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Reabilitação pulmonar

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REABILITAÇÃO PULMONAR + nomes (SLIDE 1) 
 
INTRODUÇÃO (SLIDE 2) 
 A reabilitação pulmonar é um programa de atendimento multidisciplinar que visa o 
cuidado dos pacientes com doença respiratória crônica, na intenção de melhorar seu 
desempenho físico, social e a autonomia do paciente portador da doença respiratória 
crônica, buscando seu retorno da sua capacidade funcional permitida pela sua 
deficiência pulmonar. 
 Normalmente, o programa de reabilitação pulmonar era somente direcionado a 
pacientes que sofriam de doença obstrutiva crônica, porém a indicação de seu uso deve 
se estender para todos pacientes que possuam dispneia, tolerância reduzida a exercícios 
ou tenham limitações durante suas atividades. 
 A reabilitação pulmonar não reverte ou interrompe a progressão da doença, mas 
tenta melhorar a qualidade de vida geral do paciente. 
 
OBJETIVOS DE SEU USO 
• Aliviar os sintomas; 
• Restaurar as capacidades funcionais de acordo com sua deficiência; 
• Melhorar a qualidade de vida do paciente; 
• Aumentar a tolerância e o desempenho nos exercícios. 
• Evitar complicações; 
• Aplicar técnicas para conservação de energia; 
• Reduzir a mortalidade. 
 
A HISTÓRIA 
 Antigamente, em 1951, Alvan Barach recomendou programas de 
recondicionamento para pacientes portadores de doenças pulmonares crônicas na 
intenção de melhorar sua capacidade respiratória, porém tempos e tempos se passaram e 
só então se deram conta de que em vez dos pacientes participarem dos programas de 
recondicionamento, como Alvan havia descrito, apenas prescreviam oxigenoterapia para 
os pacientes, junto de repouso no leito, o que levava estes pacientes a uma deterioração 
da musculatura esquelética, fadiga, fraqueza muscular progressiva e níveis altos de 
dispneia, mesmo em repouso. Estes pacientes cada vez se tornavam mais propensos a 
ficaram em casa, seguidos do leito. 
 Em 1962, Pierce e associados confirmaram a visão de Alvan Barach através de seus 
estudos, que diziam que pacientes com DPOC, doença pulmonar obstrutiva crônica, que 
haviam participado do programa de recondicionamento físico tinham menor frequência 
de pulso, frequência respiratória, volume minuto e produção de dióxido de carbono 
durante exercícios. Quanto a função pulmonar, houve mudança significativa, o que fez 
outros estudiosos chegarem a conclusão de que o recondicionamento físico podia 
melhorar tanto a eficiência dos movimentos, quanto a utilização de oxigênio em 
pacientes com DPOC. 
 Atualmente, a reabilitação pulmonar auxilia pacientes com doença pulmonar 
obstrutiva e restritiva crônica. Se interrompido o uso de tabagismo, com a melhora dos 
gases sanguíneos e medicações apropriadas, a reabilitação serve como melhor opção de 
tratamento para pacientes com doenças pulmonares sintomáticas. 
 
INDICAÇÃO 
 A reabilitação pulmonar é indicada no estágio inicial das doenças como forma de 
criar estratégias preventivas, como fazer com que o paciente pare de fumar, ter maior 
facilidade na prescrição de exercícios e ter maior chance do tratamento funcionar. 
 Dentre suas indicações constam: 
• Asma; Doença inflamatória crônica, que durante suas crises, os bronquíolos 
inflamam diminuindo a passagem de ar, o que pode gerar a falta de ar, chiado, 
e tosse. 
 
• Fibrose cística; Doença autossômica recessiva caracterizada pela disfunção do 
gene CFTR, que por se tratar de uma doença sistêmica, pode atingir diversas 
partes do corpo, mas nos pulmões pode causar um muco mais espesso que 
muitas vezes se acumula nos pulmões, podendo gerar tosse, pneumonias de 
repetição, infecções e/ou inflamações. 
 
• Doenças da parede torácica; Que podem ser doenças inflamatórias e infecciosas, 
tumores, alterações congênitas e do desenvolvimento e lesões. Como exemplo 
temos: Anomalia do desenvolvimento da caixa torácica, tórax em quilha que 
provoca a protusão do esterno, neoplasias e demais outras alterações. 
 
• Doenças neuromusculares; Como distrofias musculares. 
 
• Doença pulmonar intersticial; Caracterizada pelo desenvolvimento de infiltrados 
celulares e/ou pela deposição de matriz extracelular nos espaços aéreos distais 
aos bronquíolos terminais. 
 
• Câncer pulmonar; 
• Pós operatórios; 
• Pré e pós transplante de pulmão; 
• Cirurgia redutora de volume pulmonar; 
• Dispnéia durante o repouso ou exercício; 
• Hipoxemia; 
• Insuficiência respiratória crônica e necessidade de iniciar ventilação mecânica; 
• Dependência de ventilação mecânica; 
• Tolerância reduzida ao exercício e dificuldade de realizar atividades do 
cotidiano e demais outras. 
 
PROGRAMA DE REABILITAÇÃO PULMONAR 
 O programa de reabilitação pulmonar faz parte do tratamento de pessoas com 
doenças respiratórias crônicas que continuam sintomáticos após outros tratamentos, ou 
porque continuam a ter redução da função pulmonar. Além disso, esses pacientes podem 
apresentar morbidades secundárias além dos sintomas de comprometimento 
respiratório, como disfunções dos músculos periféricos, doenças esqueléticas como 
osteoporose ou cifoescoliose, déficits psicossociais como depressão, déficits sensoriais 
de visão e audição e demais. 
 A reabilitação eficaz requer ajuste de medicações, podendo ser necessário o uso da 
oxigenoterapia, apoio psicossocial, técnicas de controle respiratório e drenagem das 
secreções durante os exercícios. 
 
PRINCIPAIS COMPONENTES DO PROGRAMA DE REABILITAÇÃO 
 Os componentes do programa de reabilitação pulmonar constam: 
• Treinamento de exercícios; 
• Intervenção psicossocial e comportamental; 
• Educação; 
• Avaliação dos resultados. 
 
TREINOS DE EXERCÍCIO 
 É baseado nos princípios gerais da fisiologia do exercício: Sobrecarga, 
especificidade, reversibilidade e individualização. 
• Sobrecarga: O princípio da sobrecarga diz que para um tecido ou órgão melhorar 
sua função, é necessário ser exposto a uma carga que não está acostumado, e 
através de repetições, provocará uma adaptação do tecido ou órgão causando 
melhora funcional da capacidade. 
 
• Especificidade: É baseado na observação de programas feitos para atingirem 
objetivos específicos, para atingir grupos musculares especificamente treinados. 
O uso de resistência elevada com poucas repetições aumenta a força muscular, e 
as baixas resistências repetidas aumentam a endurance muscular. 
 
• Reversibilidade: Assim como em pessoas saudáveis, os benefícios do treino nos 
doentes com doença respiratória crônica se mantem em melhora, e ao se 
encerrarem os exercícios, a melhora irá declinar com o tempo. 
 
• Individualização: A realização de cada exercício está sujeita a variação 
interpessoal, ou seja, os exercícios dependem da limitação de cada paciente, 
devendo ser avaliado e prescrito individualmente. 
 
TREINAMENTO DE EXERCÍCIOS 
✓ Exercícios de membros inferiores: 
 Alguns estudos relatam que o metabolismo anaeróbico e o início precoce da acidose 
lática podem ser observados no treinamento de exercícios da doença pulmonar 
obstrutiva crônica, e que a melhora na resposta aos exercícios máximos e submáximos 
pode ser obtida após o treinamento de alta intensidade, sendo 60 à 80% da taxa máxima, 
comparado com baixa intensidade, sendo 30% de taxa máxima de trabalho. 
 O benefício do treinamento ocorre quando as atividades envolvem músculos 
especificamente treinados. 
 
✓ Exercícios de membros superiores: 
 A inclusão de exercícios de membros superiores é de extrema importância, visto 
que os músculos respiratórios são necessários para a manutenção da vida diária. Em 
pacientes com DPOC, a função desses músculos podem estar comprometida, o que 
contribui para o aparecimento de dispneia, limitação de exercício e hípercapnia, que 
compreende o aumento de dióxido de carbono no sangue arterial. 
 
✓ Treinamento dos músculos inspiratórios: 
 Existe umadiscordância no que se refere ao treinamento dos músculos inspiratórios 
em pacientes com DPOC. 
 Smith e colaboradores em seus estudos concluíram que o treinamento de músculos 
inspiratórios não apresenta resultados significativos quando incluídos no programa de 
reabilitação pulmonar, porém, o comitê da Associação de Reabilitação Cardiovascular e 
Pulmonar afirma que quando o estímulo é o suficiente para aumentar a força desses 
músculos, há aumento associado da capacidade de exercícios e redução da dispneia, 
assim como Lotters e colaboradores, que em uma análise recente concluíram que o 
treinamento de músculos respiratórios, sozinho ou associado ao exercício de 
condicionamento geral, diminui a dispneia e melhora a capacidade de exercício em 
portadores de DPOC. 
 
✓ Exercícios respiratórios: 
 Tem por objetivo o alívio da dispneia através da redução da hiperinsuflação 
dinâmica e melhora da troca gasosa, aumento da força e endurance dos músculos 
inspiratórios e otimização do padrão toracoabdominal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-
29502010000100015&lng=pt&tlng=pt 
MULLER, C. Isabela Silva; MULLER, Nestor L. Tórax. Série Colégio Brasileiro de Radiologia e 
Diagnóstico por Imagem. Edição 1. Janeiro de 2010. Editora: Elsevier. 
MACHADO, Maria Glória Rodrigues. Bases da fisioterapia respiratória. Terapia intensiva e 
reabilitação. Ano de publicação 2007. Editora Guanabara. 
WILKINS, Robert L.; STOLLER, James K.; KACMAREK, Robert M. EGAN. Fundamentos da terapia 
respiratória. 9º Edição. Ano de publicação 2009. Editora: Elsevier. 
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0873215915303408 
 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-29502010000100015&lng=pt&tlng=pt
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-29502010000100015&lng=pt&tlng=pt

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