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CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA A consolidação óssea é um aspecto muito interessante dos ossos. O tecido ósseo, é responsável pelo suporte de tecidos moles e proteção de órgãos vitais, ele é um dos poucos tecidos no nosso corpo que tem potencial regenerativo, por ser um tecido bem vascularizado. Para abordar o tema consolidação óssea, primeiro temos que falar sobre fratura óssea. Quando ocorre uma fratura, ou seja, o osso quebra, significa que o osso perdeu totalmente ou parcialmente a continuidade de sua estrutura, se dividindo em dois ou mais pedaços, e assim ele perde sua funcionalidade. COMO OCORRE A CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA? A primeira fase da consolidação óssea é a fase da cicatrização do osso, que é chamada de hemorrágica. Nos locais de fratura óssea, ocorre hemorragia em função de lesão dos vasos sanguíneos, destruição de matriz e morte de células ósseas. Imediatamente após a fratura, ocorre intenso sangramento. Dentro de algumas horas, um grande hematoma de fratura se forma. Para que a regeneração se inicie, o coágulo sanguíneo e os restos celulares da matriz devem ser removidos pelos macrófagos, que são células eliminam restos celulares por meio de fagocitose. O periósteo e o endósteo próximos a área fraturada respondem com intensa proliferação, formando um tecido muito rico em células osteoprogenitoras. No local de reparação, podem ser encontradas, áreas de cartilagem, áreas de ossificação intramembranosa e áreas de ossificação endocondral. Um calo ósseo se forma que é uma formação volumosa que envolve a extremidade dos ossos fraturados, ele é constituído por tecido ósseo imaturo que une provisoriamente as extremidades do osso fraturado. O calo ósseo se inicia com a formação de um calo ósseo interno, que une as margens internas da fratura, e um calo externo cartilagíneo e ósseo que estabiliza as margens externas. A formação do calo ósseo se inicia aproximadamente 14 dias após a fratura, ele ainda não é forte o suficiente para segurar totalmente o osso. Por volta da 4 a 6 semana após a fratura, no raio X começa a ser visto o calo ósseo, que é chamado de calo duro onde ocorre a ossificação do osso e o aumento da resistência. Uma saliência no osso marca a localização da fratura, com o tempo está região será remodelada, podendo levar até 2 anos, restando pouca evidência da fratura. COMO O PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA PODE SER ESTIMULADO? A consolidação óssea pode ser estimulada de algumas maneiras, o remodelamento dos ossos são regulados por fatores genéticos, influências bioquímicas e hábitos de vida. Entretanto, existem métodos que podem promover a consolidação óssea, como o exercício físico. A atividade física tem um papel essencial no remodelamento ósseo, porém, a intensidade, duração e frequência do exercício influenciam nesse aspecto, pois deve ser feita sem excessos, para que não venha a gerar fraturas. Outro aspecto importante para a consolidação óssea é a nutrição. Uma alimentação equilibrada pode ajudar na prevenção de doenças ósseas, como a osteoporose, além disso, uma alimentação pouco nutritiva aumenta o risco de quedas, as quais podem gerar fraturas. A estimulação elétrica também pode influenciar positivamente no remodelamento ósseo, vários experimentos desde o século XX utilizaram a eletricidade para a consolidação de fraturas ósseas, baseando- se nas propriedades elétricas dos ossos. O ultrassom é uma forma de energia mecânica que se propaga por ondas de pressão acústica de alta frequência. Quando as ondas são transmitidas para o interior do corpo, elas promovem microdeformações do osso estimulado, e assim são capazes de gerar estímulos para acelerar ou iniciar a consolidação óssea. A laserterapia também é outro recurso que pode ser utilizado para estimular a consolidação de fraturas, estudos mostram que a radiação do laser aumentou em duas vezes o reparo ósseo. REFERÊNCIAS SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª Edição, Artmed, 2017. JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 13ª edição. Rio de Janeiro - RJ: Guanabara Koogan, 2017. DAMADO, Marcelo. Como Ocorre Consolidação Óssea. Disponível em: https://medicinaortopedica.com/2021/03/23/consolidacao-ossea/. Acesso em: 01 de novembro de 2021. CARVALHO, Daniela CL et al. Tratamentos não farmacológicos na estimulação da osteogênese. Revista de Saúde Pública, v. 36, p. 647-654, 2002. https://medicinaortopedica.com/2021/03/23/consolidacao-ossea/
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