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CULTIVO E
MANEJO DE PANC
 
Plante e colha o seu próprio alimento
M A T O N O P R A T O
Cultivar nossa comida parece um grande
desafio, mas as dicas certas podem fazer
 disso a melhor terapia!
VOCÊ COLHE O QUE PLANTA?
CULTIVO E
MANEJO DE PANC
 
M A T O N O P R A T O
Beatr iz Carvalho
Arthur Macedo
Thaíssa Engel
Para mais informaões, receitas, dicas de cultivo, produtos e serviços relacionados a Plantas Alimentícias nã
Convencionais, educação ambiental, ecoturismo, alimentação biodiversa e biodiversidade, acesse nosso site
em www.matonoprato.com.br, ou busque Mato no Prato nas redes sociais e acompanhe nosso trabalho!
Geógrafa, mestre em Planejamento Urbano e Regional, especialista em Educação
Ambiental, permacultura e Plantas Alimentícias Não Convencionais
Geógrafo, mestrando em Planejamento Urbano e Regional, especialista em
geoprocessamento, espécies ameaçadas e Plantas Alimentícias Não Convencionais
Bióloga, mestre e doutoranda em Biologia vegetal, especialista em evolução de
cromossomos e espécies de orquídeas, estuda Plantas Alimentícias Não Convencionais
Ana Montti
Estudante
ÍNDICE
Mato no Prato ............................................................................................................ 3
Afinal, o que são as PANC? ....................................................................................... 4
 5 motivos para cultivar seu próprio alimento? .................................................... 5
 PANC é biodiversidade alimentar ....................................................................... 6
 Tem PANC no jardim: plantas espontâneas ........................................................ 7
O substrato ................................................................................................................ 8
 3 aspectos do substrato que devem ser analisados para realizar o plantio ..... 9
 PANC indicadoras das condições do solo ......................................................... 10
Nutrição vegetal ........................................................................................................ 11
 5 macronutrientes e seu papel no organismo das plantas ............................... 12
Pragas e doenças ..................................................................................................... 13
 4 tipos de pragas que podem afetar seu cultivo .............................................. 14
 Métodos de controle ......................................................................................... 15
 3 Inseticidas caseiros seguros para o alimento ................................................. 16
 Doenças ............................................................................................................. 17
 3 erros de cultivo que podem adoecer suas plantas ......................................... 18
Cultivo em vasos ....................................................................................................... 19
 5 passos para o cultivo em vasos ..................................................................... 20
Sazonalidade: colher cada planta no seu tempo .................................................... 21
 
 
 
O Mato No Prato nasceu em 2013 como
trabalho de Especialização em Educação
Ambiental do CHREA-USP, com o objetivo
de promover as Plantas Alimentícias Não
Convencionais (PANC) através de um
trabalho com hortas orgânicas em escolas.
 
 A partir desse projeto, o Movimento Mato
no Prato cresceu incorporando atividades
de educação ambiental, consultorias,
treinamentos, oficinas, palestras,
capacitações e fornecimento de PANC,
com o intuito de ajudar a nossa
comunidade a levar cada vez mais MATO
para as suas refeições. A inclusão das
PANC na alimentação ajuda a constituir
uma alimentação biodiversa, rica em
sabores e nutrientes, benéfica para a
saúde, e incrementa a biodiversidade nos
agroecossistemas, o que é muito
importante frente à insustentabilidade do
atual modelo de agricultura convencional e
de grande escala, que suprime a
agricultura familiar permeada pelos
saberes ancestrais.
 
Nesse contexto, apresentamos nosso
primeiro e-book de cultivo e manejo de
PANC, para dar aos nossos leitores todas
as informações necessárias para que
consigam plantar e colher seus próprios
alimentos! Esperamos que gostem!
MATO NO PRATO
3
 
 
AFINAL,
O QUE SÃO
AS PANC?
As PANC (Plantas Alimentícias Não
Convencionais) são vegetais comestíveis
que vêm sendo sub-utilizadas pela
sociedade nas últimas décadas, devido
aos processos de industrialização,
urbanização e outros fatores.
 
Essas plantas, em geral, fizeram parte da
dieta de populações tradicionais, e o
conhecimento sobre elas foi se perdendo
ao longo do desenvolvimento da
sociedade moderna.
 
Em geral, as PANC preservam sua
rusticidade e resistência, sendo
interessantes do ponto de vista
produtivo. Ainda assim, a baixa demanda
fez com que muitos destes ingredientes
desaparecessem das feiras e das
prateleiras dos mercados.
 
Hoje, com a popularização do conceito
de PANC, há um crescente interesse por
essas plantas, seus potenciais culinários
e também benefícios que o consumo das
mesmas pode trazer para a saúde das
pessoas e do planeta.
 
4
 
 
Do mato para o prato: e não é uma delícia comer alimentos
fresquinhos, recém colhidos?
Biodiversidade alimentar: Já que você vai cultivar alimentos, está aí
uma boa oportunidade para fugir daqueles vegetais de sempre, e
semear muita diversidade!
1
Alimentos mais saudáveis: cultive sem o uso de agrotóxicos, e você
terá alimentos orgânicos, muito mais saudáveis e saborosos 2
3 Cultivar é terapêutico: estudos mostram melhoria não só na qualidadealimentar, mas também na qualidade de vida de quem cultiva plantas.
4
Economia: não é preciso se deslocar até feiras e mercados, e gastar
dinheiro em orgânicos, você pode cultivá-los no seu quintal, ou até mesmo
em  jardins verticais, gastando muito pouco!
5
5 MOTIVOS PARA CULTIVAR
SEU PRÓPRIO ALIMENTO
5
 PANC É
BIODIVERSIDADE
ALIMENTAR
De acordo com a FAO, a alimentação da
humanidade contou historicamente com mais de
dez mil espécies vegetais. Dessas, são
cultivadas hoje em média 150, apenas. As
necessidades alimentares são supridas por
basicamente 12 vegetais, e principalmente 4
deles (arroz, trigo, milho e batata) são
responsáveis por mais da metade da nutrição
da sociedade atual.
 
Cultivar e consumir PANC é uma forma de
reverter esse quadro de perda de
biodiversidade alimentar. PANC, em geral, são
plantas com distribuição limitada, que se
restringem a algumas localidades ou regiões e
por isso influenciando a cultura das populações
tradicionais de cada um desses lugares. Essas
plantas não se encontram organizadas em
cadeias produtivas próprias por não
despertarem o interesse comercial em seu
processo produtivo (já que em muitos casos
independem de insumos) assim como também
em sua venda para o consumidor final.
 
Entre as PANC estão, por exemplo, a taioba, a
serralha, a ora-pro-nóbis, a beldroega, a
capuchinha, o hibisco, dentre várias outras
plantas de potencial alimentício pouco
conhecidas pelas pessoas.
 
 
6
 
 
TEM PANC NO JARDIM:
PLANTAS ESPONTÂNEAS
Muitas sementes viajam através do
vento, nas fezes de aves, nas pelagens
de animais, nas solas dos nossos
sapatos e de outras formas que nem
imaginamos. Quando essas sementes
encontram condições que possibilitem
a germinação, elas se desenvolvem
espontaneamente, ou seja, sem terem
sido semeadas e, ás vezes, isso ocorre
até nos lugares mais inóspitos, como
cercas, telhados, beira de muros,
frestas na calçada, ou
clandestinamente nos vasos de outras
plantas! 
 
Portanto, se você quer começar a
cultivar PANC, talvez você nem precise
plantá-las: dê uma olhada em seu
jardim! Apesar de serem consideradas 
 
daninhas ou invasoras, especialmente
no meio agropecuário, essas espécies
são muito interessantes, pois algumas
são bioindicadores de características
do solo,e muitas... adivinhe... PANC!
 
São exemplos de PANC que costumam
surgir "do nada" em nossos quintais:
mentrasto, caruru, apaga-fogo, picão,
crepe-do-japão, dente-de-leão,
trapoeraba, pincel-de-estudante,
falsa-tiririca e muitas outras espécies!
Mas atenção: não consuma nada do
que achou crescendo
espontaneamente por aí se não tiver
certeza de que é realmente comestível
e de que está livre de possíveis
contaminações!
7
 
O SUBSTRATO
O substrato é a base do cultivo, pois é o suporte
passivo dos vegetais, é onde as raízes se
ancoram para suportar o desenvolvimento da
planta e também onde ocorre a interação das
raízes das plantas com o ambiente. Além disso
ele tem as funções de fornecimento de
nutrientes, reserva e/ou drenagem de água e
manutenção da permeabilidade ideal para que
as trocas gasosas ocorram. Dessa maneira ele é
indispensável para o desenvolvimento vegetal e
deve ser levado muito a sério quando for iniciar o
seu cultivo.
 
Os substratos inertes, como a fibra de coco, a
perlita e a vermiculita, entre outros, que possuem
pouco ou nenhum nutriente, mas permitem a
drenagem ou retenção de água e a oxigenação.
Já os substratos orgânicos são os ricos em
nutrientes, como o húmus de minhoca.
 
Substratos também são classificados segundo a
granulometria. Os solo argilosos possuem muita
argila, grãos pequenos e maior retenção de
água. São bons para plantas que requerem solos
mais compactados e úmidos. Os solos arenosos
possuem mais areia, seus grãos são maiores e a
drenagem mais rápida. São ideais para plantas
que não toleram muita umidade em suas raízes.
 
Antes de iniciar o cultivo, é sempre necessário
conhecer as necessidades da espécie, assim
podemos utilizar terra comum, terra vegetal,
areia, fibra de coco, húmus, turfa, vermiulita, etc,
para compor um subtrato adequado!
 
8
3 A S P E C T O S D O S U B S T R A T O
Q U E D E V E M S E R A N A L I S A D O S
P A R A R E A L I Z A R O P L A N T I O
 
Algumas PANC podem servir como
indicadores de características do
solo. Veja alguns exemplos:
 
1 Aspecto Físico
2Aspecto Biológico
Refere-se às formas de vida que estão presentes no solo,
como algas bactérias, fungos, vermes e vírus que
decompõe a matéria orgânica do solo e mantém a
fertilidade. O principal exemplo são as micorrizas, que
são associações entre fungos e raízes, que auxiliam na
absorção de água e sais minerais.
3 Aspecto Químico
Esta característica refere-se à composição física do
solo, à sua estrutura e a textura. Em geral os solos são
compostos de 45% de minerais, 25% de ar, 25% de
água e 5% de matéria orgânica. Neste sentido, a
presença desses componentes define a textura, que
varia de arenosa à argilosa, a granulometria, que varia
de média à grossa, e a drenagem, que varia de baixa à
alta.
São os nutrientes que se encontram na rocha matriz de
origem do solo, e, portanto, na água dissolvida. As
plantas necessitam destes componentes em quantidades
variáveis e a sua concentração determina o também o PH
do solo, que também é fundamental na absorção dos
nutrientes.
9
 
 
P A N C I N D I C A D O R A S 
D A S C O N D I Ç Õ E S D O S O L O
Picão branco
Beldroega
Solos com muito nitrogênio (N) e deficiência de
micronutrientes, especialmente o cobre (Cu)
Indicadora de solo fértil
Picão preto
Carqueja
Solos de média fertilidade, muito remexidos e
desequilibrados
Solos pobres em molibdênio, compactados 
e que retêm muita água
Cavalinha
Solos com acidez de teor médio a elevado
Carência de boro e manganês
Nabo silvestre
10
 
 
NUTRIÇÃO
VEGETAL
É o processo que vai desde a absorção até a
assimilação dos nutrientes pelas plantas. Os
vegetais são organismos autótrofos: capazes de
produzir os seus próprios alimentos. As plantas
utilizam água, nutrientes e a energia proveniente da
luz para transformar o dióxido de carbono (CO2)
nos carboidratos (açúcares) que ela precisa para o
seu desenvolvimento e a manutenção de suas
atividades biológicas. Esse processo é denominado
fotossíntese.
 
 Os nutrientes, essenciais para a fotossíntese, são
divididos em macro e micro nutrientes.
 
 Macro nutrientes são aqueles necessários em
maiores em grandes quantidades, como Nitrogênio
(N), Fósforo(P), Potássio (K), Cálcio (Ca), Magnésio
(Mg) e Enxofre(S).
 
Os nutrientes absorvidos em pequenas quantidades,
como o Boro (B), Zinco(Z), Molibdênio (Mo), Cobre
(Cu), Manganês, Ferro (Fe) e o Cloro (Cl), são
chamados de micro nutrientes, mas são tão
importantes quanto os primeiros!
 
Existem ainda os micronutrientes benéficos, aqueles
que não são essenciais, porém quando presentes
trazem muitos benefícios para as plantas. São eles:
Sódio (Na), Silício (Si) e Cobalto(Co).
 
11
 
 
5 MACRONUTRIENTES E SEU PAPEL
NO ORGANISMO DAS PLANTAS
1 Nitrogênio (N)Essencial para a síntese de proteínas e DNA.
2
Fósforo (P)
Essencial para a síntese de ATP, uma molécula que armazena energia em
suas ligações químicas, além dos ácidos nucléicos do DNA.
3
Potássio (K)
Relacionados as trocas iônicas entre a célula e o meio; envolvido nos
movimentos de abertura dos estômatos
4Enxofre (S)Utilizado para a síntese de aminoácidos essenciais.
5
Magnésio (Mg)
Componente da molécula de clorofila, que é a responsável pela captação
da luz para o processo de fotossíntese.
12
PRAGAS
E DOENÇAS
 
As PANC são plantas rústicas e, em
sua maioria, são nativas ou já são
cultivadas há muitos anos no nosso
país. Assim, já estão adaptadas às
condições edafo-climáticas do Brasil
e são menos afetadas por pragas e
doenças.
 
Por essa razão elas não demandam
inseticidas e adubações químicas,
que contaminam o meio ambiente,
alteram o aroma e o paladar das
plantas e têm diversas outras
consequências nocivas para o ser
humano, as quais ainda carecem de
estudos detalhados. Contudo, até
mesmo as PANC estão sujeitas a
pragas e doenças, como veremos a
seguir.
13
 
 
Possuem o chamado aparelho bucal raspador-sugador. Raspam a
parede da célula vegetal ingerindo o seu conteúdo. Como
consequência, causam necrose nos tecidos, podendo levar ao
desfolhamento total em ataques intensos. Podem deformar botões
ou flores, provocar cicatrizes em frutos, bulbos, etc. Exemplo: Tripes
4 tipos de pragas que podem
afetar seu cultivo
1
2
3 Raspadores-sugadores
 
Cortam, Trituram e ingerem a planta imediatamente. Estas
pragas ocasionam danos mecânicos às plantas e podem levas
a morte por desfolha total em poucas horas.
Ex. Besouros, Lagartas, Cupins, Grilos, Gafanhotos, Paquinhas,
Lesmas e Caramujos.
Mastigadores
 Esses insetos sugam a seiva da planta inserindo seu aparelho
bucal no tecido da planta, frequentemente no período de
brotação e florescimento. O dano nem sempre é aparente, mas
são vetores de doenças, e assim causam danos secundários e
indiretos. Atacam geralmente folhas e frutos.
Ex. Mosca-branca, Conchonila, Pulgão
 
Pragas que retiram pedaços das plantas para levarem ao
seu ninho e cultivar o fungo que fornece a sua alimentação.
Ex. Formiga
Cortadores
Perfuradores-sugadores 4
14
 
 
MÉTODOS 
DE CONTROLE
Uma infestação de pragas pode devastar
seu plantio de devorar uma plantação
inteira. No entanto, não é necessário o uso
de agrotóxicos para contê-la: é possível
controlar pragas sem envenenar a
comida!
 
A catação manual, por exemplo, consiste
na busca manual e morte das pragas são
visíveis, e é bastante efetiva para
lagartas.
 
Também é possível deixar iscas, que
podem ser um alimento que atraia as
pragas para serem facilmente recolhidas
e mortas, ou mesmo alimentos que matem
as pragas após sua ingestão. Um exemplo
é o us de latas contendo sal, cerveja ou
chuchu para atrair lesmas e caracóis.
 
Em outros casos, pode ser difícil fazer
controle manual utilizando os métodos
mencionados, mas ainda não são
necessários os defensivos químicos:
recorra aos inseticidas naturais!
15
 
 
Pique bem e ferva 20g de fumo de rolo em 5 litros de água limpa. Coe
em um pano fino e dilua 50%. Preferencialmente pulverize sobre as
plantas no mesmo dia nos horários de sol ameno. Pode-se adicionarum
pouco de sabão em barra neutro ou óleo mineral para adicionar
viscosidade à mistura.
Bata no liquidificador 500g de pimenta com dois litros de água até a
maceração total. Coe em um pano fino e misture com duas colheres
de sopa de sabão de coco ralado. Acrescente 2 litros de água limpa
e pulverize sobre as pragas nos horários de sol amenos, de preferência
no fim da tarde.
3 INSETICIDAS CASEIROS
SEGUROS PARA O ALIMENTO
Coloque farinha de osso (cuidado com os Pets!!!!), casca de ovo
moída ou carvão vegetal ao redor das plantas para afastar as
formigas.
1
2
3
Calda de fumo
Extrato de pimenta
Repelente natural de formigas
16
A maioria das doenças só pode ser
identificada realmente em laboratório,
com auxílio de microscópico ou com base
na literatura. Não existem estudos
sistemáticos sobre a maioria das PANC,
como existem para as culturas
convencionais (tomate, feijão, batata,
milho, etc... ) visando produção em larga
escala. Por isso a identificação de
doenças em PANC demanda muita
observação, paciência, e informações
básicas sobre as doenças possíveis.
DOENÇAS
Não é rara a incidência de doenças em
nossas hortas. As mesmas podem ser
causadas por fungos, bactérias, vírus ou
nematóides e, nesses casos, podem ser
transmissíveis. Como são invisíveis a olho nu, e
devido à grande diversidade desses
organismos no meio natural, a sua
identificação exata e controle pontual é
muito complexa. 
Portanto, prevenir essas doenças é a melhor
opção. Para tal, você pode retirar e destruir 
Além dessas, existem também doenças não-
transmissíveis, que surgem quando as plantas
são expostas a fatores abióticos
inadequados, como deficiência ou excesso
de nutriente, ou condições climáticas
diferentes das que a planta necessita para se
desenvolver.
as plantas com sintomas de doenças,
principalmente as mais debilitadas e com
coloração amarelada, evitar o adensamento
de plantas contaminadas, evitar a rega por
aspersão e manter o solo saudável, pois
plantas vigorosas dificilmente são atacadas.
Plantar no período indicado para cada
espécie e manter uma alta diversidade de
espécies na horta são ações que também
ajudam. Além destas medidas, pode-se usar
algum fungicida natural, a base de cobre
(Calda Bordalesa) e enxofre (S) molhável ou
ainda Óleo de Neem (Azadirachta indica) que
funciona relativamente bem para todos os
tipos de pragas mencionados, apesar de
tóxico para a fauna benéfica na mesma
proporção.
18
À medida em que as plantas consomem os nutrientes da terra, é
preciso suplementar, caso contrário, suas plantas poderão apresentar
sintomas de deficiência de minerais. As características variam
bastantes entre as famílias e são causadas quando existe a falta de
algum dos macro ou micronutrientes citados.
Ex. Solanáceas - Podridão apical - Causada por deficiência de Cálcio;
Asteráceas - Queima das bordas - Causada por deficiência de Cálcio.
Já ouviu falar que tudo o que é demais, estraga? Pois é... excesso de
nutrientes também causa doenças nas plantas. Os sintomas variam
entre as famílias vegetais, e ocorrem quando existe sobra de algum
nutriente que a planta não consegue assimilar.
Ex. Aliáceas - Superbrotamento - Excesso de Nitrogênio
Asteráceas - Queima das bordas - Excesso de Nitrogênio
 
 
 Não fornecer os nutrientes necessários
Exagerar na adubação
Cada espécie de planta tem suas próprias demandas de por condições
ambientais, que variam de acordo com as necessidades do seu organismo.
Por isso devemos conhecer a espécie para determinar qual é o ambiente
adequado, em termos de luminosidade, temperatura e umidade. Em
ambiente inadequado, uma planta pode adoecer. Os sintomas variam
entre as famílias., e podem ser percebidos de forma empírica, observando
o local onde as plantas se encontram e mudando a planta de lugar à
procura de condições melhores
Ex. Solanáceas - Frutos amarelados - Altas temperaturas
Quenopodiáceas - Anel Branco - Altas temperaturas
 
 
Cultivar em ambiente inadequado
1
2
3
3 ERROS DE CULTIVO 
QUE PODEM ADOECER SUAS PLANTAS
19
Muitas vezes o fator que impede pessoas
de cultivarem alimentos em casa, é a falta
de espaço adequado, um quintal ou
canteiro em casa, especialmente para
quem mora em apartamentos. No entanto,
é possível contornar essa situação
realizando o plantio em vasos. Tem
tamanho de vaso pra caber em qualquer
canto, e em espaços muito pequenos, dá
até pra fazer um plantio vertical, afixando
vasos em uma parede.
 
A única diferença entre o plantio em solo
e em vasos, é que no plantio em vasos o
substrato precisa ser melhor estruturado
nutricionalmente, e a reposição nutricional
deverá ser feita mais frequentemente
durante o ciclo da planta.
 
 
PLANTIO 
EM VASOS
20
5 PASSOS PARA O PLANTIO EM VASOS
1
2
3
4
5
Coloque uma fina camada de argila expandida no fundo do vaso. Essa
camada é fundamental para garantir a drenagem e a aeração do
substrato. Sobre a argila, coloque uma manta bidim, para que a terra
não saia por baixo do vaso ou se acomode entre as esferas de argila
prejudicando a drenagem e a aeração.
Misture quantidades iguais de barranco e substrato pronto ou húmus de
minhoca. Essa mistura serve para “diluir” os compostos orgânicos presentes
na terra adubada e reter nutrientes. Como a terra de barranco é
praticamente inerte, os nutrientes e sais minerais do adubo se alojarão nesta
camada antes de serem lixiviados pela água da irrigação, permanecendo por
mais tempo no vaso. Além disso, barateia o custo em relação aos substratos
prontos. Coloque pouco dessa mistura sobre a manta no fundo do vaso.
Regue a muda pra evitar que o torrão se esfarele, corte o saco
plástico com cuidado e retire o excesso da parte de baixo do torrão
com cuidado para não danificar as raízes.
Acomode a muda no cento do vaso, complete o vaso com o resto do
substrato preparado anteriormente, pressionado levemente as bordas para
que a muda não fique solta. Sobre o substrato, coloque pedras, gemas de
vidro ou lascas de madeira para dar acabamento e evitar buracos na terra,
decorrentes da irrigação concentrada. Regue o vaso completamente, até
que a água saia pelo furos embaixo do vaso.
Prepare o vaso
Prepare o substrato
Prepare a muda
Transplante a muda
Em geral, as plantas não estão completamente aclimatadas à região,
dessa maneira, devem permanecer em um local com claridade indireta
nos 3 primeiros dias. Após este período, coloque o vaso em um local
onde pegue sol nas horas mais amenas (antes das 10h e após as 16h).
Regue quando a camada superficial estiver seca e adube a cada 40
dias com algum tipo de adubo orgânico, bokashi, composto ou húmus.
Faça a aclimatação
21
SAZONALIDADE:
COLHER CADA PLANTA
NO SEU TEMPO
Você já reparou que algumas frutas, legumes e
hortaliças ficam bem mais caras em
determinadas épocas do ano, e outras até
somem das prateleiras? Pois é… isso acontece
por causa de um fenômeno que atinge todas
as plantas, chamado “sazonalidade”. 
 
As diferentes espécies de plantas lidam de
formas diferentes com as condições
ambientais ao longo do ano. Por isso, cada
espécie se desenvolve melhor em um
determinado conjunto de condições climáticas,
e oferece diferentes recursos ao longo do ano,
de acordo com o seu ciclo.  Por exemplo, a
amoreira perde a maior parte das folhas no
inverno. No verão, frutifica, e você pode colher
frutos verdes em outubro, ou frutos bem
maduros a partir de novembro.
 
Assim, cada planta tem seu período ideal de
plantio e colheita! Dedique-se a buscar
informações sobre as plantas que pretende
cultivar, para obter de cada espécie a melhor
e mais deliciosa colheita que ela pode
oferecer. Não esqueça: a gente colhe o que
planta!
22
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