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Prática Juridica Penal

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Prática Jurídica 
Penal III
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª M.ª Rosa Maria Neves Abade
Revisão Textual:
Caique Oliveira dos Santos
Embargos de Declaração e Embargos 
Infringentes e de Nulidade
Embargos de Declaração e Embargos 
Infringentes e de Nulidade
 
• Compreender o cabimento, a forma de interposição e o alcance do recurso dos embargos de 
declaração e dos embargos infringentes e de nulidade.
OBJETIVO DE APRENDIZADO 
• Embargos de Declaração;
• Dos Embargos Infringentes ou de Nulidade;
• Modelo de Interposição de Embargos Infringentes (Nulidade).
UNIDADE Embargos de Declaração e Embargos 
Infringentes e de Nulidade
Embargos de Declaração
Definição
Os embargos de declaração constituem espécie de recurso oponível ao mesmo 
órgão prolator da decisão, sempre que houver obscuridade, ambiguidade, contradição 
e omissão da sentença ou do acórdão prolatados.
Trata-se de recurso que objetiva esclarecer o conteúdo de decisão judicial.
Figura 1
Fonte: aacrimesc.org
Previsão Legal (Fundamento Legal)
Os embargos de declaração, no Código de Processo Penal, encontram-se previstos 
em apenas dois dispositivos: arts 382 e 619.
Assim, na primeira instância, o fundamento legal, quando os embargos forem opos-
tos contra sentença, decisão proferida por juiz singular (primeira instância), será o 
art. 382 do CPP: “Art. 382. Qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois) dias, 
pedir ao juiz que declare a sentença, sempre que nela houver obscuridade, ambiguidade, 
contradição ou omissão”.
Na segunda instância, o fundamento legal, quando os embargos de declaração forem 
opostos contra acórdão, decisão proferida por tribunal, será o art. 619 do CPP:
Art. 619. Aos acórdãos proferidos pelos Tribunais de Apelação, câmaras 
ou turmas, poderão ser opostos embargos de declaração, no prazo de 2 
(dois) dias contado de sua publicação, quando houver na sentença ambi-
guidade, obscuridade, contradição ou omissão.
O art. 620 do CPP, por sua vez, regulamenta a oposição dos referidos embargos 
de declaração contra acórdão. Nota-se, aqui, que o mesmo não ocorre em relação aos 
embargos opostos em primeiro grau de jurisdição.
8
9
Art. 620. Os embargos de declaração serão deduzidos em requeri-
mento de que constem os pontos em que o acórdão é ambíguo, obscuro, 
contraditório ou omisso. 
 § 1º. O requerimento será apresentado pelo relator e julgado, indepen-
dentemente de revisão, na primeira sessão.
 § 2º. Se não preenchidas as condições enumeradas neste artigo, o relator 
indeferirá desde logo o requerimento.
No Juizado Especial Criminal, o fundamento legal para oposição de embargos de 
declaração contra sentenças e acórdãos, proferidos no âmbito dos Juizados Especiais 
Criminais, está descrito no art. 83 da Lei nº 9.099/1995:
Art. 83. Caberão embargos de declaração, quando, em sentença ou 
acórdão, houver obscuridade, contradição, omissão ou dúvida. 
 § 1º. Os embargos de declaração serão opostos por escrito ou oralmente, 
no prazo de 5 (cinco) dias, contados da ciência da decisão. 
 § 2º. Quando opostos contra sentença, os embargos de declaração 
suspenderão o prazo para o recurso. 
§ 3º. Os erros materiais podem ser corrigidos de ofício.
No Superior Tribunal de Justiça, os embargos de declaração estão previstos no 
art. 263 do RISTJ (Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça): “ponto obscuro, 
duvidoso, contraditório ou omisso”.
No Supremo Tribunal Federal, os embargos de declaração estão previstos no art. 337 
do RISTF (Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal): “obscuridade, dúvida, contra-
dição ou omissão”.
No Regimento Interno do Tribunal de Justiça de São Paulo, há previsão de em-
bargos de declaração nos arts. 13, I, h, 35, 37, § 1º, e 110.
Em Síntese
Fundamento legal
• Primeira instância: art. 382 do CPP;
• Segunda instância: arts. 619 e 620 do CPP;
• Juizados Especiais Criminais: art. 83 da Lei nº 9.099/1995 – “obscuridade, 
contradição ou omissão”;
• Superior Tribunal de Justiça: art. 263 do RISTJ – “ponto obscuro, duvidoso, 
contraditório ou omisso”;
• Supremo Tribunal Federal: art. 337 do RISTF – “obscuridade, dúvida, contradição 
ou omissão”;
• No Regimento Interno do Tribunal de Justiça de São Paulo, há previsão de 
embargos de declaração nos arts. 13, I, h, art. 35, art. 37, § 1º, e art.110.
Competência
O endereçamento dos embargos de declaração é ao mesmo órgão que proferiu a 
decisão (juiz, câmara ou turma).
9
UNIDADE Embargos de Declaração e Embargos 
Infringentes e de Nulidade
Finalidade dos Embargos de Declaração
A finalidade dos embargos de declaração é reparar o gravame produzido às partes 
em decorrência de sentença ambígua, obscura, contraditória e omissa.
Assim, por meio dos embargos de declaração, busca-se esclarecer, tornar clara, 
a decisão proferida pelo juiz singular ou pelo tribunal, livrando-a de imperfeições.
Hipóteses de Cabimento dos Embargos de Declaração
Os embargos de declaração podem ser opostos sempre que houver obscuridade, am-
biguidade, contradição e omissão da decisão proferida, quer seja pelo juiz singular, nos 
termos do art. 382 do CPP, quer seja pelo tribunal, conforme dispõe o art. 619 do CPP.
Figura 2
Fonte: Reprodução
• Obscuridade: a decisão é obscura quando não há clareza em sua redação, de modo 
que não é possível saber, com certeza, qual o verdadeiro pensamento exposto na 
sentença ou no acórdão. A obscuridade ocorre se há algum trecho da decisão que 
não seja compreensível, com falta de clareza;
• Ambiguidade: a decisão é ambígua quando, em qualquer ponto, permite duas ou 
mais interpretações. A ambiguidade ocorre quando há trechos que permitem mais de 
um sentido, de modo a não ser possível saber qual o sentido empregado pela decisão;
• Contradição: a decisão é contraditória quando alguma das suas proposições são 
inconciliáveis, no todo ou em parte, com a outra. A contradição ocorrerá se faltar 
nexo, lógica ou incoerência. A decisão contém dois pontos que não poderiam 
coexistir em uma mesma decisão. Exemplo: entre a motivação e o dispositivo;
• Omissão: a decisão é omissa quando deixa de dizer o que era indispensável para 
o entendimento. A omissão se dá se a decisão deixa de abordar um tema trazido 
por uma das partes.
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11
Natureza Jurídica dos Embargos de Declaração
Em relação à natureza jurídica dos embargos de declaração, a doutrina majoritária enten-
de que estes possuem inegável natureza jurídica de recurso, visto que se prestam em reexa-
minar sentenças ambíguas, obscuras, contraditórias e omissas. Para alguns doutrinadores, 
os embargos declaratórios não possuem natureza jurídica de recurso porque não visam à 
reforma da decisão, já que, ainda que provido, se manterá intangível na sua substância.
Prazo dos Embargos de Declaração
Os embargos declaratórios devem ser interpostos no prazo de 2 (dois) dias, a contar da 
publicação da sentença ou do acórdão, nos moldes do art. 798 do CPP, perante o próprio 
juiz prolator da sentença (aqui popularmente são chamados de “embarguinhos”) ou, 
no caso dos Tribunais, endereçados ao próprio relator do acórdão embargado.
Assim, o prazo para oposição dos embargos declaratórios será de 2 (dois) dias nas 
seguintes hipóteses: primeira instância (art. 382 do CPP); segunda instância (art. 619 do 
CPP); STJ (art. 263 do RISTJ).
No caso de decisões proferidas pelos juízes dos Juizados Especiais Criminais, os 
embargos de declaração devem ser interpostos no prazo de 5 (cinco) dias (conforme o 
art. 83, § 1º, da Lei nº 9.099/1995).
Não há, nos embargos de declaração, a manifestação da parte contrária, pois trata-se 
de recurso inaudita altera pars.
Legitimidade
São legítimos para opor embargos de declaração a defesa e a acusação (ou seja, 
Ministério Público e assistente de acusação ou querelante).
Efeito Suspensivo dos Embargos de Declaração
Com o advento da Lei nº 8.950/1994, os embargos de declaração passaram a inter-
romper, e não mais suspender, o prazo recursal para a interposição de outros recursos.
Assim, com a interposiçãodos embargos declaratórios, após seu julgamento e conse-
quente intimação da decisão, o prazo recursal será devolvido em sua integralidade, isto 
é, recomeçará a ser contado do primeiro dia.
Os embargos de declaração interrompem o prazo para os demais recursos, voltando 
a contá-lo desde o início. 
Desse modo, no caso de embargos de sentença, o prazo para apelação fica interrom-
pido e os cinco dias para interrupção serão contados a partir da publicação da decisão 
dos embargos. O prazo também fica interrompido para a parte contrária.
Antes, no JECrim, os embargos suspendiam o prazo, o que significava que este voltava 
a correr pelo tempo restante. Porém, com a redação dada pela Lei nº 13.105/2015, o 
art. 83, § 2º, da Lei nº 9.099/1995 passou a prever a interrupção.
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UNIDADE Embargos de Declaração e Embargos
Infringentes e de Nulidade
Efeitos Infringentes
Não confundir com embargos infringentes. Os efeitos infringentes dos embargos 
de declaração ocorrem quando, na hipótese de acolhimento dos embargos de declaração, 
houver modificação da decisão.
Isso poderá ocorrer se, ao acolher os embargos, o órgão tiver que decidir sobre tese 
não analisada na decisão embargada. É possível, principalmente, em caso de omissão.
É exemplo de efeitos infringentes dos embargos de declaração o ocorrido em uma das 
ações penais da conhecida Operação Lava Jato. A defesa de José Dirceu opôs embar-
gos de declaração objetivando suprir a omissão referente à atenuante por ser maior de 
70 anos o réu (art. 65, I, do CP). Reconhecendo que houve omissão e que o réu tinha, 
no momento da sentença, mais que 70 anos, o juiz acolheu os embargos e, ao considerar 
a agravante, reduziu a pena em dois anos1. 
Prequestionamento
Um dos requisitos para interposição de recurso especial ou recurso extraordinário, 
considerando que o tema tenha sido abordado no acórdão recorrido, é o denominado 
prequestionamento. 
Em razão disso, caso haja algum tema abordado no recurso que não tenha sido analisado 
no acórdão, a parte que pretender interpor recurso especial e recurso extraordinário deverá 
opor embargos de declaração, a fim de o tema ser analisado pelo tribunal, para haver o pre-
questionamento. Caso isso não ocorra, não serão cabíveis os mencionados recursos.
Súmulas sobre prequestionamento
• Súmula 356 do STF: “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opos-
tos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por 
faltar o requisito do prequestionamento”;
• Súmula 211 do STJ: “Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito 
da oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada pelo Tribunal a quo”.
Formalidades para Interposição dos Embargos
Por se tratar de um recurso julgado pelo próprio órgão que proferiu a decisão, os 
embargos de declaração são opostos em peça única, em que as razões são apresentadas 
na mesma petição de interposição. 
Se for oposta contra sentença, é endereçada ao juiz que a proferiu; se for contra 
acórdão, é endereçada ao relator do acórdão embargado.
Não há contrarrazões, a parte contrária não se manifesta nos embargos de declaração. 
Trata-se de recurso inaudita altera pars.
Nomenclatura 
A expressão correta é opor 
embargos de declaração. 
1 Ação penal, Processo nº 5045241-84.2015.4.04.7000.
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Quanto à decisão que julga os embargos, é utilizada a expressão “acolhe” ou “rejeita” 
os embargos; por isso, quem opõe os embargos requer seu acolhimento.
Quem opõe embargos é chamado embargante, enquanto a parte contrária é cha-
mada embargada. 
Utiliza-se decisão embargada para se referir à decisão contra a qual se opuseram 
os embargos, com as expressões “sentença embargada” e “acórdão embargado”.
É importante ressaltar que, em uma prova prática, como a da OAB, por exemplo, 
é essencial apontar o fundamento correto da peça.
Também não se deve confundir os embargos de declaração na esfera criminal com 
os embargos de declaração do CPC, que têm prazo e cabimento diferentes inclusive 
e possuem maior abrangência, já que podem ser opostos contra toda e qualquer 
manifestação judicial que seja omissa, contraditória, obscura ou que contenha erro 
material, conforme dispõe o art. 1.022 do CPC/2015.
Modelo de Embargos de Declaração (Art. 382 do CPP)
No exemplo fictício a seguir, o embargante foi condenado por furto qualificado, previsto 
no art. 155, § 4º, I e III, do CP, tendo recebido pena de reclusão de 4 (quatro) anos e 1 (um) 
mês. Entretanto, o juiz deixou de aplicar as atenuantes genéricas do art. 65 do CP. Vejamos:
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara Criminal da Comarca de __
Embargos de declaração
Processo nº: __
“Nome do cliente”, já devidamente qualificado nos autos da ação penal, processo 
acima epigrafado, vem, por intermédio de seu/sua advogado(a) e procurador que a 
este subscreve, com o devido respeito e superior acatamento perante V. Exa., opor, 
com fundamento no art. 383 do CPP, tempestivamente, embargos de declaração à 
respeitável sentença de fls ___, a fim de que haja por bem Vossa Excelência corrigir 
omissões nela existentes, cuja declaração se requer, como de direito.
I – Síntese da demanda
O ora embargante, com 20 anos de idade, primário e réu confesso, foi condenado 
em primeira instância pelo crime tentado de furto qualificado no art. 155, § 4º, I e 
III, do Código Penal, nas circunstâncias já vistas, tendo sido apenado em sentença a 
4 (quatro) anos e 1 (um) mês de reclusão.
Na decisão da reprimenda carcerária, conforme lida na sentença, foi considerada 
com fator de atenuação a sua primariedade e o fato de sua confissão, o que se 
configura, no nosso entender jurídico, uma omissão do magistrado em não aplicar 
a atenuante da menoridade, em face de o embargante possuir 20 anos na época do 
fato, conforme previsto em lei. 
Em prol desta manifestação que tem direito o réu, ora embargante, aplica-se a 
observância das leis adjetivas penais, a seu mister de ver a justiça ser feita com a 
concretização da lei material penal de nosso país. 
Trata-se de um notório caso de omissão judicial. 
Por essa razão, a defesa vem a juízo opor embargos de declaração em face da 
sentença de fls. XXX.
13
UNIDADE Embargos de Declaração e Embargos 
Infringentes e de Nulidade
II – Do cabimento e da tempestividade
Com efeito, é o que prevê o art. 382 do CPP: “Art. 382. Qualquer das partes poderá, 
no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao juiz que declare a sentença, sempre que nela 
houver obscuridade, ambiguidade, contradição ou omissão”.
Quanto à tempestividade, o recurso é tempestivo, sendo interposto 2 (dois) dias 
após a publicação da sentença.
III – Da existência de omissão e dos efeitos infringentes
III.I – Da omissão
Diante das circunstâncias do caso concreto, percebe-se que a respeitável sentença ema-
nada por este juízo se encontra, com a devida vênia, claramente maculada pelo vício da 
omissão, fator condicionante dos presentes embargos declaratórios, os quais têm por ob-
jetivo simplesmente a correção de tais faltas, atribuindo à sentença plena validade.
A defesa entende que deve ser acatada a atenuante genérica da menor idade, ou 
seja, menor de 21 (vinte e um) anos, prevista no art. 61, inciso I, do CP. 
Desse modo, a pena deve ser redimensionada para o patamar igual ou inferior a 4 
(quatro) anos.
No caso em apreço, entende-se que houve omissão quando este juízo deixou de apli-
car as atenuantes genéricas previstas no art. 65 do CP, já mencionadas anteriormente.
III.II – Dos efeitos infringentes
Em caso de acolhimento, da tese anteriormente esboçada, ou seja, da omissão em 
razão da não observância das atenuantes genéricas, este juízo deve redimensionar a 
pena imposta para um patamar igual ou menor a 4 (quatro) anos. 
Assim sendo, é dever, de ofício, substituir a pena restritiva de liberdades por sanções 
restritivas de direito, nos termos do art. 44 do CP.
No que diz respeito à substituição da pena, a jurisprudência entende que, quando 
as circunstâncias são neutras ou favoráveis,deve ser concedida a substituição da 
pena do embargante, sobretudo com o acatamento da tese da menor idade penal, 
prevista no inciso I do art. 65 do CP.
Desse modo, roga-se pela substituição da pena restritiva de liberdade por restritiva de 
direito, conforme dispõe o art. 44 do CP brasileiro. Vejamos o que diz a jurisprudência:
Apelação crime. Furto qualificado pelo rompimento de obstáculo e pelo concurso 
de pessoas. Artigo 155, § 4º, inciso I e IV, do Código Penal. Condenação. Prova con-
sistente. Redução da pena-base. Manutenção das qualificadora [sic], do regime de 
cumprimento da pena e da substituição da reprimenda por restritivas de direitos. 
[...] 3. Tratando-se de réu primário, condenado à pena de 02 anos e 04 meses de 
reclusão e sendo-lhe majoritariamente favoráveis as circunstâncias judiciais, ele faz 
jus à substituição da pena privativa de liberdade por duas restritivas de direitos, 
bem como ao regime aberto de cumprimento da reprimenda, tal como operado pela 
julgadora monocrática. Apelo da defesa parcialmente provido. Apelo da acusação 
improvido. (Apelação Crime nº 70070344544, Quinta Câmara Criminal, Tribunal de 
Justiça do RS, rel. Cristina Pereira Gonzales, julgado em 14.09.2016).
No caso colacionado anteriormente, julgado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande 
do Sul, o recorrente sequer tinha todas as circunstâncias judiciais favoráveis, mas, 
mesmo assim, concedeu a substituição, pois as circunstâncias favoráveis deve-
riam prevalecer.
14
15
Portanto, é coerente que, neste caso, seja concedida a substituição, uma vez que 
suas circunstâncias (na primeira fase da dosimetria) foram consideradas favoráveis 
ou neutras, inclusive a pena foi fixada em seu mínimo legal.
Dessa feita, requer que este juízo reconheça a omissão em não aplicar as atenuantes 
genéricas do art. 65 do CP e, como consequência, o redimensionamento da pena 
para um patamar inferior ou igual a 4 (quatro) anos, bem como a substituição da 
pena restritiva de liberdade por restritivas de direito.
IV – Dos pedidos
Por tudo quanto exposto, roga-se pelo conhecimento e provimento do presente recurso:
1) para que reconheça da omissão praticada na sentença quando da não aplicação 
das atenuantes genéricas do art. 65 do CP;
2) para redimensionar a pena para um patamar inferior ou igual a 4 (quatro) anos, 
bem como substituir a pena restritiva de liberdade por restritiva de direitos, nos 
termos do art. 44 do CP.
Nestes termos, pede e espera deferimento.
Local e data.
Nome do(a) advogado(a)
OAB/ UF nº ____
Dos Embargos Infringentes 
ou de Nulidade
Os embargos infringentes ou de nulidade são recursos oponíveis da decisão não 
unânime de segunda instância (tribunal) e não favorável ao réu. 
É recurso privativo da defesa. 
Figura 3
Fonte: exjure.org
15
UNIDADE Embargos de Declaração e Embargos 
Infringentes e de Nulidade
Os embargos infringentes e de nulidade estão previstos no art. 609, parágrafo único, 
do CPP.
Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribu-
nais de Justiça, câmaras ou turmas criminais, de acordo com a compe-
tência estabelecida nas leis de organização judiciária.
Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão de segunda instân-
cia, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, 
que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação 
de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os embar-
gos serão restritos à matéria objeto de divergência.
Fundamento Legal
Ao elaborar a petição de embargos de declaração, deve-se fundamentar a peça no 
art. 609, parágrafo único, do CPP.
Diferença entre Embargos Infringentes e de Nulidade
Os embargos infringentes atacam a sentença de segunda instância, na sua substância, 
exceto no que diz respeito à nulidade, pois restringem-se ao mérito da causa. São, portan-
to, mais amplos, uma vez que abarcam um número maior de possibilidade de cabimento.
Enquanto os embargos infringentes referem-se ao mérito, os embargos de 
nulidade referem-se à questão processual, almejando a nulidade da sentença ou 
do processo. Nesse sentido, pretendem os embargos de nulidade o reexame do feito a 
fim de que seja anulada a decisão ou o processo em virtude de nulidade, podendo visar 
à nulidade de ambos.
Não obstante os embargos infringentes e de nulidade serem trazidos no mesmo 
dispositivo legal, trata-se de recursos diversos, tendo em vista que falaremos em 
embargos infringentes sempre que a impugnação se tratar sobre o mérito, enquanto 
os embargos de nulidade limitam-se à discussão de nulidades.
De um lado, recebe-se o nome de embargos de nulidade quando a divergência versa 
sobre matéria estritamente processual, capaz de tornar inválido o processo. Nesse caso, 
os embargos visam à anulação do feito, possibilitando a sua renovação.
De outro lado, recebe-se o nome de embargos infringentes quando a divergência se 
fundamenta sobre o mérito. 
Lembre-se!!!!!!
Embargos
Infrigentes
Discutem mérito
Embargo de
Nulidade
Discutem Matéria
Processual
Figura 4
Os embargos infringentes e de nulidade possuem efeitos devolutivo e suspensivo. 
16
17
Cabimento dos Embargos Infringentes e de Nulidade
Para oposição de embargos infringentes e de nulidade, é necessário que a divergência do 
voto vencido seja favorável ao réu. Entretanto, se o voto vencido divergir apenas parcialmen-
te, os embargos infringentes ou de nulidade serão limitados somente à discordância parcial.
Dessa forma, se ocorrer divergência parcial, os embargos serão restritos à divergência. 
Por exemplo, em uma apelação, houve o pedido de absolvição e dois pedidos subsi-
diários, de afastamento de qualificadora e fixação de regime inicial mais brando, ou seja, 
semiaberto. Se aos pedidos de absolvição e afastamento da qualificadora foi negado 
provimento por unanimidade e ao pedido de fixação de regime inicial mais brando foi 
negado provimento por maioria, pois um dos desembargadores concordou com a fixa-
ção do regime semiaberto, os embargos infringentes só poderão versar sobre o regime 
inicial, pleiteando apenas a mudança para o regime semiaberto.
Não se admitem embargos fundados apenas na divergência de fundamentação.
Quanto ao cabimento, somente se admite oposição de embargos infringentes e em-
bargos de nulidade nas seguintes decisões:
• acórdão do recurso de apelação;
• acórdão do recurso em sentido estrito;
• acórdão de agravo em execução.
Assim, os embargos apenas serão oponíveis da votação não unânime de RESE 
(recurso em sentido estrito) e apelação. Por analogia, há o entendimento de que é 
cabível em agravo em execução.
Não Cabimento de Oposição de 
Embargos Infringentes e de Nulidade
Cumpre ressaltar o não cabimento dos embargos infringentes e de nulidade:
• contra decisões de turma recursal do JECrim; 
• em decisão de habeas corpus;
• em decisão de revisão criminal;
• em decisão de mandado de segurança. 
Prazo dos Embargos Infringentes ou de Nulidade
Os embargos infringentes ou de nulidade devem ser opostos no prazo de 10 (dez) 
dias, a contar da publicação do acórdão, perante o relator do acórdão embargado. 
Formalidades e Processamento dos 
Embargos Infringentes e de Nulidade
Para interpor o recurso, é necessário apresentar conjuntamente as duas peças, quais 
sejam: petição de interposição e razões dos embargos, sendo a primeira endereçada ao 
relator da decisão embargada e a segunda (as razões) ao tribunal.
17
UNIDADE Embargos de Declaração e Embargos 
Infringentes e de Nulidade
Então, apresentado o recurso, este é encaminhado ao relator do acórdão embargado, 
que decidirá sobre sua admissibilidade. 
Após, chamará mais dois julgadores para rever a decisão. Participarão, portanto, os 
três desembargadores que participaram do julgamento mais dois novos julgadores que 
não participaram deste.
Figura 5
Fonte: Getty Images
Assim, é um recurso ampliativo, pois à turma julgadora do recurso (três desembarga-
dores) acrescentam-se mais dois desembargadores, possibilitando a inversãodo resultado. 
Desse modo, o julgamento dos embargos infringentes e de nulidade será realizado 
por cinco desembargadores (os três que julgaram o recurso mais outros dois). 
Trata-se de novo recurso, de maneira que os desembargadores que já votaram no 
recurso embargado podem proferir nova decisão.
Deverá o embargante, como já dito, juntamente com a petição de interposição, 
apresentar as suas razões dos embargos infringentes ou de nulidade.
Em seguida, abre-se vista ao embargado, que terá o prazo de 10 (dez) dias para opor 
suas contrarrazões dos embargos infringentes e de nulidade, a contar da intimação.
Finalidade dos Embargos Infringentes e de Nulidade
A finalidade dos embargos infringentes e de nulidade é de ampliação do julgamento, 
haja vista que seu conhecimento implica o chamamento de mais dois desembargadores 
para reanalisar o recurso, compondo uma turma de cinco julgadores.
Os embargos ficam restritos à matéria objeto de divergência. Se o voto vencido falar 
de diminuição de pena, dever-se-á arguir somente a diminuição de pena. 
Pressupostos dos Embargos Infringentes e de Nulidade
São pressupostos à oposição dos embargos infringentes e de nulidade:
• Decisão desfavorável ao réu: trata-se de uma decisão desfavorável ao réu, qualquer 
que seja ela. Pode ser o provimento do recurso interposto pela acusação ou o não 
provimento do recurso da defesa, desde que a decisão tenha sido desfavorável ao réu;
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• Decisão não unânime (2 × 1): por maioria, ou seja, houve o voto vencido favorável 
ao réu. No recurso em sentido estrito e na apelação, são três os componentes da 
turma julgadora, de modo que será não unânime a decisão por 2 × 1.
Competência
Mesmo órgão que proferiu a decisão, com acréscimo de julgadores.
Endereçamento
O recurso é endereçado ao desembargador-relator da decisão embargada.
Forma de Interposição
Petição de interposição mais as razões (duas peças) apresentadas conjuntamente. 
Petição dirigida ao relator da decisão embargada e as razões dirigidas ao tribunal.
Nas razões, deve o(a) advogado(a) se valer da declaração de voto vencido, transcre-
vendo trechos desse voto e demonstrando que essa decisão é que deve prevalecer.
As razões deverão conter os dados de identificação, saudação; a exposição dos fatos, 
com a narrativa do crime imputado ao réu e a tramitação processual até aquela data; e 
a parte relacionada ao direito, isto é, a demonstração de que deve prevalecer o entendi-
mento que ficou vencido, que é favorável ao réu. Quanto ao pedido deve ficar adstrito 
ao voto vencido, não podendo inovar a tese. 
Como dito anteriormente, há diferença entre os embargos infringentes e os em-
bargos de nulidade, de modo que, dependendo do objeto da divergência, a petição 
de interposição deverá conter a expressão “opor embargos infringentes” ou “opor 
embargos de nulidade”. Caso o voto divergente tenha sido no sentido de anular o 
processo e, no mérito, também foi favorável ao réu, a sugestão é de que conste “opor 
embargos infringentes e de nulidade”.
Nomenclatura
Diz-se opor embargos. O recorrente é embargante e a parte recorrida é embargado. 
A decisão a qual se opôs os embargos é a decisão embargada. Os embargos são aco-
lhidos ou rejeitados.
Elaboração de Embargos Infringentes e de Nulidade
Problema
Sergio foi condenado em primeira instância, por furto qualificado, por escalada. Na 
fixação de pena, o juiz fixou a pena-base em dois anos, aplicando 1/6, na segunda fase, 
em virtude da agravante da reincidência, resultando na pena de 2 anos e 4 meses de re-
clusão. Ademais, o juiz fixou o regime fechado, sustentando que se trata de crime grave, 
que amedronta a população. Não fez a substituição da pena privativa por pena restritiva, 
porque o réu era reincidente em crime de furto. Sergio apelou, pedindo: 1) absolvição por 
falta de provas; 2) afastamento da qualificadora; 3) fixação do regime inicial semiaberto. 
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UNIDADE Embargos de Declaração e Embargos 
Infringentes e de Nulidade
No julgamento da apelação, foi negado provimento ao apelo. A tese nº 3 foi rejeitada por 
maioria de votos. O revisor dava provimento ao apelo, para o fim de fixar o regime semia-
berto. Publicado hoje o acórdão, tome a medida cabível para a defesa de Sergio.
Figura 6
Fonte: unipapers.org
No caso apresentado, foi proferido acórdão negando provimento por maioria de 
votos, somente em relação à tese nº 3. 
Assim, visto ser recurso de apelação e a votação não ter sido unânime, cabe oposição 
de embargos infringentes apenas em relação ao regime. Deve-se limitar, portanto, só à 
parte divergente.
Modelo de Interposição de Embargos 
Infringentes (Nulidade)
Modelo de interposição de embargos infringentes (nulidade)
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador-Relator da __ Câmara Criminal do 
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador-Relator da __ Turma do Tribunal 
Regional Federal da 3ª Região-São Paulo
Apelação nº ____
(RESE ou Agravo nº)
“Nome do cliente”, já qualificado, nos autos do recurso de ________, acima epi-
grafado, por seu/sua advogado(a), que esta subscreve, não se conformando com o ve-
nerando acórdão que, por votação não unânime, negou provimento do recurso, vem, 
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, tempestivamente, opor embargos 
infringentes (e/ou de nulidade), com fundamento do art. 609, parágrafo único, do CPP, 
requerendo seja este recebido e processado, com as inclusas razões.
Nestes termos, pede deferimento.
São Paulo, ___ de ___ de 2___
Nome do(a) advogado(a)
OAB/SP nº
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Razões de embargos infringentes (nulidade)
(pule duas linhas)
Embargante: “Nome do cliente”
Embargada: Justiça Pública
Apelação (ou RESE ou Agravo) nº ________
Egrégio Tribunal 
Colenda Câmara (ou turma TRF)
Douto Relator
(pule duas linhas)
Em que pese ao costumeiro brilhantismo da Colenda Câmara (Turma) deste E. 
Tribunal, não há como se conformar com a decisão proferida no v. acórdão profe-
rido, pelas razões a seguir aduzidas:
I – Dos fatos
O embargante _______________________________ 
(resumir problema dado)
II – Do direito
Razão assiste ao Preclaro Desembargador que proferiu o voto vencido.
Insta acentuar que a realidade dos fatos demonstra que o embargante (argumente 
sua tese).
Como sabiamente salientou o julgador que proferiu o voto vencido em fls. 
 ________, o embargante ________.
A orientação do Ínclito Desembargador está corroborada pelos ensinamentos do 
jurista ________ (transcrição dos entendimentos doutrinários favoráveis a 
sua tese).
Conforme entendimento predominante na jurisprudência: (se não houver, não coloque)
Assim, deve prevalecer o voto vencido.
III – Do pedido
Diante de todo o exposto, apresentando os fundamentos dos embargos infringentes 
ora opostos, postula-se a reforma do venerando acórdão, para que, ao final, seja man-
tido o voto vencido, como medida de lídima justiça.
Local e data.
Nome do(a) advogado(a)
OAB/SP. nº
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UNIDADE Embargos de Declaração e Embargos 
Infringentes e de Nulidade
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Nucci – embargos de declaração e efeito infringente
https://youtu.be/2KqI-G1g2SY
AGU Explica – embargos de declaração
https://youtu.be/MNBPdRsdwCg
Plenárias – Embargos Infringentes na Ação Penal 470
https://youtu.be/l8mK2At2q8I
Embargos infringentes e de nulidade
https://youtu.be/CGf6aNnNJek
 Leitura
Embargos infringentes e de nulidade: aspectos importantes
https://bit.ly/3uROZDs
Os embargos infringentes no processo penal e sua entrada no Supremo Tribunal Federal
https://bit.ly/3pm2vOu
O duplo grau de jurisdição e o cabimento de embargos infringentes e de nulidade em ação penal originária 
julgada por Órgão Especial de Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal
https://bit.ly/34OXQek
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Referências
AVENA, N. Processo penal. 11. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019. (e-book)
GIACOMOLLI, N. J. O devido processo penal: abordagem conforme a Constituição 
Federal e oPacto de São José da Costa Rica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2016. (e-book)
GLOECKNER, R. J. Nulidades no processo penal. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 
2017. (e-book)
LOPES JR., A. Direito processual penal. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. (e-book) 
MARCÃO, R. Curso de processo penal. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. (e-book) 
NUCCI, G. S. Curso de direito processual penal. 17. ed. Rio de Janeiro: Forense, 
2020. (e-book) 
PACELLI, E. Curso de processo penal. 22. ed. São Paulo: Atlas, 2018. (e-book)
RANGEL, P. Direito processual penal. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2019. (e-book) 
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Outros materiais