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Hiperemia Curta e, se possível, salve este material! Vai me ajudar bastante :) e Conge stã o BRENDA RODRIGUES PATOLOGIA | DISTÚRBIOS HEMODINÂMICOS 4° SEMESTRE ã Hiperemia (hiper = muito; haimos = sangue) • É um processo ativo resultante da dilatação arteriolar e aumento do influxo sanguíneo; ou seja, é o aumento do volume sanguíneo localizado em um órgão ou parte dele por intensificação do aporte sanguíneo ou diminuição do escoamento venoso, com consequente dilatação vascular o Pode ser fisiológica ou patológica ▪ Hiperemia fisiológica ou hiperemia ativa: há o aumento do fluxo sanguíneo para determinado órgão devido ao aumento da pressão arterial, com vasodilatação arteriolar; ex: o rosto ‘’avermelhado’’ após um exercício físico/esforço devido à liberação e adrenalina, que funciona como vasodilatador Causada por vasodilatadores neurogênicos ou metabólicos e, no caso de ser patológica, é mediada por inflamatórios vasodilatadores No caso de hiperemia neurogênica por desenervação simpática (frequente em traumatismo raquimedulares) pode haver hipotensão arterial por vasodilatação arteriolar ▪ Hiperemia patológica ou hiperemia passiva: ocorre quando o sangue não consegue sair do órgão (retorno venoso reduzido), ficando acumulado nas artérias, provocando uma obstrução; ex: insuficiência cardíaca – o organismo demanda maior quantidade de O2 e sangue, porém devido à alteração no funcionamento cardíaco, é possível que o sangue não circule normalmente, resultando na hiperemia Também é chamado de congestão • Morfologicamente, os tecidos hiperêmicos são mais avermelhados que o normal, com tonalidade violácea (arroxeada) devido à baixa oxigenação o Macroscopicamente, os órgãos mostram-se tumefeitos e são mais brilhantes por conta do edema o Microscopicamente, apresentam dilatação dos pequenos vasos e é frequente o extravasamento de hemácias, que saem dos vasos por entre as células endoteliais ‘’empurradas’’ pelo aumento da pressão hidrostática capilar e vênular Congestão • É um processo passivo resultante do comprometimento do fluxo de saída do sangue venoso de um tecido; ou seja, decorre de uma redução na drenagem venosa • Pode ocorrer sistemicamente (ex: insuficiência cardíaca) ou localmente, em consequência de obstrução venosa isolada • Morfologicamente, os tecidos congestionados têm coloração azul-avermelhada anormal (cianose) originária do acúmulo de hemoglobina desoxigenada na área afetada • Na congestão crônica de longa duração, a perfusão tecidual inadequada e a hipoxia persistente podem levar à morte celular parenquimatosa e à fibrose tecidual secundária, enquanto as pressões intravasculares elevadas podem causar edema e, às vezes, ruptura de capilares, produzindo hemorragias focais Congestão pulmonar • Se o paciente tiver uma insuficiência cardíaca do lado esquerdo, o sangue tende a ficar represado no pulmão, provocando um aumento da pressão venosa pulmonar e diminuição do débito cardíaco; à medida que a PVP excede a pressão osmótica das proteínas plasmáticas, há o extravasamento de líquido dos capilares para os espaços intersticiais e alvéolos, reduzindo a complacência pulmonar e aumentando o trabalho respiratório o Se houver o acúmulo intenso de líquido alveolar, caracteriza o edema pulmonar) • Macroscopicamente, o pulmão fica com uma coloração acobreada/enferrujada, devido ao acúmulo de ferro • Microscopicamente, a congestão pulmonar aguda caracteriza-se por capilares alveolares ingurgitados com sangue e graus variáveis de edema septal alveolar e hemorragia intra- alveolar • Microscopicamente, na congestão pulmonar crônica os septos tornam-se espessados e fibróticos, contendo numerosos macrófagos carregados de hemossiderina (‘’células da insuficiência cardíaca) nos espaços alveolares, derivadas das hemácias fagocitadas Congestão hepática • Se o paciente tiver uma insuficiência cardíaca do lado direito, o sangue tende a retornar do coração para a veia cava inferior (transporta o sangue das partes inferiores do corpo para o coração); tal congestão aumenta a pressão na VCI e em outras veias que transportem sangue para ela, incluindo as veias hepáticas (drenam o sangue do fígado) – se essa pressão for alta o bastante, o fígado fica cheio de sangue congestionado o Em casos graves, pode resultar em icterícia; se acumulado no abdômen, pode provocar ascite; se for grave e crônica, desenvolvem-se lesões hepáticas e/ou fibrose grave (cirrose) • O fígado apresenta-se tumefeito, avermelhada e com as veias hepáticas dilatadas, enquanto na periferia aparece como área mais pálida, contrastando com o centro do lóbulo avermelhado; BRENDA RODRIGUES PATOLOGIA | DISTÚRBIOS HEMODINÂMICOS 4° SEMESTRE o Ao exame físico, há hepatomegalia geralmente dolorosa. o A hipoxia é predominante no centro do lóbulo hepático, podendo causar necrose, acompanhada de ectasia sinusoidal e edema nos espaços de Disse; nos hepatócitos periportais, predomina degeneração hidrópica • Microscopicamente, na congestão hepática aguda, a veia central e os sinusóides estão distendidos com sangue, podendo ocorrer eliminação de hepatócito central decorrente de necrose o Os hepatócitos periportais, por serem mais oxigenados devido à proximidade com arteríolas hepáticas, sofrem ‘’menos’’ hipóxia, podendo desenvolver apenas alteração gordurosa reversível • Macroscopicamente, na congestão hepática passiva crônica, as regiões centrais dos lóbulos hepáticos (zona 3 do ácino) são vermelho- pardacentas e ligeiramente diminuídas por conta da perda celular, e acentuadas contra as zonas circunvizinhas do fígado castanho- amarelado não congestionado, algumas vezes gorduroso (fígado em noz-moscada) – pode haver necrose centro-lobular o Microscopicamente, há necrose de hepatócito centrilobular, hemorragia e macrófagos carregados com hemossiderina (pigmento escuro) • Na congestão hepática grave, de longa duração e principalmente quando associada à insuficiência cardíaca, pode haver o desenvolvimento de fibrose hepática (‘’cirrose cardíaca’’) além de, por ser a porção central do lóbulo e a última a receber sangue, poder ocorrer necrose centrilobular quando houver um fluxo sanguíneo diminuindo o Não há, necessariamente, uma congestão hepática previa Congestão esplênica • No baço, o aumento da pressão na veia porta- esplênica gera o acúmulo rápido de sangue nos nódulos sinusóides, resultando em esplenomegalia discreta (aumento do baço) com fibroses difusas e focos calcificados de hemorragia o A retenção prolongada também pode vir acompanhada de aumento do número de macrófagos nos cordoes esplênicos, aumentando a hemocaterese, contribuindo para a citopenia no sangue periférico (plaquetopenia, neutropenia e/ou anemia), constituindo o hiperesplenismo • O baço apresenta-se avermelhado, e a cápsula torna-se espessa, resultante da distensão capsular e maior atrito com a parede abdominal, o qual gera estímulo mecânico para aumentar a produção de matriz extracelular (MEC); também pode apresentar placas fibrosas esbranquiçadas de tamanhos variáveis o O parênquima esplênico pode apresentar nódulos fibróticos endurecidos carregados de hemossiderina, com áreas de calcificação, mal delimitados e de coloração acastanhada, resultantes de hemorragia antiga ou de reabsorção de pequenos infartos esplênicos (nódulos de Gandy-Gamna) Congestão digestiva • A hiperemia associada à hipertensão portal pode provocar edema da mucosa, desvio do sangue portal para a circulação sistêmica, causando a dilatação varicosa nos plexos venosos gástrico, esofágico inferior e hemorroidário (retal) o Desvio porto-sistêmico: veias varicosas que desviam o fluxo sanguíneo da circulação porta para a sistêmica, levando também as toxinas que – normalmente – são removidas e metabolizadaspelo fígado o O indivíduo começa a eliminar sangue nas fezes o Pode haver uma dificuldade de perfusão na mucosa Congestão nos membros inferiores • Típico de condições em que surge a insuficiência venosa por incapacidade do mecanismo valvular das veias e da bomba venosa das pernas para manter o retorno venoso adequado, como a ICC • A estase sanguínea provoca edema que se acumula durante o dia; ao longo do tempo, surge hemorragia por diapedese, resultando em pigmentação hemossiderótica da pele, provocando seu escurecimento o As veias superficiais dilatam-se por incompetência das válvulas das veias perfurantes o A dilatação venosa e a lentidão do fluxo sanguíneo propiciam o desenvolvimento de trombos em veias profundas ▪ Importante no desenvolvimento de tromboembolia pulmonar o Em alguns casos formam-se úlceras cutâneas de origem complexa, que envolve alterações no fluxo sanguíneo, no trofismo tecidual e na microbiota residente na pele afetada, podendo haver estímulo autoagressivo ▪ A hiper-reatividade do sistema imune pode justificar a inflamação ulcerativa que se associa à insuficiência venosa nos membros inferiores
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