Buscar

CETAM relatorio da MAt

Prévia do material em texto

CETAM
CENTRO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO AMAZONAS
ESCOLA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL
ENFERMEIRA SANITARISTA FRANCISCA SAAVEDRA
		
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO PARA CONCLUSÃO DO CURSO TÉCNICO
MÔNICA SILVA DE SOUZA
Manaus
2020
INSTITUIÇÃO DE SAÚDE ONDE FOI REALIZADO O ESTÁGIO:
 Maternidade Azilda da Silva Marreiro; 
ENDEREÇO: Av. Samaúma, 630 - Cidade Nova, Manaus - AM, 69093-000
PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 03/08/2020 a 31/08/2020
 (
Relatório apresentado à
 
Prof.
(a) 
Cleucilis
 Viana 
Maragarido
, como requisito parcial para aprovação no componente curricular
 II
 no Estágio Supervisionado do Curso Técnico de Nível Médio em Enfermagem.
)
Considerações do(a) Preceptor(a) / Supervisor (a) do Estágio: ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________
Assinatura
SUMÁRIO
	1.
	INTRODUÇÃ
	3
	
	2.
	Depressão Pós Parto
	5
	2.1.
	Definição
	 5
	2.1.2
	Fatores de Risco
	6
	2.1.3
	Sinais e Sintomas
	6
	2.1.4
	Tratamento
	6
	2.1.5
	Cuidados de Enfermagem
	7
	3.
	CONCLUSÃO
	8
	
	REFERÊNCIAS
	8
1. INTRODUÇÃO
O presente Relatório apresenta a seguir o desenvolvimento de atividades vivenciadas durante a prática de Estágio Supervisionado II das disciplinas: Pediatria, Neonato e Obstetrícia. Assim como algumas patologias mais presentes e frequentes na instituição hospitalar, que foram presenciadas no período de estágios.
Os estagiários tiveram como critério fornecer oportunidade de vivencias de forma prática, todos os procedimentos aprendidos ao decorrer das aulas fazem uma junção das práticas e teorias.
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a saúde e um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não uma mera ausência de enfermidade. Nesse sentido, observam-se as profundas mudanças ocorridas no campo de enfermagem e seu papel de importância no processo saúde-doença, com o objetivo de conduzir o progresso do paciente em direção ao alcance de resultados positivos. 
Foram realizadas Palestras durante o Estágio para propiciar a promoção e prevenção da saúde, usando tecnologias leves como cartazes, músicas e os estagiários técnicos CETAM com apoio técnico- cientifico das preceptoras, seguindo todas as normas da instituição. 
O estagio supervisionado tem por princípios a formação profissional e pessoal, devendo ser desenvolvido para oportunizar mais um espaço de aproximação e integração do aluno técnico em enfermagem com a realidade dos profissionais da saúde. 
A enfermagem na assistência à mulher em unidades hospitalares, inclui aspectos clínicos e cirúrgicos ginecológicos, obstétrico e assistência de enfermagem no acolhimento, pré, no intra e pós- parto. Assistência da enfermagem voltada aos cuidados com a criança e o recém nascido tem em foco as políticas de atenção voltada a esse publico como A NBCAL- Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças, iniciativa HIAC, Lei 11.108, Puericultura e AIDIP. A primeira pesquisa solicitada pela preceptora Cleucilis V. Margarido tem como tema a depressão pós- parto. 
1. DEPRESSÃO PÓS- PARTO
2.1 Definição
A depressão pós-parto (DPP) é definida como um episódio de depressão maior que pode ocorrer nas primeiras semanas após o parto (BOTH et al., 2016). Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), sua prevalência varia de 5% a 9%, mas como muitos casos não são detectados e, consequentemente, não tratados, esses índices podem ser de 10% a 25%. (BRASIL, 2013). Para Hartmann, Mendonza-Sassi e Cesar (2017), a DPP é uma doença de forte impacto social em todo o mundo, sendo uma enfermidade cujo tratamento inadequado pode ocasionar incapacidade à mulher.
A DPP não afeta apenas a puérpera, mas todos em sua volta, pode ser caracterizada como um transtorno no desempenho físico, comportamental, cognitivo e emocional, podendo ter inicio até 12 meses após o parto (ARRAIS; FRAGALLE; MOURÃO, 2014).
2.2 Fatores de risco
Diversos fatores de risco associados, dentre os quais alguns se destacam, tais como: histórico de algum transtorno psíquico, ter menos de 16 anos, baixa autoestima, solidão, gravidez não planejada, menor escolaridade, não estar casada em regime legal (solteira ou divorciada), abortamento espontâneo ou de repetição, desemprego da puérpera ou do companheiro, situações estressantes nos últimos 12 meses, ausência ou pouco amparo social, bebê do sexo oposto ao esperado, relacionamento insatisfatório (ALFAIA; MAGALHÃES; RODRIGUES 2016), a gravidez, parto (parto traumático, prematuro e histórico de aborto) e estresse (desemprego ou mortes), e por ultimo a vida socioeconômica. Podendo observar se há histórico de depressão na família, e se mesma já apresentou algum episódio (ARRAIS; FRAGALLE; MOURÃO, 2014). 
Outros preditores são distúrbio do sono, episódios depressivos prévios, neuroticismo, necessidade de suporte social, medo do nascimento, gravidez não planejada, estado civil solteiro, multiparidade, além de maior carga horária de trabalho do companheiro, trabalho do marido no setor privado, baixo nível de intimidade e similaridade com o parceiro, além de desapontamento com o mesmo.(Santos et.al, 2018).
2.3 Sinais e Sintomas
Os principais sinais e sintomas da DPP são semelhantes aos de outras formas de depressão: humor depressivo associado a desânimo persistente, ausência de prazer ao realizar atividades que antes eram apreciadas, irritabilidade, perda de apetite, distúrbios do sono, cansaço, sentimento de culpa e perda da libido (HOLLIST et.al, 2016). Normalmente, a paciente também expressa sensação de inadequação, de inabilidade ou desinteresse para cuidar do bebê, podendo apresentar, ainda, crises de choro, retraimento social, episódios de pânico, diminuição do nível de funcionamento mental e presença de ideias obsessivas (MARCONI; ETAPECHUSK; CAMPOS, 2018). 
Os autores ALFAIA; MAGALHÃES E RODRIGUES; 2016 relatam que os sintomas usualmente observados são: ansiedade, idéias de morte e suicídio, sentimento de culpa, diminuição do humor, diminuição ou perda do prazer, menor desempenho, distúrbio do sono(ALFAIA; MAGALHÃES; RODRIGUES 2016).
2.4 Tratamento
O tratamento da depressão pós-parto geralmente é estabelecido conforme a gravidade do quadro depressivo apresentado. Esse tratamento é baseado no mesmo instituído para a depressão que não está relacionada com o pós-parto, podendo ser utilizada a psicoterapia e/ou a farmacoterapia e, em caso de suicídio ou infanticídio, a eletroconvulsoterapia (TOLENTINO et.al, 2018).
Segundo SERATINI e INVERSÃO (2019) reafirmam que em relação ao tratamento devesse ter preferência pela remissão completa do sintomas e não forca apenas na melhora do quadro,dado que a permanência de sinais subsindrômicos agrava a evolução da doença e pode comprometer a qualidade de vida das pacientes, predispondo-as a um risco maior de reincidência OLIVEIRA, QUIRINO E RODRIGUES (2012). 
A ausência de tratamento ou o tratamento inadequado para a depressão pósparto pode resultar em consequências graves e, até mesmo, irreversíveis como suicídio, infanticídio, morte súbita da criança, maus tratos, desenvolvimento deficiente das funções de linguagem, motoras e cognitivas do bebê e sequelas como distúrbios psicossociais quando da vida adulta (CORREA e SERRALHA, 2015).
Atualmente há instrumentos que possibilitam o rastreamento da depressão de forma eficaz e prática, como a Escala de Depressão de Edimburgo e de Humor Brasileira (ANDRADE et .al, 2017). Tais atitudes podem fortalecer a importância e necessidade de cuidados com a saúde mental da mulher no período gestacional e puerperal, pois são períodos de vulnerabilidade e transformação (ANDRADE et. al, 2017).
2.5 Cuidados de Enfermagem 
A enfermagem tem papel de grande importância no manejo da depressão pós- parto, seu trabalho inicia-se ainda noperíodo pré-natal, ajudando no estabelecimento de vínculo e verificação de fatores de risco para sua ocorrência. Os cuidados incluem ainda, inclusão da família, ajuda para a amamentação e aplicação de questionários que permitem a detecção da doença, além do aconselhamento para a procura do tratamento ideal de acordo com a sua necessidade individual (TOLENTINO et.al, 2018).
Ressalta-se que é imprescindível que a avaliação do risco seja permanente, uma vez que uma gestante de baixo risco pode tornar-se de alto risco (ALMEIDA & SILVA, 2008). REIS et.al (2018) pontuam que o papel da enfermegem em relação à depressão pós-parto é relevante não somente na prevenção e no diagnóstico, mas também no tratamento da doença e seus agravos, já que a DPP envolve todos à volta da puérpera, como seus familiares e o bebê.
1. CONCLUSÃO
A equipe de enfermagem faz- se relevante pois suas intervenções diárias na assistência e no cuidado humanizado ao paciente, torna suas avaliações, evoluções eficazes na observação de alterações comportamentais, que sugerem fatores de risco ao desenvolvimento ou diagnostico da Dpp.
Desse modo, destaca-se a importância do acompanhamento da mulher no pré- natal na assistência básica ate o pós- parto que a qualidade do atendimento de saúde é essencial para prevenir quadros depressivos e demais transtornos psicológicos.
1. REFERÊNCIAS
ARAÚJO, T. M; ARAÚJO, M. F. M; CAETANO, J. A. Comparação de escalas de avaliação de risco para úlcera por pressão em pacientes em estado crítico. Acta Paul Enferm. São Paulo, v. 24, n. 5, p. 695-700, 2011. Disponível em: . Acesso em 25/09/2021. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTOMATERAPIA – (SOBEST); ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM EM DERMATOLOGIA- (SOBENDE). Consenso NPUAP 2016- Classificação traduzida e adaptada para o Brasil das lesões por pressão. Adaptada culturalmente para o Brasil por CALIRI, M.H.L et al.; 2016. Disponível em: . Acesso em 25/09/2021.
Arrais, A. R., Mourão, M. A., & Fragalle, B. (2014). O pré-natal psicológico como programa de prevenção à depressão pós-parto. Saúde & Sociedade, 23, 251-264. Disponível em <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-12902014000100251&script=sci_abstract&tlng=pt >. Acesso 19 de ago de 2020 às 18:04min.
ANDRADE, M. et al. Tristeza materna em puérperas e fatores associados. Rev. Port. Enferm.Saúde Men., n. 18, p. 8-13, dez. 2017.Disponível: <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1647-21602017000300002&lng=pt&nrm=iso>. Acesso 19 de ago de 2020 às 18:15min.
ALFAIA, J.R.M., RODRIGUES, L.R., MAGALHÃES, M.M. Uso da escala de Edinburgh pelo enfermeiro na identificação da depressão Pós Parto: Revisão Integrativa da Literatura. Revista Ciência e Sociedade : vol. 1, n. 1, 2016. Disponível em < http://revistaadmmade.estacio.br/index.php/cienciaesociedade/article/view/2091 > .Acesso 19 de ago de 2020 às 18:30min
 BOTH, C. T. et al. Depressão pós-parto na produção cientifica da enfermagem Brasileira. Revista Espaço Ciência & Saúde, Cruz Alta, v. 4, p. 67-81, 2016. Disponível em:< file:///C:/Users/suporte/Desktop/documentos%20do%20Dsei/de.pdf>. Acesso em: 19 ago. 2020 às 19:00min
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Cadernos de Atenção Básica: Saúde Mental. 1. Ed., n. 34. Brasília: Editora MS, 2013. 176 p. Disponível em: . Acesso em: 19 ago. 2020 às 19;30min.
CORREA, P.; SERRALHA, A. Depressão Pós-Parto e figura materna: uma análise retrospectiva e contextual. Acta Colombiana de Psicologia, Bogotá, v. 18, n. 1, p. 113-123, jan./jun., 2015. Disponível em <http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0123-91552015000100011>. Acesso em: 19 de ago de 2020 às 20:18min
HARTMANN, J.M; MENDONZA-SASSI, R.A.; CESAR, J.A. et al. Depressão entre puérperas: prevalência e fatores associados. Cadernos de Saúde Pública,Rio de Janeiro, v. 19, n. 1, p. 51-60, out., 2017. Disponível em< https://www.scielo.br/pdf/csp/v33n9/1678-4464-csp-33-09-e00094016.pdf> . Acesso em: 19 de ago de 2020 às 20: 38min.
MARCONI, E.V.N.; ETAPECHUSK, J.; CAMPOS, L.C.A. Transtornos mentais, de personalidade e clínicos - uma breve discussão teórica. Psicologia PT, São Paulo, SP, v.1, n.1, p.1- 13, mar./abr., 2018. Disponível em < https://www.google.com/search?rlz=1C1CHZL_pt-BRBR752BR752&biw=1280&bih=659&sxsrf=ALeKk030SmE3wdMhLiWY68Yssf4KexOjBQ%3A159788626>. Acesso 19 de ago de 2020 às 21:00hr.
OLIVEIRA, J. F. B.; QUIRINO, G. S.; RODRIGUES, D. P. Percepção das puérperas quanto aos cuidados prestados pela equipe de saúde no puerpério. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, Fortaleza, v. 13, n. 1, p. 74-84, 2012. Disponível em:< http://periodicos.ufc.br/rene/article/view/3772> . Acesso em: 19 de ago. de 2020 às 21:20min.
SANTOS, A. C. O. et al. Depressão pós-parto: um olhar criterioso da equipe de enfermagem. Ciências Biológicas e de Saúde Unit. v.4, n.3, p. 71-82, 2017. Disponível em:< https://periodicos.set.edu.br/index.php/cadernobiologicas/article/view/5093>. Acesso em: 19 de ago. de 2020 às 21:40min.
 SERRATINI C.P, INVENÇÃO A.S DEPRESSÃO PÓS-PARTO
Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 16, n. 44, jul./set. 2019, ISSN 2318-2083 (eletrônico) • p. 8. Disponivel em file:///C:/Users/suporte/Desktop/documentos%20do%20Dsei/doc%20blue.pdf. Acesso em 19 ago.de 2020 às 22:10min.
TOLENTINO, E.C et al. DEPRESSÃO PÓS-PARTO: CONHECIMENTO SOBRE OS SINAIS E SINTOMAS EM PUÉRPERAS. Rev. Ciênc. Saúde Nova Esperança – ;14(1):59-66; Abril 2016.Disponível em< http://www.facene.com.br/wp-content/uploads/2010/11/6.-Depress%C3%A3o-p%C3%B3s-parto_PRONTO.pdf>. Acesso em 19de ago. de 2020 às 22:30min.
REIS, T. M. et al. Assistência de enfermagem na depressão pós-parto e interação mãe e filho. Revista Eletrônica Acervo Saúde.v.11, p. 1069-1075, mar., 2018.Disponível em:< https://www.acervosaude.com.br/doc/REAS134.pdf>. Acesso em: 19 de ago. de 2020 às 22:48min.
8
 
 
CETAM
 
CENTRO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO AMAZONAS
 
ESCOLA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL
 
ENFERMEIRA SANITARISTA FRANCISCA SAAVEDRA
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
PARA 
CONCLUSÃO DO CURSO TÉCNICO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÔNICA SILVA DE SOUZA

Continue navegando