil: Teoria & Prática. São 
Paulo, S.P.: Ática, 1991. 
 
LUCKESI, C. Brincar e seriedade. Luckesi - ludicidade, atividades lúdicas, 2014. 
Disponível em: http://luckesi002.blogspot.com/search?q=11+-
+Brincar+e+seriedade Acesso em: 15 de março de 2021. 
 
PAIVA, S. C. F.; OLIVEIRA, A. A. A literatura infantil no processo de formação do 
leitor. Cadernos da Pedagogia, São Carlos, Ano 4 v. 4 n. 7, p. 22 – 36, jan – jun. 
2010. 
 
RABELLO, R. S. Cada um sabe a dor e delícia de ser o que é: Arte e 
ludicidade na formação do professor. In: D’ÁVILA, C. M. (org.). Ser professor 
na contemporaneidade: desafios, ludicidade e protagonismo. 2 ed. Curitiba: 
Editora CRV, 2013. 
 
SCHNEIDER, Raquel E. F.; TOROSSIAN, Sandra D. Contos de fadas: de sua 
origem à clínica contemporânea. Psicologia em Revista, Belo Horizonte, v. 15, 
n. 2, p. 132-148, ago. 2009. Disponível em < 
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/per/v15n2/v15n2a09.pdf>. Acesso em: 29 set. 2021, 
09:01:00 
 
SILVERS, Stephen M.G. Materials design for teaching English at the Junior 
High Level. In: Linguagem & Ensino, Vol. 8, No. 1, 2005. p. 215-253. 
 
TRIVINOS, A. N. S., 1928. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a 
pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987. 
 
VIGOTSKI, L. S., 1986 – 1934. Imaginação e criação na infância: ensaio 
psicológico: livro para professores. São Paulo: Ática, 2009. 
 
 
http://luckesi002.blogspot.com/search?q=11+-+Brincar+e+seriedade
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http://pepsic.bvsalud.org/pdf/per/v15n2/v15n2a09.pdf

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